Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 68: Capítulo 68: Ataque aos Ghouls!



Kay começou a caminhar lentamente para frente, seus passos ecoando na caverna. O pequeno ghoul parecia ignorá-lo completamente, seus olhos fixos no chão.

— Me ignorando, é? — murmurou Kay, sua voz carregada de provocação. Ele deu mais alguns passos chegando a metade daquela area. — Isso é engraçado. Por que esse ghoul está me temendo desde o momento em que entramos aqui! — afirmou, com um sorriso quase cruel nos lábios.

Nesse momento, o ghoul, que antes parecia indiferente, lançou um olhar de canto para Kay. Era sutil, mas suficiente para confirmar a suspeita.

— Você olhou, não foi? — exclamou Kay, agora atrás do ghoul, seus olhos brilhando de excitação.

O ghoul recuou levemente, sua surpresa evidente.

— Você parece ser mais esperto que os outros que já enfrentei. — disse Kay, abaixando-se para ficar no mesmo nível que o pequeno monstro. — Se quer continuar vivendo... então submeta-se. — completou, enquanto uma aura assassina começava a emanar de seu corpo, densa e opressiva como uma tempestade.

O pequeno ghoul hesitou, sua respiração acelerada. O grupo, que assistia à cena, sentiu o peso da atmosfera mudar drasticamente. O confronto entre o olhar mortal de Kay e os olhos brilhantes do ghoul criou um momento de tensão que parecia durar uma eternidade.

Takemichi deu um passo à frente, quebrando o silêncio.

— Isso é suficiente, Kay. — disse ele, sua voz firme e autoritária.

Kay manteve seu olhar fixo no ghoul por mais alguns segundos, até que um sorriso de canto surgiu em seu rosto.

— Certo, capitão. Parece que minha itenção de matar e a da ghoul se misturaram novamente, se eu continuasse iria espalhar para os outras salas e isso seria ruim . — respondeu Kay, levantando-se e recuando com passos lentos.

O pequeno ghoul permaneceu imóvel, como se avaliasse sua posição. Apesar de ferido e encurralado, havia algo em seus olhos que mostrava que aquela batalha estava longe de terminar.

— Que vontade intensa, Kay, eu até fiquei arrepiada! — disse Rem, o olhar de surpresa em seu rosto.

— Eu tava me segurando! — respondeu Kay, com um sorriso de canto, visivelmente controlando sua aura.

— Se segurando! — murmurou Mira, com uma expressão de surpresa e desconforto.

— Ei, olhem para o ghoul! — exclamou Slayer, apontando para o pequeno monstro.

O ghoul estava em posição de submissão, seus olhos evitavam o contato direto, e seu corpo estava curvado como se aguardasse uma ordem.

— Assustou o ghoul! — disse Rem, rindo baixinho, mas com uma nota de respeito na voz.

— Não sinto hostilidade. — Kay falou com calma, observando atentamente os movimentos do ghoul.

— O que vamos fazer com ele? — exclamou Mira, ainda incerta quanto à verdadeira natureza da ameaça.

— Ele é uma ameaça? — Kay perguntou, sem tirar os olhos do ghoul que agora se curvava, aparentemente impotente diante deles.

— Daria um trabalho para os outros, mas se forem lutadores de curta distância, conseguiriam vencê-lo. — disse Takemichi, com a voz cheia de cautela, avaliando o pequeno ghoul.

Kay apontou para a pilha de ossos de ghouls e humanos espalhada pela sala, um cenário macabro de morte e destruição.

— Foi você que fez aquilo? — Kay exclamou, seu tom um misto de incredulidade e raiva. Ele estava claramente perturbado pela cena diante dele.

O ghoul olhou para a pilha de ossos, sua expressão vazia, como se estivesse perdido em seus próprios pensamentos. Então, lentamente, ele se sentou no chão.

— Se quer se submeter, vai lá e mate todos os ghouls que tem aqui dentro. Depois, retorne sozinho. — Kay ordenou, sua voz fria e firme, como se não houvesse outra opção para o monstro.

— Ei, do que você está falando? — exclamou Takemichi, seu tom de voz inquieto, não compreendendo a intenção de Kay.

O ghoul se levantou de repente, como se estivesse preparando-se para cumprir a ordem.

— Só coma eles para se regenerar. Se comer mais do que o necessário, ou se juntar a eles, eu vou matá-lo, e não me faça ter que ir atrás de você! — Kay ameaçou, retirando o capacete e prendendo-o no ghoul com um movimento rápido e decisivo.

O ghoul, por fim, se retirou, movendo-se rapidamente para a próxima sala, como se estivesse obedecendo, mas sem mostrar qualquer sinal de confiança.

— Se ele tivesse segundas intenções, eu teria parado ele. O cheiro desse ghoul é mais forte que os outros. Mesmo que ele nos traia, vou saber onde ele está! — Kay afirmou, com um sorriso sombrio nos lábios, sentindo-se no controle da situação.

— Era uma espécie rara. Se ele fugir, você vai assumir a responsabilidade. — disse Takemichi, com um olhar de advertência, observando o movimento do ghoul pela caverna.

— Como está, Fernanda? — exclamou Kay, com um tom impaciente.

— Ele está correndo pela caverna! — respondeu Fernanda, ainda na chamada, virando a tela do celular para mostrar a movimentação do ghoul.

— Tem muitos cristais aqui! — disse Joana, sua voz cheia de surpresa ao analisar a tela do celular.

— Esses aqui vocês conseguem derrotar! — Kay disse, com uma confiança renovada, analisando a situação.

Vários ghouls estavam se aproximando pela entrada que haviam passado, suas presenças ameaçadoras e impiedosas.

— De onde eles vieram? — exclamou Dan, com a voz carregada de surpresa e preocupação.

— Tinha outras entradas lá. Nós fomos na que tinha mais ghouls, mas as outras não estavam vazias. — explicou Joana, ainda observando a tela do celular.

— Creio que eles são metade do nosso número! — afirmou Ryuji, com uma expressão calculista.

— Todos têm tentáculos! Vamos separar eles? — exclamou Yan, com uma leve tensão em sua voz.

— Capitão, isso é ruim... muito ruim! — disse Fernanda, visivelmente alarmada.

— O que? — disse Joana, assustada, olhando rapidamente para a tela.

— Qual é o problema? — exclamaram os líderes e capitão, se aproximando dela, preocupados.

— Não se assustem com esses ghouls, vocês podem matá-los! Kratos, você fica aqui! — Kay ordenou, com um tom autoritário, olhando para sua equipe com firmeza.

Os recrutas olharam para o capitão, seus rostos tensos, mas cheios de determinação.

— Se querem ir, podem ir. — Takemichi disse, com a voz grave e controlada.

Os recrutas se afastaram, chamando a atenção dos ghouls na sala, direcionando-os para si mesmos.

Os líderes, Takemichi, Mira e Rem estavam olhando atentamente para o celular.

Uma enorme quantidade de ghouls se expandia dentro de uma caverna mais ao fundo.

Kay observava os recrutas e os ghouls com um olhar focado, murmurando para si mesmo:

"Eu não posso pegar a presa de outra pessoa... Eu tenho que encontrar ghouls para abater!"

— Kay, vem ver isso aqui! — disse Mira, chamando a atenção de Kay.

Ele se aproximou rapidamente e olhou para o celular.

— Tem mais do que eu pensei... — Kay murmurou, com a expressão séria enquanto observava a tela. — Tem alguns se alimentando de outros... Entendo, é por isso que aquele mini ghoul é tão evoluído. Mas não precisam ter medo, aquele pequeno vai matar esses!

— Mini ghoul? — exclamou Mira, confusa.

— Por que ele é pequeno! — respondeu Kay, com um tom de ironia, sem tirar os olhos da tela.

— Muito original! — comentou Kratos, com uma risada baixa, observando a cena com um sorriso sutil.

— Tá dando um apelido para um ghoul? Você está ficando estranho, Kay! — disse Rem, com uma expressão entre cética e divertida, acompanhando a cena.

Enquanto isso, os recrutas estavam lutando ferozmente contra os ghouls ao fundo.

San e Dan enfrentavam um ghoul, com golpes rápidos e certeiros, tentando minimizar os danos e dar cobertura um ao outro. Slayer se encarregava de dois, movimentando-se com precisão, suas lâminas cortando o ar com uma agilidade impressionante. Ravena, com uma força devastadora, enfrentava mais dois, sua presença imponente dominando a batalha. Fiona lutava contra outro ghoul, sua destreza em combate corpo a corpo tornando-a luta mais animada. Thais estava enfrentando mais um ghoul com coragem, enquanto Viviane e Sarah, estrategicamente posicionadas, estavam prontas para dar suporte a qualquer momento, acompanhando os movimentos dos outros e mantendo os ghouls à distância.

— Depois que saímos daquela missão da Yumi, eles ficaram mais corajosos... Eles dão conta daqui! Vamos voltar e ir para as outras entradas! — disse Kay, com um olhar determinado, já se preparando para a próxima fase da missão.

— Ele está se movendo! — alertou Fernanda, com a voz tensa, observando atentamente o pequeno ghoul.

O mini ghoul, com uma rapidez impressionante, avançou de repente na direção do ghoul mais próximo. Antes que qualquer um pudesse reagir, ele usou suas garras afiadas, cortando a cabeça do inimigo com uma precisão mortal. O corpo do ghoul caiu no chão, sem vida, enquanto o mini ghoul imediatamente se inclinava sobre o cadáver, começando a devorá-lo para se regenerar completamente.

Os outros ghouls ao redor, que antes pareciam prontos para atacar, apenas observavam em silêncio, sem fazer movimento algum.

— Por que eles não estão fazendo nada? — exclamou Lena, perplexa com a cena.

— Instinto... — disse Rem, com a voz calma, mas cheia de compreensão. — Da mesma forma que o ghoul se submeteu, os outros não enfrentariam um ghoul mais forte. Mas, se forem atacados, devem lutar. Deve ser por isso que o mini ghoul matou com um ataque tão rápido!

— Ei, pai, ele cortou a cabeça de um ghoul com um único ataque e você levou os mesmos golpes! — exclamou Mira, com os olhos arregalados.

— Eu me defendi com os machados, ele não chegou a me acertar diretamente! — respondeu Takemichi, com uma leve risada, tentando disfarçar a tensão.

O mini ghoul, agora completamente regenerado, parou de comer e deixou o corpo do ghoul caído para trás. Em um movimento ágil, ele continuou avançando, matando os outros ghouls ao redor com uma ferocidade impressionante.

— Vamos matar os outros? Esse ghoul aqui tá morrendo de fome! — disse Kay, seu olhar fixo nos outros ghouls próximos.

— Absorve aqueles ali! — ordenou Takemichi, gesticulando em direção aos corpos caídos.

Os recrutas já haviam matado os ghouls e estavam agora retornando aos corpos das criaturas deixadas ali.

— Não vão absorver? — exclamou Kay, com uma sobrancelha arqueada, seu tom brincando, mas com um leve toque de impaciência.

— Seu ghoul tá acabado, pode ficar para você! — respondeu Ravena, com um sorriso sarcástico.

— Tem certeza que não querem? — provocou Kay, olhando para todos ao redor.

— Pode ficar! — disse Thais, dando de ombros.

— Tudo bem, obrigado! — respondeu Kay, indo até os ghouls mortos, se aproximando com um olhar determinado.

— Tem sete aqui, quantos você vai absorver? — murmurou Kay, tocando dois ghouls mortos.

Os tentáculos de seu traje se manifestaram, se estendendo em direção aos cadáveres, tocando-os com precisão e rapidez.

— Tá com fome, miséria! Deixa para os outros! — disse Kay, com um tom irritado, observando o traje absorver a energia dos corpos.

Um dos tentáculos se moveu em direção ao último cadáver, enquanto os outros três se retraíam, voltando para o traje. Kay interrompeu o processo, e o último tentáculo retornou para o traje, fazendo-o voltar ao normal.

— Maldito, não reclame se alguns deles devorarem sua consciência! — Kay murmurou, se afastando dos corpos e voltando para o grupo.

— O que foi isso? — exclamou Rem, surpresa.

— O ghoul do meu traje absorveu os outros para se alimentar, mas não esperava que ele fosse absorver os sete! — disse Kay, olhando para o grupo com um sorriso irônico.

— Tá bom, ghoul é o que mais tem nessa caverna! — comentou Takemichi, olhando para a entrada da caverna com desdém.

O mini ghoul, ainda alimentando-se, havia matado todos os ghouls ao redor e continuava a devorar suas presas.

— Eu falei para ele não comer à toa! — disse Kay, com um tom sério. — Era isso. O restante tá nas outras entradas, mas não são muitos!

— Vamos nos separar. Quero dois grupos entrando nas outras entradas. Fernanda, assim que terminarmos, mande os guardas darem um jeito de vir buscar os ghouls! — disse Takemichi, com uma postura firme.

— O buraco é muito fundo, acho que o instituto vai ter que se envolver dessa vez! — alertou Fernanda pela chamada.

— Então avise eles! — Takemichi ordenou, virando-se para Kay. — E você vem comigo!

— Vai lá, guloso, está tendo dificuldade para derrotar as outras consciências! — Kay disse, com os olhos fechados, mas um sorriso travesso no rosto.

— Tem certeza que vai querer esse cara para sua vida? — exclamou Takemichi, com um olhar desconfiado.

— Para com isso, pai! — disse Mira, tentando suavizar a situação.

Rem cutucou a bochecha de Kay, observando-o com uma expressão divertida.

— Ele está imerso nisso! Tá nem sentindo eu tocar nele! — disse Rem, rindo discretamente.

— É isso que acontece quando acessa a consciência do ghoul! — comentou Mira, com uma expressão preocupada.

— Mas é estranho... Kay não falava em voz alta quando fazia isso! Nenhum de nós fala! — disse Ravena, franzindo a testa.

— Vai querer ajuda ou vai acabar sendo devorado? — Kay disse com uma expressão sarcástica, mas ainda com um tom de cautela.

— É esquisito isso... quem olhar de fora vai achar que ele está doido! — disse Rem, observando com uma mistura de confusão e preocupação.

— Não que não seja! — disse Takemichi, com uma risada nervosa, tentando manter o foco.

— Está certo! — disse Kay, finalmente parecendo voltar à realidade.

Alguns segundos depois, Kay abriu os olhos, agora com um olhar mais sério.

— Ele quase foi devorado! — Kay murmurou, olhando para o mini ghoul, que já se afastava.

— Vamos buscar aquele ghoul. Os outros vão retornar e ir para as outras passagens! — Takemichi disse, encarando Kay com determinação.

— Tá! — respondeu Kay, com um aceno de cabeça.

— Ver se se dão bem vocês dois! — disse Rem, se afastando com os outros soldados.

Takemichi e Kay seguiram atrás do mini ghoul, enquanto o restante do grupo se dividia pelas outras duas entradas. Rem e Mira acompanhavam a conversa de Kay e Takemichi pela chamada com Fernanda.

— Sério que eles não vão falar nada? — disse Mira, irritada.

— Os dois são teimosos demais! — comentou Rem, balançando a cabeça.

— O que elas estão fazendo? Nem estão prestando atenção por onde andam! — murmurou Joana, olhando para Mira e Rem.

— Elas estão atrás, então não correm perigo. Nós que estamos na frente! — disse Lena, com um tom desafiador.

— Para de ser medrosa! Você já passou vergonha lá em cima, se passar de novo, os recrutas vão perder a fé em você! — disse Joana, com um sorriso debochado.

Lena ficou em choque, sem saber como responder.

— Não tinha percebido? Você é muito desleixada! É melhor levar as coisas mais a sério! — Joana continuou, com um tom de reprimenda.

— Vou fazer eles me admirarem! — disse Lena, com determinação, antes de sair correndo na frente.

— Essa idiota! — disse Joana, irritada, mas sem perder o controle.

— Não vai atrás dela? — exclamou Thais, olhando para Joana.

— Ela sabe se cuidar! Deixa ela limpar o caminho para nós! — respondeu Joana, com um sorriso travesso.

— A cena que você deixou no castelo... Vou ter que fazer uma reunião com os outros capitães e oficiais da guarda para decidir o que fazer com você! — disse Takemichi, com a voz grave.

— A primeira coisa que vão falar é sério isso?! E afinal, que encrenca o Kay se meteu antes de vir aqui? — exclamou Rem, indignada.

— Eu aceitarei minha punição, mas se for para me tirarem delas, eu não vou aceitar! — respondeu Kay, com firmeza.

— Você não está em posição de reclamar. A família real pode até tentar amenizar seu lado, mas o que realmente importa vai ser o resultado dessa reunião. — Takemichi falou com tom sério.

— Você deixaria a pessoa se safar depois de ter aproveitado de uma garotinha? Já temos que lidar com os ghouls, e ainda temos que lidar com humanos! Eu não deixaria, ainda mais sendo alguém importante para mim! — disse Kay, a raiva estampada no rosto.

— A princesa? — exclamou Rem, surpresa.

— Foi! — respondeu Mira, com um olhar sério.

— Vamos listar as contribuições que você fez para o exército. Ao menos assim sua pena não será tão pesada. — Takemichi falou, tentando controlar a situação.

— Eu tenho uma coisa que queria te perguntar faz tempo! — disse Kay, interrompendo a conversa.

— O que é? — Takemichi se virou, curioso.

— No dia que nosso vilarejo foi atacado, foi o exército que eliminou os ghouls? Os corpos daqueles ghouls viraram trajes? — perguntou Kay, com um olhar tenso.

— Elas não te falaram? Quem matou os ghouls foi a Rem. Não deu tempo de recolhermos os corpos. Quando chegamos, já tinham voltado ao pó! — Takemichi respondeu, com um suspiro.

— Entendo, é uma pena... — disse Kay, com pesar.

— Você não se lembra mesmo daquela noite? — Takemichi perguntou, observando Kay com uma expressão séria.

— Eu me lembro do dia, mas eu acho que estava dormindo durante o ataque. Meus pais tentaram me proteger, mas foram pegos pelos ghouls... Eu lembro de estar na frente do corpo deles e do ghoul enquanto eu segurava o bastão! — respondeu Kay, com um olhar distante.

— Entendo... Não gosto de você, mas não dá para negar que você tem ajudado bastante o exército. Eu ainda não sou totalmente a favor de você casar com minha filha, mas... leve o trabalho a sério e me faça mudar de ideia sobre vocês! — Takemichi disse, em um tom mais suave.

— Este trabalho não vai acabar enquanto continuarmos indo devagar. Leve a divisão para o próximo reino perdido e vamos recuperá-lo! — afirmou Kay, com determinação.

— As coisas não são simples como você imagina. Para recuperar e manter um reino perdido, precisamos de recursos e mão de obra. Você acha mesmo que nossa divisão conseguiria cuidar de três reinos perdidos? — Takemichi questionou, cético.

— Jogue esse carinha para matar os ghouls! — disse Kay, apontando para o mini ghoul.

— Ele evoluiu! — Takemichi observou, encarando o mini ghoul que agora possuía tentáculos.

— Entendo... Então, antes de chegarmos aqui, ele estava se alimentando para evoluir. Ele só comeu mais alguns ghouls para completar a evolução. — Kay explicou, com um leve sorriso de satisfação.

— Antes você estava dizendo para jogar ele em Longtail. Acha que isso vai funcionar? Todos lá são ghouls mais fortes. Nem mesmo nossos helicópteros conseguiam se aproximar sem serem derrubados pelos ghouls! — Takemichi retrucou, ainda desconfiado.

— Ele já daria trabalho para os soldados. Agora, com esses tentáculos, deve estar no nível de um líder. Vamos fazer ele evoluir mais, e se ele quiser nos trair, aí vamos matá-lo! — Kay falou com frieza, observando o mini ghoul com atenção.

— Essas ideias malucas que você tem... De toda forma, vamos levá-lo enquanto ainda está dormindo! — Takemichi concluiu, indo em direção ao mini ghoul.

Kay manifestou um tentáculo do traje e o enrolou ao redor do corpo do mini ghoul, com uma precisão cirúrgica.

— Aqui tem cheiro das nossas armas. — Kay observou, com os olhos atentos.

— Deve ser essa máscara no seu rosto. — Takemichi comentou, curioso.

— Não é. Tem barulho de água aqui. Vamos investigar. — Kay disse, olhando para a direção onde o som vinha.

— E se ele acordar? — Takemichi perguntou, com uma expressão preocupada.

— Os tentáculos e ele estão presos. Se ele tentar fugir, é só pará-lo! — Kay respondeu com confiança.

— De onde está vindo o cheiro? — Takemichi perguntou, aproximando-se.

— Está aqui perto, mas está meio abafado! — Kay guiou-o, atento a cada passo.

— O assunto não é como imaginei, mas eles estão falando bastante! — Rem comentou, sorrindo discretamente enquanto observava a cena.

— Sério que o pai vai descobrir que ele já é meu noivo? Será que ele vai ficar com raiva? — exclamou Mira, ansiosa.

— Noivo? — pensou Thais, surpreso.

— Ara, ara! — expressou Rem, com uma risada baixa. — Você gosta do Kay também? — sussurrou Rem no ouvido de Thais, com um tom travesso.


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