Chapter 47: Capítulo 47: Dinastia!
Logo, os helicópteros e caminhões começaram a partir, iniciando a missão. Após alguns minutos no ar.
— Estabilizado! — disse Kay, enquanto servia mais uma xícara de café.
— Queria ter um pouco dessa calma! — comentou Thais, admirada.
— Quer um pouco? — ofereceu Kay, estendendo o café para ela.
— Não é disso que estou falando! — respondeu Thais, sorrindo nervosa.
Yumi o observou e perguntou:
— Por que não trouxe seu bastão?
— O bastão é eficaz contra uns vinte ghouls, no máximo. Mas com mais de duzentos por ali, achei melhor a arma de fogo e a espada. — Kay respondeu calmamente.
— Duzentos?! — exclamaram os recrutas, assustados.
— A dinastia é o maior reino deste país e, por isso, foi o primeiro a cair. Esses duzentos são a estimativa dos ghouls dentro da muralha. O número aumenta se contarmos com os de fora! — explicou Yumi.
Kay ajustou a máscara no rosto.
— Vai mesmo lutar usando isso? — perguntou Mira, com uma expressão de curiosidade.
— Já falei, Mira, isso faz parte do traje! — respondeu Kay.
— Muito maneiro, Kay! — disse Yumi, sorrindo.
— Agora... está na hora de um verdadeiro extermínio! — disse Kay, com um brilho feroz nos olhos.
— Preparando para pouso! — anunciou o piloto.
Todos se prepararam, com as mãos firmes em suas armas, prontos para enfrentar a batalha que os aguardava. O helicoptero pousou.
Os helicópteros pousaram. Já havia soldados esperando com caminhões.
— Qual é a situação? — exclamou Nina, descendo do helicóptero.
— Nenhum ghoul se aproximou — respondeu um dos soldados.
— Bom trabalho! — disse Yumi.
— Só tem uma xícara, mas, se não se importarem, bebam um pouco de café! — disse Kay, servindo a bebida.
— Obrigado! — disseram os soldados.
— A garrafa está cheia, fiquem com ela até todos beberem — completou Kay.
"Kay, você cresceu tanto!" pensou Mira, emocionada e orgulhosa.
— Devolvam a garrafa depois, quando todos terminarem de beber! — acrescentou Kay.
— Pode deixar! — respondeu o soldado.
— Kay, vamos? — chamou Yumi.
— Destravem suas armas. Quero o pessoal que usa armas de fogo preparado para possíveis ataques! — ordenou Nina.
— Certo! — responderam os soldados.
— Ei, amor, depois dessa missão, vamos sair para comer fora? — disse Kay, casualmente.
— Estamos em outra divisão, não podemos sair enquanto estamos sob a supervisão deles! — respondeu Mira.
— Não quer? — insistiu Kay.
— Quero, mas é que... — Mira parou, confusa. — Peraí, Kay... do que você me chamou? — exclamou, surpresa.
— Parem de enrolar, vocês dois, e entrem logo! — disse Yumi, já no primeiro caminhão com os recrutas.
— Nós vamos fazer o primeiro avanço. Melhor irmos! — disse Kay.
"Ele me chamou de amor ou foi imaginação minha?" pensou Mira, ainda surpresa.
Eles entraram no caminhão, e o motorista deu partida.
— Espere o primeiro caminhão pegar distância e depois pode seguir — disse Nina ao motorista do segundo caminhão.
— Certo! — respondeu ele.
— Isso fazia parte do plano? — perguntou Ravena, confusa.
— Esse vento vai atrapalhar meu olfato. Sentado aqui na frente, qualquer sinal de ghoul, eu aviso! — disse Kay, acomodando-se em cima da cabine do motorista.
— Não o distraiam! E vocês foquem nos seus instintos para localizar os ghouls — ordenou Yumi.
Kay colocou a máscara.
— Que céu bonito! — disse Kay.
— De fato! Hoje é um belo dia! — respondeu Yumi, sorrindo.
— Por isso é um desperdício... — comentou Kay. — Sarah, no céu deixo com você! — instruiu ele.
— Mas que droga é essa? — exclamou Fiona, surpresa.
— Esse veio mais alto que os anteriores! — disse Yumi
— Que céu bonito! — comentou Kay, sua voz carregando uma calma inesperada.
Yumi respondeu, esboçando um leve sorriso apesar da situação:
— De fato! Hoje é um belo dia!
Kay olhou para o ghoul caindo rapidamente e murmurou:
— Por isso é um desperdício... Sarah, o céu é com você.
Sarah, que já estava atenta, levantou-se com o rifle em mãos, posicionando-se e tentando mirar no alvo em pleno voo.
— Ainda está muito alto, e a mira está instável com o veículo em movimento! — ela murmurou, ajustando a posição.
Kay pegou o rádio e, com um tom firme, reportou:
— Ghoul avistado no céu, logo acima de nós. Vamos eliminá-lo. Aguardem confirmação para avançar!
A resposta veio rapidamente do outro lado da linha.
— Entendido! — respondeu Nina.
Yumi, calculando a queda do ghoul, olhou para Kay e informou:
— Ele está em queda livre. Pela direção e velocidade, se continuarmos, ele vai cair bem na nossa frente.
Kay fez um sinal ao motorista e lançou um olhar confiante para Sarah.
— Diminua a velocidade e continue em frente. Sarah, não erre, ou vamos ter que lutar aqui!
Sarah respirou fundo, ajustando o rifle para compensar o movimento do veículo e o vento que chicoteava em seu rosto.
— Eu sei! — disse ela, com determinação.
Mas sua voz revelou uma ponta de preocupação enquanto continuava:
— Mesmo que eu o acerte, não vai ser numa área fatal. Ele vai se regenerar novamente.
Kay assentiu, ciente do desafio.
— Por isso continuaremos em frente. Concentre-se e dispare quando tiver a mira certa.
Sarah fez um leve aceno com a cabeça.
— Entendido!
Então, Kay se voltou para o restante do esquadrão.
— Viviane, suba aqui!
Viviane, que estava na parte traseira do veículo, escalou rapidamente até o topo da cabine e se deitou ao lado de Kay, seus olhos atentos ao horizonte.
— Pela distância até o ghoul cair, o nosso cheiro vai atrair outros ghouls da muralha. Se algum vim, elimine-o antes que chegue até nós — instruiu Kay.
— Certo! — Viviane respondeu, seus olhos ferozes fixos na área ao redor, pronta para agir.
O ghoul caía cada vez mais rápido, cada vez mais próximo. Sarah o acompanhava na mira, ajustando o rifle a cada segundo. Os músculos de seus braços estavam tensos, o dedo no gatilho. A adrenalina corria nas veias de todos os soldados no veículo.
— Prepare-se... — murmurou Kay.
Sarah prendeu a respiração e firmou a mira no ghoul, que despencava do céu como uma flecha negra, cada detalhe se destacando contra a luz da manhã. As condições não eram ideais — o veículo ainda estava em movimento, o vento era intenso, e a distância tornava o alvo difícil, mas Sarah focou completamente, ignorando tudo ao redor. O mundo parecia se estreitar até se reduzir ao ghoul em queda livre e ao alvo específico que ela mirava no peito dele.
Em um instante congelado, Sarah puxou o gatilho. A bala saiu do cano com uma explosão abafada, o silenciador absorvendo o som. O projétil cortou o ar, atravessando o turbilhão de poeira e vento, seu trajeto reto e decidido em direção ao peito do monstro. A trajetória da bala era precisa, calculada para compensar o vento que soprava lateralmente, o leve balanço do veículo, e a queda livre do próprio ghoul, que se movia como um borrão descendo dos céus.
Enquanto o projétil se aproximava, o ghoul, com olhos fixos na direção dos soldados, não percebia o perigo iminente. O impacto foi brutal. A bala atingiu diretamente o peito do ghoul, perfurando sua carne grotesca com um som abafado de rasgo e estalo. O corpo dele balançou com a força do impacto, a energia da bala se dissipando em uma explosão de carne e sangue escuro que salpicou o ar ao seu redor.
Mas Sarah não parou. Com precisão cirúrgica, ela ajustou levemente a mira e disparou mais duas vezes em sequência, cada bala rasgando o vento com um silvo metálico. Os projéteis seguiram quase a mesma trajetória, perfurando o peito do ghoul em pontos distintos.
Kay, ao lado dela, observava atentamente a situação.
— Esse é seu, Ravena. Finalize ele e o toque! — disse Kay, com um olhar sério e determinado.
Ravena respondeu com firmeza: — Certo!
Ravena saltou do caminhão em um movimento ágil, com sua foice brilhando ao sol. A poeira começava a se dissipar ao redor do ghoul, revelando seu corpo retorcido e marcado pelas balas e pelo impacto da queda. A criatura estava ferida, seu peito ainda se regenerando lentamente, mas o dano dos tiros havia enfraquecido sua capacidade de reação. Seus tentáculos grotescos tentavam se mover, mas não tinham mais a força e a velocidade para causar qualquer ameaça real.
Com um movimento fluido, Ravena desviou dos tentáculos e deu um salto preciso, aterrissando próxima ao peito exposto do ghoul. Ela ergueu a foice e, com um golpe decidido, desceu a lâmina diretamente sobre o coração da criatura, atravessando-o com uma força devastadora. O golpe final foi implacável, afundando fundo na carne enegrecida e imobilizando-o de vez.
Um último tremor percorreu o corpo do ghoul, seus tentáculos caindo ao chão, inertes. A criatura deu um último espasmo, antes de silenciar completamente.
— Missão cumprida — murmurou Ravena, limpando a lâmina da foice com um movimento firme.
— Toque nele e retorne! — disse Kay, satisfeito
— Sarah, você fez um bom trabalho! — ele acrescentou, com um leve sorriso.
— Obrigada! — disse Sarah, exalando alívio ao finalmente se acalmar.
— Foram tiros muito bem executados! — elogiou Yumi, com um olhar de aprovação.
— Obrigada, capitã! — respondeu Sarah, animada com o reconhecimento.
Ravena subiu de volta ao caminhão, e o grupo se preparou para seguir adiante.
— Continue! — ordenou Yumi ao motorista.
— Certo! — respondeu ele, acelerando e retomando a rota.
Kay pegou o rádio e comunicou a confirmação: — Ghoul eliminado, avancem!
— Certo! — respondeu Nina pelo rádio.
Momentos depois, Viviane avisou, mantendo a calma enquanto observava pela mira: — Kay, tem três ghouls vindo da direção da muralha!
Kay se inclinou para o lado dela, avaliando rapidamente a situação. — Vai precisar de ajuda?
Viviane ajustou a mira, calculando os próximos tiros: — Consigo eliminar dois, mas o terceiro vai estar em alerta e provavelmente vai se proteger.
— Sarah! — chamou Kay, olhando para ela.
— Entendido! — respondeu Sarah, subindo na cabine com rapidez.
As duas se posicionaram lado a lado.
— Eu pego o da esquerda! — disse Sarah, focada e com a arma preparada.
— Okay! Dou conta dos outros dois! — afirmou Viviane
— Slayer, Dan, Mira, vocês são os próximos! — ordenou Kay, com firmeza na voz.
— Certo! — responderam os três em uníssono, prontos para agir.
— Vocês vão no meu comando! — Kay concluiu, seus olhos avaliando o cenário.
Yumi observou a coordenação precisa de Kay e não pôde deixar de sentir um orgulho crescente. "Ele assumiu o papel de líder mesmo..." pensou, admirada com a confiança e clareza de Kay.
O caminhão continuava sua trajetória em direção à muralha, o barulho dos motores misturado com o vento cortante. Os ghouls, com seus corpos grotescos e tentáculos retorcidos, se aproximavam rapidamente. O confronto estava prestes a acontecer.
— Ainda não! — disse Sarah, apertando os olhos, concentrada na mira
— Eu sei! — respondeu Viviane
— Está quase no alcance! — Sarah murmurou, seus dedos ajustando a empunhadura da arma, pronta para agir.
— Ainda não! — Viviane insistiu, mantendo o foco, os olhos atentos a cada movimento dos inimigos.
Os ghouls estavam ficando mais próximos, os tentáculos balançando, prontos para atacar. O coração de Sarah disparou, mas ela sabia que precisava esperar.
— Eles estão no meu alcance! — Sarah exclamou, finalmente conseguindo um ângulo perfeito. Sua respiração estava lenta e controlada, o gatilho quase sendo pressionado.
— Falta pouco! — Viviane disse, com um olhar de preocupação.
— Vai ser ruim se entrarmos no alcance dos tentáculos deles! — Sarah alertou, a tensão aumentando enquanto a distância diminuía.
— Estão no alcance! — disse Viviane, seu tom grave e calmo, o olhar fixo em seus alvos.
— Atire! — ordenou Sarah, a voz firme, já sem hesitar.
Num movimento sincronizado, ambas dispararam suas armas com precisão letal.
Os ghouls, com seus tentáculos grotescos e descontrolados, tentaram bloquear os tiros, erguendo-os como escudos improvisados. Mas era tarde demais. As balas cortaram o ar com uma velocidade mortal, passando por entre os tentáculos retorcidos e acertando em cheio os pontos vitais dos monstros.
Os ghouls estavam caídos, derrotados antes que pudessem reagir adequadamente, suas tentáculos agora inertes no chão.
— Alvos eliminados! — disse Viviane, respirando com calma, o suor escorrendo pela testa.
— Bom trabalho! — Sarah afirmou, seus olhos ainda fixos no campo à sua frente
— Slayer, Dan, Mira, esses são de vocês! — ordenou Kay, o tom de voz firme e decidido.
— Certo! — responderam os três em uníssono.
Quando o caminhão passou próximo aos corpos dos ghouls abatidos, Slayer, Dan e Mira saltaram com destreza, correndo até os cadáveres. Eles se abaixaram e tocaram os corpos com cuidado.
— Por que estão fazendo isso? — exclamou Yumi, perplexa.
— Você vai entender depois! — respondeu Kay de forma enigmática, sem desviar o olhar da muralha que se aproximava.
Os três retornaram ao caminhão rapidamente, sem perder tempo.
— Continue! — Kay ordenou ao motorista.
— Certo! — respondeu o motorista, acelerando o veículo para retomar a rota.
Kay então virou-se para o grupo, o olhar intenso.
— Eu e a Yumi vamos na frente. Vocês fiquem do lado de fora e matem qualquer ghoul que aparecer. Tem muitos próximos da entrada dentro da muralha. Vamos eliminá-los e abrir caminho para vocês!
— Como vamos entrar sem ser pela passagem? — perguntou Yumi, franzindo a testa.
— A entrada também pode ser aberta pelo lado de fora. Temos o código! — explicou ela.
— Leva alguns segundos para abrir a passagem, e nesse tempo eles podem fugir ou atacar nosso pessoal! — disse Kay, analisando a situação com calma.
— Sim, mas como pretende entrar sem ser pela entrada principal? — perguntou Yumi novamente, agora com uma ponta de impaciência.
Kay deu um sorriso travesso antes de responder:
— Do mesmo jeito que os ghouls poderiam... Nós vamos escalar.
— Escalar? O quê? — Yumi parecia confusa, mas havia um tom de curiosidade em sua voz.
Kay então revelou:
— Os trajes que usamos ainda não estão em sua forma final. Descobrimos isso nos testes. O Instituto deve anunciar isso em breve, mas por enquanto é segredo. Não podemos arriscar que alguém imprudente tente recriar e perca o controle.
— Forma final? Do que você está falando? — perguntou Yumi, claramente intrigada.
Kay olhou para ela com um misto de confiança e determinação. Ele passou o braço ao redor de sua cintura, firmando-a para o que estava prestes a fazer.
— Kay! Não na frente dos soldados... Espera só um pouco! — disse Yumi, envergonhada, desviando o olhar.
— Yumi, sua maldita! — resmungou Mira, observando a cena com irritação.
— Estamos indo na frente! — disse Kay antes de saltar do caminhão com Yumi em seus braços.
— Ele consegue pular tão alto assim carregando uma pessoa? Maldito Kay! — pensou Ravena, incrédula enquanto observava a cena.
No ar, a muralha se erguia como um gigante diante deles.
— Estamos alto... E agora? — exclamou Yumi, segurando-se firme.
— Não se preocupe! — disse Kay com um sorriso confiante.
De repente, os tentáculos do traje de Kay se manifestaram, estendendo-se como lâminas vivas e se prendendo à muralha. Com movimentos fluidos, os tentáculos começaram a puxá-los para cima, escalando com uma velocidade impressionante.
— Kay? Que droga é essa? — exclamou Yumi, agora séria, enquanto observava os tentáculos em ação.