Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 48: Capítulo 48: Primeira Leva de Ghouls!



— Kay? Que droga é essa? — exclamou Yumi, agora séria, enquanto observava os tentáculos em ação.

Kay retirou a máscara, deixando o vento bater em seu rosto enquanto respondia:

— É a forma final do traje.

Os tentáculos continuavam a movê-los, quase como se fossem parte dele, subindo rapidamente pela muralha.

— Ainda tem muito o que explicar... — disse Yumi, visivelmente impressionada.

Kay colocou a máscara de volta e continuou:

— De forma rápida: os ghouls recuperam força ao se alimentar de outros ghouls. É por isso que Slayer, Dan e Mira tocaram os corpos mortos. Os trajes têm um limite diário de quanto podem absorver, é o mesmo intuito mas feito de maneira diferento dos reparos feitos no Instituto.

— Eu meio que entendi, mas ainda estou confusa... — disse Yumi.

Finalmente, eles alcançaram o topo da muralha. Kay parou por um instante, observando o terreno lá embaixo.

— O Instituto ainda está pesquisando. Vai ser mais fácil deixar os especialistas explicarem.

— Me ensina a fazer isso! — pediu Yumi, com determinação.

— Vocês vão ficar ocupados. E talvez o Instituto já tenha anunciado isso antes que tenhamos tempo de ensinar.

— Todos os recrutas conseguem? — Yumi insistiu. — Você mencionou Takemichi e uma líder de esquadrão. Eles também conseguem?

— Sim. Mas os deles são diferentes. Não tentáculos... Eles têm asas.

— Asas? Espera, está dizendo que eles podem voar?

— Sim, e amanhã talvez eu consiga também.

— Isso é demais para processar... — disse Yumi, ainda pasma.

Kay riu suavemente antes de segurar sua arma.

— Vamos lidar com os ghouls lá embaixo primeiro. Depois, eu te ensino tudo.

— Certo! — disse Yumi, pegando sua própria arma.

Kay segurou Yumi firmemente com uma das mãos e sua arma com a outra.

— Destrava para mim.

— Tá! — disse Yumi, destravando a arma.

— Cuidado para não morder a língua! — brincou Kay antes de saltar da muralha com Yumi nos braços

O vento rugia em seus ouvidos enquanto Kay e Yumi despencavam em queda livre em direção à entrada da muralha. Os ghouls, já atentos ao movimento, erguiam seus tentáculos na direção deles, preparando-se para atacar.

Kay firmou a postura no ar, ajustando sua mira com precisão.

— Hora do show! — murmurou, apertando o gatilho de sua arma.

Os primeiros disparos cortaram o ar com velocidade, acertando os ghouls diretamente. Dois caíram instantaneamente, seus corpos retorcidos atingindo o chão com um baque surdo. Kay continuava atirando, cada tiro derrubando mais um inimigo.

— Incrível! — pensou Yumi, observando o caos controlado que Kay estava criando.

Quando restavam cerca de dez ghouls, eles rapidamente mudaram de estratégia, erguendo seus tentáculos como escudos para se proteger dos tiros.

— Eles estão ficando espertos... — murmurou Kay, estreitando os olhos.

Antes que pudessem atingir o chão, os tentáculos do traje de Kay se estenderam como lâminas vivas, agarrando-se à muralha e interrompendo a queda abruptamente.

— Bora matar o restante, tem mais se aproximando! — disse Kay, o tom cheio de determinação.

— Certo! — respondeu Yumi, segurando firme sua alabarda enquanto os tentáculos de Kay se soltavam da muralha.

Com um salto ágil, eles aterrissaram no chão, ambos em posição de combate. Kay guardou sua arma no coldre e sacou sua espada, a lâmina brilhando sob a luz pálida. Yumi girou sua alabarda, preparando-se para o confronto.

Os ghouls, que antes estavam na defensiva, avançaram com ferocidade, seus tentáculos chicoteando o ar como serpentes prontas para atacar.

— Eu ainda não conheço seu estilo, mas lute como sempre, e eu te acompanho! — disse Kay, posicionando-se ao lado dela.

Yumi soltou uma risadinha leve, seus olhos brilhando com excitação.

— Só ataque. Eu me viro sozinha! — respondeu ela, com um sorriso confiante.

Kay sorriu de volta, ajustando sua postura.

— Então vamos ver do que você é capaz.

Sem mais palavras, os dois avanç

Kay foi o primeiro a se mover, uma explosão de velocidade que o colocou diretamente no meio dos ghouls. Sua espada cortava em arcos precisos, arrancando tentáculos e atravessando a carne grotesca dos inimigos. Um dos ghouls tentou atacá-lo pela lateral, mas os tentáculos do traje de Kay reagiram como uma extensão de seu corpo, bloqueando o golpe e empurrando o monstro de volta.

— Você está pegando leve, Kay! — gritou Yumi, girando sua alabarda em um movimento amplo.

Yumi era uma tempestade em movimento. Sua alabarda girava em golpes circulares que mantinham os ghouls à distância, ao mesmo tempo em que desferia ataques devastadores. Um ghoul tentou cercá-la pela retaguarda, mas ela saltou, girando no ar, e desceu com um golpe certeiro que atravessou a cabeça da criatura.

— Leve? Só estou aquecendo! — respondeu Kay, desviando de um golpe e deslizando sua lâmina para cima, cortando o torso de outro ghoul.

Dois ghouls avançaram simultaneamente contra Kay, seus tentáculos investindo em ataques coordenados. Kay se abaixou, esquivando-se, e seus próprios tentáculos reagiram, agarrando um dos monstros e o lançando contra o outro. Antes que pudessem se recuperar, ele finalizou ambos com golpes rápidos e certeiros.

Enquanto isso, Yumi enfrentava três ghouls que tentavam cercá-la.

— Parece que gostam de mim! — disse ela, com um sorriso provocador.

Ela se agachou, girando a alabarda em um arco baixo que cortou os tentáculos dos três inimigos. Aproveitando a brecha, avançou com um impulso poderoso, cravando a lâmina da alabarda no peito de um dos ghouls e usando o cabo para empurrar os outros dois para trás.

Kay saltou para o lado dela, cortando o caminho de dois ghouls que tentavam atacá-la novamente.

— Parece que eles gostam de nós dois, na verdade! — brincou ele, derrubando mais um com um golpe limpo.

Os últimos três ghouls hesitaram, recuando ligeiramente. Kay e Yumi trocaram olhares, um entendimento silencioso passando entre eles.

— Hora de acabar com isso. — disse Kay, sua voz calma, mas cheia de determinação.

Eles avançaram juntos, Kay cortando tentáculos e distraindo os ghouls enquanto Yumi desferia os golpes finais. Em segundos, os três últimos monstros estavam no chão, derrotados.

Yumi apoiou a alabarda no ombro, olhando para os corpos caídos.

— Dez contra dois, e nem um arranhão. Acho que merecemos um descanso.

Kay deu de ombros, limpando a lâmina da espada.

— Descanso é para depois. Vamos abrir essa passagem.

— Me responde uma coisa, Kay: há quanto tempo você está lutando usando esses tentáculos? — exclamou Yumi, enquanto ambos observavam os ghouls em sua formação defensiva.

— Numa luta de verdade? Essa é a primeira vez. — respondeu Kay, com um leve sorriso de confiança, enquanto ajustava a pegada em sua espada.

— Impressionante! Com algo assim, tantas mortes poderiam ser evitadas! — disse Yumi, os olhos brilhando com a potencialidade da habilidade de Kay.

— Conseguiu aquecer? — provocou Kay, enquanto seus tentáculos se moviam como serpentes, prontos para o próximo embate.

— Só com isso? Está brincando comigo! — respondeu Yumi, uma risada desafiadora escapando de seus lábios.

Kay riu suavemente.

— Imaginei! Talvez esses novos convidados sirvam.

Doze novos ghouls apareceram, avançando rapidamente. Três deles não possuíam tentáculos, enquanto os outros nove movimentavam os seus como armas vivas, suas pontas afiadas como lâminas prontas para o ataque.

— Três sem tentáculos? Que graça tem isso? — comentou Yumi, girando sua alabarda com maestria.

— Concordo. — Kay respondeu, os olhos fixos nos inimigos. — Vamos acabar logo com isso.

A tensão no caminhão

Enquanto isso, os recrutas observavam de longe, os sons de lâminas e tentáculos chocando-se ecoando pela planície.

— Será que eles conseguem? — perguntou Alex, tentando esconder sua preocupação.

— Agora está preocupado? — retrucou Fiona, erguendo uma sobrancelha.

— Não me entenda errado, dependemos deles para completar essa missão. É só isso.

San fechou os olhos por um momento, concentrando-se nos sons da batalha.

— Ainda ouço o barulho das lâminas. Eles estão lutando!

Ravena olhou para os lados.

— Não vamos ficar de fora tão cedo. Temos mais vindo pelas laterais!

À direita e à esquerda, grupos de ghouls se aproximavam.

— Devem ter sido atraídos pelo barulho. — concluiu Viviane.

Thais tomou a dianteira, apontando para as formações.

— Eu e Vivi cuidamos dos da direita. O brutamontes e Sarah cuidam da esquerda. Combatentes, fiquem atentos e assumam se passarem por nós.

— Concordo, mesmo que me doa admitir. — resmungou Ravena, ajustando sua arma.

Mira observou a arma pesada no caminhão e fez uma sugestão.

— Se vão usar a arma do Kratos, por que não usam essa metralhadora também? Ambas fazem barulho, então não faz sentido economizar.

— Tem razão. Se o barulho já atraiu, não temos nada a perder. — disse Slayer, preparando o armamento.

Ravena acenou com a cabeça, decidindo rapidamente.

— Vamos seguir o plano da Mira. Sarah e Vivi, foquem nos da esquerda. Thais e Ethan, direita. Se a situação sair do controle, Kratos e outro atiram com as armas pesadas. Entendido?

Todos assentiram, assumindo suas posições. Sarah e Viviane, as snipers, miraram com precisão os ghouls da esquerda, enquanto Thais e Ethan focavam nos da direita com suas armas automáticas.

— Eu não vou ter muita ação. Por favor, me deixem assumir essa arma! — disse Alex, apontando para a metralhadora do caminhão.

— Se consegue atirar com ela, é toda sua. — respondeu Ravena, confiante.

O campo estava silencioso por um momento, apenas o som da respiração pesada dos recrutas preenchia o ar. Então, a linha de frente se estremeceu com a chegada dos primeiros ghouls. Eles avançavam com rapidez, suas figuras grotescas se aproximando do grupo. O ataque estava prestes a começar.

— Alvo à vista. Pronta para disparar. — sussurrou Viviane, sua mão firme no gatilho da sniper.

BANG! O primeiro tiro ecoou. O ghoul foi atingido diretamente na cabeça, sua figura colapsando no chão sem vida. Sarah, ao seu lado, disparou rapidamente, derrubando outro ghoul que tentava avançar. Cada tiro ecoava com precisão, mantendo a linha de defesa intacta à esquerda.

Mas o número de inimigos não diminuía. Eles surgiam das sombras em um fluxo contínuo, movendo-se para as posições dos recrutas.

Na direita, Thais e Ethan estavam mais expostos, mas igualmente preparados. Com sua submetralhadora, Thais disparou rajadas curtas, derrubando ghouls com precisão mortal. Ethan, ao lado dela, não ficava para trás, sua espingarda semiautomática emitindo tiros rápidos que abatiam os monstros.

— Não vão passar! — gritou Thais, recuando um passo enquanto sua submetralhadora descia a linha dos ghouls, eliminando mais um.

À medida que os ghouls se aproximavam, o terreno se tornava mais caótico. Alex, observando de longe, estava pronto para a ação. Sua atenção estava voltada para a metralhadora montada no caminhão, mas ele sabia que, por enquanto, ele precisava apenas observar. A menos que a situação piorasse, seus disparos pesados não seriam necessários.

No entanto, os ghouls não paravam de avançar. E enquanto Viviane e Sarah mantinham a linha à esquerda, a pressão aumentava na direita. Os monstros estavam chegando em maior número, e Thais e Ethan começavam a ser forçados a recuar lentamente.

— Precisamos de apoio! — gritou Thais, sua voz cortando o som das balas.

Kratos, com um sorriso feroz no rosto, estava impaciente, a mão segurando a metralhadora pesada com firmeza. A batalha estava ficando cada vez mais acirrada, mas ele sabia que era a hora certa de liberar o poder destrutivo de sua arma.

— É hora de liberar a besta! — gritou ele, com um brilho de adrenalina nos olhos. Ele puxou o gatilho, uma torrente de balas rasgando o ar. As explosões de cada disparo eram como trovões, desintegrando os ghouls que se aproximavam pela direita em um massacre implacável.

A arma de Kratos liberava um verdadeiro inferno, cortando qualquer coisa que se movesse. Cada bala que tocava um ghoul era um golpe fatal, e os corpos dos monstros caíam como peças de dominó, arrastados pela força do fogo pesado. Não havia escapatória para eles.

Alex, com os olhos focados e a respiração controlada, estava em posição ao lado de Kratos. Sua metralhadora também entrou em ação, soltando rajadas implacáveis para a esquerda. O som das balas era ensurdecedor, mas eficaz. A linha de frente se estabilizava à medida que os ghouls caíam sob a chuva de tiros. Cada balas atingia seu alvo com precisão, derrubando-os em grande número.

A pressão começava a ceder, mas Slayer, observando a situação de perto, percebeu o risco de chamar mais atenção do que o necessário.

— Já chega! — exclamou ele, com a voz cheia de autoridade. — Atirar mais só vai atrair mais ghouls sem necessidade!

Kratos e Alex, já cientes de que estavam sobrecarregando o campo, finalmente interromperam o fogo. As metralhadoras ficaram em silêncio, e o rugido das armas deu lugar ao som da batalha diminuindo.

— Ele tem razão, nós cuidamos do restante! — disse ravena, com uma confiança renovada, já sacando sua espada, pronta para a ofensiva final.

Os combatentes começaram a avançar mais uma vez.

O ritmo da batalha mudava. O fogo pesado havia aberto o caminho, agora era a vez da habilidade e da velocidade. Elas avançaram sem hesitar, enfrentando os ghouls restantes de forma implacável.

O campo estava repleto de gritos de combate, aço contra carne, enquanto a última resistência dos monstros se desfazia sob os ataques dos guerreiros. Não havia mais espaço para erro, cada golpe era preciso, cada movimento sincronizado. Os ghouls, agora sem forças para resistir, começaram a recuar, mas era tarde demais.

O campo de batalha foi limpo rapidamente, a vitória estava ao alcance. Os ghouls haviam sido derrotados, e o silêncio tomou conta do local, interrompido apenas pela respiração pesada dos sobreviventes.

Mira, observando o campo, olhou para Kratos e Alex, com um sorriso alegre.

— Quando a besta fala, os monstros caem. — disse Kratos, limpando o suor da testa e recarregando a arma.

Ravena, com um sorriso irônico, olhou para ele.

— É bom ter uma besta do nosso lado, não é mesmo? Agora, nos preparemos para o que vem.

— Parece que tiveram uma diversão! — disse Kay no radio, com a voz carregada de uma risada satisfeito.

— Aqui está uma bagunça, mas os ghouls foram eliminados! Já acabaram aí dentro? — exclamou ravena, no radio

— A entrada está sendo aberta! O restante que ainda não tocou nos corpos, aproveitem agora! disse kay

Ravena, ainda com um olhar atento sobre o campo, afirmou:

— Entendido!. — Tem muitos cadáveres, mas estão longe. Não baixem a guarda e retornem rapidamente quando terminarem!

Os recrutas começaram a tocar os ghouls caídos, enquanto o som do maquinário e do esforço se fazia ouvir enquanto a entrada finalmente começava a se abrir. A passagem, até então obstruída, liberava uma onda de poeira que parecia ter ficado lá por séculos, paralisada pelo tempo.

Yumi, com um tom de frustração, comentou:

— Ela está travando, vão precisar de uma bela manutenção nesse sistema!

Kay, sempre questionador, disparou:

— Mas vai abrir completamente?

Yumi deu um sorriso confiante:

— Sim! Ainda bem que o sistema armazena energia solar, caso contrário, seria impossível abrir essa passagem!

Kay não conteve seu entusiasmo

— Quem criou essas muralhas era um gênio!

Yumi, com um tom de reverência, continuou:

— Quem? Você não sabia? Essas muralhas são fruto de uma união da humanidade, de séculos de construção. Eles tiveram que abrir mão do mundo para garantir a segurança dos sobreviventes, uma proteção para o restante da humanidade!

Kay refletiu por um momento, impressionado pela grandiosidade do esforço humano.

— Séculos... se não fosse pelo esforço deles, a humanidade já teria sido exterminada. Temos que ser gratos, e para mostrar nossa gratidão, vamos recuperar o que eles construíram!

Yumi concordou com um sorriso firme:

— Eu apoio!

De repente, Kay pegou o rádio e, com urgência na voz, deu a ordem:

— Todos os veículos, entrem imediatamente. Mais ghouls estão se aproximando do lado de fora, é uma quantidade que vocês não vão conseguir lidar!

Os motoristas, já cientes da situação, responderam rapidamente:

— Entendido!

Kay, com o comando na ponta da língua, continuou:

— Assim que eles passarem, fechem novamente a entrada!

Yumi, com os olhos atentos, não pôde deixar de questionar:

— São tantos assim?

Kay, com a voz cheia de intensidade, respondeu:

— Uma onda!


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