Verdadeiro sentimentos

Chapter 7: Plano louco ou plano estupido



No outro mundo, Elizabeth, a Tenente Gavião Arqueiro, está em seu escritório, perdida em pensamentos sobre Edward. Já se passaram cinco anos desde que ele usou a alquimia para devolver o corpo de seu irmão mais novo, Alphonse. Ainda assim, Alphonse carrega o trauma desse evento.

 

A situação em Amestris é preocupante: o país está à beira de uma guerra contra três nações aliadas – Aerugo, Creta e Dracma.

Aerugo , localizado ao sul de Amestris, negou refúgio aos ishvalitas, agravando as tensões diplomáticas.Creta , ao oeste, tem aumentado sua presença militar na fronteira.Drachma , ao norte, é separado de Amestris por uma cordilheira, mas rumores indicam que eles desenvolveram novas armas e técnicas alquímicas em conjunto com seus aliados.

Com Alphonse incapaz de usar alquimia, a pressão sobre Amestris só aumenta. A tensão é palpável, e o medo de uma guerra iminente assola a todos.

Riza olhou pela janela do escritório, enquanto a luz do sol se esvaía no horizonte. O peso das memórias que não lhe pertenciam parecia maior a cada dia. Essas visões – de um universo alternativo onde ela era chamada de Elizabeth Windls, onde Edward Elric não era apenas um aliado, mas algo muito mais profundo – eram tão vívidas que pareciam reais. Ela podia sentir o calor de uma família que nunca conheceu: filhos sorrindo, momentos de paz que contrastavam com a turbulência da realidade em que vivia.

"Eu nunca contei isso para ninguém", pensou. "Por medo de que a equipe não acreditasse em mim."

Porém, depois de ter visto a Verdade – aquele ser incompreensível que muitos consideravam o próprio Deus deste mundo – Riza tinha certeza de que o impossível era apenas uma questão de perspectiva. Ainda assim, decidiu guardar aquilo para si.

Enquanto tentava afastar os pensamentos, passos firmes no corredor a tiraram de suas reflexões. Era Roy Mustang, o Coronel, com o semblante mais sério do que o habitual.

– Hawkeye, preciso falar com você.

 

Ela se levantou, escondendo qualquer traço de sua inquietação.

– Sim, senhor.

 

– Acabei de receber informações sigilosas – disse ele, entregando um relatório. – Aerugo, Creta e Drachma estão testando uma nova arma alquímica. Algo que não se encaixa com nada que já vimos.

Riza abriu o relatório e seus olhos se arregalaram. Diagramas de círculos de transmutação intricados, escritos em uma língua desconhecida, pareciam familiares... e ao mesmo tempo, profundamente inquietantes.

– Isso... – ela murmurou, hesitando.

 

– Você já viu algo assim antes? – Mustang perguntou, notando sua expressão.

Riza balançou a cabeça lentamente, lutando contra o pânico que subia em seu peito. Os círculos lembravam algo que ela já tinha visto em suas memórias de Elizabeth Windls, mas como explicar isso ao Coronel sem soar insana?

– Não tenho certeza – respondeu, desviando o olhar.

 

– Hawkeye, se você sabe de algo, preciso que me diga – insistiu Mustang. – Estamos lidando com algo que pode decidir o futuro de Amestris.

 

Ela respirou fundo. Talvez fosse hora de confiar no Coronel, afinal, ele também havia enfrentado a Verdade. Se alguém entenderia o que estava acontecendo, seria ele.

– Coronel, preciso lhe contar algo... Mas prometo que só irei falar se você estiver disposto a ouvir algo que desafia tudo o que conhecemos.

 

Mustang franziu a testa, mas assentiu.

– Estou ouvindo.

 

Riza suspirou, sentindo o peso das palavras que estava prestes a dizer.

– Eu tenho memórias... memórias de outra vida, outro mundo. Nesse mundo, eu era chamada de Elizabeth Windls. Edward Elric estava ao meu lado, e nós... tínhamos uma família. E esses círculos – ela apontou para o relatório – são muito parecidos com os que vi nas lembranças daquele universo.

 

Mustang ficou em silêncio por alguns instantes, absorvendo as palavras.

– Se isso for verdade – ele disse lentamente –, precisamos entender o que está acontecendo. Pode ser que essas memórias estejam conectadas ao que nossos inimigos estão fazendo. Talvez até à própria Verdade.

 

Riza assentiu, sentindo um misto de alívio e preocupação.

– Coronel, eu acredito que isso seja apenas o começo.

 

E assim, os dois começaram a desvendar o que poderia ser a chave para salvar Amestris... ou condená-la para sempre.

Mustang permaneceu em silêncio por alguns instantes, fitando Riza com uma intensidade que fez o ar no escritório parecer mais pesado. Quando ele finalmente falou, sua voz era calma, mas cheia de curiosidade e seriedade.

 

– Memórias de outra vida? Diga-me, Hawkeye... o que mais você viu?

 

Riza desviou o olhar por um momento, como se estivesse organizando os fragmentos dispersos de suas lembranças.

– Não sei como explicar, Coronel. São memórias que vêm de repente, como sonhos, mas são tão reais... – Ela hesitou, mas continuou. – Nesse outro mundo, o cenário era diferente. Amestris ainda existia, mas eu não era uma soldada. Meu nome era Elizabeth Windls, e minha vida estava profundamente ligada à do Edward. Nós éramos... – Ela parou, sua voz vacilando.

 

Mustang arqueou uma sobrancelha, mas não interrompeu.

 

– Nós éramos casados – Riza finalmente confessou, sua expressão séria, mas vulnerável. – Tínhamos filhos. Duas crianças. Uma menina com o olhar astuto de Edward e um menino que parecia comigo.

 

Roy não pôde esconder sua surpresa, mas rapidamente recobrou a compostura.

– E essas memórias... estão relacionadas a esses círculos de transmutação? – Ele apontou para o relatório.

 

Riza assentiu.

– Em parte. Nesse outro mundo, Edward e eu enfrentamos uma ameaça parecida, algo que envolvia alquimia em uma escala que nunca vi neste mundo. Esses círculos... – Ela tocou a imagem no papel. – Eles são quase idênticos aos que Edward usou para conter um desastre naquele universo.

 

Roy inclinou-se para frente, cruzando os braços sobre a mesa.

– Isso não pode ser coincidência. Se essas memórias são reais – ou mesmo se são algum tipo de aviso –, precisamos descobrir o que isso significa.

 

Riza parecia aliviada pela receptividade de Mustang, mas a preocupação ainda estava evidente em seu rosto.

 

– Coronel, o que mais me assusta é que, nesse outro mundo, nós vencemos... mas houve perdas. Perdas irreparáveis.

 

– O que você quer dizer?

 

Riza respirou fundo, como se as palavras fossem um peso difícil de carregar.

 

– Edward... ele sacrificou algo para salvar aquele mundo. Algo que nunca recuperou.

Mustang permaneceu em silêncio por um momento, processando as informações.

– Hawkeye, se há algo que aprendi com Edward Elric, é que ele sempre encontra uma maneira. Mas não podemos contar apenas com isso. Precisamos investigar essa ligação entre suas memórias e o que está acontecendo agora.

 

– Concordo, Coronel. Mas há outra coisa... – Riza hesitou antes de continuar. – Essas memórias não são apenas minhas. Elas me fazem sentir como se esse outro mundo fosse real, como se estivesse de alguma forma conectado ao nosso.

 

Roy franziu a testa.

– Você acha que pode haver um portal, como aquele que leva à Verdade?

 

– Talvez – ela admitiu. – Ou algo ainda mais profundo.

 

Mustang se levantou, a determinação clara em seus olhos.

– Então começamos agora. Primeiro, vamos investigar a origem desses círculos. Depois, quero que você me conte tudo o que se lembrar sobre esse outro mundo. Cada detalhe pode ser crucial.

 

Riza assentiu, sentindo-se grata pela confiança de Mustang.

– Entendido, Coronel.

Enquanto Mustang voltava à sua mesa para traçar um plano, Riza permitiu-se um pequeno momento de alívio. Finalmente, ela não estava sozinha nessa jornada.

 

Mas no fundo, ela sabia que o verdadeiro desafio estava apenas começando. O que quer que estivesse por vir, não afetaria apenas Amestris – talvez até mesmo os outros mundos estivessem em jogo.

Roy Mustang ajustou os óculos enquanto analisava o relatório detalhando os recentes movimentos de Creta. Ele leu a linha novamente, as palavras ecoando em sua mente:

"O Rei de Creta não é deste mundo."

 

– Não é deste mundo... – murmurou, quase para si mesmo. Ele olhou para Riza, que permanecia em posição de sentido, mas sua expressão revelava preocupação. – Isso é mais do que política. Estamos lidando com algo que desafia a própria realidade.

 

Riza assentiu.

– Coronel, há rumores de que o Rei de Creta liderou uma rebelião há cinco anos, derrubando o antigo regime e consolidando seu poder rapidamente. Ele não só reestruturou o governo, mas também introduziu práticas alquímicas que ninguém em Creta conhecia antes.

 

Roy franziu a testa, passando os dedos pelo queixo.

– Isso explicaria a união de Creta com Aerugo e Drachma. Ele quer destruir Amestris... mas por quê?

 

– Não sabemos ao certo – respondeu Riza. – Mas há indícios de que ele acredita que Amestris seja o ponto chave para a criação de uma pedra filosofal.

O silêncio que seguiu foi pesado. Ambos entendiam o significado de uma pedra filosofal: sacrifícios em massa, vidas perdidas em nome de um poder imensurável.

 

– Ele quer se tornar um deus – concluiu Mustang, fechando o relatório com força.

 

Riza assentiu novamente, seus olhos fixos no Coronel.

– Creta está se movendo em várias frentes. Aerugo reforçou sua presença no sul, e Drachma intensificou os ataques no norte. É uma estratégia de cerco. Amestris pode ser atacado de todos os lados em breve.

 

Mustang respirou fundo, o peso da responsabilidade se tornando cada vez mais evidente.

– O mundo... – ele começou, pensativo. – Você mencionou algo sobre o mundo ser um ser vivo. O que isso tem a ver com tudo isso?

 

Riza hesitou antes de responder.

– Em minhas memórias... no outro mundo, aprender que a Verdade, aquela entidade que governa a alquimia, não é apenas uma força externa. É parte do próprio tecido do universo. Este mundo... é vivo. Está conectado à Verdade. Se alguém como esse Rei de Creta tentar manipular isso com uma pedra filosofal, poderá causar danos irreparáveis. Não só a Amestris, mas ao próprio equilíbrio do mundo.

 

Roy permanece em silêncio, absorvendo as implicações.

– Então ele não quer apenas dominar este mundo. Ele quer reescrevê-lo.

 

– Exato.

 

Roy declarou-se, sua determinação renovada.

– precisamos descobrir mais sobre esse Rei. De onde ele veio, como ele adquiriu esses conhecimentos, e qual é sua conexão com o outro mundo. Se o que você está dizendo de verdade, Hawkeye, então Amestris é mais do que apenas um país. É um portal para algo muito maior.

 

Riza especificamente, sabendo que essa luta seria a mais difícil que já enfrentei.

– Coronel, o que faremos?

 

– O que sempre fazemos – respondeu ele, com um pequeno sorriso. – Vamos vencer. Mas desta vez, não podemos contar apenas com nossos próprios recursos. Chame Alphonse. É hora de definir o andamento.

 

Enquanto Riza saiu para cumprir a ordem, Roy olhou novamente para o relatório.

 

– Um Rei de outro mundo querendo ser Deus – ele murmurou. – Que venha.

 

E assim, o tabuleiro de xadrez foi montado, com Amestris e Creta se preparando para um confronto que decidia o destino não apenas de uma nação, mas talvez de toda a existência.

Roy (antes que sua tenente saia da sala):

Roy: Riza, precisamos do Edward aqui.

 

Riza para no meio do caminho, congelando no lugar, e vira-se lentamente para o coronel.

Riza: O senhor tem certeza disso? Já faz cinco anos desde que nossa equipe traiu o garoto... e desde que eu zombou do amor que ele sentiu por mim.

 

Roy suspira profundamente antes de responder.

Roy: É necessário. O garoto tem uma ligação única com "A Verdade" do mundo. Parece que ele é o primeiro humano a se aproximar tanto do reino de Deus, mais do que qualquer outro ser humano que já existiu.

 

Riza o olhar, com uma expressão de preocupação que se transforma em algo sombrio.

Riza: O senhor sabe que Edward vai querer matá-lo. O que você está pedindo... Ele carrega os sentimentos de ódio, raiva e desprezo pela traição, e esses sentimentos estão vivos em cada membro da antiga equipe.

 

Riza balança a cabeça, como se tentasse afastar os pensamentos, mas sua voz permanece firme.

Riza: Coronel, se Edward voltar para este mundo contra a vontade dele... você conseguirá detê-lo? Conseguirá matá-lo, é necessário?

 

Ela hesita por um momento, mas continua, com um tom quase trêmulo.

Riza: Eu tenho as memórias daquelas de outra Elizabeth Windls. Edward Elric se tornou cruel... Ele não tem mais a segurança que um dia o define. Você tem certeza de que quer seguir isso?

No espaço branco infinito, uma voz ecoa, preenchendo cada canto:

"Eu sou aquilo que você chama de mundo. Ou talvez o universo. Ou talvez Deus. Ou talvez Verdade. Ou talvez Tudo. Ou talvez Um... E eu também sou você. Bem-vindo, tolo ignorante, que não conhece o seu próprio lugar."

A Verdade, em sua forma indefinida e onipresente, observa os dois mundos — dois universos alternativos interligados por uma tênue e misteriosa conexão.

"Entre tudo isso," continua a Verdade, "entre o pequeno ser humano que ousou me vencer no meu próprio jogo."

Uma pausa.

"Edward Elric."

No espaço branco infinito

 

A Verdade permanecia imóvel, um vazio pulsante e cheio de significados. Sua forma mutante era impossível de decifrar, mas algo nela parecia fixar-se em um ponto específico.

 

Um portal brilhou tenuemente no vazio, como uma rachadura na realidade. E então, ele apareceu. Edward Elric, agora mais velho, seu olhar endurecido pelo tempo e pela dor, adentrou aquele espaço mais uma vez. Suas botas ecoaram contra o nada absoluto, enquanto ele encarava a Verdade com uma determinação fria.

Edward: "Já faz tempo."

 

A Verdade sorriu, ou pelo menos parecia sorrir.

Verdade: "Para você, talvez. Para mim, o tempo não é mais que uma ideia... Mas você está aqui novamente, pequeno humano. O que veio buscar desta vez? Mais conhecimento? Mais poder? Ou algo que você ainda nem compreende?"

 

Edward apertou os punhos, a raiva e a resolução brilhando em seus olhos dourados.

Edward: "Eu não vim buscar nada. Eu vim exigir respostas."

 

A Verdade inclinou sua "cabeça", como se se divertisse com a ousadia.

Verdade: "Respostas... Sempre tão previsível. Mas cuidado, pequeno humano. Respostas têm um preço. Sempre tiveram."

 

Edward deu um passo à frente, inabalável.

Edward: "Dessa vez, eu sou quem decide o preço. Quero saber sobre esses dois mundos. Quero saber por que estão conectados... e por que eu estou no centro disso."

 

A Verdade permaneceu em silêncio por um momento, o espaço ao redor começando a tremular como água tocada por uma pedra.

Verdade: "Dois mundos. Dois destinos entrelaçados por decisões que transcendem a lógica humana. Você, Edward Elric, é a ponte. Aquele que me desafiou e venceu. Mas saiba disto: sua vitória foi o início de algo muito maior... algo que ameaça consumir não apenas um, mas ambos os mundos."

 

Edward estreitou os olhos, tentando manter a calma.

Edward: "E quem é o responsável por isso?"

 

A Verdade riu, um som etéreo que parecia vir de todos os lados.

Verdade: "Você já sabe a resposta, Edward. Olhe para dentro de si mesmo. Olhe para os erros, os pecados e as escolhas. O preço de desafiar a ordem natural ainda não foi pago completamente. E agora, o caos se alastra. .. mas não tema. Há tempo para renovar as rachaduras."

 

O silêncio que se seguiu foi quebrado pela Verdade novamente.

Verdade: "Ou pelo menos... há tempo para tentar."

 

Uma nova rachadura se formou no espaço branco, e, dessa vez, Edward sentiu o chão sob seus pés ceder. Ele caiu, sendo arrastado por uma força invisível para um local desconhecido.

Edward: "Eu não vou deixar isso assim!" — ele falou enquanto desaparecia na fenda, sua determinação ardendo como nunca antes.

 

A Verdade , agora sozinha novamente, murmurou para si mesma:

Verdade: "Ah, pequeno humano... Vamos ver se você realmente pode salvar aquilo que já começou a desmoronar."

Edward se despertou em um mundo diferente, um lugar que parecia ao mesmo tempo familiar e estranho. O céu era cinzento, e as ruas eram uma mistura de tecnologia avançada e ruínas antigas. Ele estava em um universo alternativo... mas algo dizia que ele não estava sozinho.

E então, a voz da Verdade ecoou em sua mente:

Verdade: "Sua primeira lição, Edward Elric: às vezes, o preço não é pago apenas por você... mas por aqueles que você ama."

Edward sabia que estava em uma nova batalha, e, dessa vez, o peso de dois mundos estava sobre seus ombros.

Edward retorna ao lar

Depois de um dia exaustivo, Edward Elric abriu a porta de sua casa. A luz quente do entardecer banhava o ambiente, criando uma atmosfera acolhedora. Elizabeth Windls, sua esposa, estava na cozinha, preparando o jantar, enquanto seus filhos brincavam animadamente na sala de estar.

 

Edward se esforçou para esboçar um sorriso genuíno, mas o peso do segredo que carregava parecia apertar seu peito. Ele havia recuperado sua alquimia — um dom que não esperava voltar a possuir — mas sabia que isso trazia riscos. Algo em sua conexão com "A Verdade" não estava certo, e expor sua família a esse mistério era impensável.

Elizabeth: "Ed, você está bem?"

 

A voz suave de Elizabeth o tirou de seus pensamentos. Ela se aproximou, limpando as mãos no avental, e olhou para ele com preocupação.

 

Edward: "Sim, Liz... Só um pouco cansado. Foi um dia longo."

Ele a beijou na testa e sorriu. Era uma meia-verdade, algo que ele preferia manter assim, pelo bem deles.

Enquanto isso, no domínio da Verdade

 

A Verdade permanecia em seu espaço branco infinito, ponderando. Algo extraordinário havia acontecido: Edward Elric, o pequeno ser humano que ousou desafiá-la e vencê-la no passado, havia recuperado acesso ao poder da alquimia sem nenhum sacrifício adicional.

 

Verdade (murmurando): "Como ele conseguiu? Nenhum humano deveria acessar meu domínio novamente sem minha permissão..."

 

Uma leve ocorrência surgiu no espaço, e um portão imponente — o Portão da Verdade — começou a se abrir lentamente. Uma figura cruzou os limites, mas não era Edward. Era a própria verdade assumindo forma para explorar aquele mistério.

 

Verdade: "Se Edward Elric corta as regras, há algo maior no jogo. E se ele ousar esconder isso de mim... ele aprenderá que tudo tem um preço."

De volta à casa de Edward

 

Depois de colocar seus filhos para dormir, Edward foi até a varanda. Ele observava as estrelas no céu, perdido em pensamentos. Seus dedos formavam automaticamente círculos alquímicos invisíveis no ar, testando os limites de seu poder recém-recuperado.

Ele suspirou, frustrado. A alquimia parecia assustadora, como se algo estivesse faltando ou estivesse... errado.

 

Edward (pensando): "Por que agora? Por que a alquimia voltou? O que isso significa? Não posso deixar que Liz e as crianças se envolvam... Eu preciso resolver isso sozinho."

De repente, ele sentiu algo. Um calafrio percorre sua espinha, como se alguém ou algo estivesse observando-o. Edward se virou rapidamente, seus olhos dourados brilhando com cautela, mas não havia nada lá.

 

Verdade (em pensamento): "Continue testando os limites, Edward Elric. Em breve, você verá que a linha entre conhecimento e destruição é mais tênue do que pensa."

 

Edward não sabia, mas sua conexão com A Verdade estava mais forte do que nunca, e isso não passaria desesperado. O que ele descobriu a seguir não poderia apenas mudar sua vida, mas o destino de todos ao seu redor.

E, sem saber, ele já estava sendo vigiado por algo muito maior do que ele poderia imaginar.

 

No outro mundo

No quartel central de East City, Coronel Roy Mustang havia convocado sua equipe inteira para uma reunião. A atmosfera era tensa, e cada rosto presente carregava a seriedade de quem sabia que algo importante estava prestes a ser discutido.

Roy Mustang: "A situação que enfrentamos é diferente de qualquer coisa que já vimos. Por isso, preciso de todos vocês operando em máxima eficiência. Vamos revisar as funções de cada um antes de seguirmos adiante."

Roy olhou para seus subordinados, suas vozes ressoando com autoridade.

 

Jean Havoc (Segundo-Tenente): "Você será responsável pela estratégia e suporte em campo. Confio em sua visão tática, Havoc. Não podemos errar desta vez."

 

Kain Fuery (Sargento): "Fuery, mantenha as comunicações seguras e monitore qualquer transmissão que possa estar conectada a este incidente. Sua habilidade com tecnologia é essencial."

 

Vato Falman (Chefe Oficial): "Falman, seu trabalho será compilar todas as informações disponíveis. Precisamos de inteligência precisa sobre o que está acontecendo com os dois mundos."

 

Heymans Breda (Segundo-Tenente): "Breda, você precisa organizar a logística e o cuidado do transporte. Também confio em seu julgamento em situações de alta pressão."

 

Todos acenaram em silêncio, a determinação crescendo entre eles.

Roy: "Agora, quanto aos civis que serão envolvidos nesta missão..."

Na oficina de Winry Rockbell

 

Winry, um talentoso engenheiro automático, estava ocupado ajustando uma prótese quando Alphonse Elric entrou pela porta, seu sorriso tímido suavizando o ambiente.

 

Alphonse: "Winry, o coronel Roy precisa da gente. É algo grande."

 

Winry: "Algo grande? Al, você sabe que sempre que Roy está envolvido, é mais problema do que solução."

 

Pinako Rockbell , que estava sentada em sua cadeira de balanço, riu.

Pinako: "Essa é a verdade, menina. Mas se Edward estivesse aqui, ele provavelmente já estaria gritando com o Mustang."

 

A menção de Edward trouxe um silêncio momentâneo ao ambiente, mas Alphonse logo recuperou sua postura.

Alphonse: "Winry, preciso de sua ajuda. E tenho certeza de que Ed gostaria que você estivesse conosco nisso."

 

Winry suspirou, finalmente largando as ferramentas.

Winry: "Certo, mas espero que isso não envolva acidentes automáticos... de novo."

Na casa dos Curtis

 

Izumi Curtis, a mestra dos irmãos Elric, estava no quintal de sua casa, praticando movimentos de combate, quando Roy Mustang chegou acompanhado de Sig Curtis.

 

Roy: "Izumi, você sempre disse que faria qualquer coisa para proteger seus alunos. Bem, é hora de provar isso."

 

Izumi, com um olhar refinado, parou e cruzou os braços.

Izumi: "Mustang, você tem o hábito desagradável de aparecer apenas quando as coisas estão indo para o inferno. Qual é o problema desta vez?"

 

Sig, que estava observando, entrevistando.

Sig: "Se ele está aqui, significa que é sério."

 

Roy hesitou antes de responder, seu tom ficou mais grave.

Roy: "É sobre Edward... e algo que ele deixou para trás. Algo que conecta vocês mais do que imaginam."

 

Izumi estreitou os olhos, desconfiada, mas intrigada.

Izumi: "Fale claramente, Mustang."

 

Roy olhou para Izumi, sabendo que a informação que estava prestes a compartilhar traria à tona memórias dolorosas.

Roy: "A conexão entre os dois mundos... parece que Edward teve um papel maior do que imaginávamos. E isso inclui a... benção que ele deu a vocês."

 

Izumi parou por um momento, seus olhos caíram para sua barriga, onde, anos atrás, seus filhos retornaram misteriosamente ao ventre. A lembrança de Edward segurando sua mão, pedindo desculpas e dizendo que tudo tinha um preço, voltou à tona.

Izumi: "Então tudo isso está conectado... a ele."

 

Roy concorda.

Roy: "Precisamos da sua força, Izumi. Não só como alquimista, mas como alguém que entende o preço que o conhecimento pode cobrar."

 

Sig colocou uma mão reconfortante no ombro de sua esposa.

Izumi: "Estamos com você."

Izumi respirou fundo, concordando.

Izumi: "Por Edward, por Alphonse... fazemos o que for necessário."

 

Com a equipe reunida e pronta, Roy sabia que essa batalha não seria fácil. O segredo que Edward carregava parecia muito mais profundo do que qualquer um poderia imaginar, e o destino de ambos os mundos era mais uma vez nas mãos daqueles que já tinham enfrentado o impossível.

 

Creta: um país ao oeste de Amestris. O novo rei está se preparando para acabar de vez com o país inimigo, Amestris, e se tornar um novo deus deste mundo.

Ele sente uma mudança na alquimia.

O rei segue para seu quarto e decide dormir.

Durante o sono, ele tem um sonho perturbador: seu inimigo declarado, Edward Elric, está nas ruínas de Creta. Tudo ao redor está destruído pelo fogo.

Edward se vira para o rei e diz:

Edward : "Você é o próximo. Vou destruir tudo de uma vez só."

Em seguida, Edward levanta a mão, e um raio de alquimia desce dos céus, causando ainda mais destruição na capital do país de Creta.

FIM

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