Chapter 49: Capítulo 49
O primeiro caminhão, com os recrutas a bordo, entrou pela muralha. O som pesado dos motores ecoava pelo campo enquanto o veículo avançava pela passagem, seus pneus esmagando os restos de ghouls que estavam ao redor. A entrada estava se fechando novamente, mas a pressão do inimigo continuava lá fora.
San falou, preocupado:
— Ei, Kay, são muitos passos!
Kay, respondeu:
— Eu sei, não se preocupe! Era exatamente o que eu queria!
Mira, fez um comentário irônico, mas com o tom de alguém que sabia o que estava em jogo:
— Eu juro que, se eu morrer, vou voltar para te assombrar!
Kay, com um sorriso travesso, respondeu:
— Assombrado por uma fantasminha tão bonitinha? Bom, eu acho que...
Mira, sem paciência para brincadeiras naquele momento, disse:
— Não é hora para piadas!
Com os caminhões agora dentro, Yumi rapidamente fechou a entrada, e todos começaram a se preparar para o próximo movimento.
Kay fez a reunião com a equipe, com um semblante sério e determinado:
— Vamos seguir o plano. Avançaremos pela direita, dando a volta pelo reino. Os helicópteros vão eliminar o restante lá fora assim que avançarmos aqui dentro!
Nina, com um olhar cético, questionou:
— Não tem perigo deles subirem a muralha?
Kay, mantendo sua postura estratégica, respondeu sem hesitar:
— Não. Como vamos estar nos movendo pelo reino, eles vão nos seguir do lado de fora. Então, se forem mesmo tentar entrar na muralha, só se conseguirem voar!
Nina ainda parecia desconfiada, então perguntou:
— Entendo, então para que serve essa moto que pediu para trazer?
Kay fez um gesto amplo com a mão, como se estivesse explicando o óbvio:
— Isso é da Thais! Ela vai eliminar os que têm capacidade de voar. Vai ser uma caçada para ambos os lados, então, se abaixarem a guarda, irão morrer. E não podemos ficar parados muito tempo no mesmo lugar, caso contrário, os ghouls vão nos cercar!
Alex, exclamou:
— Podemos abrir fogo?
Kay, se servindo com uma xicara de café, avisou:
— Se usarem as armas do caminhão, vão acabar destruindo os prédios, e vai ser difícil para eles reconstruírem depois. Se não for na direção das construções, podem abrir chumbo!
— A dinastia tem muitos lugares que precisamos manter, evitem acertar os prédios!
— Consegue levar a moto lá pra cima?
Thais, com um tom determinado, segurava a moto enquanto olhava para os soldados, seu traje começando a se manifestar com os tentáculos que saíam de seu corpo. Eles se moviam de forma instintiva, aumentando a tensão no ambiente.
— Eu não sei... mas posso tentar!
Kay, sem hesitar, respondeu:
— Vai em frente. Deve levar uns três minutos para os ghouls do lado de fora se aproximarem da entrada!
— Abaixem as armas! — ordenou Yumi,
Os soldados, com as armas ainda baixas, observavam com temor.
Kay, com pressa, disse:
— Ela está indo bem, não temos mais tempo! Preparem-se!
Enquanto Thais continuava a escalar, a tensão aumentava, com os ghouls se aproximando rapidamente da entrada. Os soldados subiram nos caminhões.
A missão estava em marcha, mas uma nuvem de incerteza ainda pairava sobre a equipe.
— São muitos mesmo! — Thais avisou pelo rádio, sua voz carregada de tensão. O horizonte estava coberto por criaturas sedentas por carne humana.
Kay, atento, rapidamente respondeu:
— Se ficar perigoso, desça! — a voz de Kay estava firme, mas uma sombra de preocupação se misturava com sua liderança. Ele sabia que Thais estava em uma posição delicada, e qualquer erro ali poderia custar caro.
Thais, mantendo a calma, respondeu com um tom de confiança:
— Entendido! — e com isso, ela deu partida na moto, os tentáculos retrairam voltando o traje ao normal. Ao mesmo tempo, dentro da muralha, os caminhões começaram a dar partida.
A equipe avançava pela direita, sempre proximos a muralha.
Kay estava atento a cada movimento, sua mente focada no progresso e na segurança da missão. Ele segurava o rádio com firmeza, seus olhos analisando o terreno à frente.
— Yumi, quando chegarmos na metade do reino, me avise! — disse Kay, sua voz carregada de determinação.
— Tudo bem! — respondeu Yumi, sua voz firme como uma rocha.
À medida que o grupo se aproximava da região mais densa, a atmosfera ficava mais pesada. As construções antigas e desgastadas pela batalha formavam um cenário sombrio.
Kay, sem perder o ritmo, pegou o rádio novamente.
— Três ghouls entre os prédios, parem os veiculos! — a voz de Kay soou com a autoridade de quem lidera uma missão crucial.
Thais, com a moto pronta, parou de imediato.
Do lado dos prédios, os três ghouls começaram a emergir das sombras, sua presença imensa e ameaçadora. Suas formas grotescas, com músculos pulsantes e dentes afiados como lâminas, eram um espetáculo de terror. Eles avançaram, arrastando-se com um som que reverberava nas paredes. O que antes era uma calmaria, agora se tornava uma caçada implacável.
— Deixo com vocês! — disse yumi
Sarah disparou a primeira bala que cortou o ar e atingindo um dos ghouls no peito e o monstro caiu, estrebuchando. Viviane, com precisão mortal, seguiu com um disparo certeiro que fez outro ghoul colapsar no chão. Ethan deu outro tiro que acertou o outro ghoul.
— Finalize eles! — disse yumi
— Certo! — disse os três, atirando novamente nos ghouls
— Continue avançando! — ordenou Kay pelo rádio
— Certo! — respondeu Thais, ligada ao plano.
O grupo continuou avançando.
— Ghoul voando! — Thais avisou pelo rádio, sua voz urgente. O ghoul saia do chão aproximava rapidamente do topo da muralha, suas asas demoníacas batendo com força.
— Parem os caminhões, esperem ela matar o ghoul! — Kay ordenou com firmeza, a pressão crescendo. O som dos motores parando ecoou atrás dele, os soldados permanecendo prontos para a próxima ação, mas sem pressa de avançar. O tempo agora dependia da precisão de Thais.
Thais se preparou, com um movimento fluido, desceu da moto, deixando o veículo para trás enquanto se posicionava. Ela sacou sua arma e mirou com precisão no ghoul, que já estava se aproximando em alta velocidade. Sem perder tempo, ela disparou. O tiro cortou o ar com precisão mortal, atingindo o ghoul em cheio no peito. O monstro soltou um grito estridente enquanto caía do céu, se despedaçando no impacto.
— Ghoul eliminado! — Thais anunciou pelo rádio, a adrenalina ainda correndo em suas veias. Ela voltou rapidamente para a moto, que estava pronta para seguir.
Kay respirou aliviado, mas sem baixar a guarda. A missão ainda estava longe de terminar.
— Avançamos! Continuem o caminho! — Kay ordenou, voltando a focar no progresso da equipe.
O avanço pela muralha prosseguia com intensidade. O som dos motores dos caminhões ecoava pelas ruas abandonadas, um contraste com os gritos distantes dos ghouls que se aproximavam. A tensão era palpável, mas cada membro da equipe mantinha o foco, sabendo que qualquer erro poderia ser fatal.
Thais, na vanguarda sobre sua moto, avançava ao longo do topo da muralha, seus olhos atentos aos céus. Com a arma preparada, ela mantinha sua posição como escudo aéreo para o grupo. Lá embaixo, os soldados veteranos e recrutas formavam uma linha defensiva impecável, eliminando com precisão os ghouls que surgiam das sombras.
O surgimento dos ghouls
Dos becos entre os prédios arruinados, uma nova onda de ghouls emergiu, seus corpos deformados e movimentos erráticos tornando-os alvos difíceis. Yumi, com o rádio em mãos, imediatamente deu ordens claras.
— Parem os veiculos!. Elimine-os antes que cheguem perto demais! — sua voz era firme, mas carregava uma ponta de urgência.
Os veteranos avançaram, armados com precisão letal, enquanto os recrutas estavam mais atrás. Sarah e Viviane, sempre atentas, lideraram os disparos, suas balas perfurando os corpos dos ghouls com eficiência.
— Três vindo pela esquerda! — disse kay, apontando para as criaturas que subiam por uma pilha de escombros.
Antes que eles pudessem chegar perto, Um dos soldados da yumi, disparou. As balas encontraram seus alvos, derrubando dois dos monstros, enquanto o terceiro foi finalizado por um tiro certeiro de Sarah.
— Continuem atentos! Não deixem brechas! — disse Nina.
No alto da muralha, Thais viu outro voando do chão para a muralha. Ela imediatamente parou sua moto e desceu, posicionando-se para o ataque. A silhueta do monstro ficou mais clara à medida que ele subia, suas garras prontas para atacar.
Com uma respiração controlada, Thais abaixou sua arma e disparou. O tiro atravessou o ar, atingindo uma das asas do ghoul, que perdeu o equilíbrio. Antes que ele pudesse se recuperar, ela disparou novamente, acertando-o no peito. O corpo da criatura despencou, caindo em cima dos outros ghouls.
— Ghoul voador abatido! — relatou Thais pelo rádio.
— Bom trabalho, Thais. Continue atenta, ainda temos um longo caminho! — respondeu Kay, mantendo a confiança em sua equipe.
— Acabamos aqui também! — disse nina
— Bom trabalho, retornem para os veiculos! — disse yumi
O grupo continuava avançando lentamente. Cada esquina revelava novos perigos, com ghouls aparecendo em números variáveis. Alguns eram solitários, enquanto outros vinham em pequenos grupos, mas a equipe permanecia firme.
Os veteranos mostravam sua experiência, cobrindo os recrutas e eliminando as ameaças mais próximas. Já os recrutas, apesar da inexperiência, estavam começando a se ajustar ao caos do combate, aprendendo rapidamente com cada disparo e comando.
Enquanto isso, Thais continuava seu trabalho no topo da muralha. Mesmo com poucos ghouls voadores, ela não baixava a guarda, eliminando qualquer ameaça que surgisse do céu. Seu foco e habilidade mantinham o grupo protegido.
Chegando à metade do reino
O progresso era lento, mas constante. Após horas de combate e avanço cauteloso, Yumi finalmente relatou:
— Estamos na metade do reino! — sua voz carregava um tom de alívio.
— Ótimo trabalho, todos. Parem os veiculos para verificarmos as condições! — ordenou Kay, pelo radio.
Os caminhões foram estacionados em uma área relativamente segura, próxima a uma grande estrutura que outrora parecia ter sido um armazém. Os soldados desceram para descansar brevemente e recarregar suas armas. O ambiente estava tenso, mas o fato de terem chegado até ali era uma vitória por si só.
— Thais, você está bem aí em cima? — perguntou Kay pelo rádio.
— Tudo tranquilo por aqui. O céu está limpo, por enquanto. — respondeu ela, ajustando sua posição no topo da muralha.
A tensão no ar era quase tangível. Distante do reino, os pilotos dos helicópteros acompanhava cada movimento do grupo por meio do rádio. Quando Kay finalmente autorizou o ataque aéreo aos ghouls fora da muralha, a vibração de adrenalina percorreu entre eles.
— Vamos acabar com isso! — disse um dos pilotos, com um sorriso confiante, enquanto dava partida no helicóptero.
Em questão de segundos, as hélices começaram a girar, criando um redemoinho de poeira. Os helicópteros decolaram, desaparecendo rapidamente no horizonte em direção à muralh
Enquanto isso, no interior do reino, os soldados aproveitavam o breve intervalo para descansar. Goles de água e respirações profundas ajudavam a recuperar as energias após o combate intenso. Kay, com sua xícara de café em mãos, estava longe de relaxar. Seus olhos estavam fixos no entorno, analisando cada ruína e cada sombra com desconfiança.
— Não podemos nos acomodar. Alguma área aberta aqui por perto? — perguntou ele, sem desviar o olhar.
Yumi, que estava verificando um mapa digital, levantou os olhos.
— Sim, tem uma área aberta mais à frente. Parece que era umplantação. É a melhor opção para seguirmos.
Kay assentiu, terminando seu café em um único gole.
— Ótimo. Vamos até lá. Preparem os caminhões!
Yumi acenou positivamente e avisou os motoristas para se prepararem. Enquanto isso, Kay pegava o rádio novamente.
— Thais, avance até uma área aberta à frente.
A resposta veio quase imediatamente.
— Entendido! Estou indo. — respondeu Thais, ajustando sua posição no topo da muralha.