Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 99: Capítulo 99: Decisão do Mini Ghoul!



— Quem eu vou ter que matar para vingar meu sobrinho? — Himitsu fez uma pausa, seus olhos queimando com fúria.

— É um ghoul forte, não sei se... — começou Mira, mas foi interrompida.

— Quem eu vou precisar matar para vingar meu sobrinho? — repetiu Himitsu, sua voz agora um comando, cheia de sangue frio.

Mira se encolheu, sentindo a pressão aumentar a cada palavra.

— Mira... — chamou Viviane, tocando no ombro dela

— O que? — exclamou Mira, virando-se para Viviane, ainda tensa.

— Himitsu... Ela apareceu umas duas vezes no jornal, é uma líder de esquadrão na Primeira Divisão! — disse Viviane, com um tom de seriedade em sua voz.

— Isso é sério? — exclamou Mira, os olhos arregalados, agora completamente surpresa com a revelação.

— Sim! Não sei se ainda é, mas dizem que ela é forte! — confirmou Viviane.

Himitsu, impaciente, avançou um passo, sua presença imponente preenchendo o ambiente.

— Vai me fazer perguntar de novo? — exclamou Himitsu, com uma fúria crescente.

— Poderia parar de ameaçar minha filha? Se quer saber, entra para a divisão! — disse Rem, com a voz firme, segurando no ombro dela tentando controlar a situação.

— É o que eu pretendia desde o começo. — respondeu Himitsu, com um sorriso enigmático, seu olhar penetrante fixo em Rem.

— Estou sob seus cuidados. — declarou Himitsu, sua expressão séria, quase desafiadora.

Mira, silenciosa, pensou consigo mesma: "Que problema eu arrumei!"

Após o caixão de Kay ser enterrado na cova, uma sensação de quietude tomou conta do cemitério. As pessoas começaram a se dispersar, e o exército retornou à base. Os reforços pegaram seus pertences e partiram de volta para suas divisões. No pátio da sexta divisão, os membros estavam reunidos, aguardando as instruções.

Mira, agora com a responsabilidade em seus ombros, levantou a voz, chamando a atenção dos presentes.

— Essa é a situação em que nos encontramos. O que querem fazer? Se quiserem se retirar, ninguém vai impedi-los. Se quiserem continuar no exército, permaneçam aqui! — disse Mira, sua voz forte, mas carregada de um peso profundo.

— Antes de tomarem suas decisões, escutem o que ela tem para dizer! — disse Rem, com autoridade na voz.

Mira respirou fundo, encarando os soldados diante dela.

— O general nos deu dois meses para apresentar dez grávidas. Não sabemos o que ele fará com elas, e nem pretendemos entregar humanos para ele. Vamos usar esses dois meses para ficarmos mais fortes! O Kay nos mostrou o caminho quando nos ensinou a usar os tentáculos, e agora podemos... — começou Mira, mas foi interrompida.

Himitsu ergueu a mão no meio da multidão.

— O que foi? — exclamou Mira, visivelmente irritada com a interrupção.

— Eu não aprendi a usar esses tentáculos! — disse Himitsu, com uma expressão descontraída que contrastava com o clima sério.

— Vamos ver o que fazemos com você depois. Apenas escute! — disse Rem, cortando a conversa.

— Tá bom! — respondeu Himitsu, com um encolher de ombros.

Mira respirou fundo, tentando recuperar o foco, e continuou:

— Vamos usar essa conexão que temos com nossos trajes para tentar conseguir mais poder. Funcionando ou não, precisamos treinar fisicamente para enfrentarmos os ghouls! Dentro ou fora do exército, os ghouls virão de qualquer forma e vão matar inocentes se não estivermos preparados para enfrentá-los.

Ela deu um passo à frente, os olhos brilhando com determinação.

— Vocês vão lutar para sobreviver ou vão esperar que alguém apareça para protegê-los? Vamos continuar seguindo em frente, juntos, para matarmos esses ghouls! — exclamou Mira, a voz firme, carregada de emoção e coragem.

Os soldados permaneceram em silêncio por um momento, a mensagem reverberando em seus corações. Apenas alguns se afastaram, decidindo deixar o exército. A maioria permaneceu no pátio, firme, determinada a continuar lutando.

— Esse cheiro! — disse himitsu

— O que foi? — exclamou joana

Himitsu girou o cabo de sua arma, uma enorme marreta feita de noxium. Espinhos retráteis emergiram da cabeça da marreta, prontos para o combate.

Himitsu deu um salto, passando por cima das fileiras de soldados.

— O que ela está fazendo? — exclamou Mira, confusa.

No meio do ar, Himitsu usou o ombro de um dos soldados como apoio e se lançou novamente, saltando para trás de todas as fileiras. Assim que aterrissou, atacou com força, causando uma enorme pressão no ar. Os soldados se afastaram rapidamente, revelando o mini ghoul bloqueando o ataque de Himitsu com seus tentáculos.

— Eu tinha esquecido dele! — pensaram vários soldados, chocados.

— Para um ghoul pequeno, até que você é forte! — disse Himitsu, com um sorriso desafiador.

— Espera, Himitsu! Esse ghoul está do nosso lado! — gritou Mira.

— Do que está falando? Ele é a merda de um ghoul! — rebateu Himitsu, irritada.

— Como posso explicar... Ele obedecia o Kay! Ele não vai atacar os humanos! — explicou Mira rapidamente.

Himitsu encarou o mini ghoul por um momento, franzindo o cenho.

— Meu sobrinho? — perguntou ela, olhando profundamente para o pequeno ser. Após um instante de silêncio, deu de ombros. — Então tudo bem.

Ela se afastou, para surpresa de todos.

— Ela aceitou tão fácil assim? — pensaram os soldados, incrédulos.

Mira se aproximou, cruzando os braços.

— Era para você estar cuidando de Mineforde esta semana. O que está fazendo aqui? — perguntou Mira, irritada.

— Semana? — respondeu o mini ghoul, com uma expressão confusa.

— Não sabe contar os dias? — exclamou Mira, frustrada.

— Monarca hibernando! Por isso, não posso esperar! — disse o mini ghoul, com sua voz áspera e curta.

— Aquele desgraçado foi embora dormir?! Maldito! — gritou Lena, furiosa.

— O que você quer fazer aqui? — perguntou Mira.

O mini ghoul manifestou seus tentáculos, erguendo-os com determinação.

— Evoluir! — declarou ele.

— Como assim? — perguntou Mira, surpresa.

— Ah, maldito... Está dizendo para vocês ficarem mais fortes! — deduziu Himitsu, com um sorriso.

— É isso? — exclamou Mira.

— Sim! — respondeu o mini ghoul, firme.

Mira olhou para os soldados.

— Vamos treinar contra o mini ghoul! Não é para matá-lo, e ele também não vai matar vocês. Mas lutem com tudo, focando em ficarem mais fortes! — ordenou Mira.

— Certo! — responderam os soldados em uníssono, determinados.

Assim, um dia inteiro de árduo treinamento se passou.

No dia seguinte, algumas horas após o almoço, Mira estava na sala da capitã.

— Deu positivo Rem!, a Mira ainda tem que esperar para fazer esse teste! — disse Aiko, entrando na sala com um tom sério.

Rem começou a chorar, mas, em vez de tristeza, havia um sorriso no rosto dela.

— Que bom, não é, mãe? — disse Rem, tocando o ombro de Mira.

— Eu não sei se é bom... mas estou feliz! — respondeu rem, enxugando as lágrimas.

— Também analisei o sangue do Kay. Era saudável demais, mas o corpo dele era estranho! — disse Aiko.

— Por que? — perguntou Rem, intrigada.

— Tomei a liberdade de analisar o café que ele tomava naquele dia... Por algum motivo, havia fragmentos de noxium nele. Era uma quantidade muito pequena, mas tomando dia após dia, acredito que isso tenha afetado ele de alguma forma. Claro, é só uma teoria mas acredito que se algum ghoul o devorasse seria como um veneno para eles! — explicou Aiko.

— Noxium? — exclamou Mira, surpresa.

— A cachoeira no nosso vilarejo regava o cafezal. A água passava pela mina de noxium, que foi descoberta recentemente — explicou Rem.

— Queria ter mais dados. É uma pena que não vou ter mais informações para minha pesquisa. Gostaria de estudar o mini ghoul, mas ele não consegue se comunicar direito. Não tem muito que eu possa tirar dele — lamentou Aiko.

— Ele deve ter evoluído quando comeu o general. Talvez, se comer outro ghoul poderoso, ele evolua de novo! — disse Mira, pensativa.

— Pelos dados que coletei, e pela análise dos soldados, acreditamos que o mini ghoul já esteja quase no nível de um general. Evoluí-lo novamente será uma tarefa difícil — afirmou Aiko.

— Teve resposta do castelo? — perguntou Mira.

— Sobre o pedido do general, o rei ordenou que fosse mantido em segredo. Isso não pode ser revelado ao povo — respondeu Aiko.

— É melhor assim. Quem sabe disso? — perguntou Mira.

— No castelo, só o rei e o chefe da guarda. No instituto, apenas eu. Agora, se os soldados falaram para alguém ou se o rei vai abrir a boca, não sei. Mas isso não pode ser escondido para sempre. Acredito que será revelado daqui a dois meses, quando o monarca retornar — disse Aiko.

— E o que eles vão querer fazer? — perguntou Mira.

— Vamos pedir para que alguns civis busquem refúgio em outros países, até que o monarca seja eliminado — sugeriu Aiko.

Alguém bateu na porta.

— Entre! — disse Mira.

— Com licença — disse um soldado, entrando na sala.

— O que aconteceu? — perguntou Mira, apreensiva.

— Minha família é da cidade próxima ao aeroporto. Hoje, meu pai me informou que vários ghouls estavam voando em direção ao aeroporto — relatou o soldado.

— Estão bloqueando a rota de fuga. Eles são espertos! — disse Aiko, pensativa.

— Nessas condições, não vamos ter apoio de outras divisões — disse Mira, apertando os punhos.

— Precisamos eliminá-los! — disse Aiko, determinada.

— Não! O monarca apareceu assim que o general e outros ghouls foram mortos. Pode acontecer o mesmo. Vamos informar as outras divisões sobre isso e torcer para que esses ghouls morram de fome ou se devorem. Caso contrário, como última opção, iremos matá-los! — decidiu Mira.

— Com licença! — disse o soldado, retirando-se.

Mira se espreguiçou na cadeira, suspirando.

— Por que fui aceitar ser vice-capitã? — murmurou ela, arrependida.

— Vamos melhorar. Só precisamos de tempo — disse Rem, com um sorriso tranquilizador.

— Espero que sim — respondeu Mira, exausta.

Mais uma batida na porta.

— Entre! — disse Mira.

— Com licença — disse o ex-capitão, entrando.

— Como estão indo lá fora? — perguntou Mira.

— Deixar eles treinarem fora da base foi uma escolha acertada. O nível do treino está muito acima do comum. Tenho certeza de que ficarão mais fortes — disse o ex-capitão.

— Espero que nossa reserva de ghouls dure... Entendido. Se temos dois meses até o monarca chegar, então em um mês vamos atacar no aeroporto! — afirmou Mira, com determinação.

— O que tem no aeroporto? — perguntou o ex-capitão, intrigado.

Os dias passaram, e o treinamento prosseguia, dia após dia. Soldados enfrentavam o mini ghoul, os líderes e até mesmo Himitsu em intensas batalhas, preparando-se para o inevitável confronto.

Um mês havia se passado desde o início dos treinamentos intensivos. Mira estava diante de seus soldados, preparando-se para a missão crucial que estava por vir.


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