Chapter 50: Capítulo 50: Derrota ou Vitoria?
Os helicópteros rasgavam os céus, aproximando-se rapidamente do grupo. Lá de cima, os pilotos avistaram os ghouls que se acumulavam do lado de fora da muralha, suas figuras grotescas formando uma onda de caos em movimento.
— Alvos avistados. Todos os helicópteros, preparar ataque. Formem linha de fogo! — ordenou o líder do esquadrão.
De dentro da muralha, os soldados podiam ouvir o som crescente das hélices cortando o ar. Olhares subiram em direção ao céu enquanto os helicópteros entravam em formação.
Thais, ainda no topo da muralha, parou sua moto por um momento para observar.
— Eles chegaram... Vai ser um show e tanto. — murmurou ela, ajustando sua arma e analisando os céus mais uma vez.
Kay, caminhando ao lado do primeiro caminhão, pegou o rádio e deu sua ordem com a voz firme:
— Esperem a ordem para atirar.
Distante da muralha, a resposta veio rápida e precisa.
— Certo! Estamos prontos. — afirmou o líder do esquadrão no helicóptero,
Após minutos que pareceram uma eternidade, o grupo alcançou a praça aberta. O lugar, antes um centro vibrante de vida, agora era um campo desolado. Restos de bancas de mercado, veículos enferrujados e árvores mortas compunham o cenário. Apesar da sensação de exposição, Kay sabia que ali eles poderiam reorganizar suas forças.
Descendo do caminhão com passos firmes, ele rapidamente avaliou o local. O silêncio ao redor era perturbador, apenas interrompido pelo som distante dos helicópteros.
Kay pegou o rádio.
— Thais, chegamos! Assim que os ghouls forem eliminados, pode descer. Os helicópteros vão cuidar de qualquer coisa que venha de fora.
A resposta de Thais foi breve, mas determinada.
— Entendido.
Virando-se para Yumi, Kay começou a organizar o campo de batalha.
— Organize os recrutas e veteranos. Quero uma linha de caminhões aqui, formando um bloqueio defensivo.
Yumi assentiu, começando a distribuir os soldados.
— E agora? — perguntou ela, enquanto ajustava seu capacete.
Kay respirou fundo, observando o horizonte. Ele sabia que o pior ainda estava por vir.
— Vamos eliminar os ghouls aqui. O barulho dos helicópteros vai atrair ainda mais ghouls do reino. A maior investida será agora.
Yumi, compreendendo a gravidade da situação, ergueu a voz para os soldados:
— Vocês ouviram! Preparem-se para ataques vindos de todas as direções, exceto atrás de nós. A muralha está protegendo aquele flanco!
Kay complementou a ordem com firmeza.
— Quando abrirmos fogo, todos que possuem armas não hesitem em usá-las. E combatentes corpo a corpo, estejam prontos para atacar se as armas se tornarem ineficazes. Não recuem!
Os soldados bateram continência, respondendo em uníssono:
— Certo!
Kay, voltando-se para o rádio, deu a última instrução aos helicópteros.
— Assim que virem a fumaça vermelha, despejem chumbo nesses ghouls do lado de fora. Não deixem nenhum se aproximar!
A resposta do líder do esquadrão foi rápida.
— Entendido! Estamos posicionados e prontos para agir.
— Dispare alguns tiros para chamar a atenção deles! — ordenou Kay para Alex.
— Certo! — respondeu Alex, enquanto acionava a metralhadora montada no caminhão. Uma série de disparos ecoou pela área, reverberando pelos prédios abandonados e destruídos.
Kay cruzou os braços, observando com um sorriso satisfeito.
— Agora é só aguardar. Eles virão.
Minutos se passaram em um silêncio tenso.
— Eu vou lá buscá-los. Estejam preparados! — disse Kay, começando a se afastar.
— Vai sozinho?! — exclamou Yumi, claramente preocupada.
— É mais fácil me mover assim. Só confiem em mim. — Ele deu uma piscadela confiante.
— Tome cuidado, seu teimoso! — gritou Mira, cerrando os punhos.
— Tá! — respondeu Kay, já disparando na direção dos prédios distantes.
Ele desapareceu na escuridão das ruas devastadas, deixando para trás os soldados em alerta máximo. Poucos minutos se passaram até que o solo começou a tremer de forma ainda mais intensa.
— Isso é... — murmurou San, apertando sua arma com força. — Tem muitos vindo! — gritou ele, com olhos arregalados.
— Ei, ei! Preparem suas armas, isso aqui não é brincadeira! — alertou Thais, com nervosismo estampado em sua voz
De repente, Kay surgiu de volta à vista, correndo como um raio. Atrás dele, uma enorme horda de ghouls avançava em massa, suas garras rasgando o chão, seus gritos ecoando com ferocidade.
— Ele tá trazendo um exército inteiro! — exclamou Alex, segurando a metralhadora com mais força.
Assim que Kay cruzou a área aberta, ele ergueu o sinalizador vermelho e disparou para o céu. O projétil rasgou o ar, deixando um rastro de fumaça brilhante.
— Sinalizador vermelho avistado! Estamos indo! — confirmou o líder dos helicópteros no rádio.
As aeronaves se aproximaram rapidamente, o som dos rotores misturando-se ao rugido da horda. Quando os ghouls entraram no alcance, os helicópteros abriram fogo, despejando uma tempestade de balas e explosões sobre os monstros do lado de fora da muralha. Era uma carnificina.
Enquanto isso, dentro da muralha, Kay mantinha o foco.
— Eles vão ser atraídos para vocês agora. Eu vou sair do caminho! Descem bala neles! — ele gritou no rádio.
— Certo! — respondeu Yumi, ajustando sua posição.
Os soldados nos caminhões miraram suas armas na horda que começava a invadir o espaço aberto. Kay, com seus olhos brilhando em meio ao caos, manifestou um de seus tentáculos. Ele bateu com força no chão, o impacto gerando uma onda de choque que o lançou para longe do centro do combate.
Essa brecha foi o suficiente para os soldados abrirem fogo. Uma sinfonia de tiros e explosões dominou o campo de batalha, enquanto os ghouls caíam em ondas. O cenário era uma mistura de fumaça, gritos e determinação.
Do alto, os helicópteros continuavam eliminando os monstros que tentavam escalar a muralha ou se aproximar das defesas.
Kay, pousando em segurança no chão após seu salto, sorriu ao observar a destruição coordenada.
— Isso! É assim que se faz, equipe! — disse ele, se levantando
O campo de batalha transformou-se em um caos absoluto. A fumaça densa pairava no ar, cobrindo parcialmente a visão dos soldados. Os sons dos cartuchos caindo no chão misturavam-se ao eco ensurdecedor dos disparos incessantes. O cheiro forte de pólvora impregnava o ambiente, invadindo as narinas e deixando um gosto metálico na boca de quem respirava fundo.
Soldados suados e ofegantes seguravam suas armas com firmeza, enquanto os gatilhos eram apertados sem trégua. Cada rajada parecia pouco diante da onda incessante de ghouls que continuava avançando, mesmo tropeçando sobre os corpos daqueles já abatidos.
Kay, posicionado em uma elevação segura, observava a cena com olhos afiados. A fumaça obscurecia parte do que se desenrolava no campo, mas ele conseguia sentir a pressão crescente. Pegando o rádio, sua voz soou firme e determinada, cortando a tensão como uma lâmina.
— Continuem atirando! Ainda tem muitos vivos! Não deixem a linha de defesa quebrar!
A resposta veio rápida.
— Certo! — respondeu Yumi, sua voz abafada pelo som das explosões ao fundo
As metralhadoras pesadas nos caminhões giravam sem descanso, cuspindo balas em alta velocidade. Gritos de guerra ecoavam entre os veteranos e recrutas, enquanto os ghouls urravam em resposta, tentando se aproximar, mesmo sob a chuva de chumbo.
Um ghoul particularmente grande irrompeu da fumaça, seus olhos brilhando com uma malícia animalesca. Ele avançava rápido, ignorando os tiros que perfuravam sua carne densa.
— Alvo prioritário, à frente! — gritou Nina, alertando o grupo.
"Isso é assustadoramente irado!" pensou Thais, com os olhos brilhando de excitação enquanto filmava a batalha. O céu se iluminava com explosões e o som ensurdecedor das metralhadoras. Ela não estava apenas registrando os momentos, estava vivenciando-os, capturando a essência de um conflito que mudaria a história do reino. Mesmo enquanto a tensão crescia e o caos se desenrolava ao seu redor, ela não conseguia deixar de sentir um certo fascínio pela intensidade daquele confronto.
Os helicópteros continuavam seu bombardeio aéreo e os camihões no solo focando todos os seus disparos no ghoul à frente. A criatura, embora tentasse se proteger com seus grotescos tentáculos, não teve a menor chance. As balas cortaram o ar com uma precisão mortal, arrancando os tentáculos do monstro com um impacto brutal. O som do metal se chocando contra carne era quase ensurdecedor. Logo, um disparo fatal atingiu seu torso, fazendo o ghoul cair de forma pesada no chão, criando um estrondo que reverberou pelo campo de batalha. O corpo do monstro ficou ali, imóvel, uma vítima da fúria humana.
— "Ghouls sobreviventes, recuando! Cesse fogo!" Kay comandou pelo rádio, sua voz cortando o ar com uma clareza gelada.
Nina imediatamente sinalizou para os soldados, que interromperam o fogo. O som das metralhadoras se apagou, deixando um silêncio momentâneo no campo de batalha. O vento carregava a fumaça, o cheiro de pólvora impregnava o ar, e o horizonte começava a clarear enquanto a poeira baixava.
Kay, com os olhos fixos nas criaturas remanescentes, deu um passo à frente. Ele não tinha medo. Ele era a personificação da vingança e da justiça neste campo arrasado. Com sua postura imponente e sua espada em mãos, ele bloqueava o único caminho de fuga dos ghouls, que observavam com terror crescente a presença ameaçadora do kay.
— "Parece que os números de vocês diminuíram." A voz de Kay, cheia de determinação, cortou o silêncio. Ele sabia que estava chegando ao fim. Os monstros restantes estavam agora cercados, sem opção de fuga.
Os ghouls pareciam entender que estavam em desvantagem, recuando lentamente, seus olhos brilhando com uma mistura de raiva e medo. Eles estavam em pânico, claramente assustados com a presença de Kay e a pressão dos soldados ao redor. Mas o medo não os parava, apenas os fazia hesitar.
— "Esses são os últimos. Basta eliminá-los, e o reino estará recuperado!" Kay ordenou pelo rádio.
Yumi, que estava ao lado, ergueu sua alabarda com firmeza, seu olhar fixo nos ghouls. Sua presença era imponente, uma lâmina viva pronta para cortar qualquer ameaça pela frente.
— "Não baixem a guarda!" ela gritou, a voz como aço, carregada de autoridade. Seus olhos estavam intensos, como se visse cada movimento dos inimigos, esperando o momento exato para atacar.
Thais, ainda filmando, focou a lente nas expressões dos soldados e nas criaturas amedrontadas, capturando a essência da tensão. O momento estava carregado de algo visceral, algo primal que tocava o fundo de cada alma presente naquele campo de batalha.
— "Vamos finalizar isso!" disse ele, e a ordem era clara. "Soldados, avancem e elimine-os.
As palavras foram como um sinal de execução, e os soldados, sem hesitar, avançaram com uma precisão mortal. A batalha, até então brutal e caótica, agora estava prestes a ser encerrada. Os ghouls que restavam, já sem forças para lutar, tentaram uma última resistência, mas sabiam que a morte estava certa.
Os tiros ecoaram novamente, mas agora, em um ritmo mais controlado. Cada disparo fazia a diferença, e os ghouls, um por um, caíam ao chão, sem chance de reação. A cena era aterradora e ao mesmo tempo triunfante. O reino, uma vez ameaçado pela horda de monstros, começava a ver a luz da vitória se aproximar.
Kay, de pé, observava enquanto a última criatura caía. Ele respirou fundo, sentindo o peso da batalha sobre seus ombros.
O corpo massivo dos ghouls caíram com força no chão, e suas quedas gerara uma onda de fumaça que obscureceu a visão. Mas, quando o ar começou a clarear, a cena que apareceu fez o coração de todos apertar.
Os tentáculos de um ghoul, ainda retorcendo no chão, estavam espalhados perto dos corpos dos soldados veteranos. Seus corpos estavam cortados ao meio, uma cena brutal e macabra, testemunho de um ataque violento. Entre os mortos, o corpo de um recruta jovem, Ethan, estava ali, seu olhar vazio fixo no horizonte. A morte, que parecia tão distante, finalmente cobrara seu preço.
— "Quando pensei que iríamos sair sem nenhuma morte... Tinha que ser no final...?" Yumi disse, sua voz tremendo de raiva e dor. "Mas que droga!"
Os recrutas, ainda sob o impacto da batalha, olhavam para seus colegas caídos, seus olhos se arregalando de horror. Não estavam preparados de verdade para isso. A guerra, embora tivessem visto suas consequências, nunca havia chegado tão perto deles. O choque os dominava, e seus rostos refletiam a tragédia que agora enfrentavam.
Kay, imerso na dor silenciosa da perda, avançou até o ghoul responsável. Ele estava coberto por uma máscara que ocultava suas emoções, mas sua postura, tensa e imperturbável, dizia tudo. Ele se agachou, seus dedos tocando o ghoul, sentindo o peso da morte sob suas mãos.
Dentro da escuridão de sua mente. Um novo ghoul apareceu ao lado do primeiro, como se estivesse esperando por uma ordem.
— "Devore-o lentamente, para que até sua última gota da consciência dele sofra." Kay ordenou com uma calma assustadora, seu olhar fixo nos ghouls. A criatura se moveu, obedecendo à ordem com uma precisão quase mecânica.
Ele abriu os olhos, deixando para trás a escuridão da mente e voltando à realidade.
— "Esperava que isso terminasse sem vítimas do nosso lado..." Kay murmurou, sua voz baixa, quase imperceptível. Ele levantou a cabeça e, com uma força renovada, falou para Yumi. — Vamos levar o corpo de Ethan de volta ao nosso país para que ele tenha um funeral adequado."
Yumi, com os olhos cheios de preocupação, não respondeu imediatamente.
— "Eu entendo. Também voltaremos para enterrar nossos companheiros." disse Yumi, sua voz falha, mas cheia de respeito por Ethan e pelos que caíram antes dele.
Foi nesse momento que Kay recebeu uma ligação de Fernanda. Ele respirou fundo antes de atender, tentando esconder a dor por trás de sua voz.
— "Não foi nada. Já acabamos aqui." Kay respondeu, tentando se acalmar
— "Recuperaram o reino?" Fernanda perguntou, sua voz carregada de preocupação
— "Sim, recuperamos. Tivemos cinco baixas e um do meu esquadrão..." disse Kay, preocupado. — "Diga ao capitão para informar à família de Ethan. Vamos retornar à base e depois vamos levá-lo de volta para casa. Vamos dar a ele um enterro digno."
Fernanda ficou em silêncio por um momento, antes de responder com uma calma reconfortante.
— "Tá! Fizeram um bom trabalho. Vamos preparar um enterro apropriado para ele."
— "Obrigado." Kay disse, a palavra saindo com um peso profundo.
Yumi se aproximou, colocando uma mão no ombro de Kay, em um gesto silencioso de apoio. O silêncio entre eles falava mais do que palavras poderiam expressar. A guerra não era só sobre vitórias, mas também sobre perdas. E nesse momento, Kay sentiu o peso da responsabilidade mais do que nunca.
— "Ergam a cabeça!" Yumi exclamou com uma voz firme, sua postura ereta e cheia de determinação. "Nossos colegas morreram recuperando o reino e lutaram com coragem até o final! Não vamos desonrar a morte deles com tristeza e preocupação, mas vamos honrá-los festejando a nossa vitória!"
Aqueles que estavam ao seu redor, soldados do esquadrão, ergueram suas armas e gritaram em uníssono, uma explosão de som e emoção, como um clamor vitorioso que reverberou no campo devastado. A fumaça que ainda pairava ao redor parecia diminuir diante da força daquele momento. Kay observava de longe, sua máscara, que até então ocultava seu rosto, foi retirada. Seu olhar estava imperturbável, mas por dentro, ele sentia o peso daquilo tudo.
— "Vão voltar agora. Já estamos de saída!" Kay disse com a voz calma, mas resoluta.
Yumi, com o olhar firme, respondeu com a mesma seriedade.
— "Temos que esperar o grupo do rei chegar para instalar as armas. Depois disso, vamos retornar."
Kay deu um sorriso suave e, com um gesto afetuoso, fez cafuné em Yumi, um toque que era sua maneira de mostrar carinho.
— "Se cuida."
— "Obrigada, tomem cuidado na volta!" Yumi respondeu, sorrindo levemente
— "Quinto esquadrão, vamos nos retirar!" Kay ordenou
Os recrutas, ainda visivelmente abalados pela perda de Ethan, bateram continência e acataram a ordem, mas suas expressões carregavam a dor de quem ainda não conseguia entender completamente o que haviam vivido.
Kay olhou para o corpo de Ethan.
— "Como vocês vão levar os corpos?" Kay perguntou, a tensão em sua voz evidente.
— "Colocamos nos sacos feitos para isso." Yumi respondeu com uma voz calma
Nina, com a mesma calma e foco que caracterizava os veteranos, pegou um dos sacos do caminhão e levou até Kay. Dois veteranos, com um gesto silencioso, colocaram o corpo de Ethan no saco. Nina então fechou o zíper, selando o corpo e a memória do recruta dentro daqueles materiais.
Kay agradeceu em silêncio, pegando o corpo com cuidado. Cada movimento parecia mais lento, como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros. Ele olhou para Yumi e, com um tom de voz mais suave, falou pelo rádio.
— "Thais, vamos embora. Desça."
— "Certo!" Thais respondeu, sua voz triste, mas obedeceu sem hesitar.
Um dos helicópteros sobrevoou o local e jogou uma escada. Thais subiu rapidamente, e o helicóptero foi em direção ao grupo e quando chegou na altitude suficiente, Thais pulou no chão. O helicóptero se afastou e, com um giro suave, pousou na área aberta.
Kay, ainda com o corpo de Ethan em seus braços, se aproximou de Yumi
— "Ei, Yumi. Quando conseguir um tempo disso tudo, venha até a nossa base para treinar!" Kay disse, seu tom era leve.
Yumi sorriu com uma faísca de esperança nos olhos.
— "Eu vou esperar ansiosa por isso, Kay!"
Os recrutas, ainda em choque pela perda, bateram continência para Yumi antes de se retirarem para o helicóptero. Kay, com um último olhar para Yumi, deitou o corpo de Ethan com o maior cuidado possível dentro da aeronave. Após entrar, ele fechou a porta, e o helicóptero deu partida, suas hélices ganhando força enquanto tomavam voo.
Yumi sorriu com uma faísca de esperança nos olhos.
— "Eu vou esperar ansiosa por isso, Kay!"
Os recrutas, ainda em choque pela perda, bateram continência para Yumi antes de se retirarem para o helicóptero. Kay, com um último olhar para Yumi, deitou o corpo de Ethan com o maior cuidado possível dentro da aeronave. Após entrar, ele fechou a porta, e o helicóptero deu partida, suas hélices ganhando força enquanto tomavam voo.
Dentro do helicóptero, a tensão parecia dissolver um pouco.
Yumi, visivelmente satisfeita, se endireitou e falou com autoridade.
— "Ótimo! Eu quero soldados de guarda em cima da muralha!"
— "Certo!" responderam os soldados, batendo continência com prontidão.
Em seguida, Yumi olhou para Nina com um sorriso no rosto, tentando aliviar a tensão do momento.
— "O que achou do meu mestre?"
Nina, com um sorriso maroto, respondeu com sinceridade.
— "De fato, ele é uma pessoa impressionante! Só é meio esquisito, igual a você!"
Yumi riu alto, se vangloriando de seu mestre, mas havia uma leveza na forma como ela reagia, algo que contrastava com a seriedade do momento.
— "Eu te falei que você ia gostar dele!" Yumi respondeu com confiança.
— "Não foi o que eu disse!" Nina rebateu, um pouco irritada com a provocação de Yumi.
Yumi sorriu, mas sua expressão logo se tornou mais séria, com um brilho de determinação nos olhos.
— "Deixar ghouls entrarem depois de recuperarmos seria uma ofensa ao Kay e sua equipe. Mantém isso protegido a todo custo!" disse Yumi com uma autoridade inconfundível.
— "Certo!" responderam os soldados em uníssono, seus rostos agora marcados por uma concentração implacável
Mais tarde, o som do motor de um avião da quarta divisão cortou o ar, enquanto ele descia para pousar no aeroporto da sexta divisão. O céu estava tingido com as cores do pôr do sol, e a pressão ainda pairava no ambiente, como se a vitória recente não fosse o fim, mas apenas uma pausa antes da próxima luta.
— "Vamos ficar com vocês até pegarem voo novamente." Kay disse aos pilotos, sua voz firme e inabalável, como sempre.
— "Vamos só abastecer, não vai demorar!" respondeu o piloto
O grupo desceu do avião, o peso dos acontecimentos recentes ainda sobre eles, e ali, esperando, estavam Joana e um dos pilotos da sexta divisão. O ambiente estava mais tranquilo, mas a tensão ainda não havia desaparecido completamente.
— "Bom trabalho completando a missão!" Joana cumprimentou-os com um sorriso de aprovação, mas seus olhos também refletiam a seriedade do momento.
— "Veio pessoalmente nos buscar? Vocês estão com tempo?" — disse kay
Joana deu um leve sorriso. — "O capitão se preocupa com seus soldados, ele que me enviou." O tom de orgulho em sua voz era claro
Kay então se aproximou do helicóptero, onde colocou o corpo de Ethan cuidadosamente.
— "Vamos esperar eles saírem e depois podemos partir." disse kay, se servindo com uma xicara de café.