Chapter 129: Capítulo 128: Entre a paz e a guerra!
O tempo corria como uma sombra sobre os humanos, trazendo tanto progresso quanto um peso crescente de tensão. Com quatro meses restantes antes do nascimento de seu filho, os avanços realizados pelos humanos eram impressionantes e dignos de uma narrativa que perpetuasse nos livros de história.
Os Avanços da Resistência
As plantações que antes estavam abandonadas voltaram a produzir. Soldados e civis trabalharam lado a lado para reviver os campos devastados, replantando sementes e utilizando sistemas de irrigação restaurados. Em poucas semanas, as terras secas deram lugar a campos verdes e frutíferos, proporcionando alimentos frescos para sustentar a resistência.
Nas fábricas, cientistas e engenheiros reativaram linhas de produção que haviam sido abandonadas desde o ataque dos ghouls.
Veículos militares, munições e novas armas foram fabricados em ritmo acelerado. Uma das maiores inovações foi o aprimoramento das armas e munições feitas de ghouls. Cada arma havia sido modificado com tecnologia mais avançada, oferecendo maior resistência e capacidade de combate.
Na muralha, o progresso também era evidente. Novos sistemas de defesa foram instalados, incluindo armas automatizados e cameras de vigia com sensores que detectavam movimentos a grandes distâncias.
Os soldados não ficaram para trás nesse período. Sessões de treino intensivas se tornaram parte da rotina diária. Himitsu liderava os treinos com rigor. Seu objetivo era simples: transformar cada soldado em uma máquina de combate. Os liders, por sua vez, liderava os combates simulados, onde os trajes eram testados ao limite.
O Nascimento da Criança
Os meses passaram rapidamente e, finalmente, o momento chegou. Mira, cercada pelos melhores médicos e com Rem ao seu lado, deu à luz a um menino. A criança nasceu saudável, e seu choro ecoou pelos corredores da base, trazendo tanto alívio quanto uma tensão crescente.
Os soldados, cientistas e civis comemoraram o nascimento com um breve momento de alegria. No entanto, a declaração do General Executor não podia ser esquecida: "Quando sua criança nascer, estaremos em guerra."
A tensão se tornou palpável, como uma corrente invisível apertando o coração de todos. Mira, mesmo cansada do parto, voltou às suas funções de comando, determinada a preparar seu povo para o confronto iminente. No entanto, dois meses se passaram e os ghouls não apareceram. A incerteza era sufocante.
A Tênue Paz Antes da Tempestade
Os soldados se reuniram no pátio da base para discutir a situação. O mini ghoul, que agora era quase uma figura simbólica entre eles, foi chamado para opinar. Himitsu, com os braços cruzados e um olhar de desconfiança, questionou:
— Por que eles ainda não apareceram? O General Executor disse que viriam logo após o nascimento.
O mini ghoul, flutuando com elegância, respondeu com um tom sereno:
— Os ghouls não sabem quando uma criança nasce. Eles não possuem uma forma de rastrear isso. O ataque pode acontecer a qualquer momento. Estejam prontos.
Essa resposta deixou todos em silêncio. Mira, observando a cena, se aproximou.
— Continuem com os preparativos. A qualquer sinal, quero todos nos seus postos. Vamos garantir que estamos prontos para o que vier.
Mais um mês se passou. Durante esse tempo, o ritmo frenético de trabalho continuou. A base estava impecavelmente preparada, os soldados, treinados e as muralhas, mais bem equipadas do que nunca.
O Lago de Ghouls
E então aconteceu. Nas primeiras horas da manhã, os alarmes ecoaram pela base. Soldados correram para os postos de combate nas muralhas. Himitsu, Ravena e Joana estavam entre os primeiros a se posicionar. Quando olharam para fora, ficaram em silêncio.
Lá estava um verdadeiro mar de ghouls. Era como se um lago vivo houvesse se formado diante da muralha, com milhares, talvez dezenas de milhares, de ghouls reunidos. Eles se moviam como uma massa, um enxame monstruoso pronto para engolir tudo em seu caminho.
No entanto, no meio da multidão, apenas uma figura destacava-se: o General Executor. Sua presença era imponente, com seus quatro tentáculos já manifestados e um olhar de puro desprezo. Mira observava tudo através dos monitores na sala de comando.
— O monarca e os outros generais não estão lá — comentou Rem, com um leve tom de alívio. — Isso nos dá uma vantagem.
Mira assentiu, mantendo a compostura.
— Isso significa que ele subestima nossa força. Vamos mostrar o quanto ele está errado. Lavel, abra os portões.
Os portões se abriram lentamente, e os soldados com trajes se posicionaram para sair. Ravena, com sua foice em mãos, olhou para os companheiros.
— Mantenham a formação e fiquem a uma distância segura da muralha. Eles não vão saber o que os atingiu.
— Vamos acabar com esses monstros — disse Himitsu, com um sorriso confiante.
Os soldados saíram em formação, mantendo a organização impecável. As armas nas muralhas estavam prontas, e o sistema automatizado aguardava o sinal para abrir fogo. A primeira batalha com os ghouls em meses estava prestes a começar.