Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 74: Capítulo 74: Sayonara Slayer!



A cena muda para uma cela na prisão, onde o ambiente úmido e austero é iluminado por uma única lâmpada fraca. As paredes de pedra revelam a frieza e a hostilidade do lugar. No centro, duas camas simples com colchões finos estão dispostas, separadas por um pequeno espaço que mal permite movimentação.

Kay, algemado e com uma expressão tranquila, está observando o homem à sua frente, cujo olhar desconfiado o examina como um predador.

— Eu sou Kay. Parece que vamos ser colegas de quarto! — disse Kay, como se aquele ambiente não o intimidasse.

"Um garoto? Que crime ele cometeu para vir parar aqui comigo?", pensou Gargamel, um assassino notório, enquanto o analisava em silêncio.

— Não se importe comigo, vamos nos dar bem! — continuou Kay, com um sorriso amigável que parecia desarmar qualquer ameaça.

Gargamel franziu o cenho, desconfiado.

— Essa é uma prisão para pessoas perigosas, como eu. O que você fez para vir parar aqui? — perguntou, sua voz carregada de ceticismo.

— Eu meio que perdi o controle quando machucaram uma pessoa importante. Qual das duas é sua cama? — perguntou kay, casualmente.

— A da direita. — Gargamel respondeu, observando-o com mais intensidade. "Esse garoto... Não é comum. A aura que ele passa é de alguem habilidoso" — pensou Gargamel.

— E então, o que você fez para estar aqui? — perguntou Kay, erguendo uma sobrancelha. — O jeito que você me encara me lembra um amigo meu. Você também é um assassino?

Gargamel sorriu de forma sombria.

— Tem um amigo assassino? Qual é o nome dele?

— Slayer. — respondeu Kay, sem hesitar.

Os olhos de Gargamel se estreitaram ao ouvir o nome.

— Slayer? Impossível! Por que ele seria amigo seu? Ele disse que iria para o exército! — exclamou Gargamel, surpreso.

— Imaginei que era o caso. Você o conhece, não é? Eu também sou um soldado. — disse kay, casualmente

Gargamel riu baixinho, mas havia um tom perigoso em sua voz.

— Não fale besteira. Por que um soldado estaria aqui? — questionou.

Kay olhou para o teto, com um sorriso quase inocente.

— Eu já falei: só perdi o controle. O Slayer é bem habilidoso, sabe? Ele mata ghouls com uma facilidade impressionante.

"Ele é mesmo amigo do Slayer?", pensou Gargamel. — Ele é meu primo. Mas, me diga: se você é superior a ele, por que estaria na prisão? Se tivesse matado alguém, seria executado, não preso.

— É temporário. Logo vou sair. — respondeu Kay, com simplicidade.

— Entendo. Apenas para manter as aparências. E como está meu primo? — perguntou Gargamel, relaxando levemente a postura.

— Está bem. Ele se deu bem com os outros soldados. — Kay respondeu, com um pequeno sorriso.

Gargamel assentiu, pensativo.

— Bom ouvir isso. Mas, é curioso... Para alguém da idade dele ter um superior tão jovem como você, deve ser bem habilidoso.

Kay riu.

— Você também usa aquelas roupas que parecem de ninja? — perguntou, mudando de assunto.

Gargamel franziu o cenho.

— Não são de ninja. São para manter nossa aparência oculta. Assim, em missões de infiltração, ninguém nos reconhece.

— Interessante. Nós também temos algo parecido. A mídia vive em cima da gente, então usamos máscaras para esconder nossa aparência. Dá trabalho. — disse Kay, suspirando.

Gargamel riu pela primeira vez, de forma mais relaxada.

— Um soldado que não quer fama... Isso soa como algo que o Slayer faria. Quando o vir de novo, diga que mandei um abraço.

— Pode deixar. — Kay respondeu, deitando-se na cama com a mesma tranquilidade. Ele fechou os olhos, bocejando. — Vocês, fora de missão, são bem comunicativos, não é? — completou, sonolento.

Gargamel observou Kay em silêncio, intrigado. "Ele é diferente... Algo nele me inquieta", pensou, antes de voltar sua atenção para a cela escura e fria.

Mais tarde, naquela noite, Kay dormia profundamente.

— Está na mesma cela que um assassino e ainda assim dorme tranquilamente... Esse garoto é esquisito! — pensou Gargamel, deitado, observando Kay.

Sua atenção se desviou quando, ao longe, ele ouviu passos.

— Tem pessoas vindo... Não parece pesadas... Droga, são criminosos! — pensou Gargamel, tenso.

Os passos se aproximavam cada vez mais.

— Parece que estão vindo diretamente para esta cela! — pensou Gargamel, fingindo estar dormindo.

Os quatro criminosos pararam em frente à cela e destrancaram a porta.

— Por que eles têm a chave? Parece suspeito... Estão agindo com os guardas ou roubaram a chave deles? Como vieram diretamente para esta cela? Deve ser algo dos guardas... Mas por quê? — pensou Gargamel, alerta.

Os criminosos deram um passo para dentro e fecharam a cela. Todos sacaram facas.

— O que estão fazendo? Se querem confusão, recomendo que saiam daqui! — disse Gargamel, levantando-se rapidamente.

— Fica fora disso, assassino! Nosso assunto é com esse soldado! — gritou um dos criminosos.

— Facção Yeger... O que vão ganhar matando esse soldado? — exclamou Gargamel, desconfiado.

— Isso não é da sua conta. Fique fora disso, se não quiser antecipar sua sentença! — ameaçou o criminoso, avançando com a faca.

— Eu não me importo. Minha sentença é amanhã mesmo! — respondeu Gargamel, sem se intimidar.

— Sabe o que esse garoto fez para estar aqui? Ele matou um dos guardas no castelo e parece que os guardas aqui querem vingança! — disse o criminoso, com um sorriso sádico.

— Entendo, então foi isso que aconteceu. Mas parece que ele é amigo de um parente meu, então não vou deixar que matem ele! E como estou indo para a cadeira elétrica amanhã, não me importo nem um pouco de matar vocês. Recomendo que vão embora! — disse Gargamel, sua voz firme e carregada de desprezo.

Os criminosos, visivelmente irritados, apontaram suas facas para ele.

— Não diga que não avisei! — Gargamel disse com um sorriso sombrio, ajustando sua postura

O primeiro criminoso tentou atacar com um golpe vertical, mas Gargamel se abaixou de forma ágil, desferindo um soco direto no abdômen do atacante. O homem foi lançado para trás, caindo no chão, arfando e sem fôlego.

Sem dar tempo para o segundo criminoso reagir, Gargamel girou rapidamente, usando a força do movimento para agarrar o punho da faca que vinha em direção ao seu peito. Ele torceu o braço do criminoso até que o ouviu estalar, antes de arrancar a faca de sua mão e cravá-la no pescoço do homem.

— Um de vocês já foi... Vamos ver quem vai ser o próximo! — Gargamel murmurou, sua voz calma, mas sua presença dominadora.

O terceiro criminoso, mais cauteloso, tentou uma série de estocadas rápidas, tentando surpreender Gargamel. Mas o assassino parecia antecipar cada movimento. Com uma velocidade impressionante, ele esquivou-se, esquivando-se da lâmina, até alcançar o criminoso. Um movimento preciso de seus dedos arrancou a faca da mão do homem, e, em seguida, um golpe mortal na garganta do inimigo silenciou qualquer tentativa de resistência.

Agora restava apenas um. O último criminoso, tremendo de medo, recuou, tentando buscar uma vantagem. Gargamel, no entanto, já estava em sua frente, antes mesmo que ele pudesse levantar os braços. Com um golpe rápido e mortal, Gargamel cravou a faca no estômago do homem, fazendo-o cair de joelhos, o sangue se espalhando pelo chão frio da cela.

— Acabou... — disse Gargamel, limpando a lâmina da faca na roupa do último criminoso, sem sequer olhar para ele.

Os corpos dos quatro criminosos estavam espalhados pela cela, uma cena macabra de violência rápida e eficaz. Gargamel olhou para Kay, ainda dormindo, e então deu um último olhar para os corpos caídos.

— É assim que se trata com vermes como vocês... — murmurou para si mesmo, antes de se recostar novamente na cama, como se nada tivesse acontecido.

Na manhã seguinte, três guardas estavam em frente à cela, observando a cena com olhares atentos.

— Estão atrasados, eu matei todos eles ontem, senhores guardas corruptos! — disse Gargamel, com um sorriso sádico, enquanto olhava para os corpos espalhados pela cela.

Um dos guardas, fingindo não saber de nada, gritou, ordenando que ele erguesse as mãos e soltasse a faca enquanto apontava sua arma para dentro da cela.

— Erga as mãos e solte a faca! — gritou o guarda, sua voz autoritária, mas tremendo ligeiramente.

Gargamel obedeceu, colocando as mãos na cabeça com um movimento rápido. Outro guarda abriu a cela, e o que estava com a arma ordenou que Gargamel saísse de costas, com as mãos acima da cabeça.

Gargamel seguiu a ordem, sem demonstrar resistência. Um dos guardas colocou as algemas nele enquanto outro se apressou para pegar a chave da cela, que estava caída ao lado do cadáver de um dos criminosos. O guarda olhou para Kay, que ainda dormia profundamente, sem nenhuma marca de sangue em seu corpo.

— O que está acontecendo aqui? — exclamou mais soldados, que se aproximaram rapidamente.

— Senhor! — disseram os guardas, batendo continência.

— O que aconteceu? — exclamou o oficial responsável pela prisão, sua voz autoritária.

— Essa cela foi atacada, e parece que esse criminoso matou os outros! — disse um dos guardas, apontando para Gargamel.

— Sua sentença é hoje! Por que fez isso? — questionou o oficial, perplexo.

— Parece que esses três queriam matar o soldado que chegou ontem. Eles até entregaram a chave da cela para a facção Yeger. Mas eu odiaria perder meu colega de quarto no primeiro dia, então acabei matando todos eles enquanto o soldado dormia. — disse Gargamel com um sorriso frio e desprezante.

— Nós chegamos e vimos os corpos! Esse assassino está mentindo! — retrucou um dos guardas, com raiva crescente.

— Levem-no para a cadeira elétrica! — ordenou o oficial responsável pela prisão.

— Certo! — disseram os três guardas, prontos para cumprir a ordem.

— Esperem! Vocês três não! Tenho algumas perguntas! — exclamou o oficial, detendo os guardas antes que saíssem com Gargamel.

Outros dois soldados se aproximaram, levando Gargamel, enquanto os outros algemaram os três guardas corruptos.

— Senhor, vai mesmo acreditar em um criminoso? — exclamou um dos três guardas, tentando se defender.

— Não deixem que machuquem o soldado! Foi a ordem do meu superior no castelo. Vocês três estão presos! Levem-os! — ordenou o oficial, com firmeza.

— Isso é um engano! Não estamos envolvidos com isso! — gritaram os soldados, debatendo-se enquanto eram algemados.

Enquanto passavam pelas celas, os criminosos batiam nas grades, zombando dos guardas que agora estavam sendo presos.

— Levem o soldado para uma cela sozinho e tranquem bem. Isso não pode acontecer novamente! E limpem esta cela! — disse o oficial responsável pela prisão, com autoridade.

— Certo! — responderam os guardas, entrando na cela.

O oficial se retirou, e a cena mudou.

Na cadeira elétrica...

— Quais são suas últimas palavras? — exclamou o oficial responsável pela prisão, encarando Gargamel com um olhar implacável.

— Você poderia escrever elas e entregar a carta para aquele soldado? — disse Gargamel, com um sorriso enigmático, preso na cadeira elétrica, sua voz calma, mas carregada de um tom desafiador.

— Gargamel, o assassino... Não achei que você tivesse coração para se importar com outra pessoa! Tudo bem, veja isso como uma recompensa por ter protegido o soldado!. Anotem as palavras dele! — disse o oficial, sua voz cheia de desdém, mas com uma pitada de curiosidade.

— Obrigado. Aqui estão as minhas últimas palavras. Olá, primo... — disse Gargamel, com um sorriso tranquilo, sua voz calma e séria.

Alguns minutos depois, a sala foi tomada por uma luz clara e impiedosa.

— Cuidem do resto! — ordenou o oficial, sua voz firme, enquanto a atmosfera tensa envolvia a sala.

Ele pegou a carta com uma expressão impassível e se retirou.

Então essas são as últimas palavras de um assassino... — pensou o oficial, guardando o papel cuidadosamente no bolso, seu olhar pensativo, mas com um toque de desdém.

Algumas horas depois, o helicóptero pousou na base.

Mira saiu de dentro dele, acompanhada por Rem.

— Bem-vindas de volta! Como foi lá? — exclamou Ravena, com um sorriso de recepção.

— Ele está bem, continua agindo normal! — disse Mira, com um olhar sereno.

— Entendo! — respondeu Ravena, assentindo.

— Kay disse que conheceu seu primo Slayer. Ele me pediu para entregar essa carta a você. — disse Mira, estendendo a carta para Slayer.

— Meu primo? — exclamou Slayer, confuso, enquanto pegava a carta com a mão firme.

Ele abriu a carta e, enquanto lia, sua expressão se tornou mais sombria. Ao terminar, apertou a mão, amassando ligeiramente o papel.

— Entendi... Obrigado por isso, Mira! — disse Slayer, com calma, guardando a carta.

— Tudo bem! — respondeu Mira, evitando tocar em mais detalhes sobre o conteúdo.

— Nosso esquadrão está responsável por acompanhar a exploração na caverna. O capitão e os demais já partiram para Mineford. — comentou Ravena, seu tom sério e direto.

— Entendo, vamos indo! — disse Mira, ajustando sua postura.

— Acabaram de voltar, não querem fazer uma pausa? — exclamou Ravena, observando as duas.

— Não fizemos nada demais, só levamos a garrafa e conversamos com ele! Podemos ir! — disse Mira, de maneira decidida.

— Entendo, então vamos! — respondeu Ravena, entrando no helicóptero com sua arma.

— Ele fica bem de laranja? — perguntou Thais, com uma leve risada.

— Não diria que aquela roupa combina com ele, mas o laranja dá um toque chamativo! — respondeu Mira, com um sorriso divertido.

Thais sorriu e entrou no helicóptero com suas armas.

Assim que todo o quinto esquadrão entrou, o helicóptero deu partida, seguindo em direção ao vilarejo.

As divisões estavam se preparando para iniciar os treinamentos, enquanto isso, a sexta divisão continuava em suas missões. No vilarejo estava cheio de caminhões e helicopteros.

— Por que você está aqui? — exclamou Mira, ajustando a máscara enquanto observava a figura à frente.

— Olá, Quinta Divisão. Acompanharei a exploração hoje como representante da família real. — respondeu Emilia, caminhando com postura elegante, acompanhada por um grupo de guardas armados.

— Qual motivo traria a princesa para um lugar perigoso como esse? — indagou Rem, lançando um olhar analítico para a comitiva.

Emilia desviou o olhar por um momento, refletindo: "Essa voz... Então essa é a mãe da Mira. Ela é tão bonita!" — pensou, impressionada. Então, com um sorriso sereno, respondeu:

— Quero amenizar as tensões com os soldados. Oficialmente, é um gesto para o público ver que a família real não guarda rancor contra o exército.

— E extraoficialmente? — perguntou Rem, estreitando os olhos com leve desconfiança.

— Quero aprender mais sobre operações militares para ajudar o reino no futuro. — disse Emilia, com sinceridade em seu tom.

Rem deu um sorriso de canto.

— Gostei dela. Eu ajudo na sua guarda pessoal.

— Ter a habilidosa esposa do capitão Takemichi me protegendo é uma honra. Fico agradecida! — respondeu Emilia, inclinando levemente a cabeça em sinal de respeito.

Mira permaneceu em silêncio, mas seus pensamentos eram claros: "Tenho certeza de que ela quer aprontar alguma coisa. Mas, pelo menos, eu não preciso me preocupar com a segurança de Emilia enquanto a Rem estiver por perto."

Ravena se posicionou à frente, com autoridade no tom:

— Quero segurança na entrada, na cidade e dentro da caverna. Alpha 9, Alpha 10, Alpha 8 e Alpha 11, mantenham a segurança na cidade. Alpha 5, Alpha 4, Alpha 12 e Alpha 13 mantenham a vigilância aqui na entrada. O restante venham comigo para dentro da caverna. Não quero nenhuma brecha!

— Certo! — responderam os soldados em uníssono, preparando-se para cumprir as ordens.

— Você vai entrar? — perguntou Rem, com um sorriso descontraído, enquanto ajustava sua arma.

— Eu posso? — respondeu Emilia, com os olhos brilhando de expectativa.

— Claro! — disse Rem, estendendo a mão de forma amistosa.

— Por favor! — exclamou Emilia, aceitando o gesto com um leve aceno de cabeça.

— Está decidido. Vamos entrar! — afirmou Rem, segurando a mão da princesa e liderando o grupo.

O grupo seguiu rumo à plataforma que os levaria para as profundezas da caverna subterrânea. Assim que começaram a descida, o silêncio foi tomado por uma leve vibração da estrutura metálica, acompanhada pelos ecos da caverna ao redor.


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