Chapter 70: Capítulo 70: Informação vazada mas por quem?
A cena muda, e agora vemos o interior da casa.
— Só essas roupas? — exclamou Kay, observando as roupas de Rem, ainda espalhadas pela casa.
Rem olhou para ele com um sorriso travesso.
— Não me olha assim, uma dama tem que ter várias opções de roupa para usar! — respondeu ela, com um tom brincalhão.
Kay arqueou uma sobrancelha, com um olhar de desconfiança.
— Você sabe que na maior parte do tempo vai estar usando essas mais finas do exército ou o traje! — disse Kay, com um sorriso irônico.
— Nunca se sabe quando vai precisar de uma muda de roupa diferente! — retrucou Rem, com uma risada.
Kay cruzou os braços, olhando para ela de forma pensativa.
— E quando você voltar para casa, vai levar essas roupas ou vai vestir tudo o que tem aqui? — exclamou Kay, com um sorriso divertido.
Rem riu, balançando a cabeça.
— Você está certo! Me ajuda a guardar tudo de novo! — disse Rem, começando a recolher as roupas com a ajuda de Kay.
Minutos depois, a cena muda para a cozinha, onde Mira aguarda impaciente.
— Acabaram? — exclamou Mira, com a voz alta, já se impacientando.
Kay estava sentado à mesa, visivelmente cansado, mas ainda divertido.
— Ela ainda está escolhendo! — disse Kay, com um suspiro, enquanto olhava para a pilha de roupas.
Mira bufou, com um olhar irritado.
— Ela não vai usar quase nada daquilo! — disse Mira, com uma risada nervosa.
Kay deu de ombros, como se já soubesse o que esperar.
— Eu avisei para ela, mas ela é teimosa! — disse Kay, com um sorriso despretensioso.
— Deixa ela, daqui a pouco ela termina! — disse Mira, enquanto servia um pouco de café recém-feito para Kay.
— Obrigado, amor! Eu tô cansado... — Kay se ajustou na cadeira, deixando-se cair um pouco, sentindo o peso do dia.
— Agora vai ter que lidar com minha mãe todo dia! — disse Mira, sentando-se ao lado dele, com um sorriso travesso.
Kay deu um suspiro profundo, o cansaço evidente nos ombros.
— É melhor do que deixá-la sozinha aqui, mas ela vai se colocar em perigo no exército, e dói ter que pensar nisso... — Kay não conseguiu esconder a preocupação, os olhos distantes enquanto pensava no futuro incerto.
Mira o olhou com uma expressão firme.
— Minha mãe é forte, você sabe disso! Ela vai ficar bem. E se der meu posto para ela, aí ela pode ficar mais perto do meu pai e eu, mais perto de você! — Mira sorriu, mas a preocupação ainda estava visível em seus olhos.
Kay deu uma risada baixa, mas sem muito humor, sabendo que era mais fácil falar do que fazer.
— Agora não vai ser fácil você deixar esse cargo... mas pode ficar próxima de mim quando quiser! — Kay pegou a xícara de café, levando-a até os lábios, sentindo o calor acalmando seus nervos.
— Se meu pai não tivesse anunciado tudo na frente de todo mundo, eu ainda poderia desistir... — disse Mira, olhando para a mesa, as palavras saindo com um toque de frustração.
Kay olhou para ela com compreensão.
— Era a melhor hora para anunciar uma notícia dessas, eu entendo o seu pai. E, aliás, é só deixar sua mãe ajudando seu pai na base que tudo vai ficar bem! — ele tentou tranquilizá-la, sabendo que sua mãe tinha um papel importante, mesmo que tivesse se empolgado com a ideia de lutar.
Mira levantou uma sobrancelha, um pouco cética.
— Minha mãe cuidando de papelada? Acho difícil imaginar, ainda mais agora que ela tá empolgada para lutar! — Mira riu levemente, mas o pensamento de sua mãe no campo de batalha ainda a preocupava.
Kay a olhou com um sorriso gentil, tentando tirar a tensão do momento.
— Com seu pai ou com a gente, vocês duas estarão protegidas. — disse Kay, bebendo um gole do café que ela havia preparado. — Eu vou dar meu melhor para garantir que nada aconteça com vocês.
Mira suspirou, a dúvida ainda no fundo de seus olhos.
— Eu tô preocupada com o resultado da reunião... — ela olhou para ele com um olhar ansioso, sem saber o que esperar.
Kay a encarou com firmeza, tentando tranquilizá-la.
— Não tema. Seu pai já falou que não vou morrer. Eu posso ficar preso por alguns dias, mas eu dou um jeito de escapar pra te ver! — Kay sorriu de forma leve, tentando fazer com que Mira se sentisse mais segura, embora soubesse que não deveria falar assim.
Mira imediatamente o repreendeu.
— Não faça isso! Se não, vão aumentar seu tempo! — ela se levantou, a preocupação tomando conta de suas palavras.
Kay riu, mas com um tom de leveza e paciência.
— É verdade! Vamos ficar bem. Eu cumpro a pena e depois volto pra você! — Kay colocou a xícara de café na mesa, olhando-a com um olhar determinado. — Acredite, eu não vou deixar você sozinha por muito tempo.
Mira, visivelmente mais tranquila, suspirou fundo.
— Meu pai vai tentar conseguir permissão pra eu ao menos visitar você lá. Assim eu levo café pra você! — disse Mira, com um sorriso mais suave.
Kay sorriu de volta, seus olhos suavizando.
— Obrigado! — disse ele, genuinamente grato.
— Eu tenho uma mulher incrível! — disse Kay, se vangloriando, com um sorriso de confiança.
Mira olhou para ele, sua expressão de repente séria.
— Você já pensou em ter outra garota? — exclamou Mira, a dúvida clara em sua voz.
Kay sentiu uma mudança instantânea no clima. "O que está acontecendo?" pensou, a preocupação se instalando em seu peito.
De repente, a porta da cozinha se abriu, e Rem entrou, sentindo a tensão no ar.
— Eu acabei de terminar, e que clima pesado é esse? — exclamou Rem, olhando de um para o outro com um sorriso desconcertante.
Mira, no entanto, não se abalou e fixou os olhos em Kay, esperando por uma resposta.
— Me responda, Kay! — disse Mira, sua voz firme, quase desafiadora.
Kay estava confuso, tentando entender a razão por trás da pergunta.
— Outra garota? Eu... não entendi! — respondeu Kay, perplexo.
Rem, intrigada, pegou um pouco de café e se sentou à mesa, observando a troca silenciosa entre eles.
— Outra garota, outra namorada! Já pensou nisso? — insistiu Mira, a tensão aumentando.
Kay olhou para ela, ainda sem entender a seriedade do questionamento.
— Eu não... nem pensei em ter uma namorada até sentir ciúmes de você. Por que eu teria outra garota? — exclamou Kay, como se a ideia fosse absurda.
Mira, no entanto, não parecia satisfeita com a resposta.
— E se alguma garota da nossa divisão se declarar para você? O que faria? — a pergunta foi direta, um desafio em seu tom.
Kay a encarou por um momento, antes de responder com convicção.
— Não se preocupe com isso. Tirando você, é impossível outra garota se apaixonar por mim. Ainda mais as que sabem como eu sou! — disse Kay, a confiança transbordando em suas palavras.
Rem, que observava tudo com um sorriso travesso, pensou consigo mesma. "Eu sabia, ele não percebeu. Ele é realmente desligado!"
— Suponhamos, apenas suponhamos que a Thais goste de você, o que não é o caso, é só uma suposição! — disse Mira, com um olhar fixo em Kay.
"Por que ela repetiu isso?" pensou Kay, confuso.
— Você aceitaria a declaração dela? — exclamou Mira, desafiando-o.
— Já é difícil agradar uma, imagina duas! — disse Kay, com um sorriso nervoso.
Rem, que estava distraída, cuspiu o café e começou a rir.
— Me desculpem, fingem que eu não estou aqui! — disse Rem, tentando conter o riso.
— Idiota! — disse Mira, irritada.
— Eu falei algo errado... me desculpa! — respondeu Kay, tentando se desculpar.
Rem limpou rapidamente a mesa, ainda rindo.
— Deixa eu te ajudar com isso! — disse Rem, tentando controlar a bagunça.
— Já ajudou demais! Olha como acabamos nessa situação! — disse Mira, frustrada.
Kay, ainda sem entender, olhou para Rem, que agora parecia mais séria.
— Kay, você quer ter um harem? — exclamou Rem, de repente.
Kay ficou em choque.
— Rem? — exclamou Kay, sem acreditar.
— Essa garota não vai dar conta de você sozinha, por mais que ela te conheça bem. Se você tivesse mais garotas, elas poderiam te manter na linha quando minha filha não estiver por perto! — disse Rem, com um tom que sugeria que já tinha pensado muito sobre isso.
"Pior que ela tem razão... eu não vou dar conta sozinha. Mas deixar outra garota ficar com o Kay? Eu não quero isso!" pensou Mira, eufórica.
— Entendo... Eu sei que estou te dando tanto trabalho, mas precisar de outra garota para me manter na linha? Me desculpa, Mira, eu não vou mais te causar problemas! — disse Kay, com um tom arrependido.
— Kay? — disse Mira, emocionada.
— Isso é impossível! — exclamou Rem, ainda incrédula.
— Não atrapalha, mãe! Você tinha que ficar do lado da sua filha! — disse Mira, mais agitada agora.
— Kay, você me vê como uma mãe mesmo? — exclamou Rem, surpresa.
— Você cuidou de nós desde que minha mãe morreu, então acabei tendo essa visão! — disse Kay, sem hesitar.
— Então, quando você se casar, vai ser oficialmente da minha família. Eu sempre quis ter mais filhas! Então, sai por aí casando com todo mundo e traga vários netinhos para mim! — disse Rem, empolgada, como se fosse uma ordem.
Kay e Mira se entreolharam com desdém.
— Então era isso que você queria? Nem pensou na sua filha! — disse Mira, claramente irritada.
— Você supera quando tiver mais crianças na casa de vocês! — respondeu Rem, ignorando o olhar de reprovação das duas.
Mira ficou em silêncio por um momento, refletindo. "Pai iria matar ele! Sinceramente, ela sempre tem razão, e as coisas que ela diz, a maioria acontece. Se ela está dizendo que eu não vou dar conta do Kay, é porque ela pensou muito, mas em qual sentido eu não vou dar conta dele? Por que ela quer colocar justamente a Thais para namorar o Kay, sendo que elas só se viram uma vez? Eu não entendo! Ela não me diz nada, mas deve estar pensando no nosso bem, da maneira dela!" pensou Mira, encarando sua mãe sem perceber.
Rem, ao perceber o olhar pensativo de Mira, pensou: "Ela está pensando demais!"
— Eu não posso namorar outra pessoa que eu não amo. Eu só quero a Mira! — disse Kay, com firmeza.
— Você vai! — disse Mira, interrompendo-o.
— Oi? — exclamaram Rem e Kay, ambos confusos.
— Qualquer garota que se declarar para você essa semana, você vai aceitar e vai me avisar quem foi! Isso é uma ordem! — disse Mira, com a voz autoritária.
— Não é assim também! — exclamou Rem, tentando intervir.
— Você arrumou isso, então assim vai ser. KAY, qualquer garota que te pedir para namorar essa semana, você vai aceitar! Depois disso, nunca mais vai aceitar namorar com outra pessoa além das garotas que você já estiver namorando! — disse Mira, com um tom de quem não aceitava respostas.
— Eu não... — começou Kay, sem saber como reagir.
— Isso é uma ordem, como sua noiva e como sua vice-capitã. Eu só quero ser a esposa principal! Fim de conversa! — disse Mira, mais firme do que nunca.
— Isso é uma ordem minha também! — completou Rem, com um sorriso travesso.
— Eu não quero isso! Se você namorasse outro homem, certamente eu ficaria triste! — disse Kay, com um olhar sincero.
— Isso nunca vai acontecer, e você namorar outras garotas vai ser benéfico para mim de uma forma que ainda não sei explicar. Mas faça isso por mim, entendeu? — exclamou Mira, com um olhar implorante.
— Se você está pedindo, eu faço! — disse Kay, resignado.
— Vamos voltar, já ficamos tempo demais aqui. Ainda estamos em missão! — disse Mira, interrompendo o momento.
— Tá! — respondeu Kay, lavando o copo e guardando no armário.
— Lava pra mim, Kay? — pediu Rem, com um sorriso maroto.
— Tá! — respondeu Kay, sem dizer mais nada.
Rem e Mira foram para o quarto pegar as malas de Rem.
— Por que eu disse aquilo? — exclamou Mira, agora arrependida.
— Você fez bem, e nós duas sabemos o porquê! — disse Rem, com um olhar sério.
— Eu não sei... você não me disse nada! — disse Mira, ainda confusa.
— Eu vou te mostrar depois! — disse Rem, pegando duas malas.
— É bom que o motivo seja suficiente, senão eu vou ficar com raiva! — disse Mira, pegando três malas.
— Você vai ver que não vai se arrepender disso! — disse Rem, com um sorriso cheio de confiança.
A cena mudou rapidamente.
Kay estava levando três das cinco malas, enquanto Mira e Rem saíam de casa.
— Mira, Kay! Há quanto tempo! — disse uma vizinha, se aproximando com um sorriso largo.
— Lily, é bom te ver de novo! — disse Mira, animada.
— Digo o mesmo! — respondeu Kay, com um sorriso sincero.
— Poderiam ter avisado que iriam visitar... bem, com tantos helicópteros e caminhões, eu poderia imaginar! — disse Lily, olhando ao redor.
— Estamos fazendo uma missão na cachoeira, mas não é perigoso para vocês. Pode ficar tranquila! — disse Mira, tentando tranquilizá-la.
— Que bom! Vou avisar o pessoal! — disse Lily, aliviada.
— Lily, eu ia na sua casa agora... — começou Rem, mas foi interrompida.
— Não precisa falar, eu percebi quando vi as malas e esse traje. Você finalmente vai voltar à ativa! — disse Lily, com um sorriso de compreensão.
— Sim, minha família me convenceu. Vai ser melhor estar perto deles! — disse Rem, com um brilho nos olhos.
— Eu queria voltar à ativa também, mas com minhas filhas pequenas ainda, não vai dar. Mas fico feliz que a terror dos ghouls está de volta! — disse Lily, com um sorriso travesso.
— Não me chama assim, dá vergonha! — respondeu Rem, com um risinho.
— Foram bons tempos, apesar de tudo. Não se preocupe, eu cuido da casa de vocês! — disse Lily, com um sorriso acolhedor.
— Obrigada, eu sei que deve ser puxado. Então, vou te pagar, e não adianta recusar! Vou mandar o dinheiro mesmo se você não quiser! — disse Rem, com firmeza.
— Eu desisto sem nem tentar! — riu Lily. Só tente nos visitar, mesmo sabendo que isso vai ser difícil!
— Vai sim, mas faremos o possível! — disse Rem, com um sorriso confiante.
— Vocês também, casal! — disse Lily, acenando enquanto se afastava.
— Pode deixar! — disse Kay, com um aceno tranquilo.
— Espera aí, para quem você contou, mãe? — exclamou Mira, com uma expressão surpresa.
— Para poucas pessoas! — respondeu Rem, com um sorriso travesso.
— Poucas? Isso é um eufemismo! Ela contou para todo o vilarejo e para qualquer pessoa com quem tivesse contato! — disse Lily, com uma risada nervosa.
— Mãe! — exclamou Mira, sentindo-se completamente envergonhada.
— Eu estava feliz! Como eu ia comemorar sozinha? — disse Rem, com um ar de quem estava se justificando, mas claramente orgulhosa.
— Foi uma festa e tanto! — disse Lily, com um tom irônico.
Mira deu uma olhada desconfortável ao redor, querendo sair dali o mais rápido possível.
— Eu vou na frente! — disse Mira, a vergonha estampada em seu rosto. Foi bom te ver, Lily! — completou, começando a se afastar apressada.
— Foi bom te ver também! Manda um abraço para sua família por mim! — disse Kay, sorrindo, enquanto também se afastava.
— Pode deixar! — respondeu Lily, surpresa. Ele está sendo social? — pensou ela, impressionada.
— Mira tá dando um jeito nele! Eu venho visitar! — disse Rem, abraçando a amiga antes de se virar para seguir Mira.
— Vamos aguardar. Avise quando vier. Aí podemos fazer uma festa daquelas, de virar a noite! — disse Lily, com uma risada alegre.
— Agora você me animou! — respondeu Rem, sua empolgação visível.
— Se cuida! — disse Lily, acenando para as duas.
— Você também! Até logo! — disse Rem, sorrindo de volta.
— Até logo! — disse Lily, com um sorriso caloroso.
Rem, então, se retirou, deixando Lily sozinha na porta. Ela ficou ali, observando a cena com um sorriso pensativo.
"A terror dos ghouls de volta à ativa... Eu sinto que mudanças grandes estão por vir!" pensou Lily, enquanto se virava e começava a caminhar de volta para sua casa, sentindo uma mistura de curiosidade e empolgação sobre o futuro.
— Cuidado com a garrafa, amor. — disse Kay, preocupado, ao ver Mira segurando o recipiente de maneira descuidada.
— Eu tô segurando! Não acredito que você contou para todo mundo! — disse Mira, claramente irritada, mas sem perder o bom humor.
— Todo mundo já sabia que isso ia acabar assim. O Kay sempre se abriu só com nós duas! — disse Rem, com um sorriso.
— Se bem que isso é verdade! — disse Kay, sorrindo para Mira, tentando aliviar o clima.
— Quando meu pai vier perguntar sobre as outras garotas, eu vou jogar a culpa toda em você! — disse Mira, com um sorriso travesso.
— Minha filha é tão malvada comigo! — exclamou Rem, fingindo estar triste, mas claramente se divertindo.
Mira olhou para os soldados enquanto se preparavam para retirar os corpos, surpresa pela velocidade com que estavam trabalhando.
— Já estão tirando os corpos... Eles trabalham rápido! — disse Mira, com um tom de admiração.
"Ela me ignorou?" pensou Rem, surpresa com a atitude de Mira.
Kay, interrompendo o momento, se virou para ela com uma expressão séria.
— Espera, coloca a máscara em mim e no rosto, agora! — disse Kay, com uma leve urgência.
— Ah, é! — respondeu Mira, pegando a máscara de Kay que estava pendurada em sua cintura.
Ela rapidamente ajustou a máscara no rosto dele, e logo fez o mesmo para a sua.
— Quero uma máscara também! — disse Rem, olhando com expectativa.
Kay deu um sorriso calmo, mas firme.
— Vamos conseguir uma para você! — disse ele, enquanto ajustava sua própria máscara.
Mira, no entanto, não estava tão disposta a ceder.
— Nem pensa em mimar ela! Só dê a máscara porque faz parte do nosso esquadrão, mas nada de ficar dando o que ela pede! — disse Mira, com uma expressão de advertência.
— Eu sei! — respondeu Kay, sentindo o peso da exigência de Mira em sua voz.
"Ela ainda está com raiva de mim..." pensou Rem, sorrindo levemente, mas sem perder a compostura.
Nesse momento, Ravena se aproximou, interrompendo o silêncio.
— Vocês demoraram! — disse Ravena, com um tom impaciente.
— Algum problema com a missão? — exclamou Kay, já se preparando para qualquer imprevisto.
— Não foi nada demais. Só estão retirando os corpos dos ghouls, mas tem algo que precisamos mostrar para você! — respondeu Ravena, com um tom de seriedade.
Os três seguiram Ravena até o helicóptero da sexta divisão, onde estavam reunidos os recrutas. Ao entrarem, Dan mostrou seu celular para eles.
— Eu estava navegando na internet e apareceu isso... — disse Dan, com um olhar preocupado.
Ela passou o celular para Kay, que leu a manchete em voz alta.
— Soldado da sexta divisão matou um guarda imperial após invasão no castelo! — leu Kay, o tom de sua voz grave.
A notícia estava acompanhada de um vídeo: Kay socando o guarda imperial e lançando-o contra a parede.
— Alguém estava gravando de dentro do castelo? Pode ter sido qualquer pessoa! — disse Kay, tentando racionalizar a situação.
Ravena olhou para ele com um olhar pesado.
— As pessoas estão chamando você de assassino e falando mal de você na internet! — disse Ravena, com um tom tenso.
Kay suspirou, uma sombra de frustração passando por seu rosto.
— Agora vou ter que sair de máscara o tempo todo... Isso é brincadeira! — disse Kay, tentando aliviar a pressão com um pouco de humor.
Ravena o olhou, cética.
— É isso que te preocupa? — exclamou Ravena, com um sorriso irônico.
Kay se endireitou, seu olhar sério e determinado.
— As coisas vão ser esclarecidas na reunião. Não me envolvo com o povo, então não me importa o que eles pensam de mim! Mas quem estava lá, quem publicou isso, deve saber o motivo pelo qual fiz isso. Foi de propósito? Ou é uma vingança pelo guarda morto? — disse Kay, as palavras saindo pesadas de sua boca. Tanto faz agora. Não adianta pensar nisso! — completou ele, com um suspiro.
— E agora isso?! — disse Mira, soltando um suspiro, o peso da situação começando a se impor.
Nesse momento, Kay recebeu uma ligação. Ele atendeu rapidamente, ouvindo a voz de Yumi do outro lado da linha.