Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 51: Capítulo 51: Essa é a resposta da equipe!



O piloto do avião se virou para informar:

— "Abastecimento concluído. Estamos de saída."

Os soldados se levantaram para se despedir.

— "Obrigado pela ajuda e lamentamos a perda de seu companheiro." — disse o copiloto, a voz carregada de respeito.

Kay ergueu-se, firme, e respondeu:

— "Obrigado! Tomem cuidado na volta."

Os pilotos agradeceram novamente, subiram na aeronave e decolaram, desaparecendo no horizonte. Assim que o som do avião diminuiu, Kay se virou para os demais.

— "Vamos embora." — Ele entrou no helicóptero e sentou-se novamente em frente ao corpo de Ethan, com um olhar sombrio.

Joana hesitou antes de sugerir:

— "Posso ir aqui, se preferir."

Kay balançou a cabeça, descartando a ideia com simplicidade:

— "Não se preocupe."

O helicóptero decolou, deixando a base para trás. Joana olhava para os soldados dentro do helicóptero, o silêncio predominando enquanto cada um parecia imerso em seus próprios pensamentos.

— "Eles ainda estão abalados com a perda. Isso é normal, ainda mais sendo a primeira vez que passam por algo assim." — pensou ela, com um olhar preocupado enquanto ajustava seu assento.

Kay, sentado à frente do corpo de Ethan, mantinha-se calado, seus olhos fixos em algum ponto do horizonte, embora sua mente estivesse distante.

— "Eu não senti o ghoul se movendo... Será que a queda dos outros me confundiu? Ou talvez... Será que San percebeu algo? Não. Melhor não tocar nesse assunto agora." — Ele respirou fundo, deixando o pensamento de lado por ora.

Kay quebrou a tensão com um comando inesperado:

— "Deixem-me perguntar algo. Como vocês descreveriam essa missão?"

Os soldados trocaram olhares confusos.

— "Como assim?" — perguntou Thais, franzindo o cenho.

— "Eu quero que resumam essa missão em uma palavra. Pensem e, quando estiverem prontos, escrevam no celular e me mostrem." — Kay disse, com calma, mas firme.

Joana olhou para ele, questionando:

— "Não acha que isso já é—"

— "Tudo bem." — Ravena a interrompeu, entendendo que Kay tinha seus motivos.

Um a um, Ravena, Slayer, Kratos, Fiona e Thais escreveram suas palavras e mostraram para Kay. Ele leu cada uma em silêncio e devolveu os celulares com um aceno de cabeça.

— "Entendo."

Logo após, foi a vez de Mira, Viviane, Sarah, Sky, San e Dan. Kay repetiu o mesmo gesto após ler as respostas.

— "Entendo."

Por fim, Kay virou-se para Alex e Brenda.

— "Vocês dois eram os mais próximos dele. Não tenham medo de escrever."

Os dois se entreolharam, a hesitação clara em seus rostos, mas logo pegaram os celulares e escreveram. Quando entregaram a Kay, ele leu e fez uma pausa antes de responder:

— "Entendo. Embora tenhamos tido baixas, todos veem esta missão como um sucesso."

Ravena cruzou os braços, arqueando uma sobrancelha.

— "Mas isso é literalmente o resultado da missão."

Kay ignorou o comentário direto e anunciou:

— "Ravena, você será a vice-líder deste esquadrão."

O helicóptero pareceu parar por um instante, tal foi o choque.

— "O quê?" — exclamou Ravena, sua surpresa refletindo nos rostos confusos dos outros.

Todos lançaram olhares furtivos para Mira, como se esperassem uma reação dela. Mira, percebendo, bufou:

— "Eu sinto os olhares. Podem parar com isso!"

Kay riu levemente antes de explicar:

— "O Takemichi tem outros planos para a Mira. Se não fosse por isso, eu preferiria ela para o posto..."

Antes que pudesse terminar, Mira chutou a perna dele, arrancando um gemido de dor e risos abafados dos outros.

Kay retomou, ignorando a dor:

— "Ravena, você coordenou a equipe quando eu estava ausente. A porcentagem de sincronização do seu traje já está no nível de um líder. Você tem treinamento militar e consegue pensar rápido sob pressão. Considerando tudo isso, eu quero que você assuma a liderança na minha ausência."

Ravena olhou para Mira, que parecia aliviada.

— "Eu não sirvo para liderar. Pode ficar com esse posto." — Mira disse com um meio sorriso.

Ravena respirou fundo, entendendo o peso do que estava sendo confiado a ela.

— "Entendo. Eu aceito."

— Ei, Kay! Que plano é esse que meu pai tem pra mim? — perguntou Mira, cruzando os braços, o tom de voz carregado de suspeita.

Os soldados trocaram olhares, como se já soubessem do que se tratava. Joana deixou escapar uma risada discreta, aumentando a confusão de Mira.

— Não... Não, não, não! Eu não quero isso! — exclamou Mira, finalmente compreendendo o significado das palavras.

O helicóptero pousou na base, o barulho das hélices ecoando como um trovão abafado.

— Foi o que a Yumi me disse, mas não sei se é verdade. Pergunta direto pra ele! — respondeu Kay, abrindo a porta do helicóptero e descendo calmamente.

Ao saírem, os soldados da base estavam alinhados, esperando. A atmosfera era séria, quase intimidadora.

— Que recepção mais tenebrosa! Vai acabar assustando meu pessoal! — comentou Kay, erguendo as sobrancelhas em leve reprovação.

— Seu maldito, está querendo mor... — começou Takemichi, irritado, mas foi interrompido por Lena.

— Capitão! — chamou Lena, apressada, fazendo Takemichi tossir para disfarçar.

— Fizeram um bom trabalho completando a missão! — disse Takemichi, erguendo a mão em continência, seguido por toda a divisão, que prestava homenagem aos recrutas.

— Não faz isso, assim fico envergonhado! — disse Kay, desviando o olhar, desconfortável.

— Leve isso a sério, seu cabeça-dura! — ordenou Takemichi.

Kay suspirou e ergueu a mão, imitando o gesto com desdém.

— Quinto Esquadrão retornando com sucesso da missão! — declarou ele.

— Bom trabalho! — respondeu Takemichi, formalmente.

— Falando nisso, pedi à Yumi para jogar essa conquista nas suas costas. Bom trabalho, Takemichi! — provocou Kay, já se afastando.

— Maldito! — Takemichi cerrou os dentes.

— Tenho umas coisas pra resolver, e a Mira quer falar com você. É melhor dar atenção a ela! — disse Kay, se retirando.

— Kay, vem comigo! — chamou Fernanda, segurando seu braço.

— Espera, eu não quero! — protestou Kay, tentando se soltar.

— Tenho algo pra perguntar! — insistiu Fernanda, firme.

— Eu imagino... Tá bom, madame, você que manda. — Kay suspirou e a seguiu pelo corredor.

Takemichi, por sua vez, olhou para Mira, que o encarava com um sorriso que escondia hostilidade.

— Pai, quero te perguntar uma coisa. Pode me acompanhar, por favor? — disse Mira, tranquila demais para ser sincera.

— Claro... — respondeu Takemichi, relutante. "Ela está falando tranquilamente, mas sinto hostilidade na voz dela. Age igual à mãe... Sinto que problemas estão vindo", pensou, preocupado.

A Cena Muda

Kay caminhava pelo corredor, seguindo Fernanda, claramente desconfortável.

"Fernanda é insistente..." pensou ele, lançando olhares rápidos ao redor.

De repente, sua atenção foi capturada por Thais, Viviane e Sarah, que estavam no mesmo corredor.

— Kay, temos algo pra te mostrar. Pode vir até nosso quarto? — pediu Thais, séria.

— Tudo bem. — Kay respondeu, desconfiado, seguindo-as.

Eles caminharam até o alojamento feminino. No meio do caminho, Mira apareceu, os olhos vermelhos e úmidos.

— Mira, por que está chorando? — perguntou Kay, preocupado.

— Kay! — Mira correu até ele e o abraçou, deixando lágrimas escorrerem por seu rosto.

— O que aconteceu? — perguntou Kay, ainda mais alarmado.

— Eu recusei várias vezes, mas meu pai me transformou em vice-capitã! — confessou Mira, soluçando.

— Acho apropriado, levando em conta seu QI... — Kay começou a responder, mas foi interrompido por um soco certeiro no estômago.

— Era pra você ficar do meu lado, não contra mim! — reclamou Mira, furiosa.

— Tira o traje antes de bater, amor... — gemeu Kay, segurando o abdômen.

— Mereceu! — retrucou Mira, enxugando as lágrimas. — Aliás, por que está no alojamento feminino? Se meu pai te pegar aqui, vai ter problemas!

— Elas pareciam estar com dificuldades, então só as segui. — explicou Kay, ainda curvado pela dor.

Mira respirou fundo, tentando se recompor, e se juntou ao grupo que seguia para o quarto.

No Quarto

— Então, o que queriam me mostrar? — perguntou Kay, sentando casualmente na cama.

— Não se sente casualmente na cama de uma dama! — repreendeu Thais, cruzando os braços.

Sarah corou imediatamente, desviando o olhar. Kay se levantou, um pouco sem graça.

— Me desculpem. A conversa parecia problemática, então agi naturalmente. — disse ele, coçando a nuca.

— Tudo bem... — murmurou Sarah.

— Agora, o que queriam me mostrar? — insistiu Kay.

— Os últimos momentos da missão. — explicou Thais, entregando-lhe um celular com o vídeo.

Kay assistiu ao vídeo em silêncio, a expressão séria. As imagens mostravam o horror da batalha e o momento em que Ethan foi cortado ao meio.

— Não sei se é apropriado mostrar o momento em que o filho de alguém foi morto assim... Mas acho que os pais dele devem saber como aconteceu. Pergunta ao capitão. — disse Kay, devolvendo o celular.

— Entendido. Vamos falar com ele. — respondeu Thais, decidida.

— Mostrem esse vídeo à Fernanda. Ela estava me perguntando sobre os ghouls. — acrescentou Kay.

— Tá bom. — Thais assentiu.

— Pode nos deixar a sós? — pediu Kay, olhando para as garotas ao redor.

— Mas vocês... — começou Thais, hesitante.

— É verdade! Me desculpem. Vamos conversar fora do alojamento. — Kay se apressou em responder, percebendo a situação.

— Tá bom! — disse Mira, soltando uma risadinha.

— Já que vão conversar com o Takemichi, me acompanhem para que as garotas não entendam errado. — Kay lançou um sorriso tranquilo, mas decidido.

As garotas deixaram o alojamento em silêncio.

— Obrigado. — Kay agradeceu enquanto saíam. 

— Agora vamos até o capitão. — Disse Thais

— Boa sorte! — disse ele, despedindo-se das outras com um gesto casual.

Depois que as garotas se afastaram, Kay e Mira seguiram para o pátio.


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