Poder Para Lá da Muralha

Chapter 7: Conversar e diplomacia Parte I



Jon Avalon, agora conhecido como o Rei de Avalon, sentou-se no trono de cristal, olhando atentamente para os conselheiros que estavam reunidos diante dele. O imenso salão de Avalon estava silencioso, exceto pelo som suave das tochas crepitando nas paredes de pedra e o murmúrio ocasional dos ventos gelados que ainda rondavam as montanhas ao norte. O inverno, embora não mais implacável, ainda se faz sentir nas terras ao redor, com os ventos frios lembrando os tempos de outrara.

 

Jon olhou para seus senadores, seus rostos iluminados pela luz das chamas. Eles estavam preocupados com o futuro do reino, que prosperavam em terras antes esquecidas e distantes. A vitória dos Deuses Valirianos, dos Deuses Antigos e dos Deuses Roianres agora se manifestava sobre Avalon, garantindo-lhe uma abundância inesperada. As colheitas eram fartas, as águas claras e os animais abundantes, mas o preço de um reino em ascensão era sempre alto.

 

O Alto Sacerdote, um homem de pele pálida e olhos profundos, clamou-se primeiro.

"Majestade, a paz que abençoa Avalon é um presente dos Deuses, mas nossos aliados nas terras do sul começam a questionar a durabilidade de nossa união. O comércio floresce, mas os barcos mercantes relatam ataques de piratas no estreito que separa Avalon de Essos. Nossa proteção ao longo das costas precisa ser reforçada."

 

Jon Avalon olhou para o sacerdote, seus olhos profundos e impenetráveis, como as águas do lago que cercavam o Castelo da Longa Noite. Ele sabia que a paz que experimentavam era uma ilusão temporária, um reflexo do equilíbrio frágil entre as forças que governavam o mundo.

"Temos nossos aliados, e nossa força cresce, mas devemos ser cautelosos", disse Jon calmamente. "As ameaças de Avalon não serão protegidas apenas pela força militar. A sabedoria dos Deuses deve nos guiar, e devemos manter os abertos para aqueles que buscam refúgio, e para aqueles que buscam paz."

 

O Grande Senador, um homem alto com uma longa barba branca, interrompeu com uma voz grave. "Sua Majestade, os bárbaros de Sothoryos nos observam. Ouvi rumores de que eles se preparam para invadir. O reino precisa de um exército mais forte, mais preparado."

 

Jon ponderou as palavras do senador. Sothoryos, as vastas terras selvagens ao sul, onde o clima era implacável e os povos locais possuíam força bruta, estavam distantes, mas as ameaças sempre se aproximavam. A verdadeira força de Avalon estava em sua união, não apenas com os Deuses, mas também com os povos do novo continente.

"Sim, precisamos manter a vigilância, mas não apenas com espada", respondeu Jon. "A verdadeira força de Avalon está em seu povo. A confiança que temos uns nos outros é o que nos mantém. Diga aos nossos aliados que nossa mão será contínua, mas nosso poder será respeitado."

Yi-Ti estava em luto. O Senhor Feiticeiro, a figura poderosa que governava as terras distantes, havia falecido. Sua morte, inesperada, enviou ondas de choque por todo o continente. A notícia chegou a Avalon através de mensageiros e agora Jon Avalon, sentado no trono de cristal, ouvia atentamente a mensagem trazida até ele. O senhor que, por tanto tempo, dominara Yi-Ti com suas artes místicas e poderes arcanos, não estava mais entre os vivos.

 

Jon não demorou em reagir. Ele se levantou e ordenou que seu tio, Viserys Targaryen, fosse trazido até ele. Viserys, sempre uma figura de força, se aproximou com o semblante firme, seus olhos azuis refletindo o peso da responsabilidade que carregava.

 

Jon olhou para o tio com seriedade, ciente de que aquele momento definiria não apenas o futuro de Yi-Ti, mas também o destino de Avalon. "Tio Viserys," Jon começou, "o Senhor Feiticeiro de Yi-Ti morreu. Os rumores falam de caos e instabilidade por toda a região. Eu sei que o Senhor Feiticeiro não tinha herdeiros diretos. Você se sentirá atraído para o Trono Dourado de Yi-Ti?"

 

Viserys Targaryen, o último dos Targaryen, balançou a cabeça negativamente. "Eu não quero o Trono de Yi-Ti, Jon," disse ele com uma voz calma, mas firme. "Eu só desejo o Trono de Ferro. Meu destino e o de nossa casa sempre estiveram entre as terras de Westeros, não em Yi-Ti. Este reino já está longe de nosso controle."

 

Jon assentiu, compreendendo o desejo do tio. "Muito bem, então, vou tomar uma ação diferente. Enviarei uma frota de 5.000 navios a vapor, com canhões de pólvora e navios de ferro, para proteger o futuro reinado do meu filho e da minha esposa." Ele pausou por um momento, os olhos voltando-se para o horizonte, onde sua nova nação estava crescendo. "A filha do Senhor Feiticeiro, a quem prometi proteção, também será a nossa aliada."

 

A filha do Senhor Feiticeiro era uma mulher misteriosa e poderosa, com grande conhecimento arcano. Seu nome era Seraphina Qo, e sua presença no reino de Yi-Ti representava não apenas a aliança entre as casas, mas também uma conexão com as forças místicas que poderiam ser úteis para Jon em suas ambições de expandir Avalon. Ela possuía um domínio sobre a magia e era uma figura reverenciada, mesmo entre os mais céticos.

 

"Seraphina será bem protegida, tio," Jon disse com confiança. "Ela e o reino de Yi-Ti precisarão de uma mão firme para que sua transição seja suave. Enviaremos não apenas a frota, mas também catapultas e sistemas de defesa para garantir que o reinado de meu filho esteja seguro, até que ele esteja pronto para governar."

 

Viserys Targaryen olhou para Jon, pensando nas implicações de uma tal aliança, mas sabia que a lealdade de sua família não poderia ser quebrada. Ele assentiu, com um leve sorriso. "Você sempre toma as rédeas, Jon. Que os Deuses lhe deem sabedoria e força. Se o Trono de Yi-Ti é necessário para garantir a estabilidade do futuro, que seja. Mas o Trono de Ferro continua sendo a nossa verdadeira casa."

 

Jon, com um olhar decidido, finalmente falou: "Eu confio em você, tio. E com isso, asseguraremos o futuro de Avalon. O Trono de Ferro e o de Yi-Ti não são destinos concorrentes, mas apenas diferentes aspectos de uma era que está por vir. Avalon será o centro de um novo império, e você, Viserys, será uma das figuras chave nesse processo."

 

Com o plano traçado, Jon dirigiu-se aos preparativos. A frota seria enviada com rapidez e precisão, e a magia dos Deuses Valirianos e de Yi-Ti se uniria à força militar para garantir a estabilidade do reino. Avalon e Yi-Ti estariam interligados, com Seraphina Qo como uma aliada indispensável.

 

Jon sabia que a expansão de Avalon não seria apenas uma conquista militar. Seraphina, com seus conhecimentos ocultos, seria essencial para a prosperidade do reino. Mas ele também entendia que, no final, era sua própria força e visão que garantiriam o futuro.

 

"Que a viagem comece," Jon disse, com um sorriso sutil, mas cheio de determinação.

 

Enquanto os senadores continuavam a discutir questões de segurança e diplomacia, Jon Avalon ficou pensativo. O inverno não era mais uma ameaça direta, mas o reino de Avalon não poderia esquecer as lições do passado.

O rei olhou para os senadores e, com um suspiro profundo, concluiu: "Nosso reino será lembrado como uma terra de sabedoria e força. Avalon será o farol que ilumina o caminho para todos, onde o inverno não pode mais alcançar. Que os Deuses abençoe nosso reino e todos aqueles que se unirem a nós."

 

Com essas palavras, a reunião chegou ao fim. Jon Avalon sabia que a estrada seria longa e cheia de desafios. Mas, com a vitória dos Deuses e a força de Avalon, ele estava determinado a manter seu reino prosperando, mesmo nas sombras de um mundo que jamais deixaria de ser imprevisível.

 Jon Avalon caminhou pelas vastas salas do Templo dos Deuses no coração de Avalon. As paredes imponentes estavam adornadas com centenas de estátuas de divindades antigas, cada uma representando um dos Deuses que ele honrava: os Deuses Valirianos, os de Essos, os Deuses de Yi-Ti e, claro, os Deuses Antigos que ainda reverberavam nas florestas sombrias do norte. O ar estava impregnado com um cheiro sagrado de incenso e murmúrios de preces. Era ali, entre essas figuras imortais, que ele se sentia mais próximo dos mistérios do universo.

 

Jon se deteve diante de uma estátua imensa, que representava um ser de rostos múltiplos, uma fusão de personalidades antigas e valirianas. Ele fechou os olhos por um momento, refletindo sobre suas palavras internas, sobre seu lugar como o Supremo Sacerdote. Afinal, o título não era apenas simbólico; ele havia sido o escolhido para guiar Avalon não apenas como rei, mas também como o único intermediário entre os Deuses e o povo. Em sua mente, as lições de sua linhagem eram claras: a confiança nos outros poderia ser uma fraqueza.

 

"O erro dos Targaryen foi confiar nos Mestres da Cidadela, confiar no Alto Septão, confiar demais nas grandes casas, que buscavam poder, não sabedoria. Mas eu não sou como eles. Eu não cometeria esse erro", pensou Jon.

 

Ele caminhou lentamente, refletindo em voz baixa, sentindo a presença dos Deuses ao seu redor.

 

"O Rei Aegon Targaryen, O conquistador foi um rei poderoso, mas seus erros nos levaram à queda. Ele delegou poder. Confiança nas casas, confiança nos Mestres... foi esse o fim da Casa Targaryen. O Trono de Ferro não foi o que destruiu meu lar. O que destruiu a Casa Targaryen foi a falta de controle, a falta de unidade."

Jon sabia que Avalon só prosperaria se fosse governada com mão firme. Não poderia permitir que outros, mesmo os mais respeitados, tivessem poder sobre a fé do povo. Ele precisa ser o único guardião de fé, o único Supremo Sacerdote. Ele precisa ser o elo que unia os Deuses e os homens.

 

Ele olhou para o altar central, onde as chamas de várias velas dançavam suavemente, refletindo a luz dourada nas estátuas que cercavam o templo. "Eu sou o único que pode conduzir este reino para a glória", pensou ele. Ele confiava em sua frota, em seu exército leal e na guarda real que, como ele, servia ao reino e aos Deuses. Mas havia algo mais que eu precisava fazer: expandir seu domínio.

 

Jon olhou para o mapa de Avalon e além, para as terras selvagens de Sothoryos. A ideia de conquistar mais territórios ali o fascinava. Ele já unificou Sothoryos sob sua bandeira, mas existiam regiões ainda por explorar, terras que poderiam garantir maior segurança, riquezas e recursos ao reino. Mas isso significaria mais desafios, mais resistência das tribos locais e, talvez, até conflitos com outros reinos e forças desconhecidas.

 

"É hora de expandir", surgiu Jon, com determinação. "Sothoryos é apenas o começo. Com os Deuses ao meu lado e a força de Avalon, nada nos impedirá."

 

Ele se virou, decidiu. O Templo dos Deuses, com todas as suas representações sagradas e poderosas, havia lhe dado claramente que ele procurava. Agora, mais do que nunca, Jon Avalon sabia o que fazer primeiro. Ele era o rei, o líder, o Supremo Sacerdote. Era seu destino governar Avalon e além, unificando as terras e os povos sob a Vitória dos Deuses.

"Que os Deuses me guiam nesta jornada", murmurou Jon, sabendo que ele não estava apenas planejando expandir o reino, mas também a forjar um império que seria lembrado pelas gerações.

Robb Stark, o recém-coroado Rei do Norte, estava em Correirro, a antiga e imponente cidade do Tridente, onde os ventos do rio traziam consigo ecos das grandes batalhas que ali haviam ocorrido. Sentado em uma sala simples, mas imponente, no castelo, ele observava atentamente o comerciante que havia chegado de Avalon. O homem, cansado de sua longa viagem, estava agora de pé diante do trono improvisado, com uma expressão grave e um olhar furtivo, como se temesse que suas palavras trouxessem consequências imprevistas.

 

"Senhor Robb," o comerciante começou, ofegante, "trago-lhe notícias de Avalon, de Jon Avalon, e de Yi-Ti. O Senhor Feiticeiro, o imperador de Yi-Ti, morreu. E agora... agora, Jon Avalon ordenou uma frota enorme de navios, mais de cinco mil, com canhões de pólvora e navios de ferro, para navegar até Yi-Ti. Ele pretende proteger o futuro reinado de sua esposa, Seraphina Qo, e do seu filho."

 

Robb, que sempre fora astuto e atento aos movimentos do mundo, franziu a testa ao ouvir a notícia. Ele sabia que qualquer movimento de Jon Avalon seria significativo, pois o rei do novo continente era uma figura poderosa, e sua capacidade de controlar vastos exércitos e frotas de navios de guerra era inegável.

 

"Seraphina Qo?" Robb repetiu, tentando encontrar mais informações. "Essa é a filha do Senhor Feiticeiro?"

 

"Sim, senhor," o comerciante apoiado. "Ela agora é uma consorte de Jon Avalon, e com a morte de seu pai, ela se torna a herdeira de Yi-Ti, uma posição de grande poder. Jon Avalon não está apenas defendendo sua esposa e filho; ele está se preparando para consolidar seu domínio sobre Yi-Ti. A frota é parte desse movimento.

 

Robb se anunciou de seu trono improvisado, os dedos pressionados no mapa do Norte que estava sobre a mesa. Ele olhou fixamente para a região de Yi-Ti, que, embora distante, agora parecia mais próximo do que nunca. A notícia de Jon Avalon enviando tal frota era uma provocação velada. O Norte estava em paz, mas Robb sabia que o poder, seja no sul ou no leste, sempre exigia atenção.

 

"Se Jon Avalon está se fortalecendo com a morte do Senhor Feiticeiro, ele pode estar pensando em expandir ainda mais seus territórios", Robb murmurou para si mesmo. Ele olhou novamente para o comerciante. "O que mais você sabe? Avalon está se preparando para algo maior? E o que você sabe sobre o Rei de Yi-Ti? Há algo mais que possa nos afetar aqui, no Norte?"

 

O comerciante hesitou, mas sabia que Robb Stark não era o tipo de homem que aceitava evasivas. "Houve rumores, senhor. Algumas das casas mais poderosas em Yi-Ti estão tentando se reagrupar. Alguns líderes locais podem tentar desafiar a autoridade de Jon. No entanto, a frota de Jon e a aliança com Seraphina tornam-no quase imbatível. Ele tem uma vantagem."

 

Robb se enviou novamente, pensativo. A expansão de Avalon era algo que ele precisaria observar cuidadosamente. Ele sabia que Jon Avalon não era um simples conquistador. Ele já conseguiu unificar Sothoryos, agora Yi-Ti estava no jogo, e seu poder parecia crescer a cada movimento.

 

"Envie uma carta para o Conselho de Governadores no Norte", disse Robb com firmeza. "Eles devem estar atentos a quaisquer movimentos de Avalon que possam afetar nossos interesses. A morte do Senhor Feiticeiro pode ser o início de algo grande, e precisamos estar prontos."

 

Ele pausou, olhando para o comerciante mais uma vez, antes de concluir: "E você, vá até o Sul, para Porto Real, e traga mais notícias. Qualquer movimento de Jon Avalon no leste pode influenciar tudo o que está por vir."

O comerciante concordou rapidamente e saiu da sala, sabendo que sua missão agora estava longe de terminar.

 

Robb ficou ali, sozinho, ponderando sobre a morte do Senhor Feiticeiro e as implicações disso para Avalon e Yi-Ti. O Trono de Ferro, a vitória de Jon Avalon no continente de Sothoryos, o controle de Yi-Ti... tudo isso poderia se tornar uma ameaça para o equilíbrio de poder que ele, como Rei do Norte, tinha trabalhado tão arduamente para proteger .

 

Jon Avalon não era mais apenas uma sombra distante nas terras de Avalon; ele era um monarca poderoso, e Robb sabia que isso fazia com que os ventos da guerra pudessem estar mudando.

Em um salão vasto e iluminado pelas chamas da lareira, os senhores e senhoras do Norte estavam reunidos, aguardando com tensão as notícias que chegavam de Avalon e além. Uma reunião fora convocada por Robb Stark, o Rei do Norte, para discutir a recente morte do Senhor Feiticeiro de Yi-Ti e a crescente ameaça representada pela frota de Jon Avalon. Sentados ao redor de uma mesa de pedra, estavam alguns dos mais poderosos e influentes líderes do Norte, cada um com seu olhar fixo no mapa que se estendia diante deles.

 

Maege Mormont , conhecida como "A Ursa", a líder feroz da Casa Mormont e Senhora da Ilha dos Ursos, estava a olhar para os outros com seus olhos penetrantes, sempre atenta, como uma verdadeira ursinha de guerra. Sua voz profunda e direta cortava o silêncio. "Se Avalon está se expandindo para o leste, isso nos afeta diretamente", ela disse, sua postura impassível, mas com um tom de alerta. "Yi-Ti sempre foi uma terra distante para nós, mas com a frota que Jon Avalon está preparando, ninguém está seguro. Precisamos estar prontos para qualquer coisa."

Medger Cerwyn , o Senhor de Cerwyn e chefe da Casa Cerwyn, ajustou-se em sua cadeira, cozinhando a barba. "A Ilha dos Ursos sempre foi uma fortaleza isolada, mas a ameaça de Avalon cresce. Não podemos subestimar a força de sua frota, e não podemos permitir que ele use isso para expandir seu poder em nossas costas."

Ao lado de Medger, Halys Hornwood , o Senhor dos Hornwood e chefe da Casa Hornwood, olharam para Robb Stark com um semblante preocupado. "Se Jon Avalon estiver realmente se preparando para tomar o controle de Yi-Ti, podemos ver em uma posição difícil, principalmente com a divisão interna nas casas de Yi-Ti. A única maneira de impedir isso é garantir que o Norte esteja unido. Só assim poderemos enfrentar essa ameaça crescente."

Roose Bolton , o Senhor do Forte do Pavor e chefe da Casa Bolton, sentado numa posição mais isolada, fez uma leve careta. "Nada pode ser feito com palavras, senhores. O Norte não deve apenas falar, mas agir. Se Avalon pretende expandir seus domínios, precisamos garantir que ele saiba que o Norte não é facilmente conquistado." Seu tom frio e calculista era típico de sua personalidade.

Robett Glover , membro da Casa Glover, parecia mais calmo, observando os outros senhores. "A frota de Jon Avalon é uma ameaça óbvia, mas precisamos de mais informações. Podemos preparar nossas forças, mas não podemos tomar uma decisão sem entender os movimentos reais de Avalon. Os Glover sempre foram fiéis ao Norte, e estamos prontos para apoiar qualquer ação que Robb decidiu."

Brynden Tully , tio de Catelyn Stark e um veterano das guerras, estava sentado ao lado de sua sobrinha Catelyn. Seu olhar atravessava o salão com sabedoria. "O Norte deve se unir. Se Jon Avalon se tornar uma força dominante no leste, é melhor começarmos a agir antes que ele nos sobrepuje. Nunca subestime o poder de uma frota, e Avalon está começando a mostrar a sua. Não podemos esperar para ver se ele nos atacará diretamente. Devemos nos antecipar a qualquer movimento que ele faça."

Edmure Tully , o irmão de Catelyn e líder de sua casa, parecia relembrar a situação. "Yi-Ti é uma terra distante, mas a aliança de Avalon com Seraphina e o domínio da ilha pode mudar o equilíbrio de poder. Se ele não for contido, Avalon se tornará um reino que rivaliza com o nosso, e não será só o Trono de Ferro que estará em risco. O Norte, os rios, e os reinos mais ao sul podem se ver sob a sombra de Avalon se ele for deixado crescer sem oposição."

Catelyn Stark , sua sobrinha, com sua mente astuta e prática, observava a situação com atenção. "Este é um momento decisivo, Robb. Você tem a força do Norte, mas também precisa da lealdade e da unidade de todas as casas. Se a ameaça de Avalon for real, precisamos agir juntos e com rapidez. Isso não é apenas sobre poder , mas sobre garantir que o Norte mantenha sua independência e sua soberania Avalon não é só um rei distante;

Robb Stark finalmente se declarou, a gravidade de sua posição clara em seu rosto. Ele olhou para cada um dos senhores e senhoras ao redor da mesa e falou, com voz firme: "O destino de Yi-Ti é importante, mas o nosso reino não pode ser ameaçado por ambições distantes. A frota de Jon Avalon e seus movimentos é uma preocupação, mas o Norte deve estar unido, e nosso povo deve estar preparado para o que vir. Vamos monitorar de perto as ações de Avalon e suas frotas. Se ele avançar, o Norte se unirá para defendê-lo.

Ele virou-se para Catelyn, Edmure, e os outros Tully presentes. "Eu preciso de vocês, e precisamos que todas as casas se preparem. Se houver necessidade de enviar uma mensagem ao resto dos reinos, faremos isso. O Norte não será facilmente conquistado, e Avalon saberá disso."

A reunião contínua com mais discussões sobre estratégias e alianças, mas a decisão estava clara: o Norte, unido, enfrentaria qualquer ameaça que surgisse, seja de Avalon ou de qualquer outra força que buscasse desafiar sua independência.

O salão principal de Correrrio estava tomado por uma tensão quase palpável. O novo Rei do Norte e do Tridente, Robb Stark, estava de pé, seus olhos fixos no homem que acabara de chegar. Um comerciante das Cidades Livres, com a pele marcada pelo sol e roupas simples, porém impregnadas de poeira das longas estradas.

 

"Fale", tentou Robb, sua voz de autoridade. Ao seu lado, sua mãe, Catelyn Stark, observava atentamente, enquanto Edmure e Brynden Tully permaneciam em silêncio, esperando pela revelação.

 

O homem limpou a garganta, visivelmente intimidado diante dos nobres. "Meu rei," começou ele, inclinando-se. "Venho com notícias que atravessaram o Mar Estreito como um vendaval. Jon Avalon, o senhor das frotas que vocês mencionaram, conquistou Sothoryos. Uma terra que muitos consideravam inalcançável ou inabitável, ele agora chama de domínio seu."

 

O salão ficou em silêncio por um momento. Maege Mormont corta o mutismo com uma risada cética. "Sothoryos? Quem em sã consciência conquistaria aquela selva maldita? Doenças, feras e lendas de horrores que nenhum homem pode enfrentar."

 

"Mas ele o fez," retrucou o mercador, a voz mais firme agora. "Com uma frota imensa e exércitos de mercenários comprados com ouro que parece não ter fim. Mais do que isso, ele agora envia emissários às Cidades Livres. Braavos, Volantis e Lys já estão negociando com ele. Há rumores de que ele planeja fazer de Sothoryos uma ponte entre Essos e as terras além do Mar de Verão."

 

Robb se recostou na cadeira, os dedos tamborilando sobre a mesa. Sua expressão era de preocupação, mas também de design. "Isso muda as coisas", murmurou.

 

"Ele não é apenas um pirata com fome de conquista", disse Roose Bolton, a voz fria e calculista. "É um estrategista. Se ele tiver sucesso em transformar Sothoryos em uma base comercial, pode financiar um exército maior do que qualquer reino em Westeros pode enfrentar sozinho."

 

"Ele ainda não está aqui", retrucou Medger Cerwyn, com uma tentativa de aliviar a tensão. "Sothoryos está distante. Talvez seja melhor focarmos no que está diante de nós."

 

"Distante, sim", disse Brynden Tully, com voz grave. "Mas se ele controlar as rotas marítimas, pode bloquear nossas suprimentos, dividir alianças e, eventualmente, chegar à nossa costa com força total."

 

Catelyn colocou a mão no braço de Robb, interrompendo a discussão. "Você disse que ele envia emissários, mas o que eles estão pedindo? Comércio ou submissão?"

 

"Comércio, por enquanto", respondeu o mercador. "Mas todos sabem que Avalon não negocia sem exigir algo em troca. Ele está jogando um jogo que pouco compreende, e seus interesses são sempre maiores do que aparentam."

 

Robb declarou-se, olhando para cada um de seus vassalos presentes: Maege Mormont, Halys Hornwood, Robett Glover e Roose Bolton, antes de encarar sua mãe e seus tios. "Se Avalon conseguiu conquistar Sothoryos, ele é uma ameaça que não podemos ignorar, mesmo que o perigo pareça distante. Vamos nosso reforço às defesas costeiras e enviar espiões para monitorar os movimentos de seus emissários em Essos. Edmure, você se carregará para garantir que os Rios estão bem protegidos. Se ele atacar, seja pelo mar ou através de alianças comerciais com nossos inimigos, estaremos prontos."

 

Brynden Tully concordou, aprovando as palavras do sobrinho. "Avalon talvez tenha ouro e frotas, mas o Norte e o Tridente têm homens e determinação. Que venha, se tiver coragem."

 

Enquanto os senhores começavam a planejar, Robb caminhou até a janela. O vento frio das Terras Fluviais soprava, e ele sabia que tempos sombrios estavam por vir. Avalon era uma ameaça diferente de qualquer outra que Westeros já enfrentasse, e Robb tinha a sensação de que o destino de todos os Sete Reinos poderia acabar sendo decidido por esse novo jogador no tabuleiro

Catelyn aproximou-se de Robb, seus olhos fixos no filho que agora era mais do que apenas o herdeiro de Winterfell. Ele era o Rei no Norte e no Tridente, e ela sabia que seu dever era proteger esse reino, mesmo que isso significasse confrontar os fantasmas do passado. Seu tom era frio, mas resoluto, enquanto falava:

— Robb, aquele bastardo... Jon. — Ela cuspiu o nome como veneno. — Ele nunca foi de nossa família. E agora, com esse título pomposo de Avalon, ele se declara um conquistador. Não basta protegermos nossas fronteiras; precisamos fazer com que ele se ajoelhe diante de você. Mostrar ao mundo que não há lugar para usurpadores.

 

Robb virou-se da janela, seus olhos azuis brilhando com uma mistura de determinação e tristeza. Ele sabia que o ódio de sua mãe por Jon era antigo e profundo, mas ele não podia ignorar a ameaça que Avalon representava.

— Mãe, Jon não é o garoto que conhecemos. Ele é mais do que um bastardo agora. Ele é um rei em seu próprio direito, e Sothoryos o segue por escolha, não por imposição. Se ele vier até nós, não será como um inimigo comum. Será como um irmão que acredita estar lutando pelo que é certo. — Ele respirou fundo. — Não podemos subestimá-lo.

 

Brynden Tully, que ouvia a conversa de perto, interrompeu com um comentário pragmático:

— Robb, sua mãe está certa em uma coisa: se Jon Avalon atacar, ele deve ser tratado como qualquer outro inimigo. Não importa quem ele foi antes. O Norte e o Tridente não podem se dar ao luxo de divisões internas agora.

 

Catelyn assentiu, sentindo-se encorajada pelas palavras do irmão.

— Exatamente. Jon não é mais parte de nossa família. Ele escolheu outro caminho, um que nos ameaça. Se você não for forte, se não mostrar ao mundo que o Rei no Norte não tolera traições, perderemos aliados.

 

Robb cruzou os braços, ponderando suas opções. Ele sabia que o Norte e o Tridente estavam vulneráveis em algumas áreas, mas também sabia que seu maior trunfo era a lealdade feroz de seus vassalos e sua própria habilidade como estrategista. Ainda assim, ele não podia ignorar o impacto emocional de enfrentar alguém que ele considerava um irmão.

— Primeiro, precisamos entender o que Jon quer. — Robb disse, olhando para o mapa à sua frente. — Enviaremos emissários para Essos, para aprender mais sobre suas intenções. Se ele está em busca de aliança ou guerra, saberemos.

 

Catelyn apertou os lábios, descontente.

— Você está sendo ingênuo, Robb. Jon Avalon não quer aliança. Ele quer poder. Ele sempre quis.

 

Mas Robb balançou a cabeça, sua voz firme como o aço.

— E se ele vier atrás de nós, mãe, não hesitarei em enfrentá-lo. Mas não sou como você. Não luto movido por ódio. Luto pelo meu povo, pelo meu reino.

 

Catelyn calou-se, sentindo uma pontada de orgulho e de dor. Seu filho não era mais o menino que ela criara. Ele era um rei. E ele faria o que fosse necessário, mesmo que isso significasse enfrentar Jon Snow, o bastardo que agora chamava a si mesmo de Avalon.

A sala ficou em silêncio quando o comerciante, um homem magro com cabelos grisalhos e roupas de seda marcadas pelo tempo, terminou de falar. Robb encarou o homem com intensidade, absorvendo a informação enquanto os lordes ao redor murmuravam entre si. Catelyn franziu o cenho, suas suspeitas se aprofundando ainda mais.

 

— Uma revolta? — Robb perguntou, sua voz calma, mas carregada de autoridade. — Explique.

 

O comerciante limpou a garganta, um tanto hesitante diante dos olhares dos lordes.

— Sim, Vossa Graça. O domínio de Avalon sobre Sothoryos e as Ilhas de Verão começou forte, mas... as coisas mudaram. Os homens-tigre de Sothoryos são guerreiros ferozes e orgulhosos, e nunca aceitaram totalmente o domínio de Avalon. Eles se uniram aos povos nativos das Ilhas de Verão, que consideram Avalon um tirano estrangeiro. As revoltas começaram como pequenos levantes, mas rapidamente se tornaram algo mais sério.

 

Ele fez uma pausa, o silêncio na sala pesando sobre ele antes de continuar.

— Por um tempo, parecia que Avalon perderia seu domínio. Mas então... então ele trouxe os magos. Feiticeiros de fogo das cidades livres, magos de sangue de Asshai e bruxos de Qarth. Eles dizem que o próprio Jon Avalon liderou a campanha final contra as revoltas, montado em uma criatura que... — ele hesitou, como se as palavras fossem difíceis de pronunciar. — Dizem que era um dragão.

 

Os lordes trocaram olhares inquietos, e Robb cerrou os punhos ao lado do corpo. Um dragão. Seria possível? Se fosse verdade, isso mudaria tudo.

— Você está dizendo que meu irmão... — Robb corrigiu-se rapidamente. — Que Avalon não apenas reconquistou Sothoryos, mas o fez com o apoio de magos e, possivelmente, de um dragão?

 

O comerciante assentiu, seu rosto pálido.

— Sim, meu senhor. Eles dizem que a campanha de Avalon não deixou nada em pé. Ele destruiu vilas inteiras, usando fogo e magia, para garantir que não houvesse mais resistência. Agora, Sothoryos está completamente sob seu controle, e ele se autoproclama o "Rei das Terras do Sul".

 

Brynden Tully resmungou, cruzando os braços.

— Magos, bruxos e um dragão... Isso soa como uma ameaça maior do que qualquer uma que já enfrentamos. Se Avalon realmente tem esse tipo de poder, ele pode ser imparável.

 

Catelyn, no entanto, parecia mais preocupada com outra coisa.

— Magia e dragões... Isso não é natural. Jon está se aliando a forças que deveriam permanecer enterradas. Ele não é apenas um perigo político, Robb. Ele é um perigo para toda Westeros.

 

Robb respirou fundo, tentando manter a calma. Ele sabia que precisava agir, mas também sabia que precisava ser cuidadoso.

— Se Jon Avalon está tão longe de nós, por que enviaríamos nossos exércitos agora? — perguntou Maege Mormont, quebrando o silêncio. — Devemos nos preparar, mas atacar diretamente seria suicídio.

 

Robb assentiu lentamente.

 

— Não atacaremos, não ainda. Mas devemos nos preparar para o pior. Reforcem nossas defesas costeiras e mantenham vigias constantes em nossos portos. Quero saber tudo sobre os magos que ele trouxe e os aliados que ele está reunindo.

— E se ele decidir vir para cá? — perguntou Roose Bolton, sua voz fria e calculada.

 

Robb virou-se para ele, sua expressão séria.

— Se ele vier, enfrentaremos não apenas um homem, mas uma lenda. E vamos mostrar a ele que o Norte e o Tridente não se curvam a ninguém, nem mesmo a dragões.

 

Catelyn, apesar de suas dúvidas, sentiu um lampejo de orgulho por seu filho. Ele estava enfrentando algo que poucos reis enfrentaram antes: a possibilidade de lutar contra magia antiga e poderes sombrios. Mas no fundo, ela sabia que Jon Avalon, com seus magos e talvez até um dragão, seria o maior desafio que Robb já enfrentara.

Cately: Com certeza, são só rumores inventados.

 

Comerciante: Os rumores sobre os dragões podem até ser verdade, mas parece que o Rei Jon Avalon mandou outra frota de navios para o continente de Sothoryos. Nos anos anteriores, ele deve ter se revoltar.

 

Cately: Parece que o bastardo não aprendeu mesmo.

 

Robb: E agora, o que aconteceu?

 

Comerciante continuar a contar a historia.

O comerciante limpou a garganta, inquieto sob os olhares intensos na sala. Ele parecia relutante em continuar, mas a determinação no rosto de Robb não lhe dava escolha.

 

— Minha senhora, Vossa Graça... Após a segunda revolta, o Rei Jon Avalon enviou outra frota, maior e mais bem equipada. Dizem que ele contratou mercenários de Essos, incluindo os Filhos da Harpia e os Imaculados renegados, para fortalecer suas forças. Mas desta vez, ele não parou por aí.

 

Robb estreitou os olhos, sua voz cortante como o gelo.

— Continue. O que ele fez?

 

O comerciante inclinou a cabeça, quase como se temesse pronunciar as palavras.

— Ele trouxe os magos novamente. E dessa vez, os rumores dizem que eles conjuraram algo que ninguém jamais viu. Não foram apenas feitiços para destruir exércitos ou queimaduras vilas... Eles falam de uma praga. Um feitiço que envenenou a terra, deixando campos espaciais e vilarejos inteiros mortos antes mesmo que suas tropas chegassem. As revoltas foram esmagadas antes mesmo de começarem.

 

A sala ficou em silêncio. Até mesmo os senhores mais experiências bastante desconfortáveis. Roose Bolton arqueou uma sobrancelha, parecendo mais intrigado do que assustado.

 

Catelyn foi a primeira a quebrar o silêncio, balançando a cabeça com incredulidade.

— Isso é impossível. Nenhum homem, nem mesmo Jon, tem esse tipo de poder. Isso é apenas o medo de falar, barcos espalhados para aumentar sua lenda.

 

O comerciante pediu a mão, como se implorasse paciência.

— Pode ser, minha senhora, mas o que é fato é que Sothoryos está agora completamente sob controle de Avalon. Não há mais revoltas. Apenas silêncio. E os portos das Ilhas de Verão estão cheios de navios com bandeiras de Avalon. Eles dizem que ele está recrutando homens e construindo uma frota maior do que qualquer outra em Essos.

 

Robb cruzou os braços, ponderando as informações.

 

— E qual é o objetivo dessa frota? — Disse, sua voz firme.

 

O comerciante hesitou por um momento, então respondeu:

— Não se sabe ao certo. Alguns dizem que ele planeja uma nova campanha em Essos, talvez contra as cidades livres. Outros... outros dizem que ele está olhando para Westeros.

 

Aquelas palavras emparelharam na sala como uma sombra. Robb profundamente profundamente, os músculos do maxilar se contraindo enquanto ele reflete.

 

— Então ele está se armando, consolidando poder... Mas por quê? Westeros está longe, e os Sete Reinos não são simples de conquistar.

 

Catelyn, com os olhos estreitos, respondeu:

— Porque ele quer provar algo, Robb. Ele sempre quis ser mais do que um bastardo. Ele quer ser lembrado, e não há maneira mais eficaz de ser lembrado do que conquistou o lugar onde nasceu.

 

Brynden Tully, que até então permaneceu calado, falou com voz grave:

— Se ele vier, ele não virá apenas como um bastardo vingativo. Ele virá como um conquistador, com magia e homens que juraram lealdade a ele. Precisamos de aliados, Robb. Não enfrentamos apenas um exército, enfrentamos um ideal.

 

Robb assentiu lentamente.

— Então é isso. Começaremos os preparativos. Fortalezaam as costas. Avisem nossos aliados. E comprovam-se de que temos olhos e ouvidos em Essos. Quero saber de tudo, cada movimento, cada aliança. Se Jon Avalon vier, ele encontrará o Norte e o Tridente prontos para lutar.

 

O comerciante curvou-se levemente, aliviado por sua parte na conversa ter terminado. Enquanto ele saía, Catelyn olhou para Robb, sua expressão uma mistura de preocupação e orgulho. Ela sabia que ele enfrentaria esse desafio como um verdadeiro rei, mas, no fundo, temia o confronto que estava por vir. Jon Avalon era mais do que um bastardo ou um rei distante. Ele era uma ameaça que tinha raízes profundas em suas vidas — e no coração de Westeros.

Brynden Tully, com sua expressão impassível, olhou para os presentes antes de falar com uma confiança calma.

— Não precisamos nos preocupar com Jon Avalon, afinal. Ele irá para Yi-Ti, não? — ele disse, como se a ideia fosse óbvia. — Yi-Ti é onde ele terá o que deseja: mais terra, mais riquezas, e um povo que, de certa forma, já está acostumado com governantes estrangeiros. Se ele for para lá, será mais um jogo distante, algo como o qual não nos convida a envolver-nos diretamente.

 

Robb, porém, manteve o olhar sério, pensativo.

— Yi-Ti... O Império de Yi-Ti é uma terra distante e cheia de mistérios. Eles têm seus próprios problemas e suas próprias guerras internas. Mas, se Jon for para lá, ele ainda terá que passar por Essos, e isso nos dá uma janela para monitorá-lo. Não podemos ignorá-lo completamente.

 

Catelyn, por outro lado, parecia ainda mais cética.

— Não se engane, Brynden. Se Avalon achar que a região de Yi-Ti e Sothoryos são apenas trampolins para uma nova conquista, ele pode vir para o Oeste com mais força. Não podemos simplesmente sentar e esperar que ele resolva suas guerras em terras exóticas. Se ele tiver o poder de conquistar Sothoryos, não podemos confiar que ele irá parar por lá.

 

Brynden parecia ponderar, mas manteve a postura firme.

— Então faremos o que é necessário para monitorá-lo, mas não podemos nos permitir gastar recursos preciosos se ele for simplesmente uma ameaça distante. Melhor prepararmos o Norte para outras possíveis ameaças que surjam em nossas fronteiras, sem perder tempo em fantasmas de um bastardo.

 

Robb olhou para os mapas espalhados sobre a mesa, seus olhos refletindo a tensão de seu pensamento.

— O que é claro é que Avalon tem uma visão mais ampla do que simplesmente uma terra no sul. Se ele for para Yi-Ti ou não, será um problema para o futuro. Mas por enquanto, o que importa é que o Norte e o Tridente não serão pegos de surpresa.

 

O ambiente na sala ficou mais tenso com essa última observação.

Robb, com a mente afiada como uma lâmina, apontou o rumo para a estratégia a seguir. Ele olhou para os lordes reunidos, a sala cheia de tensão enquanto suas palavras ecoavam.

 

— Com a morte do pai adotado de Jon Avalon, o tal de "Senhor Feiticeiro", imperador de Yi-Ti, Jon agora não tem mais um mentor ou guia para suas ações. Ele será solicitado a focar sua atenção em Yi-Ti, para proteger os direitos de seu filho ao trono. — Ele fez uma pausa, o rosto sério enquanto olhava os presentes. — Dizem que o trono de Yi-Ti é feito de ouro e que é a chave para seu poder. Além disso, há o fato de que a filha do Senhor Feiticeiro e seu filho, Seraphina Qo, agora estão entre os herdeiros. Essa é a verdadeira batalha para Avalon. Ele não será centro de uma luta pelo poder naquele império.

 

Catelyn, sempre cautelosa, ainda parecia desconfiada da situação.

— E isso não muda o fato de que ele é uma ameaça. Mesmo sem a orientação do Senhor Feiticeiro, Jon ainda é perigoso. Mas se ele se concentrar em Yi-Ti, podemos usá-lo a nosso favor.

 

Robb concordou, olhando novamente para o mapa.

— Exatamente, mãe. Nosso foco agora deve estar em Westeros. Não podemos nos distrair com o que está acontecendo no sul. Se Avalon se envolve em disputas no leste, é um bom momento para consolidarmos ainda mais nosso poder aqui. O Norte e o Tridente precisam ser fortalecidos, nossas alianças garantidas, e nossas fronteiras protegidas.

 

Brynden Tully, sempre pragmático, cruzou os braços e deu um pequeno sorriso.

— Se Avalon perder no jogo de Yi-Ti, temos uma oportunidade de ouro aqui. Ele pode se distrair com sua herança e disputas familiares, e enquanto isso, podemos fortalecer as defesas e manter o controle sobre o que realmente importa.

 

Maege Mormont olhou com uma expressão de confiança.

— Então é isso. Se ele decidir voltar para Westeros depois disso tudo, que venha preparado. Não vamos esperar que ele nos traga um dragão ou magia.

 

Robb, agora com um olhar determinado, concluiu:

— Precisamos estar prontos para qualquer coisa, mas com Jon Avalon fora de cena por enquanto, podemos focar no que temos em mãos. Vamos preparar nossos homens, fortalecer nossos portos, e garantir que nenhum inimigo, seja ele mago ou homem, se atreva a cruzar nossas terras.

 

Com a decisão tomada, a reunião contínua, mas o clima na sala era de uma resolução renovada. Enquanto Jon Avalon enfrentava os desafios no leste, Robb e seus aliados queriam proteger o que era deles e garantir que, se o bastardo de Winterfell voltasse a fazer um jogo, ele enfrentaria uma resistência imbatível.

Após a reunião, Robb se retirou para uma sala privada com Edmure Tully e Catelyn, seus olhos ainda fixos no mapa espalhado diante dele. A conversa que se seguiu era inevitável, um tema que pesava no coração de todos: Jon Avalon.

 

Edmure, sempre sério, não perdeu tempo e começou a falar com frieza:

— Robb, sei que você tem um vínculo com ele, mas, como sua mãe, eu me recuso a reconhecer Jon Avalon como qualquer tipo de rei. Ele pode ter o nome, pode até ter terras conquistadas e feito alianças com magos e bruxos, mas ele ainda é um bastardo. Não importa o que ele tenha feito ou se estiver se chamando de "Rei das Terras do Sul" ou qualquer outro título que invente.

 

Catelyn, com a mão firme sobre a mesa, olhou diretamente para o filho, seus olhos cheios de desconfiança e dor.

— Eu concordo com Edmure. Jon nunca mais será o bastardo de Ned Stark, mesmo que tenha tomado outro nome. Ele pode se chamar "Avalon", pode se aliar a quem quiser, mas ele não tem o direito de governar como um rei. Ele traiu a memória de seu pai, foi criado entre nós e ainda assim, ele se atrasou de sua verdadeira lealdade. Como podemos considerar alguém assim como soberano?

 

Robb permanece em silêncio por um momento, absorvendo as palavras de seus tios. Ele sabia que, para sua mãe e tio, a traição de Jon não era apenas uma questão política. Era pessoal. Eles viam-no como uma ameaça ao legado da família Stark e, mais ainda, como um símbolo de que Jon não honrava suas raízes.

 

Por fim, Robb declarou os olhos, os músculos de seu rosto tensos com a luta interna. Ele sabia que não poderia simplesmente ignorar a dura realidade. Jon Avalon agora representava algo que não poderia ser desligado, mas ele também compreendia a lealdade de sua família.

— Eu entendo o que está dizendo, mas não podemos ser cegos para o que está acontecendo. Jon não é mais apenas um bastardo, ele tem um exército, uma frota, e talvez até um dragão, se acreditarmos nos rumores. Ele pode não ser digno de ser chamado de rei pelos padrões que seguimos, mas é uma ameaça para o que conhecemos, para o que nosso pai construiu.

 

Catelyn franziu a testa.

— Então, o que você sugere, Robb? Que reconheçamos Jon Avalon como uma figura de poder? Ele nunca se curvou diante de Ned, nunca se curvou diante de nossos ideais. Como você pode considerar isso?

 

Robb respirou fundo, olhando para ambos.

— Não estou dizendo que devemos fazer isso, mãe. Mas devemos estar preparados para o pior. Se ele nos desafiar, se ele cruzar as fronteiras do Tridente ou do Norte, saberemos que ele não vem apenas por vingança pessoal. Ele vem com poder. Se ele é o líder agora de um império no sul, então precisamos tomar nossas decisões com cautela.

 

Edmure olhou para Robb, as palavras de seu sobrinho pesando em seu julgamento.

— Então você quer nos preparar para isso? Lutar contra um império de feiticeiros, dragões e soldados? Isso é um inimigo de tamanho colossal. Robb, somos apenas homens, se os rumores foram verdadeiros.

 

Robb encarou o tio, seus olhos firmes.

— Não é sobre o que ele pode ser, Edmure. É sobre o que ele representa. Mesmo que não o reconheçamos como rei, ele é alguém com poder. Precisamos garantir que o Norte e o Tridente estejam preparados, mas do que nunca, para tudo o que está por vir.

 

Catelyn e Edmure trocaram olhares, cientes de que, apesar de suas discordâncias, Robb estava certo. A realidade era que Jon Avalon não era mais um simples bastardo. Ele era agora uma força que não podia ser ignorada, e embora sua lealdade fosse questionável, a ameaça de que ele representava ações planejadas.

 

— Que seja, então — disse Edmure, a relutância evidente em sua voz. — Se ele vier para Westeros, não enfrentará apenas nós, mas uma terra inteira que se opõe a ele.

 

Robb concordou, mas no fundo, sabia que uma batalha que se aproximava não seria apenas pela coroa ou pelo poder. Era uma luta por identidade, lealdade e sobrevivência. E, talvez, até pela alma de Westeros.

Cately: Eu não gosto disso.

Robb: Não temos escolha, mãe. Eu planejo enviar uma oferta de paz.

Cately: Uma oferta de paz ao bastardo?

Robb: E o que você quer que eu faça, mãe?

Stannis e Renly Baratheon jamais aceitarão que eu me chame de Rei do Norte e do Tridente.

 Catelyn olhou fixamente para Robb, sua expressão marcada pela desconfiança e frustração. Ela não conseguia compreender por que seu filho, que ela sempre considerou o legítimo herdeiro do Norte, estava até mesmo cogitando fazer uma oferta de paz a Jon Avalon, o homem que, aos olhos dela, nunca passaria de um bastardo.

— Uma oferta de paz ao bastardo? — Catelyn repetiu, a incredulidade evidente em sua voz. — Robb, você está propondo uma aliança com aquele homem? O mesmo que se afastou de tudo o que construímos? Que traiu a lealdade da nossa casa e se declarou um rei? Como pode pensar em uma oferta de paz com alguém como ele?

 

Robb, embora ciente da dor nas palavras da mãe, manteve a calma, sabendo que essa conversa não seria fácil.

— Eu não quero guerra, mãe. Eu quero um futuro para o Norte e para o Tridente, e sei que para isso precisamos agir com inteligência. — Ele deu uma pausa, permitindo que suas palavras se assentassem. — Stannis e Renly Baratheon jamais aceitarão que eu me chame de Rei do Norte e do Tridente. Eles nunca aceitarão minha autoridade, não enquanto eu não tiver algo para oferecer. Jon Avalon, por mais que não gostemos dele, tem poder. E poder é o que nos falta para garantir nossa posição.

 

Catelyn balançou a cabeça, ainda visivelmente irritada.

— Não é uma questão de aceitar ou não, Robb. É uma questão de honra! Ele não tem direito de se chamar de rei, e nunca vou reconhecer alguém assim. Se você lhe oferecer paz, será um insulto à memória de Ned e à nossa casa. Isso não é sobre poder, é sobre princípio.

 

Robb sentiu a dor nas palavras de sua mãe, mas também sabia que, para garantir a paz, seria necessário fazer concessões. Ele a encarou com firmeza, sua voz baixa, mas determinada.

— Eu entendo o que você sente, mãe. Eu também sinto dor da traição. Mas o que eu também sei é que, se não oferecermos uma chance de paz agora, a guerra será decisiva. E, se tivermos que lutar, quero estar em uma posição em que possamos sair vitoriosos. Precisamos de aliados, e sem uma oferta, Jon não verá outra alternativa senão o conflito. Ele tem os meios de destruir todos nós, se quisermos.

 

Catelyn olhou para ele com os olhos cheios de dúvidas, mas também de uma tristeza silenciosa. Ela sabia que Robb estava amadurecendo, mas não podia deixar de temer que ele estivesse cometendo um erro fatal ao considerar qualquer tipo de aliança com Jon Avalon, mesmo que fosse pela paz.

— Então, o que você propõe, Robb? — ela disse, a voz mais suave agora, mas cheia de dor. — Que tipo de paz você acha que podemos fazer com um homem que não tem mais nada de humano, senão o sangue de Ned Stark?

 

Robb suspirou, e sua expressão foi suave por um momento, mas a decisão foi tomada.

— Eu proporei uma oferta de paz, mas em termos que possam garantir nossa sobrevivência. Ele quer o poder? Eu posso oferecer-lhe uma aliança. Mas isso não significa que aceite sua coroa. Se ele quiser governar, que faça no sul. Mas o Norte... o Tridente... isso é nosso.

 

Catelyn não respondeu imediatamente. Ela sabia que seu filho estava agitado da forma mais pragmática possível, e que o que ele propunha era um caminho árduo, cheio de riscos. Mas também sabia que, como mãe, sua vontade de proteger a família às vezes a cegava para as realidades do mundo político.

 

Finalmente, ela suspirou.

— Então que seja. Mas, Robb, se esse bastardo tentar usurpar o que é nosso, não hesite. Lute até o fim. Eu não vou permitir que ele destrua o legado de Ned.

 

Robb olhou para sua mãe, sua expressão resoluta, e disse, com firmeza:

— Não vou deixá-lo destruir nada. Mas, por enquanto, precisamos ser inteligentes. Se ele aceitar a oferta, será um passo em direção à paz. Se ele recusar, então prepararemos uma guerra. E, nesse caso, estaremos prontos para lutar.

 

A conversa terminou com um silêncio pesado, e Robb soube que sua decisão de buscar uma oferta de paz mudaria o curso das coisas, para o bem ou para o mal. O destino de Westeros estava em jogo, e a sombra de Jon Avalon se estendia sobre todos

Edmure, com a frustração evidente em sua voz, não conseguiu esconder sua revolta.

— Eu não concordo com isso, Robb. Jon Avalon... ele renegou ajudar a salvar o seu pa, Quando a guerra estava em seu auge, quando estávamos lutando contra os Lannisters e precisávamos de toda ajuda que pudéssemos ter, ele não apareceu. Não se importou. E agora você quer que façamos uma oferta de paz para esse traidor?

 

Catelyn, ao lado de Edmure, acenou com a cabeça, confirmando as palavras de seu irmão. Ela também estava longe de aceitar a ideia de Robb.

— Ele nos traiu quando mais precisávamos dele. Deveria ter se unido a nós contra os Lannister, como o fez na casa do meu pai, mas não. Ele fez sua escolha. Agora ele quer uma coroa? Deixa-o lutar por ela sozinha. Não há razão para estendermos a mão a alguém que nos abandonou quando os ventos estavam contra nós.

 

Robb mostrou-se firme, mas a tensão no ambiente era palpável. Ele sabia que o caminho que escolheu não agradava a todos, mas acreditava que a realidade política não oferecia muitas opções.

— Não podemos esquecer o que ele fez, mas também não podemos ignorar o poder que ele tem agora, Edmure. — Robb respirou fundo, tentando controlar a frustração que crescia dentro de si. — Ele não tem apenas um exército e recursos, como também pode ter aliados poderosos no sul, seja com os dragões ou com qualquer outro recurso que tenha adquirido em suas conquistas. Se ele quiser uma coroa, que lute por ela, mas se for necessário, também podemos negociar. Não vamos cometer o erro de subestimá-lo.

 

Edmure, visivelmente tenso, cravou os olhos em Robb, quase desafiador.

— E você acha que ele vai ouvir um pedido de paz depois de tudo o que fez? Ele deve ser tratado como o que é — um traidor! Se ele quiser a guerra, que venha. Mas nós não vamos baixar nossas espadas para um homem que, no fundo, nunca se importou conosco. Você está, talvez, cometendo um erro fatal.

 

Catelyn interveio, sua voz agora mais suave, mas cheia de dor.

— Robb, você é o Rei do Norte e do Tridente, mas não esqueça que o que ele fez com o seu pai, com Ned, não pode ser perdoado. Nós fomos deixados para lutar sozinhos enquanto ele se afastava de tudo o que é certo. Não há honra em fazer acordos com ele agora.

 

Robb olhou para os dois, a responsabilidade pesando sobre ele, mas seu olhar não vacilou.

— Eu não estou pedindo que perdoem uma traição, mas não podemos simplesmente ignorar o poder de Avalon, pois se ele fosse um simples traidor sem força. Estamos lidando com um império agora, e ele não veio sozinho. Ele tem aliados e recursos. Não podemos permitir que a raiva nos cegue para o que é necessário para o bem do Norte e do Tridente.

 

Edmure, furioso, não podia ver a lógica nos olhos de Robb. Ele ainda perdeu que a honra e a lealdade vinham antes de qualquer jogo político.

— Se você acha que Avalon vai simplesmente aceitar uma oferta de paz e se curvar à sua vontade, então você está se enganando, Robb. Ele vai jogar com sua própria agenda, e nós seremos os primeiros a sofrer por isso.

 

Robb baixo finalmenteu a cabeça, com um suspiro cansado, como se estivesse refletindo sobre tudo o que estava no jogo.

— Eu sei o que isso custa, Edmure, mas também sei que a guerra não é a única resposta. Não se trata apenas de vingança. Estamos lidando com algo maior do que apenas nosso orgulho. Se formos para lutar, lutaremos, mas não podemos ignorar todas as opções.

 

A sala caiu em silêncio, e Catelyn olhou para o filho, com um misto de dor e compreensão.

— Eu não quero que você se perca, Robb. Eu só quero fazer uma escolha certa para todos nós.

 

Robb, agora mais calmo, respondeu com uma firmeza inabalável, embora seu coração estivesse dividido.

— Eu sei o que é certo para a nossa casa, mãe. E por isso, farei o que for necessário para garantir nossa segurança. Seja com paz ou com guerra, o Norte e Tridente permanecerão firmes.

 Robb: E vcs não esqueca mãe Cately e tio Edmure que o pai quis que o jon dobrasse o joelho para o Rei Robert e que fosse mandado para a parede 

 

Cately: E o lugar dele

ela falar com odio na voz 

 

Caltey: Vc esqueceu a rebelião blackfyre

Quando o Maelys Blackfyre quis o trono de ferro do Rei Jaehaerys II

Robb sentiu a tensão crescer na sala, a conversa atingindo um ponto crucial. As palavras de sua mãe, com o ódio em sua voz, pareciam cortar como uma lâmina afiada.

 

— E o lugar dele, — Catelyn disse, seus olhos lançando um olhar furioso. — O lugar dele é na Muralha, onde nunca deveria ter saído. Ele é um bastardo, e nada vai mudar isso. Eu não me importo com seus títulos ou suas conquistas. Ele é uma traição à nossa casa, ao nosso nome, e não será reconhecido como rei por mim.

 

Robb, tentando manter a calma, sentiu o peso da conversa. Ele sabia que seu pai, Ned Stark, jamais teria aceitado Jon Avalon como uma ameaça legítima, mas ele também sabia que as circunstâncias haviam mudado drasticamente. O rosto de sua mãe estava marcado pela dor do passado, pelas escolhas de Jon, mas Robb também sabia que, como líder, tinha que olhar para o futuro.

 

Mas Catelyn não parou. Ela continuou com um tom amargo e cheio de ressentimento.

— Você se esqueceu da Rebelião Blackfyre, Robb? Quando Maelys Blackfyre quis tomar o Trono de Ferro do Rei Jaehaerys II. Ele também pensava que era um rei legítimo, que merecia o poder, mas a verdade é que ele era apenas um usurpador. Ele não tinha direito a nada, e nem Jon Avalon tem. Ele pode ser forte agora, mas isso não muda quem ele é. Ele traiu a nossa casa, Robb. Ele é um produto da traição, não da honra.

 

Robb não respondeu de imediato. Ele sabia que a dor de sua mãe era profunda, mais do que qualquer argumento político. Para ela, Jon nunca poderia ser mais do que um bastardo que desprezava o legado de Ned Stark e a honra de sua casa. Para Catelyn, o fato de Jon ter se distanciado deles, de ter seguido seu próprio caminho, era uma traição que ultrapassava qualquer lealdade ou dever.

Finalmente, Robb falou, com a voz mais baixa, mas cheia de convicção:

— Não esqueci, mãe. Mas a Rebelião Blackfyre foi uma guerra pelo poder, e Jon Avalon não está buscando o Trono de Ferro. Ele quer o que acha que é seu por direito, e, por mais que eu não goste disso, não podemos simplesmente ignorar sua força. Maelys Blackfyre também achou que tinha direito ao poder, mas foi derrotado. Isso nos mostra uma coisa: o poder pode ser conquistado, mas também pode ser tirado. Se Jon Avalon for uma ameaça, então enfrentaremos isso, como fizemos com qualquer outro inimigo. Mas precisamos primeiro entender o que ele realmente quer. Ele pode estar mais distante do nosso mundo, mas ainda tem alguma conexão com o nosso. E, por mais que isso faça, precisamos estar preparados para o que vem.

 

Catelyn o encarou, o ódio ainda claro em seus olhos, mas ela sabia que Robb estava irritado com um senso de responsabilidade que, embora diferente de sua própria visão de justiça, era a única opção em um mundo cada vez mais complexo.

— Então você acha que a solução é enviar uma oferta de paz? — Ela disse, quase desdenhosa. — A paz com um traidor?

 

Robb não hesitou, mesmo sabendo que suas palavras não são simples para sua mãe ouvir.

— Eu não vejo isso como paz com um traidor, mãe. Eu vejo isso como uma forma de garantir que o Norte e o Tridente possam continuar a existir sem uma ameaça de guerra. Se ele recusar a oferta, teremos que lutar. Mas se ele aceitar, então talvez possamos evitar mais derramamento de sangue.

 

Edmure, que até então ficou em silêncio, finalmente falou.

— Isso tudo é arriscado, Robb. Não podemos esquecer o que Jon Avalon fez conosco. Ele está longe de ser alguém em quem podemos confiar.

 

Robb olhou para os dois, ciente das suas preocupações, mas a decisão foi tomada.

— Não estamos buscando confiança, tio. Estamos buscando sobrevivência. E isso significa que devemos ser astutos, tomar as decisões mais difíceis, mesmo quando elas não são populares. Se Jon Avalon aceitar, ele ficará no sul, e nós manteremos o controle do Norte e do Tridente. Se ele recusar, estaremos prontos.

 

A conversa terminou em um silêncio pesado. Catelyn e Edmure não fizeram parte, mas sabiam que Robb, como líder, tinha que seguir o caminho que perdeu ser o mais sensato. Eles só puderam esperar que, ao final, ele tivesse tomado uma decisão certa para a família Stark, para o Norte, e para o futuro de Westeros.

Catelyn olhou fixamente para Robb, com os olhos cheios de um sentimento misto de raiva e preocupação. Ela ouviu as palavras de Robb, mas não pôde deixar de sentir que ele estava tentando justificar algo que, para ela, era injustificável.

 

— Você não entende, Robb — ela disse, a voz tensa. — Seu pai, Ned, queria que Jon se curvasse diante de Robert Baratheon, que entregasse seu reinado para o rei legítimo, para o Trono de Ferro. Isso nunca foi sobre justiça , foi sobre lealdade. Ele foi um bastardo, e sua lealdade deveria ser para com o que é certo. Mas o que Jon fez foi seguir seu próprio caminho, sem se importar com o que a nossa casa precisaria, com o que o Norte precisaria.

 

Robb não desviou o olhar, sabendo que a dor da mãe vinha de um lugar profundo e que a traição de Jon, para ela, ainda era insuportável.

— Eu entendo , mãe, mais do que você pensa. Eu sei o que meu pai teria querido. Mas você já parou para pensar o que aconteceria se um dos meus vassalos ordenasse que eu entregasse o Norte a outro rei? — Ele fez uma pausa, como se pesasse cada palavra. — O que aconteceria se eles desconfiassem de mim e quisessem que eu me curvasse diante de outro, só porque eu não me alinho perfeitamente com eles em todos os momentos? Isso é o que Jon planejou. Ele estava construindo algo, mãe. Algo que agora é seu, e o que ele fez foi proteger aquilo que perdeu que era seu direito. Ele não traiu o Norte, ele construiu um reino que acreditava que tinha o direito de governar. É uma questão de poder e legitimidade .

 

Catelyn balançou a cabeça, sua frustração só crescendo.

— Ele não tem direito de governar nada, Robb. Ele é um bastardo. O sangue de Ned Stark pode até corre nas suas veias, e mais ele jamais será um Stark. você sabe disso! Ele usurpou um direito que nunca deveria ter sido dado a ele. O Norte é nosso , Robb! Não dele!

 

Robb respirou fundo, tentando se manter calmo, sabendo que a raiva de sua mãe só aumentaria, mas ainda assim, ele precisava ser firme. Ele sabia que a história entre Jon e o resto da família Stark era complexa e cheia de mágoas, mas não poderia ignorar o que estava acontecendo.

— O que eu estou dizendo é que Jon, com tudo o que fez, com a forma como construiu esse império, ele criou algo que não pode ser ignorado . Se ele tentar invadir o Norte ou o Tridente, lutaremos contra ele. Mas se ele buscar um acordo, uma paz, quem somos nós para dizer que ele não tem o direito de tentar manter o que conquistou?

 

Catelyn olhou para ele, quase descontrolada, como se cada palavra dele fosse uma lâmina em seu coração.

— Ele não tem o direito, Robb! Ele não tem o direito de governar, de fazer alianças, de se sentar no trono de outro homem! Não depois do que fez com o Ned! Ele traiu a nossa casa, nossa família, e agora você quer fazer uma oferta de paz para ele, como se ele fosse digno de sentar ao nosso lado? — Sua voz tremia de raiva e desgosto. — Você realmente acha que seu pai queria que Jon fosse reconhecido como rei, como o herdeiro de um trono? Ele queria que Jon fosse mandado para a Muralha, como qualquer bastardo! Ele queria que Jon fosse uma sombra, não uma monarca.

 

Robb ficou em silêncio por um momento, sentindo o peso da história, e a expectativa de sua mãe sobre ele. Ele sabia que, para ela, Jon nunca seria mais do que o bastardo que havia abandonado a casa Stark.

 

Mas Robb, em sua visão pragmática e calculista, sabia que o mundo não poderia ser definido apenas por lealdade ou mágoas passadas. Era uma questão de poder, e ele precisava jogar o jogo de maneira mais ampla.

— Eu entendo o que você sente, mãe. E nunca vou esquecer o que Jon fez. Mas o futuro do Norte e do Tridente não pode ser definido apenas por rancor. Eu preciso tomar decisões para nossa sobrevivência, não apenas para nossa honra. E se a paz for uma única forma de garantir que ninguém mais sofra... então será isso que faremos.

 

Catelyn, agora visivelmente exausta e com o coração apertado, olhou para Robb, seus olhos ainda cheios de dor.

— Então você está disposto a fazer um acordo com um homem que destruiu o nosso lar? Um homem que não tem lealdade a ninguém? — Sua voz estava quebrada. — Não posso... não posso aceitar isso, Robb. Não posso aceitar que você rebaixe a ele.

 

Robb, finalmente, com uma expressão cansada e firme, respondeu:

— Eu não estou me rebaixando, mãe. fazendo o que é necessário para o bem de todos. E se isso significa negociar com Jon Avalon, então faremos isso. Mas se ele quebrar essa paz, não haverá mais palavras. Só guerra.

O silêncio na sala foi pesado, e Catelyn sabia que, mais uma vez, seu filho estava tomando decisões que ela não poderia entender, mas que talvez tivesse que aceitar, por mais difícil que fosse.

Catelyn olhou para Robb, os olhos ardiam com a raiva e a indignação que sentia, mas ele não deu a mínima. A dureza de suas palavras a atingiu como um golpe, e ela não podia acreditar no que estava ouvindo. Ele estava falando sobre Jon Avalon, o filho bastardo de Ned Stark, agora com um poder tão grande que poderia desafiar o próprio destino do Norte.

 

— Você é tão cega assim ou só está sendo um idiota? — Robb disse com um tom impaciente, mais duro do que o usual. — Jon Snow morreu, mãe, e Jon Avalon agora é uma força a ser reconhecida. Ele vai controlar Yi-Ti, e depois que a guerra civil terminar por lá, ele tem o domínio das Ilhas de Verão, Sothoryos, e ele já controlar as terras do Sempre Inverno.

 

Catelyn ficou paralisada por um momento, enquanto as palavras de Robb reverberavam em sua mente como um trovão. Yi-Ti, as Ilhas de Verão, Sothoryos... o que ele estava contando era inimaginável. O bastardo, o homem que ela desprezava, estava se tornando imperador. E Robb, seu próprio filho, estava falando sobre isso com uma calma quase indiferente.

 

Ela respirou fundo, tentando manter a compostura, embora o choque e a raiva a consumissem. A ideia de Jon Avalon, agora com tanto poder, era mais do que ela poderia suportar. Não importava que ele tivesse sido declarado "morto" e agora estivesse vivendo como um novo homem, o fato era que ele estava conquistando tudo o que um dia foi proibido a ele, e tudo o que ela considerava justo para a casa Stark.

 

— Não acredito nisso , — ela disse com um fio de voz tremendo. — Não posso acreditar que você esteja dizendo isso. Ele... ele nunca deveria ter tido esse poder. Jon Avalon é um impostor, Robb. E agora você está dizendo que ele controla metade do mundo? Como isso pode ser possível?

 

Robb, com um suspiro cansado, virou-se para a janela, olhando para o horizonte, como se refletisse sobre o peso de suas próprias palavras.

— É possível porque ele o conquistou , mãe. — Ele disse sem olhar para ela, seu tom mais suave agora. — Ele não é mais apenas Jon Snow, o bastardo. Ele é Jon Avalon, o rei de terras vastas e poderosas. E se ele continuar a crescer, não há mais como ignorá-lo. As opções que temos não são mais sobre quem ele foi, mas sobre quem ele é agora. Ele tem poder, e isso não pode ser negado.

 

Catelyn sentiu-se como se estivesse sendo esmagada por uma avalanche de palavras e realidades que não podiam controlar. Ela não queria aceitar isso, mas sabia que Robb tinha razão. O mundo estava mudando, e ela, com toda a sua lealdade a Ned Stark e sua visão de honra, não sabia mais como lutar contra isso.

— E você quer fazer o quê? — Catelyn disse, finalmente, sua voz quase inaudível, mas cheia de amargura. — Você quer se ajoelhar diante dele agora, Robb? Como ele era legítimo? Como se sua própria família não tivesse sido atraída por ele?

 

Robb, sem se virar, olhou para o horizonte por mais alguns segundos, antes de finalmente responder.

— Não, mãe, eu não vou me ajudar. Mas o que estou dizendo é que a guerra contra Jon Avalon não é apenas uma guerra contra o bastardo. Ele não é mais um simples bastardo. Ele é o líder de um império que já está se formando. E se quisermos sobreviver, teremos que jogar o mesmo jogo. Ele tem o poder, e nós não podemos simplesmente ignorá-lo ou lutar contra ele sem saber o que estamos enfrentando. O Norte, o Tridente, todo o nosso futuro, pode depender disso.

 

Catelyn se moveu para ele, seus olhos cheios de dor e pesar.

— Então é isso? Você vai se aliar a esse monstruoso, Robb? Vai se aliar ao homem que destruiu tudo ou que seu pai trabalhou para proteger? Você realmente acha que isso é o que Ned Stark faria?

 

Robb se virou finalmente para olhar sua mãe, os olhos cansados, mas ainda cheios da determinação que o tornara rei.

— Não é sobre aliança, mãe. É sobre sobrevivência. Eu sei o que Ned teria feito, mas eu também sei que a realidade é outra. E por mais que façamos, não podemos lutar contra um império com os punhos fechados e os olhos cegos. É preciso que enfrentemos Jon Avalon, como enfrentaremos tantos outros antes dele. Mas, até que isso aconteça, precisamos entender a magnitude do que estamos lidando.

 

Catelyn ficou em silêncio, o choque e a dor ainda nublando sua mente. Ela sabia que Robb estava certo em muitas coisas, mas o peso de aceitar isso — o peso de aceitar que Jon Avalon se tornaria a nova monarca de terras além do mar — era algo que ela ainda não conseguia processar.

 

Ela olhou para Robb, e suas palavras vieram mais suaves, mas relacionadas de um desespero silencioso.

— Eu só quero que você se lembre de quem você é, Robb. E faz que nossa casa representa. Não deixe que o poder dele nos cegue para o que é certo.

Robb: "Mãe, vou oferecer uma paz ao Jon. Se ele for o irmão que eu conheço, então a paz será ótima, e poderemos usá-los para destruir o Trono de Ferro e o domínio dos Lannister."

 

Catelyn olhou para Robb, o olhar dela uma mistura de incredulidade e preocupação. As palavras dele, frias e calculistas, soavam como uma traição para ela, mas ela sabia que Robb sempre foi pragmático. Ela sentiu o peso de tudo o que estava sendo dito, e sabia que, se ele estava considerando fazer tal oferta de paz a Jon Avalon, era porque ele acreditava que essa era a melhor maneira de proteger o Norte. No entanto, sua lealdade, sua visão de honra e família, não conseguiam aceitar que a solução fosse essa.

 

— Você está mesmo sério, Robb? — Catelyn disse, a voz mais tensa do que nunca. — Você quer oferecer paz ao homem que, em sua opinião, traiu nossa casa, nos deixou nas garras dos Lannister e agora se tornou um monarca no outro lado do mundo?

 

Robb, mais uma vez, se manteve firme. Ele sabia que essa conversa estava longe de ser fácil para sua mãe. Ele a respeitava profundamente, mas as circunstâncias exigiam ações duras e racionais.

— Eu sei o que você sente, mãe — ele respondeu, com paciência. — Mas Jon, agora que se tornou Jon Avalon, tem um poder que nós não podemos ignorar. Ele controla Sothoryos, Yi-Ti e as Ilhas de Verão. Ele tem o controle de territórios e recursos que poderiam nos ser úteis. Se ele for o irmão que eu conheço, ele aceitará a oferta de paz, e isso pode garantir nossa segurança e estabilidade no Norte.

 

Catelyn balançou a cabeça, negando com vigor, mas sua voz ainda tremia com raiva e frustração.

— Você está se esquecendo de tudo o que ele fez, Robb. Não é apenas uma questão de ele ter poder. Ele não é só Jon Avalon agora — ele é uma ameaça! E você quer usá-lo para destruir o Trono de Ferro? Para derrubar os Lannister? Não se engane, ele nunca será um aliado verdadeiro. Ele traiu nossa família, e você acha que ele vai ser fiel a você agora, que está no comando?

 

Robb, apesar da dor nas palavras de sua mãe, não vacilou. Ele sabia que era uma aposta arriscada, mas, naquele momento, não havia outra opção viável.

— Eu não estou dizendo que devemos confiar cegamente nele, mãe. Mas se ele aceitar nossa oferta de paz, poderá se tornar um aliado importante. E, com seu poder, podemos destruir os Lannister, e o controle do Norte e do Tridente sem treme o Trono de Ferro e, finalmente, acabar com os inimigos que nos ameaçam há tanto tempo. Se Jon for útil, então usaremos essa aliança para tomar o que é nosso.

 

Catelyn sentiu um nó no estômago. Era uma jogada arriscada demais, e ela não podia deixar de se perguntar se, ao final, Robb não estava correndo um grande risco. Ela se mudou dele, os olhos marejados pela frustração.

— E se ele não for o Jon que você conhece, Robb? E se ele não aceitar a paz, ou se usar essa aliança para manipular vocês e não para lutar contra os Lannister? — Ela disse, sua voz sobre informações relevantes. — E se ele for mais como o monstruoso que eu sempre vi? Não podemos mais depender dele. Não podemos confiar em alguém que nunca fez parte da nossa família.

 

Robb respirou fundo, tentando manter a calma. Sabia que sua mãe nunca aceitaria esse caminho facilmente, mas também sabia que essa era a única chance real de conquistar o futuro do Norte e do Tridente.

— Eu sei que há riscos, mãe, mas os riscos sempre existirão. Não podemos simplesmente sentar e esperar que os Lannister nos derrubem. Não podemos fazer guerra sem entender o que estamos enfrentando. E, se ele for o Jon que eu conheço, ele será o aliado que precisamos para finalmente derrotar os Lannister. Senão, a guerra será o que restará entre nós.

 

Catelyn olhou para ele, a dor em seu coração transparecendo. Ela não queria admitir, mas sabia que Robb estava determinado, e, por mais difícil que fosse aceito, essa poderia ser a única estratégia viável. Mas ela ainda não estava convencida de que era a melhor decisão.

— Espero que você esteja bem, Robb. Porque, se ele nos trair de novo... o preço será mais alto do que você pode imaginar.

 

Robb, consciente de que sua mãe e seu tio estavam divididos em relação à sua decisão, não demorou em tomar a medida necessária. Sabia que, por mais difícil que fosse aceito, preciso agir rapidamente e com firmeza. Enviar emissários ao Império de Avalon poderia ser a chave para garantir uma aliança que unisse o Norte e os Tridentes sob a mesma causa: derrubar os Lannister e o Trono de Ferro.

Ele reuniu seus conselheiros e, após uma breve discussão, decidiu enviar uma mensagem diplomática clara e formal ao novo imperador Jon Avalon, com uma oferta de paz. A carta deveria ser escrita de maneira respeitosa, mas também deixando claro que a intenção não era um simples reconhecimento, mas sim uma aliança estratégica que serviria para combater os inimigos comuns.

Mensagem aos emissários:

Robb olhou para os emissários escolhidos para a missão. Ele sabia que esta era uma missão importante, e por isso não poderia confiar em nada com ela. Os emissários eram homens e mulheres leais, com boa comissão e habilidade diplomática.

— Vocês irão ao Império de Avalon, e deverão entregar esta mensagem diretamente ao imperador Jon Avalon. — Robb instruiu. — Diga-lhe que oferece uma aliança baseada no interesse comum de romper o domínio dos Lannister e restaurar o equilíbrio em Westeros. Sabemos do poder que ele tem, e acreditamos que, se ele aceitar, podemos unir forças para um golpe decisivo. Mas, como toda aliança, esta será uma via de mão dupla, com responsabilidades claras para ambas as partes. Não se esqueça de enfatizar que, em caso de traição, não haja perdão.

Os emissários partiram com a carta selada, atravessando o continente rumo ao império distante de Avalon. Eles sabiam que o caminho seria perigoso e imprevisível. A resposta de Jon Avalon poderia ser uma vitória diplomática para Robb ou uma abertura para mais conflitos.

Ao mesmo tempo, no Norte, Catelyn e Edmure observavam em silêncio. O clima estava tenso, mas Robb estava determinado a seguir em frente. Ele sabia que essa aliança poderia ser o início de uma nova era para o Norte, mas também estava ciente dos riscos. Se Jon Avalon fosse o aliado que ele acreditava, poderia conquistar algo grandioso. Caso contrário, o que se seguiria seria um conflito que não pouparia ninguém.

Catelyn olhou para Robb, o olhar dela uma mistura de incredulidade e preocupação. As palavras dele, frias e calculistas, soavam como uma traição para ela, mas ela sabia que Robb sempre fora pragmático. Sentindo o peso de tudo o que estava sendo dito, Catelyn sabia que, se ele estava considerando fazer tal oferta de paz a Jon Avalon, era porque acreditava que era a melhor maneira de proteger o Norte. No entanto, sua lealdade, sua visão de honra e família, não conseguiam aceitar que a solução fosse essa.

— Você está mesmo sério, Robb? — Catelyn disse, a voz mais tensa do que nunca. — Você quer oferecer paz ao homem que, em sua opinião, traiu nossa casa, nos deixou nas garras dos Lannister e agora se tornou um monarca no outro lado do mundo?

 

Robb, mais uma vez, se manteve firme. Sabia que essa conversa estava longe de ser fácil para sua mãe. Ele a respeitava profundamente, mas as circunstâncias exigiam ações duras e racionais.

— Eu sei o que você sente, mãe — respondeu Robb, com paciência. — Mas Jon, agora que se tornou Jon Avalon, tem um poder que nós não podemos ignorar. Ele controla Sothoryos, Yi-Ti e as Ilhas de Verão. Se ele for o irmão que eu conheço, aceitará a oferta de paz, e isso pode garantir nossa segurança e estabilidade no Norte.

 

Catelyn balançou a cabeça, negando com vigor, mas sua voz ainda tremia de raiva e frustração.

— Você está se esquecendo de tudo o que ele fez, Robb. Não é apenas uma questão de ele ter poder. Ele não é só Jon Avalon agora — ele é uma ameaça! E você quer usá-lo para destruir o Trono de Ferro? Para derrubar os Lannister? Não se engane, ele nunca será um aliado verdadeiro. Ele traiu nossa família, e você acha que ele será fiel a você agora que está no comando?

 

Robb, apesar da dor nas palavras de sua mãe, não vacilou. Sabia que era uma aposta arriscada, mas, naquele momento, não havia outra opção viável.

— Eu não estou dizendo que devemos confiar cegamente nele, mãe. Mas se ele aceitar nossa oferta de paz, poderá se tornar um aliado importante. E, com seu poder, podemos destruir os Lannister e tomar o que é nosso.

 

Catelyn sentiu um nó no estômago. Era uma jogada arriscada demais, e ela não podia deixar de se perguntar se Robb não estava correndo um grande risco.

— E se ele não for o Jon que você conhece, Robb? E se ele não aceitar a paz ou usar essa aliança para manipular vocês? — Ela disse, sua voz carregada de preocupação. — E se ele for mais como o monstruoso que eu sempre vi? Não podemos mais depender dele.

 

Robb respirou fundo, tentando manter a calma. Sabia que sua mãe nunca aceitaria esse caminho facilmente, mas também sabia que essa era a única chance real de conquistar o futuro do Norte e do Tridente.

— Eu sei que há riscos, mãe, mas os riscos sempre existirão. Não podemos simplesmente sentar e esperar que os Lannister nos derrubem.

 

Catelyn olhou para ele, a dor em seu coração transparecendo. Ela não queria admitir, mas sabia que Robb estava determinado, e essa poderia ser a única estratégia viável.

— Espero que você esteja certo, Robb. Porque, se ele nos trair de novo... o preço será mais alto do que você pode imaginar.

No Império de Avalon

 

Jon Avalon estava no salão do Grande Senado, cercado por sua família e conselheiros. Ele olhou para sua avó, Rhaella, e para sua esposa, Seraphina Qo, que estava grávida. Atrás dele, o dragão Balerion descansava, sua presença imponente preenchendo o ambiente.

— Estou indo para Yi-Ti, para colocar minha esposa no trono que pertence a ela por direito — declarou Jon, com determinação.

 

Seraphina Qo olhou para seu marido, preocupada.

— Você irá me ajudar a recuperar Yi-Ti, Jon?

 

Jon voltou-se para ela, a expressão suave.

— Seraphina, você é minha esposa, a mãe de meus filhos, e a herdeira legítima de Yi-Ti. Quando nossos homens encontrarem Arya Stark e ela estiver segura em Avalon, só então irei para Yi-Ti. Também estou pensando em abrir comércio com Essos.

 

Aemon, seu tio-avô e novo Mestre da Lei e do Conhecimento, entrevista.

— Jon, sua visão é ambiciosa, mas devemos considerar os riscos. Os laços com esses são complicados. Se você se mover rapidamente, poderá ser visto como uma ameaça.

 

Daenerys, sua tia e esposa, apoiaram a ideia de Jon.

— O comércio pode ser uma ponte, Jon. Se você conseguir estabelecer laços econômicos e diplomáticos, isso poderá ajudar a estabilizar a região e fortalecer sua posição.

 

Viserys, seu tio, estava mais cético.

— Mas e se os Lannister não permitirem isso? Eles não hesitarão em atacar se sentirem que suas posições estão ameaçadas.

 

Jon olhou para todos, a determinação em seu olhar.

— Eu entendo os riscos, mas precisamos agir. O mundo está mudando e não podemos ficar parados. Se não formos proativos, seremos esmagados.

 

A Folha, um dos filhos da floresta e uma de suas esposas, falou com um tom calmo.

— A natureza dos homens é volúvel, Jon. Você precisa estar preparado para a traição, mesmo de aliados. A sabedoria dos antigos fala sobre a importância de conhecer bem aqueles com quem se aliam.

 

Jon concordou, consciente das verdades que cada um expressava.

— Então, vamos trabalhar juntos para garantir que a aliança com Westeros seja sólida. Primeiro, precisamos encontrar Arya e garantir que ela esteja segura. Depois, irei para Yi-Ti e tomarei meu lugar como legítimo governante. O futuro do meu império depende disso.

Com a decisão tomada, Jon sentiu o peso da responsabilidade em seus ombros, mas também a determinação de avançar em direção ao seu destino.

No Império de Avalon

 

Jon se levantou, a energia de sua determinação preenchendo o salão. Ele olhou para sua família e conselheiros, percebendo a importância de cada palavra e ação que tomariam a seguir.

— Primeiro, precisamos reunir informações sobre o paradeiro de Arya. — Ele se voltou para Aemon. — Você tem alguma ideia de como podemos rastreá-la?

 

Aemon, com seu conhecimento profundo dos reinos e das pessoas, respondeu:

— Arya Stark é astuta e tem muitos aliados. Se ela estiver no Norte, pode ter se juntado a Robb ou outros lordes. Precisamos de mensageiros rápidos que possam se infiltrar e obter notícias.

 

Seraphina Qo, preocupada, interveio:

— E se ela estiver em perigo? Precisamos agir rapidamente, Jon. Não podemos permitir que nada aconteça a ela.

 

Jon assentiu, compreendendo a urgência.

— Então vamos enviar uma equipe de exploradores para Porto real. Precisamos ter certeza de que Arya está a salvo antes de qualquer movimento em Yi-Ti.


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