Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 75: Capitulo 75: Princesa Emilia. Kratos e Sarah!



"Entendi. Ela é pequena e fofinha, é por isso que todos pensaram que ela era uma criança." — refletiu Rem, observando Emilia.

— Para de tocar na princesa! — disse Mira, incomodada.

— Tudo bem, ela não está me machucando! — respondeu Emilia, com um sorriso sereno.

"Será que ela vai aguentar?" — pensou Rem, seu olhar agora sério e fixo em Emilia, avaliando-a com cautela.

— Tudo bem, já deu! — cortou Mira, puxando a mãe pela manga e a afastando da princesa

— A pele dela é macia e cheirosa! — comentou Rem, enquanto acariciava delicadamente a mão de Emilia, o que a deixou visivelmente envergonhada.

— Desculpa por ela ser assim! — disse Mira, soltando um suspiro e revirando os olhos.

— Tá tudo bem. — respondeu Emilia, tentando disfarçar o embaraço com um sorriso tímido.

Aproveitando o momento de calmaria, a princesa olhou diretamente para Mira.

— Aproveitando que estamos só eu e seu esquadrão... Ele está bem? — perguntou Emilia, com um tom de preocupação na voz.

— Sim! O Kay continua agindo normal. — respondeu Mira, tranquilizando-a.

— Esse é o meu irmão... Digo, o Kay! — corrigiu-se Emilia rapidamente, soltando uma risada nervosa.

Mira arqueou uma sobrancelha, mas decidiu mudar o foco da conversa.

— E como está indo seu treinamento? — perguntou ela, cruzando os braços enquanto observava a princesa com atenção.

— Eu treinei de novo hoje! Agora consegui executar mais sequências. — disse Emilia, animada, seus olhos brilhando com uma mistura de orgulho e entusiasmo.

— Isso é bom. Continua assim! — incentivou Mira, inclinando-se para fazer um cafuné na cabeça de Emilia.

De repente, Mira afastou a mão e olhou para ela com uma expressão de surpresa e confusão.

— O que eu estava fazendo? — murmurou Mira, claramente desconcertada com sua própria atitude.

Rem soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.

— Por mais que eu saiba que ela tem a mesma idade que a gente, isso não muda o fato de que ela é pequena, fofa, e dá vontade de apertar!

Emilia abaixou a cabeça, as bochechas coradas, mas não pôde evitar um sorriso.

— Acho que isso é minha culpa. Por ser tão imatura, o Kay também achou que eu era uma criança. Mas... Eu fiquei tão feliz de ter feito um amigo que acabei não desmentindo.

— Não se preocupe. Ele agora sabe que você tem quase nossa idade, mas duvido que ele vá te tratar de forma diferente. — disse Mira, cruzando os braços.

— O quê? — exclamou Emilia, com uma expressão triste.

— Digo, ele não vai te tratar mal por você não ser mais uma criança. Ele ainda vai agir normalmente! — corrigiu Mira rapidamente, tentando amenizar a situação.

Emilia abaixou os olhos, parecendo envergonhada.

— Era isso... Eu peço que me perdoe por ter criado esse tipo de sentimento por ele. Juro que não tinha segundas intenções quando começamos a ser amigos! — disse ela, com uma sinceridade quase inocente em sua voz.

— Não vamos falar sobre isso aqui! — cortou Mira, olhando discretamente para os soldados por perto.

Emilia percebeu e, sem querer, ficou ainda mais envergonhada.

— Me desculpa! — murmurou ela, desviando o olhar.

A plataforma finalmente desceu, e o grupo começou a caminhar pela vasta caverna subterrânea. Cientistas e trabalhadores passavam carregando carrinhos de mão cheios de Noxium. Os olhos de Emilia brilhavam de admiração enquanto ela observava o lugar.

— É bonito, mas você deveria ter visto como estava antes, com tantos ghouls por aqui! — comentou Rem, casualmente.

— Não assuste ela! — repreendeu Mira, irritada.

— É verdade, eram muitos. — completou Ravena com um sorriso travesso.

— Você também?! — Mira bufou, exasperada.

Nesse momento, um dos cientistas se aproximou do grupo.

— A caverna está vazia agora. Tapamos a entrada de água. Vai haver um aumento no nível do rio, mas isso não deve causar problemas para a cachoeira onde ele deságua. Por favor, me acompanhem. Quero mostrar algo importante. — disse o cientista.

O grupo o seguiu até uma área mais profunda, onde a água havia recuado, revelando uma mina de Noxium impressionante.

— O buraco aqui é enorme, tanto na entrada quanto na saída de onde a água passava. — explicou o cientista, gesticulando para a área ao redor.

— Acreditamos que alguns ghouls chegaram pela correnteza e acabaram sendo trazidos até aqui. Com o tempo, eles se reproduziram e se multiplicaram. Apesar de não terem órgãos reprodutores, essa é nossa melhor hipótese.

— Por que está nos mostrando isso? — perguntou Ravena, desconfiada.

— Agora, a única forma de ghouls entrarem aqui seria pela entrada superior. — disse ele.

— Ou seja, está sugerindo que nossa presença é desnecessária agora? — perguntou Rem, arqueando uma sobrancelha.

— Não é isso! Apenas estou dizendo que o trabalho de vocês será consideravelmente reduzido. — explicou o cientista.

— Ótimo, assim podemos focar em Mineford! — disse Mira, já se virando para sair.

— Mas eu não quis dizer... — começou o cientista.

— Agora basta manterem a entrada segura. Sem água trazendo ghouls, não há mais ameaça aqui, correto? — continuou Mira, cortando-o.

— Tecnicamente, sim, mas... — tentou insistir o cientista.

— Estamos indo para Mineford então. Com licença! — declarou Mira, saindo da área com passos firmes.

Rem segurou a mão de Emilia com um sorriso, seguindo Mira.

— Tomem cuidado! — gritou Ravena, enquanto também deixava o local com os soldados.

— Que cara rude! — comentou Ravena, irritada enquanto caminhava.

— Eles são assim mesmo. Bastam eliminar a ameaça para quererem assumir o controle de tudo! Esse pessoal nunca muda. — respondeu Rem, balançando a cabeça.

— Entendi... Então é essa a diferença entre vocês. — murmurou Emilia, pensativa.

— Não é só entre guardas e soldados. Nós protegemos as pessoas, mas essas organizações nos tratam como descartáveis. — Ravena parecia genuinamente incomodada.

Sarah, que vinha logo atrás, riu baixo.

— Ela tá mesmo brava! — comentou Sarah, divertida.

— Ela vai te ouvir... — alertou Kratos.

— Está preocupado comigo? Obrigada! — disse Sarah, piscando para ele.

— Ravena é temperamental. Ela facilmente vai descontar a raiva em você. — Kratos comentou, seco.

— Ei, seu maldito, eu estou ouvindo vocês! — gritou Ravena, virando-se com uma expressão furiosa.

Emilia aproveitou para mudar de assunto.

— O que tem naquelas outras passagens?

— Nada de especial. São só áreas iguais a essa, cheias de cogumelos e paredes. — respondeu Sarah, ainda rindo.

— Se escavarem mais, provavelmente encontrarão mais Noxium. — comentou Rem.

— Certeza que farão isso. — disse Mira, com um tom despreocupado.

— Vocês vão mesmo para Mineford? — perguntou Emilia, hesitante.

— Só disse isso para sairmos dali. Claramente não somos bem-vindas. — respondeu Mira, sem rodeios.

Emilia hesitou por um momento antes de pedir:

— Então... poderiam me treinar? Minha mãe disse que o Kay acha que eu me sairia melhor com armas de fogo, mas no castelo não tem nenhuma para eu treinar.

— Imagino que não tenha mesmo. — murmurou Ravena, quase rindo.

— Por favor! — pediu Emilia, olhando com olhos brilhantes e uma expressão irresistivelmente fofa.

Ravena corou ao olhar para a princesa.

— Que expressão é essa? Parece um cachorrinho pidão! — pensou, desviando o olhar.

— Você está fazendo isso de propósito? — perguntou Rem, desconfiada.

— Fazendo o quê? — respondeu Emilia, confusa.

O grupo inteiro ficou sem saber o que dizer, todos pensando a mesma coisa: "Ela realmente não percebeu?"

Mira riu e deu de ombros.

— Tudo bem, né? Deixar ela treinar um pouco não vai fazer mal.

Ravena suspirou, frustrada.

— Ela caiu nesse olhar? — pensou, incrédula.

A cena muda.

— Você não tem casa mais não?! — exclamou a rainha durante a chamada de vídeo, sua expressão de reprovação evidente na tela.

— Me desculpa! Eu fiquei aqui na base treinando com os soldados e nem percebi a hora... — respondeu Emilia, ajeitando o cabelo e tentando parecer inocente.

— Volta logo antes que seu pai tenha um treco! — disse a rainha, em tom severo, mas com um fundo de preocupação.

— Estou retornando! — confirmou Emilia, um pouco constrangida.

Ela desligou o celular e olhou ao redor, percebendo que os soldados e guardas presentes a encaravam com expressões de surpresa e admiração.

— Acho que ele tinha razão... Eu sou melhor com armas, mas essa aqui é muito pequena. — comentou Emilia, devolvendo a pistola para um dos soldados enquanto inspecionava a arma com curiosidade.

Rem observava de longe, ainda processando o que acabara de ver.

— Até nos alvos mais distantes, ela conseguiu acertar. Bastaram poucas tentativas para se acostumar... Que tipo de treino o Kay passou para ela?! — pensou Rem, surpresa com a habilidade inesperada da princesa.

Emilia sorriu para o grupo, limpando a poeira das mãos.

— Minha mãe pediu para eu voltar. Eu me diverti muito hoje, obrigada! — disse ela com um brilho nos olhos, sua voz cheia de gratidão.

— Entendo. Ficamos realmente muito tempo aqui. — respondeu Mira, cruzando os braços e lançando um olhar leve para Emilia.

— Vamos treinar novamente outro dia! — sugeriu Emilia, cheia de entusiasmo.

— Quer que nossa equipe acompanhe você? — perguntou Mira, erguendo uma sobrancelha.

— Não precisa, podem descansar. — respondeu Emilia, com um aceno gentil.

— Tudo bem, então voltem com cuidado. — disse Mira, despedindo-se com um aceno firme.

Os soldados começaram a recolher o equipamento, enquanto Emilia partia com os guardas.

— Ela lidou bem com aquilo, mesmo agora estando cercada de guardas... — disse Mira, observando a cena com um olhar atento.

Kratos, ao seu lado, também observava a princesa, mas com um olhar mais crítico.

— É verdade. E está vendo aquele à direita dela? — ele apontou discretamente para um dos guardas que acompanhava Emilia. — Ele é um guarda conhecido, um dos mais leais à família real. Um dos que mais agiu em prol da realeza nos últimos tempos.

Rem, que estava ouvindo atentamente, não pôde deixar de soltar uma risada baixa.

— Mas não pode negar, ela é uma pessoa interessante! — disse Rem, com um sorriso divertido.

A cena muda.

— Você não tem casa mais, não? — exclamou a rainha durante a chamada.

— Me desculpa! Eu fiquei aqui na base treinando com os soldados e nem percebi a hora — respondeu Emilia, apressada, segurando o celular.

— Volta logo antes que seu pai tenha um treco! — disse a rainha, em tom sério.

— Estou retornando! — garantiu Emilia antes de desligar o celular.

Os soldados e guardas ao redor observavam a princesa com expressões de surpresa. Um silêncio constrangedor se instalou, mas logo foi quebrado pela própria Emilia.

— Acho que ele tinha razão... Eu sou melhor com armas, mas essa aqui é muito pequena! — comentou ela, devolvendo a pistola a um dos soldados.

"Até nos alvos mais distantes ela conseguiu acertar... Bastaram poucas tentativas para se acostumar. Que tipo de treino o Kay passou para ela?" — pensou Rem, impressionada.

— Minha mãe pediu para eu voltar. Eu me diverti muito. Obrigada! — disse Emilia, sorrindo gentilmente.

— Entendo. Ficamos bastante tempo aqui — disse Mira, olhando para o céu. — Vamos treinar novamente outro dia?

— Com certeza! — confirmou Emilia, ainda animada.

— Quer que nossa equipe acompanhe vocês? — perguntou Mira.

— Não precisa, podem descansar. Obrigada mesmo assim! — respondeu Emilia, com gratidão.

— Tudo bem. Voltem com cuidado! — disse Mira.

Enquanto a princesa se retirava com os soldados.

— Ela lidou bem com aquilo... Mesmo agora, ela está andando com guardas — comentou Mira, observando à distância.

— É verdade. E está vendo aquele ali, à direita? É um dos guardas mais leais à família real. Ele já agiu inúmeras vezes em prol da realeza — disse Kratos, apontando discretamente.

— Mas não dá para negar que ela é uma pessoa interessante! — completou Rem, com um leve sorriso.

Mais tarde, em cima da muralha de Mineford o grupo esta vigiando para que os soldados pudessem almoçar.

— É bem alto aqui, né? — comentou Kratos, olhando para baixo.

— Verdade! — respondeu Sarah, admirando a paisagem. — Aliás, você percebeu que estamos sempre caindo na mesma equipe?

— Sim, isso tem acontecido com frequência — respondeu Kratos, pensativo.

— Talvez seja obra do destino! — brincou Sarah, rindo.

— Destino? — Kratos franziu a testa, refletindo.

"Ele está levando a sério? Eu só quis fazer uma piadinha!" — pensou Sarah, sem graça.

— Não pense tanto! Eu só estava brinca... — começou ela, mas foi interrompida.

— Eu aceito. Mas não imaginava que freiras podiam namorar — disse Kratos, sério.

— Eu não sou uma freira! — respondeu Sarah, levemente irritada. — Aliás, estou aqui no exército matando monstros. Casar seria o menor dos meus problemas!

— Mas é uma coisa boa o que você está fazendo. Mesmo que os métodos sejam um pouco brutais, você está salvando pessoas. E não é isso que faz uma igreja? — disse Kratos, com sinceridade.

Sarah ficou surpresa, mas logo riu.

— "Salvar pessoas", né? Acho que você tem razão. Mas não é bem esse tipo de salvação que fazemos na igreja — respondeu ela.

— Tenho certeza que não — concordou Kratos.

"Espera... Eu me foquei no comentário da freira, mas ele disse que aceita. Aceita o quê?" — pensou Sarah, confusa.

— Deixando esse assunto para depois, vamos focar na missão — finalizou Kratos.

Sarah se afastou, sem dizer mais nada.

"Eu falei algo errado?" — pensou Kratos, ainda mais confuso.

Em outra parte da muralha...

— Por que? Por que eu tenho que ficar sozinha com a mãe da Mira? E ela está sorrindo? Ela vai fazer alguma coisa!" — pensou Thais, observando de canto.

— Aqui é bem alto, né? Eu me lembro de quando tínhamos que focar trocando turnos para fazer vigilância o tempo todo! — comentou Rem, nostálgica.

— Não era sempre com câmeras e armas automáticas? — perguntou Thais.

— Na época estavam começando a implementar isso, mas ficamos bons tempos fazendo tudo manualmente — respondeu Rem.

— Entendo. Antes era mais complicado — disse Thais.

— A tecnologia avança mesmo. Espero conseguir aprender a fazer os tentáculos também — comentou Rem.

— Certeza que o Kay vai te ensinar. Ele se preocupa muito com vocês — disse Thais.

— E agora vai se preocupar ainda mais com você! — disse Rem, com um sorriso sugestivo.

— Sim, mas não vamos falar do Kay durante a missão! — respondeu Thais, desviando o olhar.

— Tudo bem. Eu cuidei do Kay e ele agora é praticamente meu filho. Então espero que você também se torne minha filha, casando com ele! — declarou Rem, em tom provocativo.

Thais ficou vermelha e desviou o olhar, sem conseguir responder.

— Você deixaria a Mira engravidar primeiro? — continuou Rem, divertida.

Thais ficou ainda mais corada.

— Senhora, não vamos falar disso agora, okay? Tudo que fiz com o Kay foi receber um beijo. Nem fomos a encontros, nem estou usando aliança. Então, por favor, não fale de filhos por enquanto! — implorou Thais.

— Entendo. Quando vocês fizerem isso, então voltamos a esse assunto! — disse Rem, com naturalidade.

— Eu preferia que não falasse mais nisso... — murmurou Thais, ainda corada.

— Okay! — respondeu Rem, com um sorriso malicioso.

— Posso te perguntar uma coisa? — exclamou Thais, hesitante.

— Já te falei, no futuro você também será minha filha, então não se acanhe! — respondeu Rem, sorrindo.

— Como foi isso com o capitão? — perguntou Thais, curiosa.

Rem parou, em silêncio, enquanto Thais a observava, preocupada.

"Eu não deveria ter perguntado isso!" — pensou Thais, mordendo o lábio.

— Você quer saber como foi nossa primeira noite? — perguntou Rem, com um sorriso provocador.

— Não foi isso! Eu queria saber como conheceu o capitão e como começaram a namorar! — disse Thais, envergonhada, desviando o olhar.

— Eu sei, só estou brincando! — respondeu Rem, rindo suavemente.

"A Mira e o capitão são tão sérios... Por que a mãe dela é assim?" — pensou Thais, confusa.

— Conheci ele no exército. Na época, éramos apenas dois recrutas que nem se conheciam. Acho que nosso amor nasceu da persistência e da rivalidade do meu marido! Vamos voltar no tempo... — disse Rem, olhando para o horizonte com um sorriso nostálgico.

Flashback: os primeiros dias dos recrutas na base do exército.


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