O Valiriano

Chapter 14: Verdade revelada



O desenrolar desses eventos em Westeros trouxe profundas consequências para o continente. Após a revelação da conspiração da Fé dos Sete e dos Meistres, a indignação popular foi incontrolável. As ruas das grandes cidades, de Porto Real a Lançassolar, se encheram de protestos e revoltas, alimentadas pela sensação de traição de instituições que deveriam proteger o povo.

Aecar, percebendo a oportunidade, consolidou seu controle de maneira meticulosa. Ele se posicionou não apenas como o conquistador imbatível, mas como o libertador de Westeros de forças manipuladoras que operaram nas sombras há séculos. Utilizando a indignação popular a seu favor, ele dissolveu o poder do Alto Septão e reformulou a Cidadela, atualizando-a por estudiosos leais à sua nova ordem.

 

Depois da guerra 

Dentro da imponente Fortaleza Negra, o centro de poder de Aécar em Porto Real, o conquistador estava cercado não apenas por ouro e glória, mas pelas mulheres que simbolizavam sua ascensão ao trono e seu domínio sobre as casas mais poderosas de Westeros. Elia Martell, Lyanna Stark e Rhaella Targaryen, cada uma representando alianças e concessões cuidadosamente calculadas, agora partilhavam não apenas do poder, mas do leito do governante que redefinia o destino do continente.

Naquele momento, enquanto a luz suave das tochas dançava pelas paredes de pedra da fortaleza, Aecar se encontrava em um raro instante de repouso. Elia, a astuta princesa de Dorne, se preocupava com um olhar sereno, mas vigilante, mantendo seus pensamentos focados na segurança e nas ambições de sua casa. Lyanna, a indomável loba do Norte, exibe uma expressão desafiadora até mesmo em descanso, representando a força e a resistência dos Starks. Já Rhaella, a última chama da antiga dinastia Targaryen, carregava nos olhos uma confusão de resignação e orgulho, consciente de seu papel na preservação do legado dracônico.

 

No silêncio do aposento, Aecar refletiu sobre o que havia conquistado e os desafios que ainda estavam por vir. Sua vitória não foi completa. A resistência persistia em algumas regiões, especialmente no Norte e nas Ilhas de Ferro, onde as tradições e a independência eram ferozmente protegidas. Além disso, o povo começou a questionar se o novo regime, embora promissor, era realmente mais justo do que os antigos poderes que ele havia derrubado.

 

"Você está inquieto", murmurou Lyanna, sua voz cortante como uma lâmina. "Não é típico de um homem que possui tudo."

 

"Eu possuo tudo", respondeu Aecar, sua voz grave e deliberada. "Mas tudo pode ser perdido se não for bem protegido."

 

Elia, sempre política, transparente-se sobre um dos cotovelos e levemente. "Você tem aliados, Aecar. Dorne permanece ao seu lado. Mas não se esqueça de que alianças saíram do cultivo constante."

 

Rhaella apenas inspirou, como se sua presença fosse um lembrete de que o fogo e o sangue ainda corriam nas veias da nova dinastia. "O legado é mais do que poder, meu senhor. É o que você deixa para aqueles que virão depois de nós."

 

Aecar sabia que suas esposas não eram apenas companheiras, mas conselheiras de grande importância. Cada uma delas tinha sua própria visão para Westeros e para o futuro do reinado. Sua mente, no entanto, voltava-se para as ameaças crescentes: rebeldes infiltrados em Porto Real, rumores de dragões selvagens nas Montanhas da Lua, e até mesmo a possibilidade de traições dentro de seu corte.

 

Enquanto a noite avançava, o quarto mergulhava novamente no silêncio, mas os pensamentos de Aecar permaneciam em ebulição. Ele primeiro consolidará ainda mais seu poder, fortalecerá alianças e, acima de tudo, garantirá que o medo de seus dragões mantivesse a paz. Porém, no fundo, ele sabia que a paz e o controle absoluto eram tão fugazes quanto a chama de uma vela prestes a ser extinta pelo vento.

 

Rhaella deslizou para fora da cama com a graça de uma rainha nascida para comandar. Seu olhar firme indicava que ela já estava focada nas obrigações que o novo regime mudou. Vestiu um roupão de seda vermelha, bordado com o brasão dos Targaryen, enquanto servas diligentes entravam no aposento para ajudar-la a se preparar para a corte.

 

"Hoje será um dia cheio", declarou, ajustando um broche em formato de dragão. "Agora que a guerra acabou e a conspiração da Cidadela e da Fé dos Sete veio à tona, temos um reino para reconstruir."

 

Aecar a observava em silêncio, apoiado em travesseiros de veludo negro, examinando-a com olhos atentos. Rhaella sempre possuiu uma serenidade inabalável, mesmo nos momentos mais difíceis. Era uma qualidade que ele admirava e que agora usava como parte de sua estratégia para estabilizar Westeros.

 

Elia, ainda recostada na cama, personalidade uma sobrancelha com um sorriso quase provocador. "Um reino para reconstruir, talvez. Mas não se esqueça, minha querida Rhaella, de que mesmo em tempos de paz, o jogo nunca para. Hoje não será apenas sobre governar. Será sobre controlar as peças do tabuleiro.

"

Lyanna bufou, cruzando os braços. "Peças do tabuleiro... Talvez, mas o que precisamos é de ação direta. Ainda há rebeldes no Norte que não consideraram Aecar. E você sabe que a paz aqui em Porto Real é apenas aparente."

 

Rhaella virou-se para encará-las, ajustando uma coroa delicada de ouro em sua cabeça. "Seja como for, nosso dever é garantir que essa paz aparente se torne real. A Fé foi desmascarada, mas isso não significa que a influência dela desapareceu. Há muitos que ainda veem o Alto Septão como uma vítima, não um conspirador."

 

Ela fez uma pausa e olhou para Aecar. "Meu rei, seu poder é incontestável agora, mas o povo precisa ser guiado com mais do que medo. precisamos de símbolos de renovação, de unidade. Hoje, na corte, você precisará de mais de palavras do que de dragões."

 

Aecar deu um sorriso frio, levantando-se lentamente. "Palavras têm seu lugar, Rhaella, assim como fogo. Mas se é isso que o dia exige, será isso que darei."

 

Enquanto ele se preparava, a Fortaleza Negra começava a ganhar vida lá fora, com conselheiros e nobres chegando para a audiência do dia. A sala do trono seria o palco, e todos sabiam que decisões importantes seriam tomadas. No entanto, no coração de Aecar, ele sabia que seu reinado estava apenas começando — e que a verdadeira batalha seria mantê-lo.

A imponente porta da sala do Trono de Ferro se abriu, e o salão mergulhou em silêncio. Nobres das grandes e pequenas casas de Westeros, em trajes ricos e adornados com os brasões de suas linhagens, voltaram seus olhares para a entrada. Rhaella Targaryen entrou com passos firmes, vestida em um vestido vermelho e dourado que brilhava à luz das tochas. Seu manto de dragão, um símbolo do poder Targaryen, parecia ondular como chamas enquanto ela se aproximava do Trono de Ferro.

 

Os murmúrios cessaram quando ela subiu os degraus do trono, seus movimentos calculados e elegantes. Ao se sentar, seu olhar frio varreu o salão, e a tensão tornou-se palpável. Mesmo entre aqueles que a apoiavam, havia uma mistura de admiração e medo. A visão de uma mulher Targaryen no Trono de Ferro trazia memórias de glórias e tiranias passadas.

 

"Tragam os traidores," tentou ela, sua voz clara e autoritária, ecoando por todo o salão.

 

As ordens do salão se abriram novamente, e os soldados da guarda real entraram, escoltando um grupo de prisioneiros acorrentados. Entre eles eram antigos líderes da Fé dos Sete e estudiosos da Cidadela, cujas maquinações foram quase destruídas o reino. Havia também senhores menores e conselheiros que conspiraram em segredo, esperando enfraquecer o reinado de Aécar.

 

Os prisioneiros foram convocados ajoelhar-se diante do Trono de Ferro. Algumas perguntas fizeram, com olhares de ódio dirigidos a Rhaella, enquanto outros tremiam, conscientes do destino que provavelmente os aguardavam.

 

Rhaella inclinou-se levemente para a frente, seus dedos pousando nos braços do trono. "Vocês são acusados ​​de alta traição contra a Coroa e contra o reino. Traíram seu povo, manipulando-os para atender seus próprios interesses. Suas conspirações resultaram em morte, caos e sofrimento. Hoje, enfrentarão a justiça."

 

Um dos prisioneiros, um septão de idade avançada, projeção a cabeça. "Fizemos o que fizemos em nome do verdadeiro reino, da verdadeira fé. Vocês e seus dragões não são salvação — são maldição!"

 

Houve murmúrios no salão, mas Rhaella encontrou inabalável. Seus olhos fixaram-se no septão, e sua voz foi tão cortante quanto aço. "O verdadeiro reino? A verdadeira fé? Suas mentiras foram desmascaradas, e suas palavras não têm mais poder aqui."

 

Ela fez uma pausa, olhando para os demais prisioneiros. "A justiça da Coroa será implacável. Mas sou também uma rainha que compreende a força do exemplo. Suas sentenças serão decididas aqui, na frente de todos. Que Westeros veja o que acontece com aqueles que ousam conspirar contra a ordem."

 

Rhaella então convocou a mão, convocando o conselho ao redor para apresentar as propostas elaboradas e propor os vereditos. O destino dos traidores seria decidido, e cada sentença seria uma declaração clara para todo o reino: o tempo das conspirações havia previsto, e o fogo dos dragões garantiria que nunca mais retornarsse.

Rhaella Targaryen extravagante-se diminuindo no Trono de Ferro, sua postura firme e sua presença irradiando autoridade. Os olhos da rainha encontraram os de cada nobre presente, deixando claro que ela falava não apenas como esposa do rei, mas como herdeira legítima do legado Targaryen.

 

"Temos provas inquestionáveis ​​de que a Fé dos Sete e a Cidadela conspiraram contra a Casa Targaryen", começou ela, sua voz reverberando pelo salão. "Essas instituições, que deviam proteger o povo, ganharam sua influência e poder para enfraquecer aqueles que trouxeram ordem a Westeros. Elas traíram não apenas a nós, mas o próprio reino."

Os murmúrios aumentaram entre os nobres, muitos trocando olhares inquietos. Era uma acusação ousada, mas poucos ousariam contestar diante das provas já expostas e do poder que agora reinava em Porto Real.

 

Rhaella contínua, sua voz de paixão e autoridade. "Lembrem-se de quem somos! Foi Aegon, o Conquistador, que unificou seis dos Sete Reinos sob o padrão do dragão. Não com promessas vazias, mas com ação e força. Ele pôs fim à desordem e ao caos que reinavam antes de sua chegada. E o que ele encontrou? Resistência da Fé e da Cidadela. Desde o início, essas instituições nos viam como uma ameaça, porque nosso poder não se curva a seus dogmas ou manipulações."

 

Ela fez uma pausa, permitindo que o peso de suas palavras fizesse sentido. "Durante séculos, toleramos suas intrigas. Permitimos que se mantivessem, desde que respeitassem nossa autoridade. Mas agora, suas traições estão à vista de todos. Quando Vila Velha caiu, não foi apenas um evento de guerra. Foi o resultado de anos de conspiração contra a dinastia que trouxe ordem a este continente."

Os nobres se agitavam, alguns concordando, outros demonstrando preocupação. A menção de Aegon I evocava uma memória coletiva de poder inabalável, e Rhaella usava isso com maestria.

 

"Meu senhor Aecar e eu estamos aqui não apenas para governar, mas para proteger o que foi conquistado por nossos antecessores", declarou ela, seu olhar implacável. "Os traidores que vocês veem diante de vocês representam mais do que crimes contra nossa Casa. Eles são uma ameaça à própria estabilidade que mantém Westeros unida."

 

Rhaella então atraiu a mão, sua voz mais solene. "A justiça será feita hoje, não apenas em nome da Casa Targaryen, mas em nome de todos os reinos que Aegon unificou e que continuamos a proteger. Deixemos que o fogo do dragão purifique as sombras que ameaçam nosso futuro."

 

O salão mergulhou em silêncio absoluto. Todos aguardavam, sabendo que os próximos momentos definiriam o curso do reinado de Aecar e Rhaella — e, talvez, o futuro de Westeros.

 

Rhaella, ainda sentada no Trono de Ferro, ajustou sua postura com um ar de determinação renovada. Sua voz cortou o silêncio da sala como uma lâmina afiada, atingindo cada canto do vasto salão.

 

"E não foi apenas a Casa Targaryen que sofreu com as mãos traiçoeiras da Fé e da Cidadela," ela declarou, seus olhos escuros fixos nos nobres reunidos. "Muitas outras casas de Westeros também foram envenenadas por suas maquinações. Conspirações foram plantadas em suas terras, seus senhores foram manipulados, e suas linhagens postas em risco por mentiras disfarçadas de doutrina e sabedoria."

Os senhores presentes começaram a sussurrar entre si. Alguns, até então cautelosos em demonstrar apoio, endireitaram-se em seus assentos, absorvendo as palavras de Rhaella. Ela havia tocado em algo que muitos sentiam, mas poucos tinham coragem de admitir publicamente.

 

"Quantos de vocês falecidos entes queridos para o fanatismo da Fé dos Sete?" contínua ela, sua voz contém informações de intensidade. "Quantos de vocês foram propostos a aceitar verdades impostas pela Cidadela, com seus meistres moldando o curso de suas histórias? Não se enganem: o alvo deles não éramos apenas nós, os Targaryen. Era qualquer casa que pudesse crescer além de sua influência, qualquer senhor que ousasse governar com independência."

 

Ela se inclinou preferencialmente para a frente, seu tom mais persuasivo. "O Norte, por exemplo, resistiu por séculos à Fé dos Sete, mantendo seus Antigos Deuses. E o que recebeu em troca? Escárnio e desconfiança. Dorne, com sua cultura única e fé própria, sempre foi visto como um espinho nos planos daqueles que desejam uniformidade e controle. Até mesmo os Lannisters, cujo poder é inegável, foram alvo de rumores e intrigas que enfraqueceram suas alianças."

 

Rhaella fez uma pausa, permitindo que suas palavras reverberassem pelo salão. Ela então voltou-se diretamente para os senhores menores, cuja lealdade muitas vezes oscilava. "Vocês, senhores das casas menores, pensem em quantas vezes foram tratadas como peças aplicadas em um jogo que nunca pôde compreender totalmente. A Fé e a Cidadela forneceram cada um de vocês para sustentar seu domínio sobre Westeros, enquanto vocês negaram as ferramentas para prosperarem verdadeiramente."

 

Erguendo-se agora completamente no Trono de Ferro, sua figura iluminada pelas tochas, Rhaella declarou: "Chegou o momento de romper com esse ciclo. A traição deles não é apenas contra a Casa Targaryen, mas contra Westeros como um todo. Hoje, façamos justiça em nome de todas as casas que sofreram essas manipulações. Que o reino saiba que o reinado de Aecar não apenas fogo e sangue, mas uma nova ordem — uma onde ninguém estará acima da justiça."

 

Os murmúrios deram lugar a acenos de concordância. Nobres de diversas casas acabaram batendo seus punhos contra o peito em um gesto de apoio. Rhaella conseguiu o que pretendia: transformar a causa da Coroa em uma causa de todo o reino. As chamas da justiça estavam acesas, e Westeros assistia à purificação de um sistema que há muito operava nas sombras.

 

O salão estava em um silêncio profundo, enquanto os nobres digeriam as palavras de Rhaella. A sala do Trono de Ferro, normalmente um local de disputas e intrigas, estava agora impregnada de um senso de gravidade. A Rainha Targaryen havia tocado nas feridas de Westeros, e essas feridas, embora antigas, estavam abertas novamente.

 

Rhaella observou atentamente os rostos de cada nobre. Ela sabia que a vitória não viria apenas com a força de seus dragões ou com a justiça implacável contra os traidores, mas com a habilidade de unir os reinos contra a ameaça invisível que havia corroído seu passado. A traição da Fé dos Sete e da Cidadela não era apenas uma questão de manipulação política, mas um reflexo de uma sociedade construída sobre mentiras e enganos.

 

"O que está em jogo aqui", ela continuou, "não é apenas a lealdade à Casa Targaryen, mas a lealdade ao futuro de Westeros. Todos nós fomos enredados na teia de mentiras que essa falsa ordem teceu, todos nós fomos tocados pela corrupção da Fé e da Cidadela, quer quiséssemos ou não. Mas agora, com Aecar no trono e o poder dos dragões ao nosso lado, podemos finalmente destruir essa rede de falsidade."

 

Ela se voltou para os prisioneiros, cujos olhos estavam vazios de esperança. "Vocês, traidores, acreditaram que puderam manipular o destino de Westeros, que puderam jogar com o futuro de casas poderosas e com as vidas dos inocentes. Mas, como as chamas de nossos dragões purificam o fogo, também purificaremos esse reino de suas manchas."

 

A sala ficou ainda mais tensa à medida que Rhaella se levantava, com sua presença imponente se espalhando por cada canto do salão. Ela olhou para Aecar, que estava em pé ao lado do trono, sua mão sobre a empunhadura de sua espada, os olhos fixos no que estava prestes a acontecer.

"Esses prisioneiros", ela disse com frieza, "representam a ponta de um iceberg. O que eles fizeram não pode ser ignorado. Sua destruição será apenas o começo. Não podemos deixar que essa corrupção se perpetue por mais tempo. Não podemos deixar que outros sirvam às sombras, à manipulação da Fé ou da Cidadela."

Ela olhou para os nobres presentes, as palavras agora saindo com uma intensidade renovada, como se a gravidade de sua decisão se manifestasse fisicamente. "Aqueles de vocês que permanecem fiéis ao novo reinado, que acreditam no futuro de Westeros sem as garras da manipulação, jurem sua lealdade agora. Pois este reino não será mais governado por segredos ou por aqueles que conspiram nas sombras. A era do medo acabou. Começou a era do fogo e da justiça."

 

Aecar, vendo que o momento estava chegando, se mudou do trono e se colocou ao lado de sua esposa. Ele mandou a mão, sinalizando aos soldados que levavam os prisioneiros para que os trouxessem à frente. Os traidores, agora completamente expostos à sala cheia de olhares atentos, eram obrigados a encarar os nobres que podiam decidir seu destino.

 

"Que seja feito então," disse Aecar, sua voz grave e decidida. "Que o fogo da justiça ilumine o caminho para todos nós."

Rhaella se virou, direcionando seu olhar aos prisioneiros, e o fogo de um dragão parecia arder em seus olhos. "Vocês, que venderam o futuro de Westeros por ambição e poder, pagarão por suas ações. Mas, antes de enfrentar sua sentença, que o reino veja o que acontece quando se cruza a linha da traição."

 

Com um gesto de sua mão, Rhaella sinalizou para os executores. As correntes que prendiam os prisioneiros foram removidos, e a sala se preparava para o julgamento final. O fogo estava prestes a purificar, não apenas como almas de traidores, mas na própria terra de Westeros.

 

E assim, o destino dos culpados seria decidido não pela misericórdia, mas pela determinação de um novo governo, forjado no fogo e no sangue dos dragões, e na promessa de justiça implacável. O futuro de Westeros estava sendo moldado naquela sala — e, com ele, a promessa de uma nova era, livre das sombras da traição.

À medida que Rhaella e Aecar observavam, a sala do Trono de Ferro, já associada com a tensão do momento, pareceu se aquecer de forma quase palpável. Os prisioneiros estavam ajoelhados diante do trono, cada um com os olhos baixos, sabendo que sua sentença era iminente. Ninguém ousava fazer um som. O único ruído era o estalo das tochas nas paredes e o pesado respirar do grande dragão que estava escondido nas sombras, à espera do comando.

 

Era um dragão de proporções imponentes, com escamas negras como carvão e olhos de um amarelo intenso, quase como se as chamas dentro dele estivessem prestes a se soltar a qualquer momento. Ele ficou atrás do trono, quase invisível à primeira vista, mas sua presença era inconfundível. O peso de sua existência parecia preencher o salão, fazendo até mesmo os nobres mais experientes sentirem um frio na espinha.

 

Rhaella se declarou do Trono de Ferro, seus olhos fixos nos prisioneiros. Ela fez um gesto sutil com a mão, e em um instante, uma criatura colossal deu um passo à frente. Suas garras arranharam o chão de pedra, ecoando como trovões. O calor que emanava de seu corpo era intenso, e as chamas começaram a brilhar em suas narinas.

 

"Vocês, traidores, que pensam que podem manipular o destino de Westeros, pagarão com suas vidas", disse Rhaella com uma calma mortal. "Mas não serão apenas esquecidos. Sua morte será um exemplo. O fogo do dragão queimará as suas mentiras, as suas traições. Não há misericórdia aqui, apenas justiça."

 

Antes que os prisioneiros pudessem protestar ou tentar se mover, o dragão soltou um rugido ensurdecedor, que fez as paredes tremerem. Seu corpo se curvou levemente, e com um movimento rápido e preciso, ele disparou uma língua de fogo diretamente na direção dos prisioneiros. As chamas arderam como uma torrente de lava, envolvendo-as com uma ferocidade implacável.

 

Os gritos de agonia e desespero se misturaram com o rugido do dragão, mas eles logo se dissiparam, consumidos pelas chamas. O calor era tão intenso que até mesmo os nobres presentes sentiam o calor escaldante, e alguns se encolheram, incapazes de desviar os olhos do que acontecia à frente.

 

O dragão não recuou. Ele chegou em sua posição, suas chamas incansáveis, até que os corpos dos prisioneiros se desintegraram em cinzas. Tudo o que restava era o cheiro de carne carbonizada e a leve brisa que carregava as cinzas para os cantos da sala. O fogo queimou não só os corpos, mas também o símbolo da traição.

 

Quando a fumaça finalmente começou a se dissipar, Rhaella olhou ao redor. Nenhum som foi ouvido, a não ser o eco das chamas que ainda estavam atrás do trono.

 

"Que esta visão seja um lembrete a todos. O reinado de Aecar não será desafiado. Não há mais espaço para conspiração ou traição. Os dragões estarão aqui para garantir que a ordem seja mantida. E o reino, enfim, será purificado do veneno das sombras que o enfraqueceram por tanto tempo."

 

Aecar, ao lado dela, observava a cena com uma expressão impassível. Ele sabia que a mensagem havia sido clara, e o reino entenderia as consequências de cruzar o caminho do poder real. O trono de ferro e os dragões, agora, não apenas representavam a força de Westeros, mas a justiça implacável que ela traria.

 

"Que os outros traidores aprendam com este exemplo", disse Aecar, sua voz grave e autoritária. "Agora, Westeros pode seguir em frente. Um novo futuro começa com fogo, e será com fogo que manteremos nossa paz."

 

Os nobres presentes, agora com a certeza do controle absoluto da Coroa, curvaram-se gradualmente. A mensagem estava clara, e o domínio de Aecar estava assegurado. A era da manipulação e da traição chegou ao fim, e uma nova ordem, forjada no fogo e na determinação, tomou forma.

FIM

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