Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 67: Capítulo 67: Mini Ghoul!



— Foi uma queda e tanto! — riu Rem ao tocar o chão, a adrenalina ainda pulsando.

— O vento refresca! — brincou Kay, esboçando um sorriso, como se aquilo fosse uma aventura comum.

— É assustador! — retrucou Lena, com a voz trêmula, ainda se ajustando à experiência.

— Do nada um ghoul fatiado caindo! Poderia ter caído em cima de mim! Nem pensaram nisso, não foi? — reclamou Kay, apontando para Takemichi.

— Na próxima, tomara que te acerte! — rebateu Takemichi, cruzando os braços e desviando o olhar com um sorriso irônico.

Os recrutas, acompanhando tudo pela ligação, tentavam não rir, embora a tensão fosse evidente.

— Esses três... — murmurou Mira, balançando a cabeça. Ela, então, se aproximou da borda, respirou fundo e passou os braços entre a corrente. — Estou indo agora!

Ela saltou com elegância, desaparecendo na escuridão.

— Essa família tem coragem! — exclamou San, impressionado com a determinação deles, enquanto observava pela tela.

Após a descida vertiginosa e cheia de adrenalina, todos finalmente alcançaram o chão da caverna. O ar ali era denso, mas respirável. O brilho tênue dos cogumelos luminescentes espalhados pelas paredes dava ao local uma aparência quase sobrenatural, como se estivessem em outro mundo.

— Que lugar... sinistro. — murmurou Sky, observando os reflexos pálidos na água acumulada em pequenas poças ao redor.

— É mais bonito do que eu esperava. — comentou Kay, tocando de leve um dos cogumelos.

— Não encosta muito, vai que é venenoso. — alertou Rem, batendo levemente no braço dele.

Takemichi analisou os arredores com atenção, segurando firme um de seus machados. O som das gotas caindo de estalactites quebrava o silêncio opressor da caverna. Três entradas levavam para caminhos diferentes.

— Vamos juntos e mantenham os olhos abertos. Qualquer som estranho, avisem. Não sabemos quantos ghouls estão aqui embaixo. — ordenou Takemichi, com sua postura de líder.

— Parece que o cheiro deles fica mais forte na direção daquela abertura ali. — disse kay, apontando para um corredor escuro à frente.

— Ótimo, seguimos nessa direção. Mas com cuidado. Não sabemos o que mais pode estar nos esperando. — completou Takemichi.

Enquanto avançavam, os passos ecoavam pelas paredes, criando uma sensação desconfortável de que algo ou alguém os observava. Yan olhou para trás mais de uma vez, inquieto.

— Alguém mais tem a sensação de que estamos sendo seguidos? — perguntou ele, com a voz baixa.

— Isso é paranoia sua, Yan. — disse Joana, tentando parecer confiante, mas seus olhos traíam a tensão.

Subitamente, um som abafado de algo se movendo ecoou ao longe. Todos pararam, as armas em punho.

— Isso não foi paranoia. — disse San, engolindo em seco.

— Fiquem em formação. — disse Takemichi, estreitando os olhos na direção do som.

Ao entrarem na entrada, o grupo encontrou uma câmara maior. O brilho dos cogumelos era mais intenso ali, revelando ossos espalhados pelo chão. Alguns ainda pareciam frescos.

— É um ninho. — disse Rem, franzindo a testa.

— Isso explica o cheiro forte, são ossos humanos mas a maioria é de ghouls..... isso é ruim!. — completou Kay, cobrindo o nariz.

Um rugido baixo reverberou pela caverna, vindo das profundezas do corredor à frente. O som fez o chão vibrar levemente.

Takemichi ergueu a mão, sinalizando silêncio.

— Preparem-se para o combate — ele disse, sua voz grave, enquanto ajustava os machados em posição de combate.

— Só para me deixar mais assustada... por que disse que isso é ruim? — exclamou Thais, tentando controlar a ansiedade.

— Ghouls evoluem quanto mais comem. — explicou Kay, com a voz baixa e séria. — Achei que fosse impossível, mas pelo cheiro... parece que os que estão vivos aqui devoram a própria raça.

— E o que isso significa? — perguntou Ravena, preocupada.

— Pelo cheiro, esse é forte. — respondeu Kay, estreitando os olhos.

— Ei, isso parece perigoso! — alertou Ravena, dando um passo para trás.

— Não, não para nós. — disse Kay, um sorriso confiante surgindo em seu rosto. — Mas ele é definitivamente mais forte do que os outros que já enfrentamos.

Kay parecia quase empolgado. "Finalmente, um desafio digno...", pensou, enquanto sacava sua espada com um movimento fluido.

— Interessante. Eu enfrento ele. — declarou, a ponta da lâmina refletindo o brilho fraco dos cogumelos na caverna.

— Fica quieto aí, garoto! — retrucou Takemichi, sua voz cortando o ar como um comando incontestável.

— Meu ghoul já está desgastado, e mais no fundo ainda tem vários ghouls. Eu quero lutar! — declarou Kay, apertando o punho ao redor da espada, os olhos ardendo de determinação.

— Fica quieto, Kay! — ordenou Rem, sua voz firme como aço, cortando o ímpeto do garoto.

Kay suspirou, abaixando a cabeça.

— Tá... — respondeu ele, recuando com os ombros caídos, um brilho de frustração misturado à tristeza passando pelo seu rosto.

— Está vindo! Fiquem em formação! — disse Takemichi, sua voz

O som de algo grande e pesado se movendo ressoou à distância, ficando cada vez mais próximo. A tensão cresceu, como se o próprio ar tivesse se tornado mais pesado.

O som de algo grande e pesado se movendo ressoou à distância, cada vez mais próximo. As paredes da caverna vibravam com o impacto, como se algo colossal estivesse prestes a surgir. O ar parecia mais denso, como se a presença da criatura fosse capaz de esmagar a coragem de qualquer um.

Uma sombra imensa começou a se formar ao fundo, seus contornos irregulares projetando-se contra as luzes tênues dos cogumelos. Era como se uma fera gigantesca estivesse prestes a devorar tudo em seu caminho.

O grupo segurava suas armas com força, cada um preparando-se para enfrentar algo monstruoso. O som de garras arranhando a pedra ecoou, e uma figura finalmente emergiu da escuridão.

Todos prenderam a respiração.

Então... a sombra se revelou.

Era um ghoul. Pequeno. Não mais alto que uma criança de oito anos.

— O quê?! — exclamaram os soldados em uníssono, a confusão clara em suas vozes.

— Que droga é essa? Eu nunca vi um ghoul pequeno! — disse Ravena, franzindo o cenho enquanto apertava sua lança, como se esperasse que fosse algum tipo de piada.

O ghoul, com seus olhos brilhantes, parecia observar o grupo com uma mistura de curiosidade e hostilidade.

— Pequeno ou não, ainda é um ghoul. — Takemichi manteve sua posição firme, os olhos fixos na criatura, sem baixar a guarda por um segundo.

— Exceto pelo Kay, os trajes de vocês estão com porcentagens irregulares! — alertou Fernanda, sua voz emergindo na chamada de vídeo.

— Qual é o motivo? — exclamou Takemichi, sem desviar os olhos do ghoul, suas mãos prontas para agir a qualquer momento.

— O traje do Kay está com os circuitos queimados! Não dá para analisar! — respondeu Fernanda, a urgência em sua voz evidente.

Ravena estreitou os olhos, analisando a criatura à sua frente.

— Ele não está atacando... e nem tem tentáculos. Posso eliminá-lo? — perguntou, sua determinação clara.

— Vamos tentar capturá-lo vivo. Esse ghoul é diferente de todos os outros. — Takemichi fez o comando, o tom de sua voz deixando claro que era uma ordem, não uma sugestão.

— Certo! — respondeu Ravena, dando um passo à frente.

— Recue, Ravena! — ordenou Kay, sua voz cortando o momento como uma lâmina.

Ravena girou a cabeça para encará-lo, confusa e irritada.

— Por quê? — exclamou, a tensão clara em seu tom.

Kay cruzou os braços, a expressão séria.

— Você ainda não tem força para derrotar esse daí.

As palavras fizeram o rosto de Ravena corar de raiva. Ela apertou os dentes, sentindo como se Kay estivesse questionando sua capacidade.

— "Ele só pode estar tirando com a minha cara!" — pensou Ravena, apertando a foice com mais força.

Kay deu um passo à frente, ignorando o olhar indignado dela.

— Se querem capturá-lo vivo, então vá você mesmo, Takemichi. Ou me deixe fazer isso.

Takemichi estreitou os olhos, exalando um suspiro pesado antes de falar:

— Mas você não cala a boca, não é?

Virou-se para o ghoul, caminhando lentamente, cada passo medido como se estivesse enfrentando algo maior do que parecia ser.

— Eu cuido disso.

— Fernanda, grave isso! — pediu Kay, sua voz carregada de urgência.

— Já está gravando desde que vocês entraram aí! — respondeu Fernanda, firme, enquanto monitorava tudo pelo visor.

— Deem espaço para eles! — ordenou Kay, recuando alguns passos, com um olhar atento fixo no pequeno ghoul.

Os soldados, ainda tensos, obedeceram, formando um semicírculo cauteloso.

— Esse ghoul é tão forte assim para o meu pai ter que lutar? — perguntou Mira, sua voz oscilando entre curiosidade e preocupação.

Kay a encarou brevemente antes de responder, com uma seriedade incomum:

— É sim. Não é o melhor oponente para a Ravena agora!

Ele olhou para os demais soldados, que seguravam suas armas com firmeza.

— Não baixem a guarda!

Todos observavam o pequeno ghoul, que permanecia imóvel por enquanto, mas seu olhar brilhante parecia examinar cada movimento do grupo como se esperasse o momento exato para agir.

O ghoul rosnou, avançando em um movimento ágil e imprevisível. Com um salto, ele tentou surpreender Takemichi, atacando com suas garras em direção ao peito do capitão. Takemichi, com sua experiência, percebeu a direção do ataque no último momento e girou, desviando por pouco. A lâmina de seu machado cortou o ar, mas não o encontrou.

— "Ele é rápido..." — pensou Takemichi, forçando-se a manter os olhos fixos no ghoul, enquanto sua mente trabalhava a todo vapor para prever os próximos movimentos. O pequeno ghoul saltou novamente, dessa vez na direção de Takemichi, atacando com fúria.

Takemichi recuou, apenas para ver o ghoul deslizar para o lado e tentar um golpe na lateral. As garras arranharam sua roupa, fazendo Takemichi se afastar, mas ele não se deixou abalar. Ele girou e, com um movimento ágil, bloqueou o próximo golpe com o machado, o impacto reverberando nos seus braços.

— "Esse bicho não para! Vai ser preciso mais do que agilidade para vencer!" — pensou Takemichi, seus olhos fixos no ghoul que, agora, se movia em ziguezague, tentando encontrar uma brecha em sua defesa.

O ghoul parecia imprevisível. Ele saltava para um lado, desaparecia na penumbra e, antes que Takemichi pudesse reagir, estava novamente atacando, seu movimento tão rápido que era difícil de acompanhar. Mas Takemichi não era um soldado qualquer. Seus reflexos estavam afiadas, e ele usava a agilidade do ghoul contra ele, se posicionando para interceptá-lo.

O ghoul avançou mais uma vez, atacando em diagonal, mas Takemichi estava preparado. Com um movimento rápido, ele girou o machado, atingindo o ghoul na parte inferior de suas pernas, o cortando profundamente. O ghoul soltou um grito de dor, mas imediatamente se afastou, tentando recuar para ganhar espaço.

— "Ainda não o derrubei. Preciso ser mais rápido." — Takemichi pensou, analisando cada movimento do pequeno monstro.

A batalha continuou com o ghoul se movendo como uma lâmina afiada, sempre à espera do momento certo para atacar. Mas Takemichi estava começando a se acostumar com sua velocidade, aprendendo a antecipar os padrões de movimento, mesmo que os ataques ainda fossem rápidos e violentos.

O ghoul saltou novamente, tentando atingir Takemichi com um golpe mortal. Mas desta vez, Takemichi se antecipou. Ele saltou para o lado e, com um movimento fluido, acertou um golpe rápido nas costelas do ghoul. O impacto foi forte o suficiente para fazer o ghoul cambalear para trás, o sangue espirrando das feridas abertas.

O ghoul, agora mais cauteloso, se afastou um pouco, tentando avaliar o próximo movimento. Seu corpo estava coberto de cortes e arranhões, mas ele não parecia disposto a desistir. Suas garras estavam manchadas de sangue, mas a ferocidade nos seus olhos não diminuía.

O ghoul avançou novamente, mas desta vez Takemichi estava pronto. Ele esperou o momento exato e, quando o ghoul se aproximou, bloqueou o golpe com seu machado, ao mesmo tempo em que aplicava um golpe certeiro nas articulações do ghoul. O impacto foi tão preciso que o ghoul perdeu a mobilidade das suas pernas, fazendo-o cair no chão com um estrondo.

Com o ghoul agora imobilizado, Takemichi não deu margem para que ele se levantasse. Ele rapidamente se posicionou sobre o monstro, mantendo-o no chão com a lâmina do machado contra a sua garganta.

— "Está acabado." — Takemichi murmurou, ofegante.

O ghoul, agora sem forças para se mover, ficou ali, respirando pesadamente, seus olhos fixos na lâmina que o impedia de fugir.

Takemichi olhou para o grupo, vendo a tensão em seus rostos, e então, com firmeza, disse:

— "Vamos prendê-lo.

— Certo! — afirmaram os soldados em uníssono, determinados.

— Tem alguma caixa especial para prender esse carinha? Correntes ele quebra com facilidade. Se for de Noxium, até daria um pouco de trabalho pra ele, mas ainda assim pode acabar quebrando. — disse Kay, analisando o pequeno ghoul.

— Até temos, mas está no instituto. Vou pedir para enviarem. — respondeu Fernanda, sua voz firme, mas preocupada.

— Ele vai se regenerar antes disso. Fique aqui de olho nele enquanto nós partimos para atacar os outros. Meu ghoul está faminto e louco para absorver esse pequeno aqui. — disse Kay, com um sorriso provocador.

Takemichi franziu o cenho, visivelmente preocupado.

— Esse daqui é uma espécie rara. Não posso deixar esse grupo simplesmente atacar sem pensar. — afirmou ele, com um tom sério.

— Então está tudo bem se eu o ameaçar? Porque ele está me ofendendo desde que chegamos aqui! — disse Kay, apontando para o ghoul, com um olhar desafiador.

— Isso é coisa da sua cabeça. Ele nem está te olhando! — retrucou Takemichi, cruzando os braços.

— Entendo... Então, se ele não mudar de ideia quando eu for ali na frente, eu fico aqui atrás de olho nele. — sugeriu Kay, com um tom sarcástico, mas cheio de intenção.

— Vamos ver. — respondeu Takemichi, desconfiado.

Kay começou a caminhar lentamente para frente, seus passos ecoando na caverna. O pequeno ghoul parecia ignorá-lo completamente, seus olhos fixos no chão.


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