One piece Um Viajante Espacial

Duas semanas se passaram, e Cocoyasi renascia com a energia de uma nova primavera. As casas, antes em ruínas, agora exibiam telhados reformados e paredes pintadas com cores vibrantes. O aroma de peixe fresco e frutas exóticas pairava no ar, misturando-se com o som de martelos e risadas.

A tripulação de Luffy se integrava à comunidade com entusiasmo. Sanji, com um brilho nos olhos, transformava cada refeição em um banquete, competindo consigo mesmo para impressionar Kaya, Nami e Nojiko. "Kaya-swan, este soufflé de frutas tropicais é uma ode à sua beleza!" ele exclamava, seus olhos brilhando. "Cada mordida é um poema de sabor!"

Kaya, com um sorriso gentil, agradecia, enquanto Nami e Nojiko trocavam olhares divertidos. "Ele está tentando nos conquistar com comida," Nami sussurrou para Nojiko, que riu.

Zoro, que observava a cena de longe, não resistiu a provocar: "Ele está mais para um palhaço do que para um cozinheiro."

Sanji, com uma veia pulsando na testa, se virou para Zoro. "O que você disse, marimo de merda?"

"Eu disse a verdade," Zoro respondeu, desembainhando uma de suas espadas. "Se você não estivesse tão ocupado babando pelas garotas, talvez cozinhasse algo que não fosse intragável."

A briga começou, com os dois trocando chutes e golpes de espada, destruindo parte de um telhado recém-construído. Os aldeões, acostumados com as brigas da dupla, apenas balançaram a cabeça e continuaram trabalhando.

Enquanto isso, Gin procurou Axton, sua expressão séria. "Por que você pediu para Luffy me trazer?" ele perguntou, sua voz carregada de curiosidade.

Axton olhou para Gin com compaixão, seus olhos transmitindo uma sabedoria profunda. "Eu já vi muitos como você, Gin," ele começou, sua voz suave. "Pessoas que juram lealdade a quem não merece, que seguem cegamente líderes cruéis. O fim delas nunca é bonito."

Ele compartilhou histórias de suas viagens, de líderes que exploravam e abusavam de seus seguidores, de finais trágicos e arrependimentos tardios. "Luffy é diferente," ele assegurou a Gin. "Ele é um idiota, é verdade, mas é um idiota com um coração de ouro. Ele merece sua lealdade, Gin. Ele o valorizará como ninguém mais o fará."

Gin assentiu, absorvendo as palavras de Axton. Ele sentiu um peso se dissipar de seus ombros, como se uma névoa densa se dissipasse, revelando um caminho mais claro. "Obrigado, Axton," ele disse, sua voz carregada de gratidão. "Eu vou pensar sobre isso."

No dia da partida, a tripulação se reuniu no túmulo de Bellemere, um local simples, mas carregado de significado. Nami e Nojiko se aproximaram, seus olhos marejados de lágrimas. Luffy, com um olhar determinado, se ajoelhou diante do túmulo, sua voz ecoando com solenidade.

"Bellemere-san," ele começou, sua voz carregada de emoção, "nós prometemos proteger a Nami, não importa o que aconteça. Nós vamos dar nossas vidas por ela, se for preciso. Nós vamos fazê-la sorrir, custe o que custar."

Ele se levantou, seus olhos fixos no túmulo. "Nós somos seus amigos, Nami," ele disse, sua voz transmitindo uma determinação inabalável. "Nós nunca vamos te abandonar."

Um silêncio solene se instalou, quebrado apenas pelo som das ondas quebrando na costa. Todos se curvaram em respeito, um gesto silencioso de lealdade e amizade. Nami e Nojiko trocaram olhares emocionados, sentindo um calor reconfortante em seus corações.

A despedida foi um turbilhão de emoções. Os aldeões, com lágrimas nos olhos, agradeceram à tripulação por sua gentileza e bravura. Nami e Nojiko trocaram abraços apertados, prometendo se encontrar novamente. "Vocês sempre serão bem-vindos aqui," Nami disse, sua voz embargada.

Luffy, com seu sorriso contagiante, prometeu voltar para visitar. "Nós vamos trazer presentes da próxima vez!" ele exclamou, fazendo os aldeões rirem.

Quando o Going Merry já estava bem distante da costa, um pelicano entregador de jornais se aproximou, pousando no mastro do navio. Ele entregou um jornal para Nami, que abriu com curiosidade.

Seus olhos se arregalaram, e um grito de surpresa escapou de seus lábios. A tripulação se reuniu ao redor dela, curiosa para saber o que havia no jornal. Mas Nami permaneceu em silêncio, seus olhos fixos na manchete, sua expressão uma mistura de choque e terror.