Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 44: Capítulo 44: Sem ser convidada, eu apareci aqui!



A cena muda para a manhã seguinte.

— Bom dia! — disseram os meninos, se aproximando.

— Bom dia! — responderam as meninas.

— O Kay ainda está dormindo. Eu queria pedir desculpas por ter batido nele! — disse Mira.

— Ele ainda está dormindo? — Kratos comentou, surpreso.

— Você bateu nele? É por isso que estava preocupada ontem? — perguntou Thais.

— Fiquei com raiva e acabei socando ele, mas não era minha intenção socar tão forte! — disse Mira, constrangida.

— Não foi no treino? — perguntou Slayer, surpreso.

— Não! — respondeu Mira.

— Atenção! Tenho um anúncio a fazer para todos! — disse Fernanda.

— O que aconteceu? — perguntou Sarah, preocupada.

— Vocês já devem estar sabendo sobre o treinamento que o Kay está fazendo com os membros do esquadrão dele, mas ele não pretende manter isso só para os recrutas. Vamos passar tanto para vocês quanto para as outras divisões. Por ordem do capitão, hoje estarei ausente para informar o rei sobre esse treino experimental e sobre a descoberta que nosso esquadrão fez das formas que os trajes assumem. Para evitar que as coisas saiam do controle e que o garoto fique sobrecarregado, essa descoberta será atribuída ao capitão e aos líderes de esquadrão. Quando alguém perguntar, digam que o garoto descobriu essa forma durante a missão de eliminação dos ghouls em Mineford. Sendo ele um 100%, vão acreditar que essa "mentira" é verdade. Vocês vão dizer que o capitão conversou com ele e que ele explicou como sentiu a mudança, e a partir daí começamos a treinar com base no que o garoto disse. Todos entenderam? — explicou Fernanda.

— Vão atribuir a descoberta ao esquadrão, mas vão deixar claro que o Kay teve grande influência nisso. Dessa forma, se houver perguntas, vai ser o capitão que vai responder! — disse Ravena.

— Isso deve ter sido um pedido do Kay! — disse Kratos.

— Ele não gosta de chamar atenção! Ter vários repórteres no pé dele é provável que o faça fugir do exército! — disse Mira.

— Imagino isso acontecendo! — comentaram os recrutas.

— Fora os recrutas, tanto o capitão quanto a Lena também conseguiram assumir a nova forma do traje. Vamos começar o treino hoje com o esquadrão da Joana e seguiremos com os outros esquadrões assim que terminarmos com o anterior. Porém, o Kay está com o braço quebrado, então não poderá treinar com eficácia com vocês! Peço que entendam que metade do esquadrão deverá permanecer no treino e a outra metade irá para Mineford com o restante da divisão! — disse Joana.

— Ele quebrou o braço? — exclamou Mira.

— Não sabia? — exclamou Slayer.

— Não precisa disso, usar o bastão com um braço sempre foi meu estilo! — disse Kay, sentado à mesa.

— Ele estava ali o tempo todo? — exclamou Kratos, confuso.

— Ele quebrou mesmo o braço! — pensou Mira, preocupada.

Um dos soldados levou uma bandeja com o café da manhã para Kay.

— Obrigado! — disse Kay.

Kay tomou um gole do café.

— Como eu estava dizendo, treinar metade de um esquadrão não é nem um pouco eficiente, e como os outros esquadrões têm mais pessoas, o meu esquadrão vai fazer um treino conjunto com o esquadrão da Joana. Amanhã seguiremos da mesma forma com o outro esquadrão! — disse Kay.

— Eu falei para você repousar! — disse Fernanda.

Kay recebeu uma ligação.

— Será que eu atendo? A Mira vai ficar com raiva... — pensou Kay, olhando o celular.

Mira olhou de forma diferente para ele. Kay entendeu e atendeu o celular.

— Bom dia! — disse Kay, ao celular.

Alguns minutos ouvindo.

— Obrigado, você me salvou! Depois eu te ligo, — disse Kay.

— Até mais, irmão! — disse Emilia.

— Até! — respondeu Kay, desligando o celular.

— Não vai ter treino hoje, tem repórteres vindo para a base! — disse Kay.

— Logo hoje! — exclamou Fernanda.

Kay bebeu o café e levou o sanduíche. Ele se aproximou da Fernanda.

— Mantém isso em segredo do rei por mais alguns dias, já chamei atenção demais! — disse Kay para Fernanda.

— Por que diz isso? — exclamou Fernanda.

— Estão associando que Mineford foi recuperada por minha causa. Aquele dia, aquelas repórteres gravaram meu treino e publicaram hoje! — explicou Kay.

— Eles não podem publicar treinamento militar, isso faria o estúdio delas pagar multa e a matéria ser apagada! — disse Fernanda.

— Não sei, de toda forma, estou saindo fora. Se me procurarem, diz que estou fazendo a segurança em Mineford com outros soldados! — disse Kay.

— E para onde está indo? — exclamou Fernanda.

— Vou repousar no meu quarto! — disse Kay, sorrindo.

— Entendo! Vou perguntar ao capitão! — disse Fernanda.

— Okay! — respondeu Kay, se afastando.

Ele foi até os recrutas.

— Não se preocupem, isso aqui não foi nada! — disse Kay, sorrindo.

— Como não foi? Seu braço tá quebrado! — disse Mira, preocupada.

— Eu já apareci várias vezes quebrado em casa. — disse Kay.

— Mas não era um osso quebrado! Você só estava com preguiça, não era? — exclamou Mira.

— Não, Mira, foi sua mãe que quebrou meus ossos... — pensou Kay. — Vou ficar novinho em folha daqui a dois dias! — disse Kay.

— Um mês! — disse Kratos.

— No máximo um mês! — disse Kay. — Só dois dias! — sussurrou Kay para Mira.

— Me desculpa! — disse Mira.

— Até que foi bom, você descobriu uma maneira única de usar o traje. Se dominar, vai ser ainda mais forte! — disse Kay.

— Eu nem sei o que eu fiz! — disse Mira.

— Podemos descobrir depois. Vou retornar para o quarto! — disse Kay.

— Tá! — disse Mira, preocupada.

— Como o treino tem que ser feito fora da base, com civis lá fora não podemos prosseguir. Esperem as ordens do capitão! — disse Fernanda, se retirando.

— Que azar! — disse Joana.

— Ainda bem que eu fiquei ontem. — disse Lena, se vangloriando.

— Mas por que tem mais repórteres aqui? — exclamou Yan.

— É por causa disso! — disse Ryuji, mostrando o celular.

Ali estava um vídeo do Kay treinando no dia em que recebeu suas armas, junto com uma matéria que indicava a possibilidade de que o soldado (no caso, o Kay, mas eles não sabem o nome dele) tenha sido a maior influência na recuperação de Mineford.

— Agora faz sentido. Teve o negócio da medalha, a recuperação de Mineford e agora a descoberta de novas formas do traje. Se eles ligarem tudo isso, vão descobrir que o Kay é o responsável! — disse Joana.

— Eles sabem o nome de quem recebeu a medalha, mas não a aparência. Aqui ele estava de costas, mas agora todos sabem a silhueta do soldado, mas não seu rosto nem sua aparência. Se a informação dos trajes vazar, vão descobrir que foi o Kay em tudo isso! — disse Ryuji.

— Mas por que ele não quer aceitar essas honras? Só porque tem preguiça de lidar com as pessoas? — exclamou Lena.

— Serão tantas menções fora o fato de que ele é o segundo a possuir 100%. Quando descobrirem, o Kay não vai ter mais paz nem tempo para agir como soldado! — disse Joana.

— E se descobrirem que ele criou asas? — exclamou Lena.

— Vão ficar assustados! — disse Yan.

— Malvado! — disse Lena.

— É verdade, até hoje não vimos um ghoul voando, então, se encontrarem você voando por aí, vão se assustar! — disse Yan.

Eles escutaram o barulho de um helicóptero se aproximando.

— O capitão informou alguma passagem de helicóptero por aqui? — exclamou Yan.

— Não! — disse Joana, se levantando.

Os líderes saíram do refeitório e foram até o arsenal, pegaram suas armas e vestiram os trajes.

— Um helicóptero sem autorização passando por uma base militar, deve ser muito imbecil para fazer algo assim! — disse Ravena.

— Devemos ir também? — exclamou Slayer.

— Fiquem aqui, a base é preparada para esse tipo de coisa! — disse Breno.

— Atenção, sua passagem não foi informada para nós. Se aproximarem mais, pela lei da humanidade, iremos abrir fogo! — avisou Fernanda, pelos alto-falantes da base.

— Por que eles têm uma lei dessa? — exclamou San.

— Já teve ataque aéreo nas bases militares antes. Talvez sejam terroristas, mas isso é coisa do passado. Mesmo assim, as leis têm que ser cumpridas! — disse Breno.

O helicóptero começou a pousar no chão. Takemichi apareceu no pátio.

— Libera ela, essa garota dá trabalho demais! — disse Takemichi, no rádio para Fernanda.

— Quem é? — exclamou Joana.

— É a capitã da quarta divisão! — avisou Takemichi, já vindo para lá.

— Foi mal, eu só estou com pressa! — disse Yumi, rindo na chamada.

— Podem continuar pousando dentro da base. Tem civis vindo para cá! — disse Takemichi.

— Você ouviu ele, continua indo para a base! — disse Yumi.

— Certo! — respondeu o piloto.

Yumi desligou a chamada. O helicóptero pegou voo novamente.

— Por que a capitã Yumi está aqui? — exclamou Joana.

— Não falou o motivo, vamos descobrir! — disse Takemichi, saindo do pátio com os líderes.

O helicóptero pousou lá dentro, assim que as hélices pararam. Yumi saiu correndo de lá.

— Que empolgação é essa, lá vem problemas! — disse Takemichi.

Do helicóptero, a vice-capitã da quarta divisão também saiu.

— Ei, Takemichi, cadê o Kay? — exclamou Yumi.

— Primeiro me diga o motivo da sua visita sem nenhum aviso! — disse Takemichi.

— Vim pedir um favor para o Kay, cadê ele? — exclamou Yumi.

Takemichi olhou para seus líderes.

— Ele saiu andando do refeitório, deve estar no quarto dele! — disse Joana.

— Obrigada! — disse Yumi, saindo correndo dali.

— E ela sabe qual é o quarto dele? — exclamou Lena.

— Yan, acompanha ela! — disse Takemichi.

— Certo! — disse Yan, correndo atrás de Yumi.

— Nos perdoem por isso, o nosso reino adquiriu recursos extras e o rei acabou mencionando que talvez agora até dava para recuperar outro reino perdido. Mas é claro que foi na ironia, mas a capitã não pensou assim e assumiu a missão! — disse Lena.

— Mas por que ela quis vir... entendi! — disse Takemichi.

— Sim! Lemos as notícias dos feitos do seu esquadrão. A Yumi acredita que foi o mestre dela o responsável, e se tivesse ele nessa missão, nosso esquadrão seria capaz de retomar a dinastia Holliver. — disse a vice-capitã Nina.

— Mestre dela? — exclamou um dos líderes, ainda confuso com a admiração de Yumi por Kay.

— Então era sobre ele que ela sempre falava? Você realmente acredita que só ele traria a força necessária para sua divisão? — Takemichi perguntou, cético.

— Sinceramente, não! — Nina admitiu, franzindo o cenho. — Mas ele é um dos poucos com 100% de compatibilidade, e minha capitã confia nele. Sendo assim, é meu dever confiar também. Ainda assim, preferia que algum dos seus soldados nos ajudasse.

Takemichi suspirou, ponderando a proposta. — Meu pessoal está sobrecarregado com a recuperação de Mineforde. Envolver-se em uma missão dessa escala agora seria...

— Ele aceitou, vamos embora! — Yumi disse, interrompendo, enquanto puxava Kay pelo braço.


Tip: You can use left, right, A and D keyboard keys to browse between chapters.