Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 61: Capítulo 61



Kay observou ao redor, surpreso com a visão:

— Oh, até que repararam bastante casas! — exclamou, impressionado.

Ravena, com um olhar sério, respondeu:

— Comparado ao tamanho do reino, isso aqui é só a ponta do iceberg. Mas o reino já considera isso como a primeira cidade reparada!

Kay, sempre curioso, perguntou:

— E os civis vão poder escolher qualquer casa para morar?

Ravena balançou a cabeça, ponderando:

— Não sei como vai ser a distribuição, mas já vai dar um desaperto legal no nosso reino!

Fernanda, pela rádio, fez uma observação sombria:

— Provavelmente o rei vai anunciar a quantidade de casas e a localização delas. Aí, quem tiver interesse, pode escolher uma casa e se mudar para lá. Só que é meio difícil acreditar que alguém vai querer, considerando que só tem uma cidade reparada e não tem a sede do exército aqui ainda!

Kay, com um sorriso sarcástico, respondeu:

— Frescura! Se eu não tivesse uma casa, eu me mudaria para cá!

Fernanda, com um tom de reprovação, retrucou:

— Você é diferente.

Kay, sem desviar sua atenção da missão, concluiu:

— O reino está limpo, não encontramos ghouls no caminho. Então avise o capitão!

— Pode deixar! — Fernanda respondeu pelo rádio, já se preparando para agir.

Kay, com um suspiro, falou:

— Não temos nada para fazer por enquanto. Vou dar uma olhada nas casas.

Ravena, com uma expressão de impaciência, respondeu:

— Estão trancadas. Só o chefe dos guardas tem a chave.

Kay sorriu, com um ar de determinação:

— Então é isso. Não temos nada para fazer até eles chegarem. Façam o que quiserem, eu vou ligar para a Emilia. Quer vir também? — ele olhou para Mira, aguardando uma resposta.

Mira, com um olhar receoso, disse:

— Liga daqui!

Kay, com um brilho nos olhos, sorriu:

— Quero mostrar uma visão melhor para ela. Vamos lá de cima!

Mira, com uma leve hesitação, respondeu:

— Parece que vai dar medo. Eu vou ficar aqui.

Kay riu, tentando acalmá-la:

— Nós vamos voando, não precisa ter medo!

Mira, com um tom frustrado, respondeu:

— Isso não ajuda!

— Eu só vou mostrar a visão lá de cima para ela e já volto! — Kay garantiu, começando a manifestar as asas do ghoul.

Mira, resignada, disse:

— Tá bom...

Kay saltou, suas asas se abrindo magnificamente enquanto ele subia até o topo da muralha.

Thais, observando com um suspiro, disse:

— Eu queria ter asas também!

Ravena, com um olhar divertido, respondeu:

— Não reclame de barriga cheia!

Kay estava sentado no topo da muralha de Mineford, observando a vasta cidade reconstruída abaixo. Com um sorriso de canto de boca, puxou o seu celular e iniciou uma chamada de vídeo para Emilia.

— "Espero que ela não esteja ocupada" — pensou, enquanto aguardava a conexão.

Após alguns segundos, a tela brilhou, revelando a imagem da princesa. Emilia estava com um sorriso no rosto, embora parecesse levemente surpresa.

— Kay? — chamou ela, erguendo uma sobrancelha, curiosa.

Kay soltou uma risada.

— Ainda na cama? Vida de princesa é difícil!

Emilia revirou os olhos, mas o sorriso persistiu.

— Já que meu pai e minha mãe saíram, não tenho nada para fazer agora. Tenho aulas à tarde, mas, por enquanto, estou livre.

— E o seu treino? — perguntou Kay, arqueando as sobrancelhas.

— Já terminei! Voltei, tomei um banho e agora estou descansando — respondeu Emilia, com um tom leve.

— Entendo. E eles já estão vindo? — perguntou Kay, enquanto ajustava a câmera para um melhor enquadramento.

— Sim, já faz quase uma hora que saíram — respondeu a princesa.

Kay, sem aviso, virou a câmera para mostrar a cidade abaixo.

— Está brincando? Onde é que você está agora? — perguntou Emilia, alarmada.

— Em cima da muralha de Mineford! — anunciou Kay com orgulho. — Olha meu pessoal lá embaixo... embora, acho que não dá para ver direito, né?

Ele riu, e Emilia apertou os olhos, tentando distinguir os detalhes.

— Não dá! Mas estou vendo as casas e o helicóptero. Vocês já avançaram tanto assim? — disse ela, admirada.

— Eu também fiquei surpreso. Estive doente e acabei não participando da reconstrução — comentou Kay, pensativo.

— É impressionante todo esse progresso! Achei que levaria meses! — exclamou Emilia.

Kay deu um sorriso satisfeito.

— Usamos aquela técnica que te mostrei no castelo.

— Os tentáculos? — perguntou Emilia, arregalando os olhos.

— Sim! — confirmou ele, rindo.

De repente, o som de helicópteros preencheu o ar, ecoando pelo reino. Kay olhou para o céu e franziu o cenho.

— Eles estão chegando. Vou descer agora — disse Kay, fechando a câmera em um movimento abrupto.

— Tudo bem... — respondeu Emilia, mas antes que pudesse terminar, Kay pulou da muralha.

— O quê?! — exclamou ela, alarmada.

Durante a queda, Kay ativou as asas de seu traje ghoul, interrompendo o mergulho em pleno ar. Ele flutuava majestosamente sobre a cidade, enquanto ajustava a câmera novamente para mostrar a si mesmo.

— Estou voando! Dá uma olhada nisso! — disse ele, com um sorriso ousado.

— Você também tem asas? Que incrível! — exclamou Emilia, animada, seus olhos brilhando pela novidade.

Kay olhou para a câmera, orgulhoso.

— A Mira morre de medo de lugares altos. Um dia, eu te levo para voar por aí.

— Ah, não! Eu também tenho medo de altura! — respondeu Emilia, rindo nervosa.

— Entendi... — disse Kay, com um tom brincalhão. — Mas, quer ver algo incrível? Você vai ser a primeira a testemunhar.

— O quê? — perguntou Emilia, curiosa.

Kay pousou próximo ao esquadrão, fazendo as asas se retraírem em uma dança metálica que ecoou pelo ambiente. Ele retornou o traje à sua forma normal e entregou o dispositivo para Mira, que se aproximava com uma expressão confusa.

— Já conversou com ela? — perguntou Mira, olhando para a tela.

— Essa é a Mira? — perguntou Emilia, surpresa.

Kay virou a tela em direção a Mira, que hesitou, levemente envergonhada.

— Você também está usando máscara! Isso é incrível! — disse Emilia, empolgada.

— Oi... — respondeu Mira, timidamente.

— Olá! — respondeu Emilia, agora mais calma.

— Estava dormindo? — perguntou Mira, tentando puxar assunto.

— Não, eu treinei, tomei um banho, e agora estou aqui descansando na cama — respondeu Emilia, com um sorriso educado.

— Entendo... Vida de princesa é difícil, né? — comentou Mira.

Kay riu e desviou o olhar quando a voz de Takemichi soou pelo rádio:

— Estamos nos aproximando!

— Área limpa! — respondeu Kay, rapidamente.

— Abra a entrada! — ordenou Takemichi.

— Certo! — confirmou Kay.

— Me liga depois! — pediu Emilia.

Kay sorriu, confiante.

— Não se preocupe. Só fique quietinha e pode assistir!

— Tem certeza? — perguntou ela, incerta.

— Absoluta! — respondeu ele, com convicção.

— Tá bom... — disse Emilia, finalmente cedendo.

Kay olhou para seus companheiros, avaliando a situação.

— Quem sabe abrir a entrada pode ir agora! — gritou ele.

— Não sabemos o código de acesso! — respondeu Ravena.

— Fernanda? — chamou Kay pelo rádio.

— Você não faz nada sem mim, né? Pode se curvar depois e beijar meu pé! — zombou Fernanda.

Kay riu, mas respondeu no mesmo tom:

— Você sabe que o capitão está na mesma faixa de rádio, né? Ele deve ter ouvido isso.

— Cinco, nove, oito e dez! — anunciou Fernanda, ignorando o comentário.

— Agora, quem vai lá? — perguntou Kay.

— Será que dá tempo? Estamos longe da entrada — questionou Thaís.

— Ganha tempo! — disse Kay, entregando o celular para Mira antes de sair correndo em direção à entrada.

— Ganhar tempo? Mas como?! — exclamou Ravena, lançando um olhar ansioso para Kay.

Kay apertou os lábios, refletindo rapidamente, mas antes que pudesse falar, a voz de Emilia soou pelo celular.

— Perguntem o código de novo no rádio e digam que estão abrindo a entrada! — sugeriu ela, com firmeza.

Mira, ao ouvir, estalou os dedos, impressionada.

— Boa ideia! — disse ela, acenando para Kay.

Ravena, ainda incerta, ergueu o comunicador e apertou o botão.

— Pode repetir o código? — pediu, tentando esconder o nervosismo.

A resposta veio quase instantaneamente:

— Cinco, nove, oito e dez! — respondeu Fernanda pelo rádio, em um tom firme.

Kay, aproveitando a deixa, assumiu o comando.

— Entendido! Abrindo a entrada de Mineford! — anunciou ele no rádio, sua voz firme ecoando no ambiente.

Kratos, que estava mais afastado, observava tudo com os braços cruzados. Ele arqueou uma sobrancelha e murmurou, com um sorriso de canto de boca:

— Até que ele foi rápido...


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