Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 100: Capítulo 101: Avance Sexta Divisão!



Um mês havia se passado desde o início dos treinamentos intensivos. Mira estava diante de seus soldados, preparando-se para a missão crucial que estava por vir.

— A prioridade é afastá-los do aeroporto. Não podemos arriscar destruir nada lá! Lena e o mini ghoul vão impedir que os ghouls fujam, enquanto os helicópteros darão suporte aéreo para os dois. Nós vamos focar em eliminar o restante dos ghouls que estiverem no chão! — disse Mira, com firmeza.

— Certo! — responderam os soldados em uníssono, com determinação.

Mira deu alguns passos à frente, erguendo a voz para que todos pudessem ouvi-la claramente.

— Balas comuns não funcionam contra os ghouls inteligentes, mas, graças ao instituto e ao mini ghoul, agora temos munição que pode feri-los! Assim que chamarmos a atenção dos ghouls, quero que vocês estejam posicionados para dar apoio sempre que necessário.

Ela fez uma pausa, encarando cada soldado nos olhos, transmitindo confiança.

— Não posso garantir que não teremos baixas, mas tentem evitar situações que os levem à morte desnecessária. Nossa prioridade é eliminar os ghouls! Sejam rápidos e estratégicos. Não ignorem seus medos, mas também não deixem que eles os paralisem. Se estiverem em perigo, recuem!

— Certo! — afirmaram os soldados, em tom resoluto.

Mira fez um leve aceno com a cabeça, encerrando o discurso.

— Então vamos!

Os soldados começaram a entrar em seus veículos, ajustando armas e equipamentos, enquanto a tensão crescia no ar.

Mira virou-se para o mini ghoul, que aguardava suas ordens.

— É o local que te mostramos antes. Vá na frente e fique de olho nos ghouls, mas certifique-se de que eles não percebam sua presença!

O mini ghoul acenou com a cabeça, silencioso, antes de manifestar suas asas negras. Com um poderoso impulso, ele se lançou ao céu, desaparecendo rapidamente no horizonte.

Enquanto o mini ghoul avançava em sua missão de reconhecimento, Mira observava os soldados embarcando, sentindo o peso da responsabilidade em seus ombros.

"Independente do resultado dessa missão, é certo que os ghouls vão agir, seja vantajoso ou não para nós", pensou ela, cerrando os punhos.

Ela entrou no helicoptero e com os motores rugindo se deu inicio a missão.

Dentro de um dos helicópteros

— Só para você saber, eu sou contra você ir também! — disse Ravena, lançando um olhar preocupado para Mira.

— Eu vou ficar bem! — respondeu Mira, tentando transmitir confiança.

— Ravena tem razão — disse Thais, cruzando os braços. — Isso é perigoso demais.

— Eu não posso ser capitã se nem chego perto das batalhas! — retrucou Mira, encarando as duas.

— Apenas ordene de longe, não lute diretamente! — insistiu Ravena.

Himitsu, que estava sentada mais ao fundo, finalmente se manifestou:

— A criança do meu sobrinho... Você tem meu respeito por ter decidido continuar com a gravidez, mas elas têm razão. Sua participação pode causar problemas para o bebê.

— Eu vou tomar cuidado! — garantiu Mira, tentando afastar as preocupações.

Slayer, sentado ao lado das janelas, abriu um sorriso enquanto ajustava a lâmina presa ao seu traje.

— Eu não sei se deveria dizer isso, mas... estou animado por essa luta!

— Ficamos mais fortes durante esse mês. Eu entendo esse sentimento — respondeu Ravena, tentando aliviar a tensão no ar.

Mira olhou para eles e franziu o cenho.

— Não baixem a guarda! — ordenou, a voz firme.

Himitsu observava todos em silêncio, avaliando o clima na cabine.

"Despreocupados? Não, acho que não...", pensou, cruzando os braços. "Vamos ver como é a equipe que você liderava, sobrinho. Espero que não me decepcionem."

O helicóptero pousou a uma distância segura do aeroporto. Mira desceu com sua equipe, olhos fixos no horizonte onde as silhuetas dos ghouls dançavam ao redor do perímetro do aeroporto. O mini ghoul já estava posicionado no ar, observando os movimentos do inimigo, enquanto os outros esquadrões se preparavam para a operação.

— Kratos, prepare-se. Você vai chamar a atenção deles, — ordenou Mira pelo rádio.

Kratos, já posicionado com seu rifle de longo alcance, respondeu com firmeza:

— Entendido, capitã.

Alguns minutos depois, o som seco dos disparo ecoou alcançando os ghouls. As criaturas, alertadas, pararam por um instante, voltando seus olhares ferozes para o exército.

— Aqui vêm eles! — gritou Slayer.

Os ghouls, sem tentar fugir, partiram diretamente para o confronto. No céu, Lena e o mini ghoul enfrentavam os alados, enquanto no solo os outros esquadrões tentavam conter o avanço dos terrestres.

O campo de batalha era caótico. As balas especiais funcionavam contra os ghouls, mas não eram suficientes para conter o ataque feroz das criaturas. Um grupo de soldados foi pego desprevenido por um dos ghouls mais fortes, resultando em baixas.

— Temos feridos! — informou Joana pelo rádio, ofegante.

Mira fechou os olhos por um segundo, reprimindo a dor da perda.

— Continuem a pressão

Himitsu, no meio do campo, enfrentava dois ghouls simultaneamente, usando sua agilidade para desviar dos ataques brutais.

— Vocês são durões, mas não o suficiente! — gritou ela, acertando um deles com força.

O mini ghoul desceu com força sobre o líder dos alados, usando seus tentáculos para esmagá-lo contra o chão. A investida decisiva virou a maré da batalha.

Com a força combinada do exército, dos helicópteros e do mini ghoul, os ghouls foram finalmente derrotados. Alguns ainda tentaram resistir, mas acabaram sendo eliminados.

Quando o último rugido cessou, o campo de batalha ficou em silêncio. Mira olhou para o aeroporto, intacto, e soltou um suspiro de alívio.

— Perdemos bons soldados hoje, mas conseguimos. O aeroporto está seguro.

Ravena se aproximou, carregando a arma ainda suja de sangue.

— Pagamos um preço alto, mas valeu a pena.

Mira assentiu, mantendo-se firme.

— Vamos nos preparar. Ainda temos uma longa guerra pela frente.

Ravena observava o horizonte enquanto os soldados se reorganizavam. O silêncio que pairava era quase tão pesado quanto as perdas sofridas.

"Esses olhos... tão frios!", pensou Ravena ao olhar para Mira, que estava próxima, com uma expressão severa.

Mira, sem hesitar, pegou o celular e fez uma ligação rápida.

— Sim! Eliminamos os ghouls. Sejam rápidos, precisamos limpar o local e retornar para a base! — disse Mira de forma direta, encerrando a chamada logo em seguida.

Guardando o celular, ela virou para Ravena.

— Façam rondas! Verifiquem dentro do aeroporto e ao redor, certifiquem-se de que não há mais nenhum ghoul escondido. Até que o pessoal do instituto chegue, manteremos vigilância constante! — ordenou.

— Entendido! — respondeu Ravena, afastando-se para organizar as equipes.

Mira apertou os punhos com força, lutando para manter a calma.

"Tivemos baixas...", pensava ela, sentindo uma mistura de frustração e raiva.

Himitsu, sempre imprevisível, apareceu ao lado dela com um leve sorriso no rosto.

— Arrependida? — perguntou, como se testasse Mira.

Mira respirou fundo, mantendo a postura firme.

— Não! Matamos os ghouls e recuperamos o aeroporto. A missão foi um sucesso!

Himitsu riu levemente, satisfeita com a resposta.

— Você está certa! É assim que deve pensar. Se começar a hesitar agora, vai desmoronar depois.

O rádio chiou, e a voz de Lena veio clara:

— Aeroporto limpo! Não encontramos nenhum ghoul lá dentro.

— Mantenham a vigilância até a chegada do instituto, — respondeu Mira, sem hesitar.

— Certo! — confirmou Lena pelo rádio.

Himitsu cruzou os braços, olhando para Mira com curiosidade.

— E sua mãe? Como ela está se saindo?

Mira relaxou ligeiramente o semblante.

— Ela sabe se cuidar, e o esquadrão do Yan está lá para apoiar. Além disso, aprimoraram o sistema de defesa do reino e agora também há um alarme automatico que soa quando um ghoul se aproxima, dando tempo para nos prepar. Se algo estivesse errado, ela já teria nos avisado.

Himitsu arqueou uma sobrancelha.

— No dia da reunião eu dormi e nem fiquei sabendo desse novo sistema. Mas, de toda forma, vamos ver o resultado que essa missão vai nos trazer...

Horas depois, o som de vários helicópteros ecoou no céu, anunciando a chegada do pessoal do instituto. Eles desceram rapidamente, equipados para coletar os corpos dos ghouls e realizar análises.

— Vamos continuar atentos, pessoal! A missão ainda não acabou até que todos estejamos de volta à base, — declarou Mira, mantendo o foco e a determinação.

— Certo! disseram os soldados, mantendo a guarda alta

A operação foi ágil. Em poucos minutos, o instituto conseguiu coletar todos os corpos dos ghouls com eficiência, armazenando-os em contêineres lacrados para transporte.

Quando o último helicóptero decolou, levando os restos dos inimigos, Mira respirou fundo e olhou ao redor.

— Missão cumprida. Vamos retornar.

Os soldados começaram a se organizar, subindo nos veículos. Apesar do cansaço, havia um alívio silencioso entre eles. O aeroporto estava intacto, e a vitória, mesmo com suas perdas, foi consolidada.

De volta à base, Mira e os soldados foram recebidos por Rem no portão principal.

— Bom trabalho! — disse Rem, ao ver o grupo exausto, mas de volta com segurança.

— Tivemos baixas... — respondeu Mira, a voz carregada de tristeza.

Rem suspirou profundamente, o peso da perda era visível em seu semblante. — Entendo... Vamos devolver os corpos para as famílias, para que possam realizar os funerais adequados.

— Tá... — Mira fez uma pausa, limpando o suor da testa. — Como foi no castelo?

— Vamos conversar na sua sala. — sugeriu Rem.

Na sala da capitã

— Eles prevêem que uma revolta pode começar assim que o monarca retornar, — começou Rem. — A ideia deles é isolar a capital, criando muralhas resistentes feitas de noxium misturado com outros materiais.

— E as outras cidades? — perguntou Mira, a irritação evidente em sua voz.

— Vamos protegê-las também, mas as muralhas na capital são para conter um avanço massivo, caso as coisas saiam do controle, — explicou Rem, tentando manter a calma.

O ex-capitão cruzou os braços e bufou. — Não dá para confiar neles. Do meu ponto de vista, eles só querem se trancar com todos os recursos enquanto o resto de nós luta para sobreviver.

— Isso foi ideia de quem? — Mira franziu o cenho, claramente desconfiada.

— De alguns moradores da capital. Parece que a notícia sobre o retorno do monarca já vazou entre os civis, — respondeu Rem.

— Uma barricada? O rei aprovou isso? — Mira não conseguia conter a indignação.

— Não apenas o rei, mas toda a família real, o chefe dos guardas, alguns nobres... até o instituto está envolvido, — respondeu Rem.

— A Emilia também? — Mira perguntou, incrédula.

Rem hesitou antes de responder. — Ela está... diferente. Desde a morte do Kay, parece sem vida. Os guardas disseram que ela parou de treinar e agora só se concentra nos assuntos da família real. Não podemos culpá-la, a perda a devastou.

— Ela tá igual a Yumi no começo... Logo ela vai superar. — Mira tentou soar otimista, mas sua voz denunciava preocupação.

— O que você vai fazer? — perguntou Rem, olhando diretamente para Mira.

— Nós também estamos prevendo uma possível guerra entre os humanos. Se não resolvermos o problema do monarca, as coisas vão piorar ainda mais, — respondeu Mira, cerrando os punhos.

Rem assentiu, entendendo o peso da decisão. O silêncio que se seguiu era preenchido apenas pelo som distante dos soldados ainda se organizando no pátio.

— Temos que nos preparar, não só contra o monarca, mas para o que vier depois... — concluiu Mira.

— Se for como estamos imaginando, vamos estocar alimentos aqui na base, — sugeriu o ex-capitão, com um tom sério.

— Quão desumanos vamos ser ao fazer isso? — murmurou Mira, visivelmente preocupada, enquanto apertava os punhos.

Uma semana depois


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