Chapter 7: The Weight of a Promise
O sol ainda não havia nascido completamente quando Satsu acordou, a excitação pulsando em seu peito. Hoje seria outro dia com os Ebony Wings, sua nova família na Irmandade.
Rapidamente, he vestiu suas roupas, equipou cuidadosamente suas manoplas e correu para a pequena área onde sua família dormia. Sua mãe, como sempre, já estava acordada.
— Você já acordou, meu filho? Você mal dormiu. — Ela afastou uma mecha de cabelo que caía sobre o rosto dele, o olhar preocupado de toda mãe que vê seu filho partir para o desconhecido.
— Estou bem, mãe. Não se preocupe.
Ela suspirou, franzindo os lábios numa expressão familiar.
— Eu sei que você é forte, Satsu, mas... por favor, tenha cuidado. As coisas lá fora são perigosas.
— Prometo que voltarei inteiro. — Ele sorriu, tentando dissipar as preocupações dela.
Ela o abraçou com força.
— Eu confio em você. Mas nunca se esqueça de que você é meu filho, e isso significa tudo para mim.
Satsu beijou sua testa, aquecendo seu coração.
— Eu vou deixar você orgulhoso.
Depois de abraçar seu pai e sua irmãzinha, que ainda esfregava os olhos sonolentos, Satsu correu em direção à sede da Irmandade.
Na entrada, seus amigos já o esperavam. Haruto, como sempre confiante, acenou entusiasticamente. Akira fez piadas, enquanto Hana gesticulou dramaticamente enquanto contava alguma história exagerada. Daichi riu alto, e Kaito observou em silêncio, com Hungry espiando para fora do bolso.
— Olha quem chegou! — Akira exclamou. — Achei que você tinha se perdido no caminho, Satsu.
— Ou que o Faminto tinha comido você — brincou Daichi.
— Você é impossível — disse Satsu, rindo.
Haruto se aproximou com um sorriso orgulhoso e estendeu um papel com um selo oficial de cera.
— É oficial, Satsu. Eu registrei você como membro interino dos Ebony Wings! De agora em diante, você tem acesso a todos os recursos da nossa humilde guilda.
Os olhos de Satsu brilharam.
— Sério? Isso é… inacreditável. Obrigado a todos.
— Bem-vinda à gangue oficialmente! — Hana disse com um gesto dramático. — Eu diria que isso vai inspirar meu próximo poema.
— Alguém cale a boca do poeta, por favor — brincou Akira.
Satsu sorriu, mas sua expressão logo ficou mais séria.
— Mas… qual é meu papel aqui? Eu nem sei quais são minhas habilidades. E se eu for um fardo para você?
Haruto colocou uma mão firme em seu ombro.
— Não se preocupe com isso. Nós o ajudaremos a descobrir suas habilidades. A verdadeira força de uma guilda está na cooperação, não em classificações.
Satsu relaxou um pouco.
— Como funcionam as guildas? Ainda não entendi muito bem.
Haruto sorriu.
— A Brotherhood nos dá a liberdade de formar novas guildas, desde que você seja um aventureiro por mais de quatro anos. Cada guilda pode ter membros de diferentes patentes, mas é isso que define sua classificação. Por exemplo, nossa guilda tem patentes D, E e F, mas há outras que só têm patentes A, B, C e até S. Eles nos dão missões especiais quando necessário, mas quando não, podemos fazer o que quisermos, desde patrulhar até ajudar uma senhora a atravessar a rua.
— E se um monstro muito forte aparecer? — Satsu perguntou preocupado.
— Podemos unir forças com outras guildas para formar um time mais forte. Mas, claro, a recompensa é dividida entre todos — acrescentou Haruto.
Satsu franziu a testa.
— Como sabemos onde patrulhar? E se já houver outra guilda lá?
Haruto riu.
— Boa pergunta. A Brotherhood nos atribui territórios onde nenhuma outra guilda opera. E adivinha? Nosso território é… Soraoka.
Satsu ficou em silêncio por um momento, absorvendo essa informação. Ela sentiu uma mistura de felicidade e tristeza.
— As favelas onde eu moro? Claro que ninguém queria proteger os 'ninguéns'…
Haruto colocou a mão no ombro dela novamente.
— Então nós os protegeremos. Eles não são ninguém para nós.
Satsu assentiu, determinado.
Quando entraram no salão da missão, Haruto começou a falar, sua voz suave, mas cheia de emoção.
— Sabe, Satsu, eu já fui como você. Cheio de dúvidas, achando que não tinha lugar no mundo. — Ele fez uma pausa, olhando para o chão.
— Eu tinha uma irmã, Miyu. Ela era... tudo para mim.
Satsu olhou para ele com curiosidade.
— O que aconteceu com ela?
Haruto respirou fundo, como se estivesse revivendo uma memória dolorosa.
— Nossa vila foi atacada por monstros. Eles vieram à noite, sem aviso. Eu era um soldado da Irmandade na época, mas... — Ele fechou os olhos por um momento.
— Quando pedimos reforços, eles disseram que nossa vila não tinha 'valor estratégico'. Miyu... ela morreu em meus braços.
Satsu sentiu um nó na garganta.
— Haruto, eu... eu não sei o que dizer.
Haruto olhou para ele, seus olhos cheios de uma mistura de dor e determinação.
— Não deixe ninguém lhe dizer que salvar uma vida é insignificante. Às vezes, é isso que importa. Eu fundei a Ebony Wings para garantir que ninguém mais passaria pelo que eu passei.
Satsu assentiu, sentindo o peso das palavras de Haruto.
— Eu entendo. E farei o que puder para ajudar.
Haruto sorriu, colocando a mão no ombro de Satsu.
— Eu sei que você vai. E é por isso que você está aqui.