Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 69: Capítulo 69: Continuidade da missão!



— Sério que o pai vai descobrir que ele já é meu noivo? Será que ele vai ficar com raiva? — exclamou Mira, ansiosa.

— Noivo? — pensou Thais, surpreso.

— Ara, ara! — expressou Rem, com uma risada baixa. — Você gosta do Kay também? — sussurrou Rem no ouvido de Thais, com um tom travesso.

— Do que está... — disse Thais, corada e eufórica.

— Mãe! — disse Mira, irritada, emanando uma aura ameaçadora.

— Interessante... Vou entrar nesse esquadrão também! Parece mais divertido do que ficar em casa! — Rem falou empolgada.

— Pode entrar no exército, mas nem pense em fazer gracinhas! — Mira respondeu, com um olhar desconfiado.

— O que a mãe da Mira falou para a Thais? — sussurrou Dan, curioso.

— É melhor não se envolver, irmã! — sussurrou San, preocupado.

— Tá! — respondeu Dan, ligeiramente nervoso.

— Eu estou falando sério, mãe! Não coloque ideias erradas na cabeça deles! — Mira afirmou, com um olhar firme.

Rem apenas sorriu de volta.

— Eu estou falando sério, mãe! — Mira insistiu, sua paciência se esgotando.

— Tá bom, não vou falar nada! — Rem respondeu, levantando as mãos em sinal de rendição.

Elas passaram por cadáveres de ghouls que estavam com ferimentos semelhantes, criando uma sensação de tensão no ar.

— Ela se empolgou mesmo! — disse Joana, observando a cena.

— Que arma ela está usando? — exclamou Rem, intrigada.

— É um tipo de chicote! — respondeu Joana, com um tom impressionado.

— Interessante! — Rem comentou, sorrindo, mas com os olhos fixos na arma de Mira.

— Vamos logo, ou vocês vão ficar sem nada! — disse Joana, impaciente.

Elas aceleraram os passos, sentindo a pressão aumentar.

— Capitão a jaula do ghoul está chegando! disse fernanda, no radio

— Quando é para isso eles são rapidos! disse takemichi

— Tentem não ferir muito ele ou quando fomos precisar dele em Longtail ele não vai ajudar! disse kay

— Parece que está do outro lado, mas o cheiro é forte... Deve estar cheio de Noxium lá! — observou Kay, com os olhos fixos à frente, focado no ambiente.

— Uma mina? — exclamou Takemichi, surpreso com a possibilidade.

— O cheiro é insuportável. Eu vou ficar aqui e esse carinha aqui também não vai aguentar! — Kay comentou, com um tom sério, já antecipando o desconforto que se aproximava.

— Eu vou conferir. Aguarde aqui! — Takemichi disse, com determinação, antes de atravessar para a próxima sala.

Kay se sentou, cruzando os braços, preparado para esperar.

O ambiente diante de Takemichi era uma vasta e cavernosa sala, iluminada por um brilho opaco que emanava das rochas. O Noxium, metal raro e poderoso, estava por toda parte, impregnando as paredes e o solo com sua energia inconfundível. O brilho suave do Noxium refletia na água que formava uma piscina natural no centro, criando um cenário de contrastes entre o brilho metálico e as águas escuras que fluíam lentamente. A água parecia ter um curso próprio, saindo por uma abertura na parede oposta e retornando a algum ponto invisível, criando uma corrente contínua que passava entre as pedras e caía no fundo da sala.

Takemichi observou a água com atenção. Ela estava turva, provavelmente pela presença de Noxium misturado ao fluxo, o que dava ao local uma atmosfera inquietante. O som da correnteza era constante, abafado pela vastidão do espaço. A água fluía sem parar, entrando por um lado e saindo por outro

Ele deu alguns passos cautelosos, observando os reflexos das águas que se moviam lentamente sobre a superfície coberta por Noxium.

"A água deve vir de um sistema subterrâneo ligado àquela cachoeira lá em cima", pensou Takemichi, enquanto estudava a correnteza que parecia descer das profundezas da terra.

A água se acumulava na sala, mas havia uma abertura na parede oposta que permitia o seu escoamento, provavelmente para algum ponto distante que, no fundo, desaguava no mesmo curso da cachoeira.

— Não sei o que podem fazer quanto a essa mina, mas o reino vai ter que recompensar o povo desse vilarejo! E nem pensem em destruir a casa do garoto! — disse Takemichi, com uma firmeza inabalável, sabendo que Fernanda estava assistindo pela câmera.

Takemichi retornou rapidamente para onde Kay estava, já pronto para avançar.

— Vamos voltar. — Takemichi falou, com a voz grave, indicando que a missão estava concluída.

Kay se levantou de imediato, sua expressão curiosa.

— O que era? — exclamou Kay, tentando entender a situação.

— Uma mina de Noxium. A maior parte está inundada, mas o pessoal do instituto deve dar um jeito nisso! — Takemichi respondeu, sem esconder o tom de preocupação.

Kay olhou para o chão, pensativo.

— Entendo... vários cadáveres de ghoul, um ghoul diferente e uma mina de Noxium... valeu a pena ter vindo aqui! — Kay disse, com um sorriso enigmático no rosto, claramente satisfeito com o que haviam encontrado.

— Quero saber a situação das outras equipes! — Takemichi disse, mudando rapidamente de foco. Ele já estava pensando no próximo passo.

— Eles dão conta, vamos subir, eu tô doido para tomar um café, tô morrendo de fome! — Kay respondeu com a mesma tranquilidade de sempre, como se a situação não fosse tão séria.

— Vai deixar os outros aqui para subir sozinho? Que belo namorado minha filha arrumou! — Takemichi comentou, brincando, mas com um olhar cínico.

Kay trocou rapidamente a faixa de seu rádio, ajustando-a com precisão.

— Mira, use a terceira faixa e me diz o que você e sua mãe acham! — Kay falou, sabendo que Mira estava ouvindo através da chamada com Fernanda.

— Ele nos pegou! — disse Rem, rindo baixinho, aparentemente divertida com a situação.

— Você também deixa as coisas óbvias! — retrucou Mira, com um tom de sarcasmo.

— Mania minha! — Rem respondeu, rindo ainda mais, sem esconder o prazer da brincadeira.

Mira olhou para o rádio e respondeu de maneira direta, mudando a faixa.

— O que vocês acham? — exclamou Mira, com uma pitada de curiosidade.

— Deixa eles ir, nós já estamos acabando por aqui também! — Lena respondeu pelo rádio, com a voz firme e decidida.

— Concordo! — Joana confirmou, rapidamente.

Mira, sem mais delongas, disse pelo rádio:

— Nós já estamos acabando, podem ir na frente!

Kay sorriu para Takemichi e disse, com uma dose de humor:

— Viu? Conheço a namorada e a sogra que eu tenho!

Mira, um pouco envergonhada, respondeu pelo rádio:

— Só para deixar claro, foi a mãe e não eu! — ela disse, com um tom desconcertado, tentando se defender da brincadeira.

Takemichi sorriu, ouvindo a interação através do rádio.

— Acabem aí, vamos levar o mini ghoul para a superfície e vamos retornar! — Takemichi disse, de forma clara e objetiva, já começando a se preparar para sair.

— Entendido! — respondeu Mira, pelo rádio, com a mesma determinação.

— Vamos! — Takemichi exclamou, tomando a liderança do grupo novamente.

Kay, já se movendo para a saída, fez um último pedido.

— Peça para um soldado abrir a passagem na cachoeira! — disse, com um tom autoritário.

— Certo! — respondeu Fernanda, pelo rádio, com a mesma prontidão.

A cena muda. Eles estavam na superfície.

— Bom trabalho! — disseram os soldados, batendo continência.

"Nem fizemos muita coisa..." pensaram Takemichi e Kay, trocando olhares rápidos, com a humildade de quem sabe que a missão ainda não terminou.

— Capitão Takemichi! — disseram alguns guardas, também fazendo continência.

— E o seu chefe? — exclamou Takemichi, com um tom descontraído, mas curioso.

— Ficou no castelo! — respondeu o oficial responsável pelos guardas que estavam com eles.

Takemichi, mantendo a postura de líder, fez um sinal com a mão.

— Primeiro eu vou avisar as pessoas de que não precisam ter medo. Vocês se encarregam de abrir a passagem para a caverna. — ordenou, sua voz clara e autoritária.

O oficial assentiu, já ciente das ordens.

— A cientista já nos informou as condições e a profundidade da caverna. O instituto chegou há pouco e já está trazendo os materiais para essa limpeza. — explicou o oficial.

— Bom trabalho. Preparem tudo. Meu pessoal está eliminando o restante dos ghouls lá embaixo. Quando tudo estiver pronto, vocês podem descer. — disse Takemichi, finalizando suas instruções.

— Entendido! — respondeu o guarda, com firmeza.

Kay e Takemichi se afastaram, seguindo em direção ao helicóptero.

— O que é isso aí? — exclamou Brenda, ao notar a criatura estranha que Kay estava carregando.

— É um mini ghoul. Uma espécie rara! — Kay respondeu, segurando a garrafa com cuidado, como se fosse uma relíquia valiosa.

— Um ghoul tão pequeno... nunca tinha ouvido falar de algo assim! — disse Brenda, visivelmente surpresa.

— É o primeiro que vejo também. Mas ele é bem forte. Melhor não subestimá-lo! — Kay alertou, sem perder o foco, enquanto se servia de um café. — Está vazia... Acho que dá tempo de dar um pulo em casa! — disse Kay, com um sorriso disfarçado

— Ainda está em missão e você está sob monitoramento dos guardas! — disse Takemichi, com um olhar sério.

— Eu sei, foi só um comentário. Vamos levar esse mini ghoul antes que ele acorde! — respondeu Kay, sem desviar o olhar.

Eles seguiram em direção aos helicópteros do instituto, onde uma enorme gaiola de noxium os aguardava.

— Acho que erraram o tamanho! — comentou Kay, rindo, olhando a gaiola exageradamente grande.

— Capitão Takemichi! — exclamou um dos cientistas, se aproximando e batendo continência.

— É esse carinha aqui! — disse Takemichi, apontando para o mini ghoul.

— Partiram ele? — perguntou o cientista, com um tom de preocupação.

— Esse é o tamanho dele mesmo! — respondeu Takemichi, com um suspiro, aparentemente indiferente.

— Está vivo? — perguntou o cientista, com uma expressão de surpresa.

— Está, e é bom que vocês mantenham assim! — retrucou Kay, sem alterar o tom de voz.

— Uma espécie rara. Vamos estudá-lo! Claro que não vamos matá-lo! — disse o cientista, empolgado.

Kay colocou o mini ghoul dentro da gaiola com cuidado, então retraiu o tentáculo que ainda estava visível, fazendo seu traje voltar ao normal. Ele olhou ao redor, atento, antes de falar:

— Não se esqueçam, mantenham ele seguro. Esse pequeno vai ser util no futuro.

— Os outros ghouls estão mortos ou sendo eliminados. Podem levar esse daí! — disse Takemichi, apontando para a gaiola com o mini ghoul.

O cientista fez um sinal para o piloto, que iniciou os procedimentos para levar o mini ghoul de volta ao instituto de pesquisa.

— Vocês não vão retornar? — exclamou Takemichi, olhando para os cientistas que se preparavam para partir.

— Os outros estão aguardando a chegada do ghoul. Nós somos responsáveis pela instalação da plataforma que vai dar acesso ao subterrâneo! — respondeu o cientista, sem tirar os olhos dos preparativos.

— Acho que a Fernanda já informou a sede de vocês, mas encontramos uma mina de noxium no fundo da caverna. Parte dela está inundada por água! — acrescentou Takemichi, com um tom de alerta.

— São muitas notícias boas em um dia! Isso é um tesouro de recursos para o reino! — disse o cientista, visivelmente empolgado.

— Não destruam nada fora da mina e não atrapalhem a vida dos moradores desse vilarejo. — Takemichi foi firme, sua voz carregada de autoridade.

— Pode deixar! — respondeu o cientista, em tom assegurador.

Eles se afastaram, e o piloto deu partida nas hélices do helicóptero, que logo começou a ganhar altitude. A gaiola contendo o mini ghoul foi erguida lentamente, seguindo o movimento do helicóptero.

— E com esse barulho todo, ele ainda não acordou? Bicho preguiçoso! — comentou Kay, observando o mini ghoul adormecido dentro da gaiola.

— Olha quem fala! — disse Takemichi, virando-se para Kay com um sorriso sarcástico.

Kay apenas riu antes de se afastar e retornar para junto dos soldados. Enquanto isso, os cientistas se apressavam para terminar os preparativos e adentrar a caverna.

— Vamos escavar um desvio aqui ao lado. — disse um dos guardas, observando a água com atenção.

— Vai funcionar, mas precisa ser mais profundo, a quantidade de água da cachoeira é grande demais! — comentou outro guarda, coçando a cabeça enquanto analisava o fluxo.

— Cavar aqui, usando os trajes, os soldados conseguem. Peça ajuda para eles! — disse Kay, virando-se para os cientistas com um sorriso de confiança.

— Os tentáculos... isso vai funcionar! — exclamou um dos cientistas, um brilho de entendimento iluminando seu rosto.

Assim que os tentáculos surgiram rapidamente de seu traje, o soldado iniciou a escavação, estendendo-se em direção ao solo. Com movimentos precisos e rápidos, os tentáculos cavaram uma passagem pela terra, criando um canal para desviar a água. Em questão de segundos, a terra foi removida, e a água começou a desviar pelo novo caminho, fluindo suavemente para longe da entrada da caverna. A entrada ficou limpa, sem obstáculos.

— Primeira etapa concluída! Agora vamos preparar a base para instalar a plataforma! — anunciou um dos cientistas, com um tom de satisfação.

"A água está seguindo seu caminho", pensou kay, satisfeito com o progresso. Eles haviam evitado qualquer interrupção no fluxo, garantindo que a passagem para a caverna ficasse livre de obstruções.

Com a água agora controlada e o caminho liberado, os cientistas começaram a preparar o terreno para a instalação da plataforma de descida e elevação.

— Ghouls eliminados, como devemos prosseguir? — exclamou Ravena, no rádio.

— Retornem para a superfície! O restante deixa com os cientistas e os guardas! — respondeu Takemichi, pelo rádio.

— Entendido! — respondeu Ravena, no rádio, antes de encerrar a comunicação.

A cena muda. Todos os soldados que estavam no subterrâneo agora retornavam à superfície. O ambiente estava tenso, mas o trabalho havia sido cumprido.

— Vocês foram bem, podem descansar! — disse Takemichi, olhando para os soldados que chegaram de volta, com um sorriso cansado.

— Eu vou lá em casa fazer outro café! — disse Mira, já se encaminhando para dentro.

— Você... — começou Takemichi, com um olhar confuso, mas logo foi interrompido.

— Vai ser pior se ele dormir durante a missão. E pai, a mãe decidiu se juntar ao exército, vamos ajudar ela a fazer as malas! — completou Mira, com um sorriso travesso.

Takemichi olhou para Mira, surpreso.

— É sério? — exclamou Takemichi, sem conseguir esconder o sorriso de espanto.

— Sim, vou entrar no esquadrão do Kay! — disse Rem, com um sorriso animado.

Takemichi ficou em choque, sem saber o que dizer.

— Eu ajudo a arrumar as malas, só vou passar em casa primeiro! — disse Kay, já se preparando para sair.

Takemichi virou-se para ele com um olhar sério.

— Cansei de falar com você. Não cause mais problemas. Pode ir! Fique de olho nele! — disse Takemichi, com um suspiro pesado.

— Tá! — respondeu Kay, e Mira, em uníssono, se retirando rapidamente.

Takemichi ficou parado, olhando para o horizonte, pensativo.

— Eu não posso sair daqui... — murmurou Takemichi, mais para si mesmo.

— Tudo bem, eu sei! A Mira e o Kay me ajudam. — disse Rem, com um sorriso tranquilizador.

Takemichi olhou para Rem com um olhar mais suave, um toque de preocupação ainda visível.

— Bem-vinda de volta! — disse Takemichi, com um sorriso cansado.

— Estou de volta! — respondeu Rem, sorrindo de forma contagiante.

A cena muda, e agora vemos o interior da casa.


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