Tetsu no Chikara: Saigo no Kibō

Chapter 108: Capítulo 109: Laboratorio!



A lateral do caminhão se abriu com um som mecânico que ecoou pela base.

— "Que susto! Faz isso não!" — gritou Lena, levando a mão ao peito.

— "Tá brincando?!" — exclamaram alguns soldados, visivelmente surpresos.

Himitsu se aproximou com olhos curiosos e, em meio ao arsenal revelado, pegou um enorme martelo de guerra preso à lateral. Ela segurou a arma com reverência, analisando os detalhes.

— "Esse design... Cunhado maldito! Agora você realmente me surpreendeu!" — disse ela, com um sorriso que misturava admiração e incredulidade.

— "Que monte de armas é esse?" — perguntou Lena, quase sem acreditar no que via.

Enquanto isso, o mini ghoul, que estava observando de perto, se afastou rapidamente assim que a porta se abriu.

— "Ele ficou com medo?" — perguntou Himitsu, notando o comportamento estranho do pequeno.

Antes que alguém pudesse responder, os ghouls que estavam nas proximidades subiram para as paredes da entrada da base, como se fossem atraídos por algo. O movimento repentino causou pânico entre os civis, que começaram a correr.

— "O que eles estão procurando?" — murmurou Sarah, com os olhos fixos nos ghouls. Ela se aproximou do caminhão, pegou uma sniper e inspecionou a arma com cuidado.

— "Está carregada." — constatou Sarah, com um tom sério.

— "Se eles entrarem aqui, eu vou abrir fogo."

Kratos, pegou uma metralhadora do caminhão e a recarregou.

— "Eles já entraram. Será que tem algo nessas armas que os atrai?"

Os ghouls pousaram dentro da base, seus olhos brilhando com uma mistura de curiosidade e ameaça.

— "Humanos... o que estão planejando?" — rosnou um dos ghouls, avançando alguns passos.

Kratos se posicionou à frente, mantendo uma distância segura.

— "Ei, humano, que cheiro é esse vindo de você?" — perguntou o ghoul, com tom irritado.

— "Que cheiro?" — respondeu Kratos, confuso, enquanto mantinha a arma apontada.

— "Não me faça repetir!" — rugiu o ghoul, avançando mais um passo.

— "Agora é uma boa hora!" — murmurou Kratos, com um olhar para Sarah.

Sarah, sem hesitar, puxou o gatilho. O disparo foi certeiro, atravessando a cabeça do ghoul com uma precisão impressionante.

— "Que pressão foi essa?!" — disse Sarah, surpresa com a força da sniper.

Kratos aproveitou o momento e abriu fogo contra os outros ghouls. Eles tentaram se proteger, mas a força das balas e o poder das armas os tornaram impotentes. A metralhadora nas mãos de Kratos brilhou, se conectando ao traje dele e se transformando em uma extensão de sua roupa.

Em segundos, o campo estava limpo. Os ghouls estavam mortos.

— "O que foi isso?" — perguntou Fernanda, sem fôlego, ainda processando o que acabara de acontecer.

De repente, uma das telas na sala se acendeu. Um vídeo começou a ser reproduzido, mostrando cenas de anos atrás.

No vídeo:

A mãe do Kay aparecia com uma expressão de nojo, segurando um pregador no nariz.

— "Armas criadas com material de ghoul? Isso é impossível!" — disse ela, balançando a cabeça.

O pai do Kay estava ao lado dela, segurando um pequeno recipiente. Ele parecia determinado.

— "Talvez seja impossível agora, mas existem ghouls mais poderosos espalhados pelo mundo. Se usarmos os materiais dos corpos deles, podemos criar armas incrivelmente eficazes. Não precisa ser arma de fogo. Uma espada, um bastão... qualquer coisa já seria suficiente contra ghouls fracos."

A câmera se moveu, mostrando um pequeno Kay ao lado deles, também com um pregador no nariz.

— "Pai, você está dizendo que esse cheiro horrível é... de um cadáver de ghoul? Você trouxe isso para casa?" — perguntou Kay, com uma careta de nojo, apertando o pregador no nariz.

O pai do Kay, mesmo ignorando o desconforto da família, parecia entusiasmado.

— "Eu acredito que dá para criar armas incríveis com materiais de ghouls mais poderosos! Pensem nisso! Se o instituto conseguiu criar trajes com partes de ghouls, por que não poderíamos criar armas usando o mesmo princípio?"

Kay deu um passo para trás, afastando-se do pai.

— "Eu tô fora! O ghoul tá lá fora, mas o cheiro chegou aqui antes mesmo de você entrar na floresta!"

A mãe do Kay balançou a cabeça, exasperada, enquanto ajustava o pregador no nariz.

— "Eu também não quero lidar com esse cheiro. Se você quer brincar de cientista louco, vá para o laboratório, mas não infeste a casa com essa podridão. Pelo menos tente fazer algo para neutralizar esse fedor!"

O pai olhou para os dois, tentando apelar.

— "Se eu conseguir criar um protótipo de arma com sucesso, vocês vão me ajudar, não vão?" — perguntou ele, com determinação nos olhos.

— "Só tira esse ghoul daqui agora! E, pelo amor de tudo, não contamine o laboratório com esse cheiro horrível." — respondeu a mãe de Kay, balançando a mão como se afastasse o odor.

Enquanto isso, Himitsu apareceu na sala, confusa com a cena.

— "Por que vocês estão tampando o nariz? O que tá acontecendo?" — perguntou ela.

Kay virou para ela, quase incrédulo.

— "Você não tá sentindo esse cheiro? Tá insuportável!"

Himitsu franziu o cenho, se aproximando mais.

— "Eu? Não tô sentindo nada. Que cheiro? Não me diga que... ele peidou? Que nojo!"

Kay suspirou, irritado, enquanto apontava para o pai.

— "Não é isso! É o cadáver de ghoul que ele trouxe pra cá!"

Ele então olhou para o celular no bolso e teve uma ideia.

— "Lavel, grave e documente todo o processo que meu pai fizer com o ghoul, eu vou assistir tudo depois mas só se ele tiver algum sucesso."

Himitsu olhou para Kay, incrédula.

— "Você tá falando sério? Vai mesmo deixar ele continuar com essa ideia maluca?"

Kay cruzou os braços.

— "Se ele já matou esse tal ghoul poderoso, seria um desperdício não tentar usar alguma coisa dele. Só congele o corpo antes que ele se desfaça em pó!"

O pai de Kay sorriu, satisfeito.

— "Obrigado, filho! Isso é exatamente o que eu precisava ouvir."

Kay revirou os olhos e começou a se afastar.

— "Eu vou pra cachoeira. Esse cheiro tá impregnado até na minha alma."

Himitsu deu um passo à frente, animada.

— "Banho de cachoeira? Eu também vou!"

A mãe de Kay suspirou e seguiu os dois.

— "Então vamos juntos. Não vou ficar aqui com esse cheiro absurdo."

O pai tentou acompanhar o grupo, mas foi interrompido.

— "Você não vai a lugar nenhum!" — disseram Kay e a mãe dele ao mesmo tempo.

— "Cuida desse cheiro primeiro!" — acrescentou Kay, apontando com firmeza.

— "Tá bom, tá bom!" — respondeu o pai, resignado, enquanto assistia os três saírem de casa. Ele olhou para o cadáver do ghoul e murmurou para si mesmo.

— "Vocês vão ver... isso vai dar certo mas não foi eu que matou esse ghoul, foi outros ghouls mais fracos."

"Foi o pai do Kay que criou essas armas?" — perguntou Mira, surpresa, enquanto observava a gravação.

O vídeo mudou para uma nova cena.

O pai do Kay apareceu na tela, visivelmente cansado, usando um traje improvisado para lidar com o ghoul.

— "Agora ele está seguro e congelado!" — disse ele, orgulhoso, enquanto olhava para o enorme corpo do ghoul selado dentro de uma câmara de vidro.

Ele cortou um pequeno pedaço do dedo do ghoul e esperou que descongelasse.

— "Como é que eles faziam os trajes mesmo?" — murmurou para si mesmo, parando para pensar. Ele então começou a listar os passos, gesticulando.

— "Cortar, congelar, descongelar, esmagar, congelar de novo, misturar partes, congelar mais uma vez, moldar a forma da arma, congelar de novo, e finalmente, esquentar. Acho que vai dar certo!"

Ele seguiu o processo com determinação, mas quando chegou à última etapa, ao esquentar o material, o dedo simplesmente virou pó.

— "Onde foi que eu errei? Tenho certeza que foi na mistura de partes... Preciso refazer!" — lamentou o pai do Kay, já frustrado.

De volta ao tempo atual, Mira olhou para a tela com curiosidade.

— "Ele ainda tá tentando a mesma coisa?"

O vídeo então mostrou Kay segurando um tablet na época.

— "Lavel, mostra o melhor resultado do meu pai até agora."

A gravação revelou o pai de Kay repetindo o mesmo processo.

— "Esse é o melhor?" — Kay franziu o cenho. — "Ele já deveria saber que usar partes de apenas um ghoul não vai funcionar! Desde o início, era óbvio que precisava de materiais de ghouls diferentes."

A mãe de Kay apareceu na gravação, cruzando os braços.

— "É verdade. Eu já falei isso pra ele antes. Se ele escutasse mais ao invés de só ficar se pegando comigo por aí, talvez já tivesse acertado."

Kay suspirou, irritado.

— "Passa essas informações detalhadas para o meu pai. Ele precisa de um lembrete antes de continuar desperdiçando material."

Uma carinha sorridente apareceu na tela do tablet, indicando que a mensagem foi enviada.

— "Você sabe o processo correto, mãe?" — perguntou Kay.

— "Claro que sei. Mas ele não presta atenção."

A mãe mudou de assunto com um sorriso malicioso.

— "Rem nos convidou para jantar. Vamos à casa dela, Kay."

— "Eu não vou. A Mira vive pegando no meu pé!" — reclamou Kay.

— "Ela é sua amiga, e minha amiga está nos convidando. Então você vai, sim!"

— "Se a recusa não é uma opção, então por que pergunta? Só ordena logo!" — retrucou Kay, com sarcasmo.

— "Além disso, com aquele cheiro de ghoul, nem fui para a cozinha hoje. A Rem nos salvou!" — disse a mãe dele, ignorando a provocação.

Kay deu de ombros, mas murmurou:

— "Embora sua comida seja mais balanceada, a da Rem é mais gostosa. Mas eu não quero ir porque a Mira vai implicar comigo, como sempre."

— "Você não precisa ser tão sincero. Pense nos meus sentimentos!" — respondeu a mãe, fingindo estar ofendida.

Himitsu apareceu do nada, rindo.

— "Ter uma garotinha tão bonitinha implicando com você é uma vitória, Kay. As meninas são difíceis, e quando se afastam, às vezes não voltam. Então agradeça por ela ainda se importar com um garotinho esquisito como você."

Kay ficou pensativo.

— "A Mira vai se afastar de mim?"

— "Acontece com frequência entre amigos de infância." — disse Himitsu, de maneira casual.

Kay franziu o cenho, confuso.

— "Isso é bom ou ruim?"

Himitsu deu um tapinha no ombro dele.

— "Isso depende de você, garoto. Mas se continuar se escondendo nas pesquisas com sua mãe, vai virar um anti-social. Dê um jeito nisso!"

— "Não tem o que fazer. Kay tem talento para pesquisa." — disse a mãe dele, defendendo o filho.

Himitsu pegou uma mala e fez um anúncio inesperado.

— "De qualquer forma, estou saindo para me aventurar pelo mundo. Já ajudei demais por aqui. Vou encontrar meu próprio caminho, mas prometo visitar de vez em quando."

Kay arregalou os olhos.

— "Já vai embora, tia?"

— "Ei, não faça essa cara. É só um até logo. E mantenha sua amizade com a Mira. Se não, vou te bater quando voltar!"

Himitsu deixou a casa, com lágrimas nos olhos, Kay murmurou:

— "É por essas coisas que não me envolvo com outras pessoas, isso doi!" — disse kay, chorando

A mãe dele sorriu e puxou o filho.

— "Então vamos jantar com elas?."


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