Chapter 127: Capítulo 127: Ataque e consequência!
Agora, os soldados com os novos trajes estavam posicionados no topo da muralha, ao lado do Mini Ghoul. Lá embaixo, os ghouls começavam a se aproximar. Enquanto isso, os demais soldados protegiam a base, preparados para agir caso algum general inimigo aparecesse.
— Nossa primeira batalha com os trajes! — exclamou Thais, empolgada, enquanto observava o campo à sua frente.
— Pois é! Então... estou indo na frente! — anunciou Himitsu, com um sorriso desafiador, antes de pular da muralha sem hesitar.
— Cada um por si! Vamos ver quem mata mais! — gritou Ravena, rindo enquanto também saltava da muralha.
— Mas o que eles estão fazendo?! — exclamou Mira, confusa, enquanto observava a cena da base.
— Deixa eles se empolgarem. Afinal, agora cada um deles é um ghoul poderoso dentro de um traje! — comentou Rem, tranquilo, enquanto observava os soldados pelo vídeo.
Nas telas de monitoramento, os soldados foram vistos saltando em direção aos ghouls com determinação.
— Eles são imprudentes! Lavel, faça como planejado! — ordenou Mira, em tom firme.
— Sim! — respondeu Lavel, já se movendo para cumprir a ordem.
Do lado interno da muralha, vários caminhões do instituto e helicópteros aguardavam, prontos para coletar os corpos dos ghouls abatidos. Lavel utilizou o sistema de segurança do reino e abriu os portões no momento exato, quando os soldados já estavam engajados no combate.
Enquanto caíam, antes que os ghouls pudessem atacá-los ou que tocassem o chão, os soldados manifestaram as asas dos trajes, descendo em segurança. A aterrissagem foi um espetáculo por si só — asas etéreas iluminadas por energia pulsante, contrastando com o caos ao redor.
— Separar em grupos! Direções norte, leste e oeste! — ordenou Ravena, já com a foice em mãos enquanto aterrissava.
Os soldados obedeceram e rapidamente se dividiram, cada grupo eliminando ghouls com precisão letal.
O Mini Ghoul aproveitou a oportunidade para se alimentar de alguns dos ghouls derrotados, movendo-se entre os corpos com rapidez animalesca. Enquanto isso, os veículos do instituto, controlados remotamente por Lavel, avançaram para coletar os corpos restantes, mantendo a operação fluida.
— Eles estão indo bem... até demais — comentou Mira, cruzando os braços enquanto assistia aos vídeos de batalha.
Do campo de batalha, o som de lâminas cortando carne e ghouls rugindo ecoava. A ofensiva dos soldados com os trajes era implacável.
— Vamos ver quanto tempo conseguem manter o ritmo... — murmurou Lavel, ajustando os comandos.
O campo estava tomado pelo brilho dos trajes e a força dos soldados. Para os ghouls, parecia não haver escapatória.
O ataque foi devastador. Os soldados, agora mestres no uso de seus trajes, desceram como anjos da destruição sobre os ghouls. O campo de batalha foi transformado em um mar de corpos conforme lâminas, foices e balas rasgavam os inimigos com precisão brutal. A luta durou várias horas, mas os ghouls nunca tiveram uma chance real. Cada investida dos soldados eliminava dezenas deles, enquanto os veículos do instituto, guiados remotamente por Lavel, recolhiam os corpos abatidos em um fluxo constante.
No fim, o terreno estava coberto de carcaças, o cheiro de sangue e destruição pairava no ar. O Mini Ghoul, agora com a barriga cheia após se banquetear com os corpos, subiu ao topo da muralha e informou:
— Um general está vindo.
A notícia foi imediatamente transmitida por Mira pelos rádios.
— Soldados, retornem à base! — ordenou ela com firmeza.
Os soldados reagiram rapidamente, ativando suas asas e voando de volta à muralha. Himitsu pegou o Mini Ghoul, que parecia mais pesado devido à refeição abundante, e conduziu a retirada. Com movimentos coordenados, todos os soldados retornaram à base, enquanto os veículos do instituto também recuavam em segurança, carregando os corpos coletados.
Pouco tempo depois, o general apareceu. Ele flutuava sobre o campo de batalha, observando os corpos espalhados e os ghouls ilesos que ainda restavam.
— O que aconteceu aqui? — perguntou ele, sua voz grave e opressora.
— Foram os humanos... Eles massacraram todos — responderam os ghouls, visivelmente aterrorizados.
O general olhou para os corpos e ordenou:
— Devorem os mortos. Não desperdicem nada.
Sem perder tempo, ele voou em direção à base, movendo-se rapidamente pelos céus, determinado a confrontar os responsáveis por tamanha carnificina. Ele chegou pouco tempo depois que os soldados haviam retornado, trazendo consigo a promessa de um confronto inevitável.
O general executor pousou com os quatro tentáculos manifestados, sua raiva estampada no rosto como uma máscara de fúria.
— O que acham? — exclamou Ravena, com um sorriso desafiador nos lábios.
— Só precisamos recarregar e podemos continuar! — disse Thais, cheia de determinação.
— Os de arma branca, comigo! — ordenou Joana, liderando o grupo de soldados para fora da base.
Himitsu permaneceu firme, olhando diretamente para o general.
— Por que está aqui? — perguntou ela, desafiadora.
— Malditos! Vocês estão abusando da sorte! — rugiu o General Executor, sua voz carregada de ódio.
Himitsu arqueou uma sobrancelha, o deboche evidente em sua voz:
— Sério? O que aconteceu? Sinceramente, estou confusa.
O general apontou um tentáculo na direção dela, seus olhos queimando de fúria.
— Avise isso à sua líder. Quando a criança nascer, estaremos em guerra! Preparem-se, pois faremos vocês pagarem caro! — Ele manifestou duas asas imponentes, mantendo os tentáculos prontos para atacar.
— Não vai fugir! — gritou Ravena, avançando com seus soldados.
O general deu uma última risada sinistra.
— Parece que encontraram um novo brinquedo. Espero que seja útil. Me façam usar pelo menos metade do meu poder na próxima vez que nos encontrarmos! — E, com um bater poderoso de asas, ele desapareceu no céu, voando para longe.
— Ele escapou! — exclamou Himitsu, frustrada.
A voz de Mira soou pelo rádio, calma e firme:
— Os ghouls estão se retirando. Não há mais volta, mas ganhamos tempo. Bom trabalho, todos!
Os soldados retornaram para a base. Alguns minutos depois, o pátio estava lotado. Soldados, cientistas e civis se reuniram, enquanto Mira, Rem e o ex-capitão estavam à frente deles. As câmeras do pátio transmitiam o evento para o instituto.
Mira deu um passo à frente e começou seu discurso com uma voz clara e carregada de convicção:
— Hoje, fizemos um ataque audacioso e eliminamos uma quantidade significativa de ghouls. Conseguimos adquirir muitos corpos valiosos para o instituto e, acima de tudo, não sofremos nenhuma baixa. Isso foi uma vitória!
Ela respirou fundo, deixando que suas palavras ressoassem.
— No entanto, o General Executor apareceu e fez uma declaração. Assim que minha criança nascer, será o início da guerra total contra nós! Temos mais alguns meses antes que esse confronto comece. Por enquanto, os ghouls foram afastados das muralhas, mas ainda estão espalhados lá fora
Mira ergueu a cabeça, seus olhos brilhando de determinação.
— Essa vitória nos deu uma oportunidade única. Agora podemos transitar pelo reino sem o medo constante dos ghouls. Vamos usar esses meses para intensificar a segurança em todo o território, reativar as fábricas e plantações, e nos preparar para o que está por vir.
Ela deu uma breve pausa, sua voz ganhando ainda mais intensidade:
— Essa guerra determinará a vitória ou a derrota deste país. Não temos espaço para erros. Conto com a colaboração de cada um de vocês para que possamos aumentar nossas chances de vencer. Juntos, enfrentaremos esse desafio e buscaremos a vitória contra os ghouls. Acreditem, nós podemos vencer!
Os aplausos ecoaram pelo pátio, misturados aos gritos de apoio dos presentes. A energia no ar era elétrica, carregada de esperança e determinação. Cada rosto refletia o peso da luta que estava por vir, mas também a chama de uma coragem renovada. A luta pelo futuro acabara de começar.
— Não vamos perder tempo! — declarou Mira, erguendo a voz acima do burburinho. — Aqueles que trabalhavam nas fábricas e plantações, preparem-se! Vamos levá-los de volta aos seus postos. Alguns soldados e veículos irão com vocês para garantir sua segurança, então não precisam ter medo!
Rem, ao lado de Mira, tomou a palavra, sua voz firme e carregada de confiança:
— Quando um ghoul faz uma declaração em nome de um monarca, ele precisa cumprir sua palavra. Se não o fizer, mancha o nome de seu senhor. O General Executor vai honrar o tempo que nos deu!
O ex-capitão, com sua postura rígida e voz de comando, complementou:
— Como a capitã disse, nosso objetivo é adquirir o máximo de recursos nesses meses. Vocês têm um papel essencial nisso. Retomem as funções que exerciam antes, sejam nas fábricas, plantações ou outros trabalhos vitais. Sua contribuição será crucial!
Um dos civis, com a voz hesitante, perguntou em meio ao grupo:
— E a capital? Eles não vão interferir?
Mira cruzou os braços, encarando os presentes com determinação.
— Não. A capital não irá interferir. Eles sabem que, sem os ghouls para protegê-los, estarão vulneráveis. Não ousarão arriscar!
As palavras dela silenciaram qualquer dúvida restante. Os civis e soldados trocaram olhares, cientes de que cada ação, cada esforço, contava a partir daquele momento.