Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 85: Capítulo 85: Monarca?



— Que bom que você chegou! — disse um dos cientistas, com um tom aliviado.

— Qual é o problema com o mini-ghoul? — exclamou Fernanda, entrando apressadamente, acompanhada dos cientistas.

— Ele está agitado, é melhor você ver do que tentarmos explicar! — disse um dos cientistas, com preocupação na voz.

Eles seguiram até a sala onde o mini-ghoul estava.

— Ele está mesmo agitado... Por que isso? — exclamou Fernanda, ao ver o mini-ghoul em seu estado nervoso.

— Foi de repente. Ele começou a bater nas grades e está assim desde pouco antes de ligarmos para você! — explicou o cientista, com uma expressão tensa.

— Não é fome? — exclamou Fernanda, buscando uma explicação simples.

— Não, tentamos jogar um ghoul para ele e ele comeu, mas continuou agitado! — disse o cientista, com um olhar confuso.

— Então não é fome... Que estranho! — murmurou Fernanda, franzindo a testa.

— Estranho, né? Quando você ver o vídeo que gravamos dele antes de se agitar, talvez compreenda. — disse o cientista, tentando convencer Fernanda a assistir.

No monitor, o vídeo da câmera mostrava o mini-ghoul dormindo tranquilamente. Fernanda observava atentamente.

De repente, no vídeo, o ghoul se levantou e olhou fixamente para o teto.

— Ele se assustou? — exclamou Fernanda, com uma expressão de preocupação.

— Parece que foi isso... Mas observe! — disse o cientista, apontando para a tela.

O mini-ghoul ficou ali, fixo, olhando para o teto. Em poucos segundos, ele disse:

— "Monarca"!

Logo após, o mini-ghoul começou a bater nas grades de forma frenética.

— E agora ele está assim desde aquele momento! — concluiu o cientista, preocupado com a situação.

— "Monarca"? O que significa isso? — exclamou Fernanda, intrigada.

— Não sabemos... Foi a única vez que ele disse alguma coisa! — disse o cientista, sem entender.

— Talvez o garoto consiga tirar alguma informação. Vou ligar para ele e vamos deixar ele falar com o ghoul! — disse Fernanda, com uma ideia.

— Faça isso! — respondeu o cientista, com urgência na voz.

Fernanda se afastou e começou a ligar para Kay.

No avião, o celular de Kay começou a tocar em seu bolso.

— Não vai atender? — exclamou Rem, olhando para o celular.

— É o celular do Kay. — disse Mira, identificando rapidamente.

— Pode ser a Fernanda ou alguma das garotas. — disse Rem, com uma expressão preocupada.

Mira pegou o celular do bolso de Kay.

— É a Fernanda! — disse Mira, olhando para o celular.

— Deve ser sobre o mini-ghoul. Atenda! — disse Ravena, com urgência.

Mira atendeu e colocou no viva-voz.

— Eu preciso que ordene ao mini-ghoul para se acalmar e preciso que tire algumas informações dele! — disse Fernanda, com urgência na voz.

— Então... o Kay está dormindo! — disse Mira, com um tom de frustração.

— Acorda ele! Isso é urgente! — disse Fernanda, impaciente.

— Tá! — respondeu Mira, com determinação.

Ela pegou a garrafa de café e despejou um pouco na xícara, levando-a até o nariz de Kay.

Kay, ainda dormindo, pegou a xícara e bebeu o café.

— Acorda! — exclamou Mira, batendo levemente em Kay.

Mas Kay ainda estava inconsciente. Mira colocou mais café na xícara e repetiu o processo. Kay, novamente, reagiu, bebendo o café, mas continuou inconsciente.

— Ele não está acordando! Começou a dormir há pouco tempo! — disse Mira, frustrada.

— Tenta acordá-lo, isso é urgente. Me liga quando conseguir! — disse Fernanda, ansiosa.

— Tudo bem, mas qual é o problema com o mini-ghoul? — exclamou Mira, colocando mais café na xícara.

— Ele está agitado, mas antes disso, parecia assustado e disse uma palavra: "monarca"! — explicou Fernanda, pela chamada.

— "Monarca"? O que isso significa? — exclamou Mira, com confusão.

— Um soberano! — exclamou Rem, tentando ajudar a entender.

— Isso é para os humanos, mas o que significa para os ghouls? — exclamou Fernanda, com uma dúvida crescente.

— Não tem o mesmo significado? Deve ser por isso que ele ficou com medo! — disse Rem, pensativa.

— Mas isso não faz sentido... Não tem outros ghouls vivos aqui no instituto, então não tem por que ele ficar com medo! — afirmou Fernanda, com uma expressão confusa.

— Foi apenas uma opinião... De fato, um ghoul falando uma palavra humana já é um caso que devemos prestar atenção! — disse Rem, com seriedade.

— Eu informei o capitão sobre vocês já estarem indo para a segunda divisão. Ele disse para manter esse ritmo! Preciso que acordem o Kay para conseguirmos mais informações! — disse Fernanda, com urgência.

— Droga! É a última chance! — exclamou Mira, decidida.

Ela retirou a tampa da garrafa de café.

— Vai mesmo fazer isso? — exclamou Sarah, surpresa.

— Se ele não acordar agora, vai ser só quando chegarmos à base da segunda divisão! — disse Mira, com um sorriso travesso.

Ela colocou a garrafa perto do nariz de Kay. Ele reagiu, segurando a garrafa e bebendo o café.

— Às vezes eu acho que ele perdeu a sensibilidade da garganta e da língua! O café quente, e ele bebendo como se fosse água! — disse Ravena, com uma expressão surpresa.

Kay terminou de beber todo o café da garrafa.

— Eu tomei o café todo? E agora vou ficar sem para o resto da viagem? — exclamou Kay, acordando e olhando para as garotas.

— Ele não parece diferente? — exclamou Sarah, surpresa com a transformação.

— É como energético... Agora ele está animado e cheio de energia! — disse Rem, com um sorriso.

— É por isso que não deixo ele beber o café todo de uma vez! — comentou Mira, com um olhar alerta.

Kay deitou sua cabeça no colo de Mira e pegou o celular dela.

— É tão ruim assim fazer a Mira me dar a garrafa? — exclamou Kay, com um sorriso travesso.

— Preciso que ordene ao ghoul a ficar quieto e tente tirar informações sobre o significado da palavra "monarca". — disse Fernanda, com urgência.

— Tudo bem, coloca na chamada de vídeo e me deixa falar com ele! — disse Kay, puxando a mão de Mira para seu rosto, com um olhar determinado.

— O que deu nele? — exclamou Ravena, surpresa com a mudança repentina de Kay.

— Eu falei... É como um energético. Os batimentos dele estão acelerados, ou seja, o corpo dele está quente! — disse Rem, explicando a situação.

— Quer dizer que ele está...? — exclamou Ravena, com uma expressão de preocupação.

— Bem pouco! — respondeu Rem, com uma risada leve.

Mira estava fazendo cafuné em Kay.

— Ele parece querer ser mimado! — comentou Sarah, com um sorriso.

— Eu disse, é pouco, mas acontece! — respondeu Rem, com um tom brincalhão.

— Mimado? — exclamou Ravena, confusa.

— Pensou que era outra coisa? — exclamou Rem, rindo levemente.

— Ele vai tentar falar com o mini-ghoul! — disse Fernanda, com uma certeza renovada.

— É só colocar perto do microfone, eu vou ativá-lo! — disse um dos cientistas, ajustando os equipamentos.

— Ele está agitado... Sorte que não consegue quebrar isso! — disse Kay, olhando atentamente para a tela.

— Bloqueia a sua câmera, Kay! — sussurrou Ravena, com um tom preocupado.

Kay obedeceu imediatamente. As garotas também se aproximaram, ansiosas para observar a tela.

— Ele está ouvindo, pode falar! — disse o cientista, com uma voz firme.

— Pode falar, Kay! — disse Fernanda, do outro lado da linha, com um tom de confiança.

— Mini-ghoul! — disse Kay, de forma clara e autoritária.

Na tela, o mini-ghoul estava pendurado na barra, parado de repente, como se estivesse esperando.

— Retorne para o centro. Tenho algumas perguntas! — ordenou Kay, mantendo a postura firme.

O mini-ghoul parecia inquieto, mas obedeceu, se sentando lentamente no centro da jaula.

— Bata uma vez na grade para sim e duas vezes para não. Já comeu hoje? — perguntou Kay, com um tom sério, tentando entender o comportamento do ghoul.

O mini-ghoul bateu uma vez na grade com o tentáculo.

— Isso está certo? — exclamou Kay, com uma expressão de dúvida, para a fernanda.

O mini-ghoul bateu uma vez novamente achando que era com ele.

— Está sim! — respondeu Fernanda, afirmando com segurança.

— Por que está agitado? É por causa dessa coisa de "monarca"? — exclamou Kay, com uma voz tensa, enquanto observava o mini-ghoul.

O mini-ghoul bateu uma vez novamente na grade.

— É problema? — exclamou Kay, preocupado.

O mini-ghoul bateu mais uma vez confirmando.

— Esse monarca é um ghoul? — exclamou Kay, franzindo o cenho enquanto olhava a tela.

O mini-ghoul bateu uma vez na grade, confirmando.

— E você está com medo? — perguntou Kay, a voz carregada de tensão.

O mini-ghoul ficou parado, sem responder.

— Ele é forte? — insistiu Kay.

Mais uma vez, o mini-ghoul bateu na grade, confirmando.

— Mais forte que o capitão? — perguntou Kay, com ceticismo.

Dessa vez, o mini-ghoul não respondeu.

— Mais forte que aquele humano que te enfrentou na caverna? — questionou Kay, tentando sondar mais fundo.

O mini-ghoul bateu uma vez, confirmando.

— Tem certeza disso? — indagou Kay, agora com um tom mais grave.

O mini-ghoul bateu novamente, sem hesitação.

— Mais forte que eu? — perguntou Kay, encarando a tela.

O mini-ghoul permaneceu imóvel, hesitante.

— Quando não responde, é porque não tem certeza, certo? — concluiu Kay.

O mini-ghoul bateu uma vez, confirmando sua teoria.

— Isso parece problemático... — murmurou Kay, pensativo.

— Um ghoul mais forte que meu pai? Isso é impossível! — disse Mira, incrédula.

— Também não acredito nisso! — concordaram as outras garotas, junto com Rem.

Kay ergueu o olhar para a tela, a expressão tensa. — Se está agitado agora, quer dizer que esse monarca está indo até aí?

O mini-ghoul ficou parado novamente.

— Não sabe... Consegue localizá-lo? — perguntou Kay.

O mini-ghoul bateu duas vezes, negando.

— Não consegue? Então por que ficou agitado justo hoje? Esse ghoul está agindo? — exclamou Kay.

O mini-ghoul bateu uma vez, confirmando.

— Espera aí! Esse ghoul é inteligente? — Kay perguntou, estreitando os olhos.

Mais uma vez, o mini-ghoul bateu na grade, confirmando.

— E ele consegue ordenar outros ghouls? — insistiu Kay.

O mini-ghoul bateu novamente.

— Tem algum ghoul forte indo pra aí? — questionou Kay, a voz cada vez mais firme.

O mini-ghoul bateu uma vez, confirmando outra vez.

— Esse ghoul é mais forte que o capitão? — perguntou Kay, a dúvida evidente em sua voz.

O mini-ghoul ficou parado.

— Você conseguia localizar esse ghoul antes? — perguntou Kay, tentando encaixar as peças.

O mini-ghoul bateu duas vezes, negando.

— Então, quer dizer que antes você não conseguia, mas agora ele se aproximou mais? — deduziu Kay, os olhos fixos na tela.

O mini-ghoul bateu uma vez, confirmando.

Kay respirou fundo, encarando Fernanda. — Droga... Ligue para o capitão e mande todo o exército retornar e ficar de guarda no reino!

— Eu vou fazer isso. — respondeu Fernanda com urgência.

— Estamos retornando! — anunciou Kay, encerrando a chamada.

— Certo! — respondeu Fernanda antes que a conexão fosse cortada.

Rem observou Kay com uma expressão de dúvida. — Você acredita nisso?

— Ele não tem motivo para mentir. — Kay suspirou, apertando o punho. — Avise Alex e Brenda que estamos voltando para casa.

— Certo! — respondeu Sarah, levantando-se para ir até a cabine do piloto.

— Vou ligar para a Thais. Ela estava em Mineforde. — disse Mira.

— Eu vou tentar ligar para a Fiona. — disse Ravena.

— Expliquem para elas. — ordenou Kay, ajeitando sua postura.

Rem franziu o cenho, olhando para ele. — Vai mesmo acreditar que existe um ghoul mais forte que meu marido?

— Não quero acreditar. — respondeu Kay, com o olhar distante.

Poucos segundos depois, Ravena baixou o celular. — Não está atendendo!

— Aqui também não! — disse Mira, frustrada.

Antes que pudessem reagir, Kay recebeu uma ligação.

— Teve resposta? — perguntou ele, atendendo rapidamente.

— Isso é um problema. Todas as estatísticas dos trajes mostram que os batimentos dos soldados estão elevados. O capitão está em combate! — disse Fernanda, com a voz tensa.

— Pai! — exclamou Mira, alarmada.

Kay respirou fundo. — Liberte o mini-ghoul. Mande ele ir matar esse ghoul. Consegue falar com os capitães?

— Consigo. — respondeu Fernanda.

— Ótimo. Mande separarem dez ghouls e deixar facil fora da base e comece ligando para o capitão Renji, depois Yumi e, por último, Haruki. Deixe outros dez ghouls separados no instituto.

— Eu vou falar com eles, mas... Por quê? — perguntou Fernanda, confusa.

— Eu estou indo na frente. — disse Kay, encerrando a chamada antes de ouvir mais.

Ravena arregalou os olhos. — É mais de um dia de viagem de avião! É impossível!

— Não se preocupe. Vai dar certo. — respondeu Kay, ajustando suas armas.

— Ela está certa. É impossível! Confia no meu marido! — disse Rem, exasperada.

Kay foi até a cabine do piloto e, em poucos segundos, voltou.

— Não é que eu não acredite nele, mas quero ter certeza. — disse ele, decidido.

De repente, a porta traseira do avião começou a se abrir.

— Sarah, use os tentáculos! — ordenou Kay, correndo para o fundo da aeronave.

Sarah prontamente obedeceu, bloqueando a passagem das garotas e impedindo que as coisas caíssem do avião.

— Espera! — gritou Mira, tentando alcançá-lo.

— Eu vou esperar vocês lá, junto dos outros! — disse Kay, colocando a máscara antes de saltar para fora da aeronave.

— Kay! — gritou Rem, irritada.

— Fecha! — ordenou Sarah.

Alex obedeceu, e a traseira do avião começou a se fechar, trazendo calma para dentro da cabine. Sarah retraiu os tentáculos.

— Como sabia que era isso que ele queria? — perguntou Ravena, olhando para Sarah.

— Porque ele é o único que manifesta asas. — respondeu Sarah, cruzando os braços.

— Esse garoto às vezes me irrita... — murmurou Rem.

— Mãe? — chamou Mira, preocupada.

— Vamos voltar. — disse Rem, respirando fundo e se sentando em seu lugar.

Elas não tinham outra escolha a não ser esperar.

— Liga para Fernanda e pede apoio da quinta divisão! — sugeriu Ravena.

— Nós não temos o número dela. — respondeu Mira.

— Liga para a Emília e pede para o rei pedir reforços! — insistiu Ravena.

— Não faça isso. Só vai preocupar as pessoas. Se era para pedir reforços, o Kay teria falado com a Fernanda antes de pular do avião como um louco. — retrucou Rem, irritada.

— Ele não deve ter... — começou Ravena, hesitante.

— Ele é seu namorado. Você devia saber que ele é imprudente e preguiçoso, mas, quando é para matar ghouls e proteger as pessoas, ele bola o melhor plano. — respondeu Rem, com um leve tom de admiração.

De repente, Ravena recebeu uma ligação.

— Número desconhecido! — murmurou Ravena, antes de atender.

— O Kay usou a quebra de limite! — disse Fernanda, na chamada.

— Ele o quê?! — exclamou Ravena, preocupada.

— Quem é? — perguntou Mira.

— O Kay usou a quebra de limite! — repetiu Ravena.

— Isso não! — disse Mira, demonstrando preocupação.

— Ele está bem? — perguntou Ravena, ainda na chamada.

— Parece que os batimentos dele estão elevados, mas já estavam assim no avião, não estavam? — questionou Fernanda.

— Então ele está bem? — insistiu Ravena.

— Sim, por enquanto. Mas isso é algo que ele não deveria usar assim! — respondeu Fernanda.

— Ele vai ficar bem. Libertaram o mini-ghoul? — perguntou Ravena.

— Vão levá-lo na gaiola até perto de Mineforde e soltá-lo lá! — disse Fernanda.

— Sejam rápidos! — exclamou Ravena.

— Estou voltando para a base. Lá é melhor para acompanhar as estatísticas de todos. — concluiu Fernanda.

— Certo! — respondeu Ravena, encerrando a ligação.

— O que ela disse? — perguntou Mira.

— O Kay está bem, e o pessoal do instituto vai levar o mini-ghoul na gaiola e soltá-lo perto de Mineforde. — explicou Ravena.

Enquanto isso, Kay voava em alta velocidade, cortando o céu com as enormes asas do traje, como um verdadeiro anjo sombrio avançando para o campo de batalha.

Cena muda para antes da ligação de Fernanda, em Mineforde.


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